terça-feira, 22 de setembro de 2020
SUS 30 anos: indispensável à saúde
Editorial do site Vermelho:
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma grande conquista da jornada da redemocratização que desaguou na Constituição de 1988. No último dia 19, completaram-se 30 anos da promulgação da lei que efetivou sua instituição.. Poucos países no mundo, de porte semelhante ao Brasil, dispõem de algo com a abrangência e a cobertura do SUS. Mesmo enfraquecido com o subfinanciamento, o sistema tem sido um gigante no combate à pandemia do coronavírus.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma grande conquista da jornada da redemocratização que desaguou na Constituição de 1988. No último dia 19, completaram-se 30 anos da promulgação da lei que efetivou sua instituição.. Poucos países no mundo, de porte semelhante ao Brasil, dispõem de algo com a abrangência e a cobertura do SUS. Mesmo enfraquecido com o subfinanciamento, o sistema tem sido um gigante no combate à pandemia do coronavírus.
A Folha e seus neologismos históricos
Por André Bonsanto, no site Manchetômetro:
No já longínquo 17 de fevereiro de 2009, um aparentemente despretensioso editorial da Folha de S. Paulo que fazia crítica ao então presidente venezuelano Hugo Chávez foi responsável pela reatualização de um debate já bastante silenciado nas páginas da imprensa brasileira. O texto procurou estabelecer um paralelo entre o “rolo compressor do bonapartismo chavista”, capaz de destruir os pilares e minar as instituições de controle democrático por dentro, e as chamadas “ditabrandas” – caso do regime que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 – e que, segundo o jornal, partiu de uma ruptura institucional, preservando ou instituindo “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” [1].
No já longínquo 17 de fevereiro de 2009, um aparentemente despretensioso editorial da Folha de S. Paulo que fazia crítica ao então presidente venezuelano Hugo Chávez foi responsável pela reatualização de um debate já bastante silenciado nas páginas da imprensa brasileira. O texto procurou estabelecer um paralelo entre o “rolo compressor do bonapartismo chavista”, capaz de destruir os pilares e minar as instituições de controle democrático por dentro, e as chamadas “ditabrandas” – caso do regime que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 – e que, segundo o jornal, partiu de uma ruptura institucional, preservando ou instituindo “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” [1].
Liberalismo é tragédia para os trabalhadores
Por Jair de Souza
Foi tão somente há alguns dias que vimos se formar um enorme fuzuê quando, inesperadamente, Caetano Veloso declarou publicamente seu rompimento ideológico com o liberalismo.
Se tivesse sido feita aos cochichos e para apenas um punhado de amigos no escondidinho de algum bar, esta insólita revelação poderia ter sido abafada e teria se desvanecido rapidamente sem maiores transtornos para ninguém. Mas, o desbocado do Caetano resolveu fazê-la justo durante uma entrevista para a rede Globo que estava sendo vista por milhões de pessoas pelo Brasil afora. E como se isto por si só já não significasse um violento choque que atordoaria muita gente, ele fez questão de informar que sua mudança radical de opinião aconteceu por influência do jovem comunista Jones Manoel, quem lhe tinha apresentado os trabalhos do filósofo e historiador italiano Domenico Losurdo.
Foi tão somente há alguns dias que vimos se formar um enorme fuzuê quando, inesperadamente, Caetano Veloso declarou publicamente seu rompimento ideológico com o liberalismo.
Se tivesse sido feita aos cochichos e para apenas um punhado de amigos no escondidinho de algum bar, esta insólita revelação poderia ter sido abafada e teria se desvanecido rapidamente sem maiores transtornos para ninguém. Mas, o desbocado do Caetano resolveu fazê-la justo durante uma entrevista para a rede Globo que estava sendo vista por milhões de pessoas pelo Brasil afora. E como se isto por si só já não significasse um violento choque que atordoaria muita gente, ele fez questão de informar que sua mudança radical de opinião aconteceu por influência do jovem comunista Jones Manoel, quem lhe tinha apresentado os trabalhos do filósofo e historiador italiano Domenico Losurdo.
A governabilidade da boçalidade
Por Lincoln Penna, no site do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Idep):
A presidência de Jair Messias Bolsonaro se aproxima da metade de seu mandato. O que dele dizer senão registrar as manifestações extremas, isto é, a dos que o cultuam ou dos que o combatem pela inépcia, truculência e absoluto desprezo pela vida de seus semelhantes? Situar-se nesse ambiente é um convite a tomar partido, mas inócuo do ponto de vista de quem se propõe a examinar esse panorama político, dado que todas as dúvidas estariam de acordo com os posicionamentos já existentes, favoráveis em absoluto ou terrivelmente críticos na hipótese contrária.
A presidência de Jair Messias Bolsonaro se aproxima da metade de seu mandato. O que dele dizer senão registrar as manifestações extremas, isto é, a dos que o cultuam ou dos que o combatem pela inépcia, truculência e absoluto desprezo pela vida de seus semelhantes? Situar-se nesse ambiente é um convite a tomar partido, mas inócuo do ponto de vista de quem se propõe a examinar esse panorama político, dado que todas as dúvidas estariam de acordo com os posicionamentos já existentes, favoráveis em absoluto ou terrivelmente críticos na hipótese contrária.
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
"Levante neoliberal" e efeitos da pandemia
Entrevista com Leda Paulani, professora titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão da cidade de São Paulo (gestão do prefeito Fernando Haddad), autora do livro "Brasil Delivery", e integrante Projeto Brasil Nação
domingo, 20 de setembro de 2020
Milhões de famintos e 10 ricaços brasileiros
Por Altamiro Borges
O IBGE divulgou na quinta-feira (17) parte da Pesquisa de Orçamentos Domiciliares que aponta que quatro em cada dez famílias brasileiras sofrem "insegurança alimentar". Para ser mais direto, passam fome! O estudo mostra ainda que os lares chefiados por mulheres e negros são os que mais sofrem.
No relato adocicado da Folha, a pesquisa revela que "quatro em cada dez famílias não têm acesso regular e permanente a quantidade e qualidade suficiente de comida. Isso significa que essa parcela da população precisa limitar o tipo ou a porção de alimentos que vão à mesa, ou até passa fome".
O IBGE divulgou na quinta-feira (17) parte da Pesquisa de Orçamentos Domiciliares que aponta que quatro em cada dez famílias brasileiras sofrem "insegurança alimentar". Para ser mais direto, passam fome! O estudo mostra ainda que os lares chefiados por mulheres e negros são os que mais sofrem.
No relato adocicado da Folha, a pesquisa revela que "quatro em cada dez famílias não têm acesso regular e permanente a quantidade e qualidade suficiente de comida. Isso significa que essa parcela da população precisa limitar o tipo ou a porção de alimentos que vão à mesa, ou até passa fome".
Desemprego e miséria crescerão no Brasil
Entrevista com Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), que analisa os graves erros do rentista Paulo Guedes
A volta do servidor público de cabresto
Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:
O pai da sociologia e um dos maiores teóricos do Estado, Max Weber (1864-1920) identificou que uma das principais linhas divisórias que definem as nações é o modelo de Estado adotado pelos países. Segundo o intelectual, o poder do Estado moderno não se manifesta exclusivamente pela coação direta e ou nos discursos e declarações dos monarcas, como em estágios anteriores de organização e dominação das sociedades. Em suas palavras, o domínio efetivo no Estado moderno “encontra-se, necessária e inevitavelmente, nas mãos do funcionalismo”.
O pai da sociologia e um dos maiores teóricos do Estado, Max Weber (1864-1920) identificou que uma das principais linhas divisórias que definem as nações é o modelo de Estado adotado pelos países. Segundo o intelectual, o poder do Estado moderno não se manifesta exclusivamente pela coação direta e ou nos discursos e declarações dos monarcas, como em estágios anteriores de organização e dominação das sociedades. Em suas palavras, o domínio efetivo no Estado moderno “encontra-se, necessária e inevitavelmente, nas mãos do funcionalismo”.
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