segunda-feira, 8 de março de 2021
A emergência é social, não fiscal
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
A sociedade brasileira sofre degradação profunda e generalizada. O processo segue em passo acelerado, sem dar sinais de que será contido. E, verdade seja dita, não chegamos nem perto do fundo do poço. Está em crise o Brasil, está em crise a civilização brasileira. E qualquer civilização cabe nos abismos da História.
Digito essa abertura apocalíptica e paro. Não vou continuar nessa toada. Não quero contribuir para o desânimo geral. E nem tenho fôlego para tratar da civilização brasileira ou dos abismos da História. Escrevi acima: “verdade seja dita”. Ora, sinceramente, o que é “a verdade”? A resposta mais interessante a essa pergunta impossível foi dada por Cristo a Pilatos – Cristo que, não sendo apenas humano, pôde responder: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
A sociedade brasileira sofre degradação profunda e generalizada. O processo segue em passo acelerado, sem dar sinais de que será contido. E, verdade seja dita, não chegamos nem perto do fundo do poço. Está em crise o Brasil, está em crise a civilização brasileira. E qualquer civilização cabe nos abismos da História.
Digito essa abertura apocalíptica e paro. Não vou continuar nessa toada. Não quero contribuir para o desânimo geral. E nem tenho fôlego para tratar da civilização brasileira ou dos abismos da História. Escrevi acima: “verdade seja dita”. Ora, sinceramente, o que é “a verdade”? A resposta mais interessante a essa pergunta impossível foi dada por Cristo a Pilatos – Cristo que, não sendo apenas humano, pôde responder: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Cuidado com os Jipes!
A denúncia, veiculada na matéria assinada pelo jornalista Seth Abramson, no site Proof, de jornalismo investigativo dos EUA, de que o Deputado Eduardo Bolsonaro teria participado da reunião que definiu a estratégia para tentar impedir o reconhecimento da vitória de Biden pelo Congresso, a qual resultou na invasão do Capitólio, é muito grave e deve ser levada a sério.
Em primeiro lugar, é preciso considerar que Seth Abransom não é um jornalista qualquer.
Formado no Dartmouth College e em Harvard, duas das melhores universidades dos EUA e do mundo, Abramsom é professor universitário em New Hampshire e tem doutorado em língua inglesa pela Universidade em Madinson-Wisconsin. Possui, portanto, excelente formação.
Como jornalista, foi colunista da Newsweek e do Huffinton Post, além de ter publicado muitas matérias no Washington Post e no The Guardian, entre vários outros jornais revistas e de prestígio.
Em segundo, tudo indica que as informações referidas na matéria, inclusive a relacionada à possível participação de Eduardo Bolsonaro, sejam provenientes das investigações que o FBI vem fazendo sobre a invasão do Capitólio.
Como explicar a decisão de Fachin?
Por Luis Felipe Miguel
Segundo algumas interpretações, embora beneficiando Lula no imediato, ela teria o objetivo de proteger Moro - anulando o julgamento sobre sua suspeição nos processos que enviesou contra o ex-presidente.
Mas a condenação de Moro no STF seria tão favas contadas assim, a ponto de exigir essa intervenção?
Se é isso, não há de ser um movimento isolado de Fachin, mas fruto de uma negociação entre os ministros do Supremo.
Seja como for, é a pá de cal na Lava Jato.
Segundo algumas interpretações, embora beneficiando Lula no imediato, ela teria o objetivo de proteger Moro - anulando o julgamento sobre sua suspeição nos processos que enviesou contra o ex-presidente.
Mas a condenação de Moro no STF seria tão favas contadas assim, a ponto de exigir essa intervenção?
Se é isso, não há de ser um movimento isolado de Fachin, mas fruto de uma negociação entre os ministros do Supremo.
Seja como for, é a pá de cal na Lava Jato.
O roque de Fachin
Foto: Ricardo Stuckert |
A defesa de Lula pede, desde o início das investigações sobre Lula, que se declare a incompetência da 13a. Vara Criminal de Curitiba para analisar os casos que foram parar nas mãos de Sérgio Moro.
O primeiro, aliás, foi uma “forçação de barra” inacreditável: todos os réus no processo sobre compra de imóveis no condomínio do Guarujá responderam ao processo na Justiça paulista e foram, sem exceção, absolvidos.
Só o caso de Lula foi levado para Moro e, claro, resultou numa condenação, capenga, como todos sabem.
Os pedidos para a decretação da incompetência jurisdicional foram sucessivos e sucessivamente recusados; ao próprio Moro, ao Tribunal Regional Federal da 4a. Região e ao Superior Tribunal de Justiça e é esta última recusa que Fachin julgou em habeas corpus.
Da mesma forma, foram apresentadas como preliminar a ser examinada nas três instâncias e solenemente rejeitada, embora óbvia.
O primeiro, aliás, foi uma “forçação de barra” inacreditável: todos os réus no processo sobre compra de imóveis no condomínio do Guarujá responderam ao processo na Justiça paulista e foram, sem exceção, absolvidos.
Só o caso de Lula foi levado para Moro e, claro, resultou numa condenação, capenga, como todos sabem.
Os pedidos para a decretação da incompetência jurisdicional foram sucessivos e sucessivamente recusados; ao próprio Moro, ao Tribunal Regional Federal da 4a. Região e ao Superior Tribunal de Justiça e é esta última recusa que Fachin julgou em habeas corpus.
Da mesma forma, foram apresentadas como preliminar a ser examinada nas três instâncias e solenemente rejeitada, embora óbvia.
domingo, 7 de março de 2021
OAB discutirá impeachment de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
A campanha pelo impeachment do “capetão” genocida pode ganhar um importante reforço nos próximos dias. A Folha informa que "o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, avisou a conselheiros que deve convocar para terça-feira (9) sessão extraordinária do plenário da entidade para tratar das omissões de Jair Bolsonaro na condução da pandemia" da Covid-19.
A expectativa é a de que o impeachment seja pauta da reunião. “Após reflexão e conversas com alguns conselheiros penso que podemos antecipar esse debate convocando sessão extraordinária para tratar da pandemia", postou Felipe Santa Cruz em um grupo de WhatsApp.
A campanha pelo impeachment do “capetão” genocida pode ganhar um importante reforço nos próximos dias. A Folha informa que "o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, avisou a conselheiros que deve convocar para terça-feira (9) sessão extraordinária do plenário da entidade para tratar das omissões de Jair Bolsonaro na condução da pandemia" da Covid-19.
A expectativa é a de que o impeachment seja pauta da reunião. “Após reflexão e conversas com alguns conselheiros penso que podemos antecipar esse debate convocando sessão extraordinária para tratar da pandemia", postou Felipe Santa Cruz em um grupo de WhatsApp.
Onda de revoltas no Paraguai serve de alento
Protesto contra o presidente Mario Abdo Benítez. Foto: Cesar Olmedo |
Jair Bolsonaro que se cuide. A explosão de revolta que agita o Paraguai sinaliza o que pode também ocorrer no Brasil. Indignados com a incompetência do governo no enfrentamento à pandemia da Covid-19, os paraguaios tomaram as ruas de Assunção nos últimos dias e exigem a imediata renúncia do presidente direitista Mario Abdo Benítez.
Segundo relato do site alemão Deutsche Welle (DW), "os protestos, que atingiram seu auge na sexta-feira (05) com confrontos com a polícia, já levaram à queda do ministro da Saúde. E os manifestantes querem agora a renúncia do presidente conservador". O clima no país é de explosão social e nem a repressão tem inibido os manifestantes.
Flávio Bolsonaro e a política como negócio
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
O senador Flávio Bolsonaro está sendo criticado por comprar uma casa em Brasília avaliada em cerca de R$ 6 milhões. Tudo indica que foi um bom negócio. De acordo com especialistas do mercado, o imóvel deve valer ainda mais. Foi comparado a uma mansão de traficante de seriado da Netflix. O que é um parâmetro adequado em termos materiais e morais. No entanto, o mais surpreendente é que Zero Um merece a conquista: a aquisição é uma espécie de coroamento de sua trajetória de vida.
O adeus à Ford no Brasil
Por João Dulci, na revista Teoria e Debate:
No início de 2021, a empresa Ford anunciou o encerramento de suas atividades no país. Depois de 100 anos produzindo no Brasil, a decisão envolveu o fechamento das três plantas industriais remanescentes (Taubaté (SP), Horizonte (CE) e Camaçari (BA)), o término dos contratos com fornecedores e prestadores de serviços e, o mais dramático, a demissão de mais de 6 mil trabalhadores diretos, e dezenas de milhares indiretos [1].
Este breve texto objetiva construir algumas interpretações sobre a decisão da multinacional norte-americana, e conta com resultados de uma agenda de pesquisa que conduzimos, Raphael Lima (UFF) e eu. Estrutura-se a partir dos seguintes eixos: a) as razões para o fechamento de uma fábrica; b) a trajetória recente do Brasil em termos da indústria automobilística; c) os incentivos fiscais e os programas setoriais para essa matriz; d)um esforço de diagnóstico sobre as razões pelas quais a Ford foi embora.
No início de 2021, a empresa Ford anunciou o encerramento de suas atividades no país. Depois de 100 anos produzindo no Brasil, a decisão envolveu o fechamento das três plantas industriais remanescentes (Taubaté (SP), Horizonte (CE) e Camaçari (BA)), o término dos contratos com fornecedores e prestadores de serviços e, o mais dramático, a demissão de mais de 6 mil trabalhadores diretos, e dezenas de milhares indiretos [1].
Este breve texto objetiva construir algumas interpretações sobre a decisão da multinacional norte-americana, e conta com resultados de uma agenda de pesquisa que conduzimos, Raphael Lima (UFF) e eu. Estrutura-se a partir dos seguintes eixos: a) as razões para o fechamento de uma fábrica; b) a trajetória recente do Brasil em termos da indústria automobilística; c) os incentivos fiscais e os programas setoriais para essa matriz; d)um esforço de diagnóstico sobre as razões pelas quais a Ford foi embora.
Perseguição a jornalistas explode no Brasil
Por Eduardo Amorim, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) considera que, em 2020, “houve uma verdadeira explosão da violência contra jornalistas e contra a imprensa de um modo geral”. No Relatório 2020 – Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, a entidade contabilizou 428 episódios, um crescimento de 105,77% em relação a 2019. Naquele ano, primeiro do governo de Jair Bolsonaro, o número de casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas já havia registrado aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, tendo chegado a 208 casos.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) considera que, em 2020, “houve uma verdadeira explosão da violência contra jornalistas e contra a imprensa de um modo geral”. No Relatório 2020 – Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, a entidade contabilizou 428 episódios, um crescimento de 105,77% em relação a 2019. Naquele ano, primeiro do governo de Jair Bolsonaro, o número de casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas já havia registrado aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, tendo chegado a 208 casos.
8M: Mulheres repudiam ministra Damares
Da Rede Brasil Atual:
A atuação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves, recebeu uma menção de repúdio na carta dos movimentos sociais com as bandeiras de luta das mulheres neste 8 de Março. O destaque foi feito por conta da ação da ministra contra o aborto legal.
“Repudiamos a ação da Ministra Damares ao tentar impedir de forma criminosa o direito ao abortamento legal, mesmo em situação de violência sexual contra crianças e adolescentes. A maternidade deve ser uma decisão ou não será! Educação sexual para prevenir, anticoncepcionais para não engravidar e aborto legal para não morrer! Legalização já!”, afirma o manifesto, assinado por 82 entidades da sociedade civil, que representam mulheres, negros, trabalhadores, LGBTs, advogados e uma série de segmentos sociais que lutam por direitos no país.
A atuação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves, recebeu uma menção de repúdio na carta dos movimentos sociais com as bandeiras de luta das mulheres neste 8 de Março. O destaque foi feito por conta da ação da ministra contra o aborto legal.
“Repudiamos a ação da Ministra Damares ao tentar impedir de forma criminosa o direito ao abortamento legal, mesmo em situação de violência sexual contra crianças e adolescentes. A maternidade deve ser uma decisão ou não será! Educação sexual para prevenir, anticoncepcionais para não engravidar e aborto legal para não morrer! Legalização já!”, afirma o manifesto, assinado por 82 entidades da sociedade civil, que representam mulheres, negros, trabalhadores, LGBTs, advogados e uma série de segmentos sociais que lutam por direitos no país.
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