quarta-feira, 4 de maio de 2022

As diferenças do 1º de Maio

Tirinhas do Armandinho/Alexandre Beck
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Duas datas importantes nessa semana serviram para refletir sobre as mazelas a que o Brasil e os brasileiros estão submetidos nesses últimos anos: o 1º de Maio e o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3/5).

No Dia Internacional dos Trabalhadores, enquanto o movimento sindical fazia manifestações contra os retrocessos na legislação trabalhista, por empregos e democracia, o presidente participava de outras pedindo a volta da ditadura, afrontando o STF e criando confusão para desacreditar o processo eleitoral. Isso, porque ele sabe que vai perder e tenta preparar o terreno para suas manobras golpistas, exatamente como fez Donald Trump, nas últimas eleições americanas.

ComunicaSul e a integração latino-americana


Há 10 anos na ativa, a ComunicaSul acumula larga experiência na cobertura de processos eleitorais e eventos políticos relevantes no continente. Com viagem marcada para cobrir a eleição colombiana, neste mês de maio de 2022, o grupo tem o propósito de fazer trabalho de campo e produzir jornalismo contra-hegemônico, refletindo as perspectivas das maiorias e dos movimentos sociais, utilizando o colaborativismo e solidariedade como formas de financiamento e sustentabilidade.

Um perigo solto no ar

Charge: Duke
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Bem, na verdade não há um: são milhares e milhares de perigos que não flutuam no ar, se alastram na vida real do processo de destruição que se instalou em todo o país.

Mas há um em especial que vem me preocupando mais e mais a cada dia: que Jair Messias tente um golpe antes das eleições.

Que vai tentar um depois da sua esperada derrota pode ser considerado favas contadas. 

Mas do jeito que ele vai aumentando a tensão pelo menos duas vezes por dia, que vai manipulando impunemente as Forças Armadas, especialmente a mais poderosa delas – o Exército – que, aliás, se deixam mansamente manipular, que vai confrontando a Constituição na certeza de que Arthur Lira, presidente da Câmara, irá continuar guardando na gaveta um sem-fim de pedidos de impeachment, que vai destroçando as relações institucionais – enfim, continuar esse jeito de Jair Messias ser cada vez mais Jair Messias, não seria surpresa se ele tentar o tal golpe antes das eleições.

'Meio' bolsonarismo? Há 'meia ditadura'?

Charge: Miguel Paiva
Por Fernando Brito, em seu blog:


Carregando uma rejeição que oscila entre 50 e 60% dos brasileiros, que o acham ruim ou péssimo, uma conta de mais de 660 mil mortos da pandemia, uma inflação que só se equipara aos números de quase 30 anos atrás, Jair Bolsonaro não se acanha em atropelar as regras da democracia, agitar suas hordas pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e a volta do AI-5.

É pouco ou alguém quer mais para entender que uma improvável, mas possível, recondução do atual presidente não é a porta aberta, mas escancarada, para a implantação de um regime cujo níveis de autoritarismo faça o que temos hoje parecer uma Suécia?

O povo quer derrotar Bolsonaro

Como acabar com Bolsonaro

Perigos da compra do Twitter por Elon Musk

O que outubro nos reserva?

Cidade: combate à desigualdade e à violência

terça-feira, 3 de maio de 2022

Bolsocaro inviabiliza presente no Dia das Mães

Bolsonaro: tragédia e estagflação

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

A tragédia em que tem se transformado a realidade brasileira, desde a posse do governo Bolsonaro, se parece bastante com uma daquelas muitas séries que sempre deixam no ar a sensação de que está em produção mais uma temporada a ser oferecida em breve ao público. No nosso caso, porém, esperamos todos que essa terrível sucessão de desgraças seja interrompida a partir dos resultados das eleições marcadas para outubro próximo.

Como reduzir o preço dos combustíveis?

Futuro da micro empresa e a falta de crédito

O mundo está se organizando em blocos?

Os 45 anos das "Mães da Praça de Maio"

Disputa em 2022 é entre civilização ou horror

Bolsocaro inviabiliza presente no Dia das Mães

Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges


O “capetão” Jair Bolsonaro, já apelidado de “Bolsocaro”, está infernizando a vida de milhões de famílias, destruindo seus sonhos e perspectivas. Pesquisa feita pelo Instituto Reclame Aqui mostra que 75% dos brasileiros não comprarão presentes do Dia das Mães no próximo domingo (8). O principal motivo para essa frustração é a disparada dos preços, a carestia de vida.

A sondagem foi publicada pelo jornal Valor. Ela aponta que 42% dos 6 mil consumidores ouvidos culpam a inflação pela impossibilidade da compra de presentes para as mães. Outra parcela cita o desemprego e a queda de salários. Já entre os entrevistados que vão presentear, 62% afirmam que gastarão valor igual ou menor do que gastaram em 2021.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Bolsonaristas hostilizam até equipe da Record

Charge: Machado
Por Altamiro Borges

Nem as emissoras amigas do "capetão", como a fundada pelo "bispo" Edir Macedo, escapam da fúria e da insanidade dos bolsonaristas. O site Notícias da TV informa que "uma equipe de reportagem da TV Vitória, afiliada da Record no Espírito Santo, foi hostilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 1º de Maio".

Os profissionais tiveram que deixar o protesto dos fascistas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e por intervenção militar, realizado em Vitória (ES). "Os jornalistas precisaram ser escoltados pela Guarda Municipal para não sofrer agressões físicas de quem estava no local", descreve o site. Os bolsonaristas são realmente doentes, violentos e perigosos!

O Brasil e seus vizinhos

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Volto a falar um pouco do futuro. Queria dizer hoje algumas palavras sobre a integração do Brasil com a América Latina e o Caribe. É importante retomá-la, desfazendo os estragos produzidos nos governos Temer e Bolsonaro e indo além do que conseguimos nesse tema em períodos anteriores.

A importância da integração do Brasil com a sua vizinhança cresceu com a chamada “desglobalização”, na esteira da pandemia da Covid 19 e das consequências da guerra na Ucrânia. Depois desses dois choques monumentais, os países que prezam a sua autonomia e segurança se deram conta de que não podem continuar na dependência de cadeias produtivas longas, de uma ponta a outra do planeta. Iniciou-se assim um movimento de nacionalização ou regionalização da produção de bens e insumos estratégicos. Reshoring ou nearshoring são as expressões em inglês. (Faço questão de incluir os termos em inglês porque isso sempre ajuda um pouco a vencer as resistências do vira-latismo nacional).

2013 e a vacina contra o golpe anunciado

Charge: Aroeira
Por Luiz Eduardo Soares

Vocês me desculpem voltar a 2013, pela enésima vez, mas essa minha obsessão cumprirá o papel de nos conduzir ao tema inescapável: o golpe que Bolsonaro está montando - e anunciando -, peça a peça, passo a passo.

Qual a versão predominante nas esquerdas sobre 2013 (embora, felizmente, haja outras)?

As ruas foram tomadas por fascistas e despolitizados, liderados por interesses internacionais, que visavam a derrocada do governo Dilma e a estigmatização do PT.

Vocês sabem o que me impressiona nessa leitura simplificadora?

A rapidez com que uma interpretação se consagra quando confirma convicções anteriores e reforça os próprios valores. É muito difícil reconhecer contradições e lidar com a complexidade.

Dizer que 2013 revelaria suas verdadeiras intenções no golpe parlamentar do impeachment é mais ou menos como afirmar que a Igreja Católica medieval teria desvelado as intenções verdadeiras do cristianismo primitivo, ou que o stalinismo teria desnudado a verdadeira essência do marxismo, ou que a mercantilização das calças rasgadas e dos demais itens associados ao mundo hippie teriam demonstrado o caráter intrinsecamente (pequeno) burguês e capitalista do movimento libertário dos anos 1960, etc.