sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Ludmila, a juíza negacionista, segue impune?

Por Altamiro Borges

No início de janeiro último, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação pedindo a abertura de processo administrativo contra a juíza Ludmila Lins Grilo por suas postagens irresponsáveis e negacionistas atacando as medidas de isolamento social em plena pandemia da Covid-19. Como anda o processo? O assunto simplesmente sumiu da mídia.

A juíza da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG) é uma seguidora fanática do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho – guru do clã Bolsonaro. A denúncia enviada ao CNJ argumentou que a magistrada cometeu uma infração ético-disciplinar ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias.

“Beato Araújo” está na mira no Itamaraty

Por Altamiro Borges

O "Beato Araújo", como o atual ministro das Relações Exteriores é chamado nos corredores do Itamaraty, que se cuide. O Centrão, cada vez mais poderoso no laranjal bolsonariano, parece que decidiu alvejá-lo sem dó nem piedade. Segundo a revista Época, o bloco parlamentar acha que o olavete maluco atrapalha o governo e já pediu sua cabeça ao presidente.

A notinha da revista do Grupo Globo é venenosa: "Nome do Centrão para recriar o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) cobrou a demissão de Ernesto Araújo e afirmou que até já cogitou pedir o seu impeachment". O parlamentar exige, ao menos, que “a questão da China” saia da alçada do chanceler.

O general Villas Bôas e a cobiça do Centrão


Por Altamiro Borges

O general Eduardo Villas Bôas, que confirmou em livro que o Exército enquanto instituição conspirou criminosamente para assaltar o poder, ainda assistirá a traição do capitão Bolsonaro? Para sobreviver no laranjal, o presidente depende hoje da turma de profissionais do Centrão, que não esconde mais sua cobiça pelos “carguinhos” dos milicos.

Em matéria intitulada "Centrão mira espaço ocupado por militares", o jornal Estadão revelou na segunda-feira (8) que a vitória do bloco parlamentar fisiológico nas eleições da Câmara Federal e Senado impulsionou o “apetite por espaços no governo do presidente Jair Bolsonaro, que agora terá um novo esteio para blindar seu mandato”.

O “tiro na cabecinha” de Wilson Witzel

Por Altamiro Borges

O fascistoide Wilson Witzel, que foi eleito governador do Rio de Janeiro na carona bolsonarista, acaba de levar mais um "tiro na cabecinha" – como o metido a valentão gostava de pregar. A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

O STJ ainda prorrogou por mais um ano o afastamento do “outsider” – que foi enxotado do cargo por 180 dias em agosto – e proibiu o vaidoso de voltar ao Palácio das Laranjeiras, a luxuosa residência oficial dos governadores do Rio de Janeiro. Tudo indica que Wilson Witzel não retornará mais ao cargo. O “tiro na cabecinha” foi fatal!

E a recuperação econômica em “V”?

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Em períodos de crise econômica surge uma disputa por uma categoria própria de letras do alfabeto.

Paulo Guedes tem sido o principal expoente da ideia de que a economia brasileira apresentará um comportamento em “V” que significa – grosso modo – que após a grave crise que teve seu ponto mais crucial no mês de abril, a economia apresentaria uma trajetória célere de crescimento, retomando o padrão pré-crise.

Outros avaliam a possibilidade de um crescimento em “W”, representando por um circuito de quedas seguidas de crescimento que são sequenciadas por novas quedas.

Há ainda os que advogam um crescimento em “raiz quadrada”, marcado por uma queda acentuada que segue-se de uma recuperação curta e logo estaciona em um platô de estabilidade, com padrão de “nova normalidade” em níveis abaixo do verificado no ponto inicial.

A grande disputa pelo 'antissistema'

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:


O crescimento global da extrema-direita voltou a dar uma nova importância ao conceito de antissistema em política. Para entender o que se está a passar é necessário recuar algumas décadas. Num texto deste tipo não é possível dar conta de toda a riqueza política deste período. As generalizações serão certamente arriscadas e não faltarão omissões. Mesmo assim, o exercício impõe-se pela urgência de dar algum sentido ao que, por vezes, parece não ter sentido nenhum.

Lira desloca imprensa para subsolo da Câmara

Da Rede Brasil Atual:


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), vai tirar o comitê de imprensa do Salão Verde, que atualmente está localizada ao lado do Plenário. Os jornalistas que trabalham na cobertura da atividade parlamentar na Casa serão deslocados para o subsolo, em uma sala sem janelas e distante do principal local de discussão e votação. A medida é unilateral e é alvo de críticas tanto de repórteres como de parlamentares, que a consideram antidemocrática.

A urgência da volta do auxílio emergencial

Editorial do site Vermelho:


A volta do auxílio emergencial é uma imposição da realidade. Não é possível conceber uma política de Estado nas condições atuais do Brasil conforme prescreve a Constituição sem essa medida. A soma dos efeitos das crises econômicas e sanitárias cria um cenário de grandes privações para a imensa maioria do povo, enquanto os recursos da nação se concentram no pico da pirâmide social.

Por qualquer ângulo que se olhe para esse cenário, aparece uma equação que não fecha. Por que uma minoria pode gozar de imensos privilégios enquanto a grande maioria vive tão grandes privações? Em qual doutrina é possível encontrar uma resposta plausível para essa tremenda injustiça social? Existem teses que, como é lógico, exigem comprovação prática.

Armação da Lava-Jato: quem pagará por isso?

Por André Lobão, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet):

Sob o argumento da corrupção, "descoberta" pela operação Lava Jato, especuladores de Wall Street promoveram processos contra a Petrobrás nos EUA. Em janeiro de 2018, a direção da empresa anunciou um acordo de US$ 2,95 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões na cotação atual) na intenção de evitar um processo judicial com investidores que haviam movido uma ação coletiva naquele país por se sentirem lesados após a divulgação dos casos da Lava jato.

O inferno astral de Sergio Moro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Perdida a invulnerabilidade que o endeusamento da Operação Lava Jato e, depois, seu cargo de Ministro da Justiça, parece que as portas do inferno se escancaram para receber Sergio Moro.

Agora o subprocurador geral Lucas Rocha Furtado pediu ao ministro Bruno Dantas, do TCU, que bloqueie todos os pagamentos à empresa Alvarez & Marsal, administradora da Odebrecht no processo de recuperação judicial, que integrou como um de seus sócios o ex-juiz, responsável por ter levado a empreiteira à bancarrota.

É o que publica Monica Bergamo, na Folha.

O feio papel da TV Globo na "lava jato"

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:


1. As mensagens do Intercept-Spoofing

O jurista Geraldo Prado postou em seu Twitter:

"O fato da Globo não se interessar pelas revelações da Lava Jato, descortinada a partir da divulgação do The Intercept-BR, caracteriza obstrução do dever de noticiar que justifica a crença no envolvimento editorial nas práticas ilegais de investigação e processo que vieram à luz."

Correto o querido Geraldinho.

O silêncio eloquente da Globo mostra que as mensagens (agora liberadas pelo STF para a defesa do ex-presidente Lula - aliás, não entendi o voto do ministro Fachin, que não se insurgiu contra o vazamento do caso Lula-Dilma) estão cutucando a onça. Como se diz, mutuca tira boi do mato. Por enquanto, o boi resiste.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Guedes chantageia com o auxílio emergencial

Por Altamiro Borges

Pressionado pelo Congresso Nacional e temendo novas quedas de popularidade de Jair Bolsonaro, o czar da economia Paulo Guedes já prepara uma nova sacanagem para substituir o auxílio emergencial. O nome provisório da mutreta, que seria imposta na forma de chantagem, é Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

Ao invés dos R$ 600 aprovados pelos deputados em 2020, a contragosto do abutre financeiro, o tal BIP seria de R$ 200 e teria validade de apenas três meses. Além disso, ele beneficiaria 32 milhões de brasileiros – menos da metade dos 68 milhões que receberam o auxílio emergencial no ano passado.

Sara Winter abandonou o “mito”?

Por Altamiro Borges

Traída por Jair Bolsonaro, que hoje prefere namorar com os fisiológicos do Centrão, a fascistinha Sara Winter ensaia mudar de postura – talvez para escapar das garras da Justiça. Em entrevista à revista Veja, ela jurou: "Decidi me aposentar. Nunca mais vocês vão me ver gritando 'mito', 'mito'".

A líder da seita terrorista autodenominada "300 do Brasil", que se jactava de portar armas e organizou marchas com tochas contra o Supremo Tribunal Federal, agora se diz arrependida. "Hoje morreria de vergonha de fazer isso... Fiz tudo aquilo acreditando que havia um movimento para derrubá-lo [o presidente]".