quinta-feira, 3 de novembro de 2022

General Mourão continua a guerra fascista

Charge: Enio
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”.
Eduardo Bolsonaro, antes do primeiro turno da eleição de 2018.

O general Hamilton Mourão funciona como o falso-gênero do militar democrata, profissional, legalista e civilizado. Na realidade, no entanto, o brutamontes não passa de um Bolsonaro “perfumado”, por assim dizer.

Mourão é tão antidemocrático, autoritário e contrário ao STF quanto o Bolsonaro. Eles jogam no mesmo time – ou melhor, no mesmo Partido Militar – que desacredita as instituições e combate “o sistema”.

A diferença entre eles é que o general subiu na carreira militar e o capitão ganhou o prêmio da promoção, ao invés de ser expulso do Exército por prática terrorista. O baderneiro planejou explodir bombas-relógio em instalações militares no Rio de Janeiro em 1988.

O futuro do bolsonarismo e da democracia

Charge: Adnael
Por Luis Nassif, no jornal GGN:


Peça 1 – os bolsonaristas

Fui ver de perto as manifestações em frente ao quartel, no Ibirapuera, em São Paulo.

Havia de tudo, o jovem de periferia que dizia que iria salvar o país, famílias com crianças, senhoras de mais idade, um lúmpen de periferia, majoritariamente da faixa até 5 salários mínimos, casais educados e valentões dos grotões.

Enfim, um grupo diverso vestindo camisetas verde-amarelas e cantando com emoção o hino nacional.

Não é a ultradireita.

É um pessoal que jamais teve participação política, que foi abandonado pelos partidos e movimentos e conquistados pelas igrejas e pelo bolsonarismo. É um grupo ridiculamente amador. Mas, por trás dele, tem a ultradireita, violenta, armamentista e armada. E, no comando, um capitão baratinado.

No início, houve o silêncio de Bolsonaro, enquanto os filhos e o gabinete do ódio convocaram baderneiros para açular os quartéis.

Bolsonaro chocou o ovo do golpe que gorou

Charge: Nando Motta
Por Fernando Brito, em seu blog:

A quinta-feira começou com alguns bloqueios de estradas, mas é visível que este movimento está politicamente acabado e o ponto de viragem não foi nem as falas “1 e 2” de Jair Bolsonaro, tardias e de indisfarçável simpatia pelos que faziam arruaças, mas a entrada das forças policiais dos Estados na liberação das vias, diante da evidente simpatia da Polícia Rodoviária Federal às ações ilegais.

Já é hora, portanto, de ver aquilo que é o rescaldo político do espasmo pós-eleitoral do bolsonarismo.

E a primeira constatação é que isso diminuiu a expressão política e institucional do ainda presidente e de seus adeptos, ao mesmo tempo em que acentuou – e muito – a sua periculosidade.

O faniquito golpista após eleição de Lula

Atos antidemocráticos nas redes sociais

Bolsonarismo segue vivo após as eleições?

O bolsonarismo sem Bolsonaro

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Idolatria bolsonarista assusta a sociedade

Bloqueios golpistas tendem a se enfraquecer

Lula e um país em carne viva

Charge: Mau
Por Cristina Serra, em seu blog:


Bolsonaro, nunca mais teus maus bofes, tua vulgaridade e tuas mentiras, tuas agressões às mulheres, teus arrotos e palavrões, tuas ofensas aos negros, aos povos indígenas e aos brasileiros do Nordeste, teu ódio aos pobres.

Nunca mais teus fardados bolorentos, teus valentões de Twitter, tuas falanges raivosas, tuas milícias terroristas. Como disse o anônimo haitiano que te enfrentou, em 2020: “Bolsonaro, acabou”.

Bolsonaro nunca mais? Não, seus 58 milhões de votos não permitem tal afirmação. As urnas mostraram que vencedores e vencidos têm projetos de país inconciliáveis e pouquíssima capacidade de se comunicar, mas, ao realizar a façanha de se eleger para o terceiro mandato, Lula já diz a que veio.

Uma vitória política gigante

Foto: Ricardo Stuckert
Por Valerio Arcary, no jornal Brasil de Fato:


'A alegria é a saúde da alma. Não há alegria sem sobressalto' - Sabedoria popular portuguesa

1. Merecemos estar alegres, ainda que preocupados.

A eleição de Lula foi uma vitória política gigante, ainda que, eleitoralmente, estreita, por duas razões fundamentais:

(a) tratava-se de uma disputa dificílima quando consideramos a relação social de forças desfavorável estabelecida no país desde 2015/16 que garantiu, a partir das mobilizações reacionárias de alguns milhões nas ruas insuflados pela Lava Jato, o golpe institucional contra Dilma Rousseff e a prisão de Lula, a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, e um processo de acumulação de derrotas que passou pela reforma trabalhista, a Lei do Teto dos Gastos e a reforma da Previdência, sem que o desgaste do governo na pandemia, que abriu uma inflexão, fosse suficiente para garantir a massificação da campanha pelo impeachment em 2021;

O real tamanho de Bolsonaro

Charge: Bruno Struzani
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Analistas da mídia comercial, e até do campo progressista, dão como certo que Bolsonaro sai da eleição com um grande capital político, capaz de torná-lo um forte líder de oposição.

Se tomarmos como parâmetro o número de votos que ele obteve no segundo turno, cerca de 58 milhões, não há dúvida de que o capitão fascista conta com cacife para comandar as forças políticas que se oporão a Lula.

Mas o buraco é mais embaixo. Afora a constatação histórica de que o fascismo precisa do controle do Estado para se consolidar, crescer e aumentar seu poder de fogo, é importante examinar outras variáveis de curto e médio prazos. A saber:

1) Como ficará Bolsonaro sem o Auxílio Brasil turbinado, sem o vale-gás ampliado e sem o derrame de dinheiro para caminhoneiros e taxistas?

Lula indica Alckmin para a transição

O mundo respira aliviado com vitória de Lula

Golpe é do agronegócio, não de caminhoneiros

O último suspiro do bolsonarismo

O MST e a vitória de Lula

terça-feira, 1 de novembro de 2022

O significado mundial da vitória de Lula

Umpiérrez/Rebelión
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


A histórica vitória de Lula ganhou muito destaque nos principais jornais do mundo.

O The New York Times, por exemplo, publicou várias matérias sobre o assunto, com grande visibilidade e ênfase. O mesmo aconteceu com jornais e revistas da Europa e da América Latina.

A vitória de Lula foi a grande manchete do planeta.

Pudera. Em primeiro lugar, trata-se de uma ressureição política poucas vezes vista na história.

Há poucos anos, Lula, como ele mesmo diz, estava enterrado vivo nas masmorras do Juiz Sergio Moro e de seus procuradores políticos, que o condenaram sem provas, apenas com base em depoimentos extraídos de acusados em desespero e em adolescente power point.

Na época, diziam que Lula estava “acabado para sempre” e que o PT tinha sido “destruído”.

Bolsonaro semeou o golpismo e se isolou

Charge: Thiago
Por Umberto Martins, no site da CTB:


O chefe da extrema direita brasileira continua expondo o Brasil ao vexame mundial. Até o início da tarde desta terça-feira (1), Bolsonaro ainda não tinha se pronunciado sobre o pronunciamento das urnas no domingo, 30 de outubro. Uma vergonha.

A leitura do seu prolongado e eloquente silêncio é de que continua apostando suas fichas num novo golpe de Estado e, por debaixo do pano, estimula o movimento criminoso de bloqueio nas rodovias, liderado por ruralistas, empresários do setor de transportes e um pequeno grupo de caminhoneiros.

Abandonado por aliados e assessores

Conforme notou o jornalista Tales Farias, em sua coluna desta terça (1) no Uol, o presidente “esperou durante toda a segunda-feira, 31, pela adesão popular, que não ocorreu, às manifestações de nas estradas. Agora se sente isolado e abandonado por aliados e até por assessores”.

Golpistas bolsonaristas não aceitam derrota