domingo, 10 de outubro de 2021

Fome: não é falta de alimentos

Por Ladislau Dowbor, no site Carta Maior:


Ter fome no Brasil é um escândalo. Nos seus 8,5 milhões de quilómetros quadrados, equivalentes a 850 milhões de hectares, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017, nós temos 353 milhões de hectares de estabelecimentos agrícolas. Usa-se estabelecimentos, e não propriedades, porque há proprietários que são donos de numerosos estabelecimentos. Tirando áreas não agricultáveis, temos 225 milhões de hectares de solo agrícola, um imenso potencial de expansão da produção. No entanto, a análise do uso efetivo do solo, a lavoura, mostra que temos apenas 63 milhões de hectares de cultivo, somando agricultura permanente e agricultura temporária. Isso significa que do total de terras agricultáveis (225 milhões) e do que efetivamente usamos para cultivo (63 milhões) restam (arredondando), 160 milhões de hectares de solo agrícola parado ou radicalmente subutilizado com a chamada pecuária extensiva. Trata-se de uma área equivalente a 5 vezes o território da Itália. O Brasil, junto com as savanas africanas, apresenta a maior extensão de solo agrícola parado do mundo. Lembrando ainda que o Brasil tem as maiores reservas de água doce.

Guedes: 200 salários mínimos em um só dia

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Enquanto milhões de brasileiros batalham à cata do próximo e incerto almoço, o incrível Paulo Guedes joga parado.

É aquele jogador que, enquanto os demais se esfalfam, ele boceja e caminha em campo.

A cotação do dólar joga por ele.

Como é de conhecimento geral da nação, o ministro da Economia enriquece enquanto o Brasil vai para o saco.

Tudo por conta da moeda gringa que não para de subir.

Dono de US$ 9,55 milhões no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, ele enche seus cofres enquanto o país ruma ao abismo como produto da sua política econômica.

Folha tenta normalizar offshore de Guedes

Por Caique Lima, no Diário do Centro do Mundo:


Em editorial, a Folha de S. Paulo tenta normalizar a offshore de Paulo Guedes nas Ilhas Virgens Britânicas.

Para o jornal, o caso teve repercussão porque o ministro “está enfraquecido”.

“O caso provoca tumulto porque o titular da Economia está enfraquecido e ainda mais fraco se torna por causa do alvoroço”, diz o texto.

No editorial intitulado “O caso Guedes”, a Folha se une a outros veículos para fazer um trabalho de assessoria de imprensa para o economista.

Lula e a perspectiva real de poder

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Na entrevista coletiva que concedeu ontem em Brasília, onde passou a semana em articulações político-eleitorais, a mídia fez uma clara inflexão de abordagem e desta vez o tratou como candidato com perspectiva real de poder.

A maioria das perguntas buscou respostas dele para o que faria em um eventual governo, a respeito de temas diversos, de regulação da mídia à política de preços de combustíveis, ao meio ambiente e à política econômica.

Houve o momento, nos tempos recentes, em que entrevistas de Lula não atraíam os grandes veículos de comunicação e eram por eles ignorada.

A CPI está no fim; os escândalos, não

Por Fernando Brito, em seu blog:


A Folha dá destaque a mais uma compra escandalosa, de 40 milhões de máscaras (KN-95, inservíveis para uso médico), adquiridas pelo Ministério da Saúde e em parte pagas antecipadamente, num valor de R$ 363 milhões de reais, ao valor do dólar de ontem.


Boa parte do caso já havia sido exposta pelo jornalista Thiago Herdy, no início de agosto, mostrando inclusive as caixas com a inscrição “non-medical” daquele equipamento de proteção individual que se destinavam justamente a médicos, enfermeiros e demais profissionais de Saúde engajados, ainda no início da pandemia, na linha de frente de combate ao coronavírus.

E com um “belo” sobrepreço: R$ R$ 8,65 cada uma.

CPI da Covid: sem pizza no forno

Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no site Vermelho:


É incontestável a importância das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) na estrutura do Estado Democrático de Direito. Elas têm a competência, no âmbito do Poder Legislativo, para investigar e fiscalizar, por prazo certo, fatos determinados, com limites impostos pela Constituição, pelas leis e normas regimentais das Casas Legislativas. Possuem relevância jurídico-social, como direito subjetivo das minorias parlamentares, para assegurar que o Legislativo cumpra sua função fiscalizatória sem que seja impedido ou constrangido pelos grupos parlamentares majoritários.

Os paraísos da corrupção internacional

Guedesgate: Tudo sobre remessa de divisas

Os 200 anos de Anita Garibaldi

sábado, 9 de outubro de 2021

Ruralista abandona Sérgio Reis e Zé Trovão

Mídia esconde Guedes e os paraísos fiscais

Revista Veja, Paulo Guedes e Lei de Meios

Bolsonaro baixa decreto do veneno agrotóxico

EUA X China: uma nova Guerra Fria?

A batalha pelo impeachment de Bolsonaro

O que tem feito o preço da gasolina subir

Guedes, offshore e conflito de interesses

Donos da mídia escondem contas em offshores

Charge: Daron Parton
Por Altamiro Borges

Os vazamentos do Pandora Papers não foram manchete nos jornalões e nem destaque nas TVs. A presença dos barões da mídia nessas operações talvez ajude a explicar a timidez no trato de assunto tão grave. "Da família Marinho aos donos da JP, empresários de mídia estão ligados a offshores", destaca o título da postagem no site Poder-360 nesta quinta-feira (7).

Segundo a matéria, "pelo menos 8 empresários de mídia no Brasil ou seus parentes têm relação com 8 empresas offshore em paraísos fiscais. A lista tem pessoas da família Marinho (Rede Globo), Jovem Pan, Editora Três, além dos filhos gêmeos do apresentador Carlos Massa, o Ratinho". O texto dá detalhes sobre cada um dos ricaços da mídia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Doria, Aécio e bicadas nas prévias tucanas

O declínio de Bolsonaro entre os evangélicos

Por Rafael Rodrigues da Costa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O apoio de Bolsonaro entre os evangélicos parece, enfim, estar com os dias contados. Segundo a última pesquisa Datafolha, 29% dos evangélicos consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom. É o menor índice já registrado desde o início do seu mandato.

De janeiro para cá, a aprovação do presidente derreteu nada menos que onze pontos percentuais entre os religiosos desse segmento, o que indica uma vertiginosa queda de popularidade em um de seus principais bastiões eleitorais.

O que explica o declínio de Bolsonaro entre os evangélicos? Alguns aspectos precisam ser levados em conta. Em primeiro lugar, o fator econômico: os evangélicos estão entre as religiões que mais concentram trabalhadores informais e pessoas de baixa renda, populações que mais estão sofrendo os efeitos perversos da crise econômica como o desemprego, o peso da inflação nos alimentos, habitação e transportes, além da diminuição no auxílio emergencial.