terça-feira, 12 de julho de 2022

De novo, o tumor Bolsonaro

Charge: Pete Kreiner
Por Cristina Serra, em seu blog:


A morte a tiros do guarda municipal Marcelo de Arruda, em Foz do Iguaçu, evidencia o quanto a violência associada à campanha eleitoral já está disseminada e tende a piorar. Mas o assassinato do militante petista pelo bolsonarista Jorge José Guaranho não é o primeiro ato de violência política neste Brasil inoculado pelo vírus da brutalidade.

É preciso recuar no tempo. O marco zero do ciclo de barbárie é 14 de março de 2018, com o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, quando o Rio de Janeiro estava, havia um mês, submetido à intervenção federal na segurança pública, algo inédito desde a Constituição de 1988.

Violência bolsonarista repercute no exterior

Por Altamiro Borges

A escalada da violência fascista no Brasil – que adquiriu contornos trágicos neste sábado (9) com o assassinato de um dirigente petista em Foz do Iguaçu (PR) – já é destaque na imprensa internacional. Conforme registra o colunista Nelson de Sá, na Folha, a bárbara execução virou notícia nas principais agências internacionais e nos maiores veículos do mundo.

“A cobertura externa dos ataques à campanha petista já vinha crescendo, com relatos como ‘polícia prende homem que jogou explosivo no comício de Lula’, na Bloomberg, e ‘ex-presidente passa a usar colete à prova de balas’, do argentino Ámbito Financiero a portais chineses como Sina Finance”.

Violência de Bolsonaro é contra a democracia

Charge: Miguel Paiva
Por Guiomar Prates, no site Vermelho:


Reunião realizada nesta segunda (11) entre o pré-candidato a presidente Lula, seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin e os presidentes dos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil definiu por apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil. Também divulgaram nota conjunta intitulada A violência de Bolsonaro é contra a democracia: o Brasil precisa de paz.

No início, um minuto de silêncio em memória de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz de Iguaçu, assassinado no sábado na festa de aniversário de 50 anos, por um bolsonarista incomodado com a temática da festa em apoio a Lula.

O isentão é cúmplice do fascismo

Charge: Machado
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O fascista Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipal Marcelo Aloizio Arruda, em Foz do Iguaçu, está vivo, depois de ter sido dado como morto pela polícia.

Por que a informação era errada e todos os jornais publicaram? É muito provável que para tentar proteger o assassino de reações da população. Mas a guerra de Foz pode se alastrar por toda parte.

A repercussão desse crime vai nos dizer, a partir principalmente das omissões e dos silêncios dos isentões, o que poderemos ter mais adiante.

Os isentões, os que acham que são o Brasil que deu certo, a turma do me deixa fora disso do Carlinhos Brown, todos eles são cúmplices do avanço do fascismo.

Os isentões são os militantes mais admirados pela extrema direita. A militância do isentão é a que mais faz bem ao bolsonarismo.

Conspiração militar e pistolagem política

Charge: Paixão
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O comportamento das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas brasileiras não é o esperável de comandos profissionais, legalistas e leais à Constituição.

Os comandantes militares sabem disso. Eles também sabem perfeitamente o que estão fazendo, mas perigosamente continuam se distanciando da legalidade e da institucionalidade.

Não são só os setores democráticos brasileiros que vêm alertando sobre a postura antiprofissional e conspirativa dos chefes militares que, ao interferirem na política, agem como milícias fardadas.

O mundo inteiro também já percebeu que eles ameaçam a democracia, intimidam as instituições civis e planejam replicar no Brasil um processo semelhante ao ocorrido em 6 de janeiro de 2021 nos EUA, a invasão do Capitólio.

A indústria das armas lucra com a morte

Charge: Sebastien Thibault 
Por Jair de Souza

Quando teve início a conflagração militar aberta na Europa, com a intervenção das tropas da Federação Russa na Ucrânia, muita gente acreditava que seria um conflito de curta duração.

Em razão da superioridade das forças militares russas face às ucranianas e considerando que os russos estavam atuando em um território onde a esmagadora maioria de seus habitantes lhes era simpática (não podemos nos esquecer que a região de Donbass é majoritariamente composta por pessoas de nacionalidade e língua russas, que vinham sofrendo violenta repressão desde o ano 2014 por parte do governo central em Kiev e dos batalhões neonazistas a ele vinculados), nada mais lógico do que antever um rápido desfecho para este conflito.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

O primeiro cadáver

Charge: Fredy Varela
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Basta recordar a postura de Jair Bolsonaro, através de estímulos verbais - discursos e ameaças -, e materiais - pela liberação geral da posse de armas - para reconhecer que a morte de Arruda era um evento mais do que previsível.

O local talvez não fosse Foz do Iguaçu.

A vítima não precisava estava comemorando o aniversário em companhia de amigos e da família.

Mas é óbvio que o permanente estímulo do Planalto à violência política, ao longo de três anos e seis meses de mandato de Bolsonaro não poderia ter outro resultado.

Não custa lembrar que a palavra de um presidente da República sempre carrega uma promessa de impunidade.

Barbárie no Paraná e as 'polianas' do terror

Ilustração: Crisvector
Por Fernando Brito, em seu blog:

É preciso dar nome às coisas pelo nome que elas merecem.

Terrorismo tem este nome porque se destina a implantar o medo extremo, isto é, o terror.

E está claríssimo que o bolsonarismo, a começar do seu chefe, quer incutir o medo ao eleitores de Lula.

E cada um de nós pode ser testemunha de que isso funciona: quem não deixou de usar uma camiseta, de fazer um comentário, de tirar um adesivo da camisa ao entrar em um bar, um restaurante?

Se isso acontece, acontece com intensidade, é claro que a natureza dos crimes – e não apenas o bárbaro assassinato de sábado à noite – visam amedrontar e afastar as pessoas do exercício do seu direito à livre manifestação política.

Portanto, da democracia.

Marcha com Jesus garfa R$ 1,7 mi em emendas

Terrorismo no Paraná e a cobertura da mídia

As ameaças do bolsonarismo não são irreais

A cultura e o projeto de desenvolvimento

Lula tenta apaziguar disputa ao Senado no RJ

Fortalecer a educação pública democrática

Promover o caos e cancelar as eleições

A globalização que a China oferece ao mundo?

Impacto dos auxílios de Bolsonaro na eleição

O que a extrema-direita está preparando?

domingo, 10 de julho de 2022

Marcha com Jesus garfa R 1,7 mi em emendas

Charge: Gilmar
Por Altamiro Borges

Os fariseus bolsonaristas e a mídia chapa-branca fizeram o maior escarcéu com o patrocínio concedido pela prefeitura de São Paulo ao ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, no 1º de Maio deste ano – de R$ 187 mil para a cantora Daniela Mercury e outros quatro artistas. Já a chamada Marcha com Jesus, neste sábado (9), garfou R$ 1,7 milhão e não teve tanta gritaria dos hipócritas.

Segundo relato da Folha, o evento evangélico – que serviu de palanque eleitoral para o “capetão” Jair Bolsonaro – “recebeu R$ 1,7 milhão em emendas de vereadores paulistanos para a edição de 2022. João Jorge (PSDB) destinou R$ 1 milhão, e o Missionário José Olímpio (PL), R$ 710 mil”. Como relembra o jornal, os gastos nessas marchas sempre foram milionários.

O ataque terrorista ao Porta dos Fundos

Imagem do Facebook do Porta dos Fundos
Por Altamiro Borges


A produtora de humor Porta dos Fundos, que reúne talentos como Gregorio Duvivier e Fábio Porchat, completa em agosto 10 anos de vida. Nessa longa trajetória de sucesso, sempre sob forte ataque das forças reacionárias, um episódio evidenciou os riscos da ascensão do fascismo no país – servindo agora de alerta para a campanha eleitoral deste ano.

Na véspera do Natal de 2019, já em plena treva bolsonariana, a produtora sofreu um ataque em sua sede em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. O prédio foi alvo de bombas e teve um princípio de incêndio. O grupo fascista intitulado “Comando de Insurgência Nacionalista da Família Integralista Brasileira" assumiu a autoria do atentado terrorista.