domingo, 7 de fevereiro de 2021

Rival de Bolsonaro é uma pandemia econômica

Por Fernando Brito, em seu blog:


É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.

Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.

O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.

A pressão pela retomada da reforma agrária

Por Nilton Tubino e Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:

Em 9 de dezembro de 2020 foi protocolada no STF a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 769, que trata da paralisação da reforma agrária no Brasil. A ADPF foi elaborada por movimentos de luta pela terra e partidos políticos (PT, PSOL, PSB, PCdoB e Rede) e tem entre os signatários a ex-procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat e o ex-ministro da Justiça, também ex-procurador, Eugênio Aragão. No STF, sua relatoria foi designada ao ministro Marco Aurélio Melo.

Tempos sombrios para o SUS na pandemia

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

O resultado, nesta segunda-feira (1º), das eleições para as presidências da Câmara de Deputados e do Senado agravou profundamente um cenário de ampliação da crise sanitária provocada pelo mau gerenciamento da pandemia de covid-19 no Brasil.

A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.

Mandala: rede mundial de mídias alternativas

Por Antonio Martins e Mika Ronkko, no site Outras Palavras:

Na áspera luta para vencer os oligopólios da mídia hegemônica, deu-se um pequeno passo a mais, no último sábado (30/1). Foram lançadas, numa atividade do Fórum Social Mundial (virtual)-2021, a ideia de uma rede mundial de mídias alternativas e uma estratégia para torná-la real, em alguns meses. O projeto tem o nome provisório de Mandala. Se bem sucedido, cumprirá três objetivos. Do ponto de vista editorial, oferecerá a centenas de publicações contra-hegemônicas, espalhadas pelo mundo, acesso a um enorme acervo de novos conteúdos, informativos e analíticos. Este material – textos, vídeos, imagens e áudios – será compartilhado em regime de reciprocidade, sem contrapartida mercantil. No plano simbólico surgirá, portanto, uma alternativa às lógicas do copyright; da “propriedade intelectual”; da restrição de acesso às ideias e bens culturais. Terceiro – mas não menos importante: estará estabelecido um canal de diálogo político entre mídias que são, também, espaços de reflexão sobre os caminhos para superar o capitalismo. Este intercâmbio parece ainda mais importante em tempos turbulentos – repletos de ameaças mas também de oportunidades. [Outras Palavras orgulha-se de ser parte do esforço que lançou a iniciativa.]

Sem acordo, Justiça proíbe Ford de demitir

Do site Vermelho:

Duas liminares concedidas pela Justiça do Trabalho na noite desta sexta, 5, determinaram a imediata suspensão das demissões nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) e do pagamento dos salários dos trabalhadores até que sejam concluídos acordos coletivos com os trabalhadores. Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa em assembleia realizada na quarta-feira.

Além disso, no caso de Taubaté (SP), a empresa foi proibida de alienar bens e maquinários da fábrica. São decisões de primeira instância, portanto cabe recurso.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

A inépcia do ministro-pastor da Educação

Bolsonaro e as eleições no Congresso

Gilmar Mendes condena atuação de Moro

A denuncia definitiva contra Moro e Dallagnol

Como fica o Brasil sem auxílio emergencial?

China responde às provocações dos EUA

As próximas eleições na América Latina

Um réu preside a Câmara dos Deputados

O conluio Moro-Dallagnol e o Centrão

Bruno Covas investe contra população de rua


Por Altamiro Borges

Após posar de santinho e civilizado na eleição municipal de novembro passado, o tucano Bruno Covas esbanja crueldade e desprezo aos mais necessitados. Nesta semana, a prefeitura de São Paulo colocou pedras embaixo de viadutos e apreendeu colchões e barracas de pessoas em situação de rua.

A política "higienista" e fascistoide do prefeito paulistano deve ter agradado a cloaca burguesa e a "classe mérdia", mas revoltou as pessoas com alguma compaixão. O padre Julio Lancellotti, famoso defensor dos oprimidos, usou uma marreta para destruir as pedras em um viaduto na zona leste da capital paulista.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Bajulador da PGR decide investigar Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Augusto Aras, o bajulador-geral da República, até que resistiu bastante. Mas não aguentou a pressão, inclusive dos seus subordinados do Ministério Público Federal (MPF). Finalmente, a PGR abriu uma “investigação preliminar” sobre a ação (ou omissão) genocida do presidente Jair Bolsonaro na tragédia do Amazonas e do Pará, estados colapsados em seus sistemas de saúde.

Na investigação preliminar, as denúncias são apuradas na esfera penal. “Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal”, garantiu o procurador-geral em resposta a uma petição aberta no STF.

As prioridades da prefeita Margarida Salomão

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

Prefeita de Juiz de Fora, quarto maior município de Minas Gerais, Margarida Salomão (PT) é a primeira mulher a chefiar o Executivo da cidade, assumindo o cargo no início do ano com uma série de desafios, que passam pelas crises econômica, social e sanitária que atingem todo o país, reflexo da pandemia de covid-19. Em encontro virtual, ontem (4), que compõe uma série de entrevistas com prefeitos do campo popular e progressista, organizada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Margarida falou sobre os principais objetivos de sua gestão. “Já iniciamos nosso governo com um programa de combate à fome”, disse a prefeita.

O combate à fome em Juiz de Fora

Kit alimentação em Juiz de Fora (MG)
Por Ivan Longo, na revista Fórum:


Primeira mulher da história a comandar o executivo municipal de Juiz de Fora, a nova prefeita Margarida Salomão (PT) revelou em entrevista, na noite desta quinta-feira (4), que encontrou a cidade, uma das mais importantes de Minas Gerais, passando fome.

“Uma das questões mais agudas que encontramos aqui na cidade é a volta da fome. As pessoas estão passando fome mesmo. Não é uma abstração. As pessoas estão passando fome na nossa frente”, disse a petista. A fala foi feita em entrevista coletiva organizada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé que contou com a participação da Fórum, Rede Brasil Atual, Jornalistas Livres, Agência Saiba Mais e convidados.

Cadê o cartão de vacinação de Bolsonaro?

Uma frente contra Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:


Na última segunda-feira (1º), o Congresso Nacional, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados realizaram as eleições para os presidentes da Casa. E como previsto, nas duas casas, venceram as eleições as candidaturas apoiadas pelo Palácio do Planalto.

Não foram vitórias espontâneas, tampouco vitórias baseadas no convencimento político. Foram vitórias que tiveram um alto custo, tanto financeiro como do ponto de vista da distribuição do poder. Segundo os meios de comunicação, Bolsonaro prometeu a liberação de mais de R$ 3 bilhões em emendas para os parlamentares. Da mesma forma em que prometeu aos partidos políticos uma participação mais incisiva na participação do governo federal, não apenas em cargos federais nos estados, mas, inclusive, com indicações de ministros da República.