sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Humor e cultura em tempos de cólera

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


“O humor tem a ver com passar a mão na bunda do guarda, não com bater em um morador de rua”. A frase do ator e humorista Gregório Duvivier parece escrachada, mas sintetiza o espírito do que é a cultura e o humor nos tempos sombrios nos quais vivemos. “Olhamos para o noticiário e parece que é fácil fazer humor, afinal, o presidente é uma piada por si só. Mas quando a realidade é cômica, o humorista tem trabalho dobrado”, acrescenta.

A contra-reforma administrativa do governo

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A contra-reforma administrativa que Bolsonaro, Maia e Alcolumbre pretendem aprovar no Congresso dominado pela maioria neoliberal-bolsonarista é mais um capítulo do assalto da oligarquia rapinante ao Estado brasileiro.

Este bombardeio contra o serviço público, a burocracia funcional e a organização do Estado é mais um golpe da oligarquia contra a Constituição de 1988 e aos princípios constitucionais de moralidade, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência [CF, art. 37].

Caso aprovada, o Brasil retrocederá às práticas arcaicas do sistema desenhado à imagem e semelhança da classe dominante parasitária e patrimonialista.

Mordaça em Nassif imuniza o banco BTG

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“Luís Nassif, jornalista com mais de 40 anos de atuação, ora se encontra amordaçado, e o referido agente econômico (BTG-Pactual), em suas relações com o poder público, imune à fiscalização que deve advir da esfera pública atenta e crítica.”

O alerta acima foi feito pelos advogados Cláudio Pereira de Souza Neto, Natáli Nunes da Silva e Fernando Luís Coelho Antunes, do escritório Souza Neto e Tartarini Advogados, no bojo da Reclamação protocolada na terça-feira (01/09) junto ao Supremo Tribunal Federal (RCL 43.131).

Na pandemia, jornalismo sofre ataques

Do site do Artigo-19:

Desde que foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, ao menos 82 ataques a jornalistas e comunicadores que realizavam coberturas relacionadas à pandemia e às recomendações de prevenção da Organização Mundial de Saúde foram registrados. Os dados são de um monitoramento permanente realizado pela Artigo-19, organização internacional que atua na defesa da liberdade de expressão e do direito à informação, e cobrem o período de 5 meses em que o país ultrapassou 100 mil mortes pela doença e se tornou um dos mais impactados no mundo todo.

Grito dos Excluídos por trabalho, terra e teto

Enviado por Silene Santos


Contra o projeto ultraneoliberal implementado pelo governo Bolsonaro no país e em São Paulo por João Doria, que aprofunda a desigualdade social, num cenário já muito dramático de pandemia - com mais de 123 mil mortos e que ultrapassa os 4 milhões de contaminados pela Covid - o Grito dos (as) Excluídos (as) realiza sua 26º edição com o lema “Vida em primeiro lugar” e o mote “Queremos trabalho, terra, teto e participação”, com atividades em todo o país, nesta segunda-feira, 7 de Setembro.

Mídia empresarial e suas cláusulas pétreas

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Conjuntura não é coisa fácil de lidar. Provoca tombos, escorregões, arranhões, contusões. Escapar de tudo isso, não é simples. Quase impossível. Viver é arriscoso, analisar conjuntura também. Para redução de danos, aconselha-se não só a leitura dos mais próximos, como dos mais antigos. É de Gramsci o conselho de saber distinguir os chamados movimentos orgânicos, relativamente permanentes, dos considerados movimentos de conjuntura.

Governo federal penaliza agricultura familiar

Foto: Jonas Santos
Por Elaine Tavares, no site Correio da Cidadania:

Quando se fala em agro­ne­gócio no Brasil, a ten­dência é pensar que esse é um setor que produz comida, mas isso é uma meia ver­dade. O setor agrí­cola com­porta cerca de quatro mi­lhões de propriedades ru­rais e a mai­oria delas, 84,4%, é co­man­dada pela agri­cul­tura fa­mi­liar. Só que no conjunto das pro­pri­e­dades, esses 84% re­pre­sentam apenas 24% da área ocu­pada para a agro­pe­cuária. Isso dá conta do imenso abismo que existe entre o la­ti­fúndio e a pe­quena pro­pri­e­dade fa­mi­liar, que é a que efe­ti­va­mente produz a co­mida que está na mesa do bra­si­leiro. As grandes pro­pri­e­dades, em torno de 16%, ge­ral­mente pro­duzem para ex­por­tação.

Passar a boiada contra os trabalhadores

Por João Guilherme Vargas Netto


As direções sindicais devem persistir na luta pelos 600 reais pagos até dezembro com todas as parcelas devidas e apostar que “mil Janones floresçam”, criando um clamor nacional favorável ao pagamento que modifique no Congresso Nacional a MP 1.000 (que corta pela metade o valor e poda os beneficiários).

Esta persistência contrariaria o absurdo de deixar o governo passar a boiada sem que a opinião pública, sem que os dirigentes partidários, sem que a maioria dos deputados e senadores se revoltem contra a insensibilidade fiscalista da dupla Bolsonaro-Guedes com as aflições emergenciais do povo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Quais narrativas queremos disputar?

Mídia comercial turbinou ultradireita no país

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Apesar de diferenças nas linhas editoriais, especialmente quanto aos costumes e comportamento, o oligopólio midiático, unificado pela agenda econômica ultraliberal, não pode fugir da responsabilidade de ter parido o monstro bolsonarista. “Quando a esquerda passou a ganhar eleições, a mídia se encarregou de cumprir o papel da oposição”, explica Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Wilson Witzel e a crise no Rio de Janeiro

Despejos continuam durante a pandemia

Em defesa dos livros

"Vala de Perus: Uma Biografia"

Um 'bolsominion' investigará as rachadinhas?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Fernanda Alves, em O Globo, mostra o nome e o retrato do que realmente importa no afastamento de Wilson Witzel do Governo do Estado.

Está lá o procurador Marcelo Rocha Monteiro, de “arminha”, “pixuleco” e camiseta “Bolsonaro Presidente”, prontinho para ser escolhido para o cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado e responsável maior pelo inquérito que apura as “rachadinhas” de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.

Do jeito que se tornou elitista e reacionária a corporação, devidamente cevada por salários que a colocam numa pretensa elite, não será difícil que ele consiga ficar com umas três vagas na lista que será levada a Cláudio Castro, o vice-governador que caiu no colo de Jair Bolsonaro para “encher de porrada” as investigações sobre o caso.

A redução perversa do auxílio emergencial

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Não, leitor, você não leu errado. Embora pareça uma afirmação descabida – no nosso imaginário econômico tão profundamente marcado pela metáfora da família que não pode gastar mais do que ganha – a frase que dá título à essa coluna é facilmente verificada a partir da análise do comportamento das principais variáveis macroeconômicas.

Dallagnol deixa legado de abusos e crimes


Para o professor da faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Rogério Dultra dos Santos, o procurador Deltan Dallagnol abandonou o comando da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, porque “a maré virou”.

Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (2), Dultra avaliou que a Lava Jato não exerce mais a “liderança moral” de outrora sobre os rumos da política no país. Apesar de Dallagnol ainda contar com uma “blindagem” capaz de evitar a abertura de processos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A reforma administrativa de Bolsonaro-Guedes

Editorial do site Vermelho:

A proposta de reforma administrativa entregue pelo governo ao Congresso Nacional é mais um ato do bolsonarismo contra o Estado. A peça é um amontoado de normas para desidratar os serviços públicos, um conjunto de medidas para suprimir cargos, reduzir salários, cortar benefícios e desqualificar as funções dos servidores. Como tem afirmado o ministro da Economia, Paulo Guedes, o objetivo é “economizar” recursos para o seu “ajuste fiscal”.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Mídia se cala diante de censura ao GGN

Bolsonaro e Congresso protegem super-ricos

Por Jeferson Miola, em seu blog:
                                     

No mundo inteiro governos nacionais criam mecanismos e políticas públicas para proteger as empresas – principalmente as micro e pequenas –, os empregos e os salários dos trabalhadores ante os efeitos da pandemia.

Nem mesmo os neoliberais desconhecem hoje a necessidade de intervenção do Estado e dos Bancos Centrais com medidas anticíclicas para contra-arrestar os efeitos tenebrosos da pandemia nas economias, nas sociedades e nas vidas das pessoas.