terça-feira, 4 de abril de 2023

Bolsonaro é um problema da Justiça

Charge: Duke
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Bolsonaro só continuará sendo uma figura da política, com alguma possibilidade de ressurreição, se ainda for tratado com leniência pelo sistema de Justiça.

A política já fez, com os meios da democracia, o que deveria ter sido feito. Bolsonaro e seu projeto de perpetuação do fascismo foram derrotados no ano passado.

A eleição de Lula tirou Bolsonaro do jogo no curto prazo. No médio e no longo, tudo depende do sistema de Justiça.

O retornado de Orlando só continuará sobrevivendo como ameaça à democracia se for tratado pelo Ministério Público e pelo Judiciário com a cordialidade que mereceu em quatro anos de governo.

Bolsonaro e a extrema direita toda foram tratados com fineza e condescendência e escaparam sempre.

Governo Lula: resgate de uma prioridade

Reunião ministerial, 03/4/23. Foto: Ricardo Stuckert
Por Frei Betto, em seu site:


Lula já declarou que 4 anos passam muito rápido e ele tem pressa. Sabe que seu desafio prioritário é administrar um conjunto de medidas socioambientais: reduzir a desigualdade social; erradicar a fome e diminuir a insegurança alimentar; fazer a inflação refluir; evitar o desmatamento de nossos biomas; proteger os povos indígenas; preservar a floresta amazônica; reindustrializar o país; aumentar investimentos em infraestrutura.

São medidas semelhantes às de seus dois primeiros mandatos e que o fizeram deixar o governo com 87% de aprovação. Na época, seu polo opositor era o PSDB que, visto de hoje, pode ser comparado a uma elegante dama que, numa batalha de canhões, empunha luzidia esgrima.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Bolsonarista da Caixa vira réu por assédio

Datafolha: maioria apoia Lula contra juros

Ciro Gomes destilará veneno na Jovem Klan

O 'diálogo' civil-militar

Ilustração da internet
Por Manuel Domingos Neto

Oficiais reagem mal à ideia de a Defesa Nacional ser formulada e conduzida pelo poder político. Consideram que orientações sobre tal matéria devem ser fruto do “diálogo” civil-militar. Desta forma, rejeitam o princípio da soberania popular que fundamenta a democracia moderna. É uma ideia que amesquinha a Carta e é inexequível.

Ao castro o que é do castro, ao político o que é do político. O político não deve nem pode se imiscuir no que é intrínseco à corporação. Corporação militar tem seu jeito único, que precisa ser respeitado nos limites da lei e segundo prescrições da Defesa Nacional. Intromissão externa no quartel é deletéria e quimérica: comandantes não podem abdicar de suas autoridades e corporações não abrem suas caixas pretas sob pena de se esvaírem. O castro acumula experiência milenar. O mais renovador dos exércitos incorpora Sunt Tzu, Aníbal, César, Napoleão...

O avanço tecnológico e o neoliberalismo

Por Jair de Souza


Nas últimas semanas, o tema dos avanços científicos na área da inteligência artificial ocupou boa parte dos espaços nos meios de comunicação. Face a isto, pudemos constatar reações de caráter nitidamente contraditório.

Muitos demonstraram sua satisfação, por vislumbrar uma perspectiva de elevação do nível de vida de nossa população em razão da ampliação do controle humano sobre as forças produtivas. Outros, no entanto, encararam esta mesma questão com um indisfarçável temor: a possibilidade de que boa parte de nossa população se torne supérflua e, por isso, passe a fazer parte dos descartáveis de nossa sociedade.

domingo, 2 de abril de 2023

Bolsonaro descartou canetas de insulina

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


Uma auditoria do Tribunal de Contas da União divulgada na semana passada apontou que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem estoque para apenas mais um mês de canetas de insulina. A escassez da medicação, causada pela política genocida do “capetão” Jair Bolsonaro, pode ser fatal para os pacientes com diabetes do tipo 1 e o governo Lula já anunciou que deverá fazer uma licitação de emergência para conseguir o produto.

Bolsonarista da Caixa vira réu por assédio

Por Altamiro Borges


O pegajoso bolsonarista Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, virou réu pelos casos de assédio sexual e moral contra os funcionários do banco. Na semana passada, a Justiça Federal aceitou a ação ajuizada em Brasília pelo Ministério Público (MPF) e agora ele responderá criminalmente pelas denúncias. Se for condenado ao final do processo, ele pode pegar pena de até 74 anos de prisão.

Os crimes do tarado da Caixa foram revelados pelo site Metrópoles em junho passado. “Foi já durante o trabalho de apuração jornalística que o procedimento do MPF teve início. Temendo represálias e perseguições, as vítimas resolveram levar o caso à Procuradoria porque, assim, se sentiriam mais protegidas... O escândalo, o primeiro no Brasil envolvendo um personagem de relevo da cúpula do poder, resultou na queda imediata de Pedro Guimarães. Ele deixou o cargo um dia após a publicação da primeira reportagem”, jacta-se o site.

Agressões a jornalistas cresceram 23% em 2022

Charge: Machado/RSF
Por Altamiro Borges


No último ano das trevas bolsonarianas, os ataques aos profissionais da imprensa – pincipalmente às mulheres – cresceram 23% na comparação com 2021, segundo um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O “familícia” Bolsonaro foi responsável por 41,6% dos casos de violência.

O levantamento foi divulgado na quarta-feira passada (29) durante um debate em São Paulo sobre as ameaças à liberdade de expressão. Ele contabiliza agressões verbais e físicas feitas diretamente a profissionais e também os chamados discursos estigmatizantes, que buscam descredibilizar o trabalho jornalístico.

Anderson Torres pode apodrecer na cadeia

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

O deprimido Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, pode apodrecer na cadeia sozinho e esquecido. O jornal O Globo destaca neste domingo (2) que “à medida que as investigações da Polícia Federal avançam, ele fica mais enrolado. De todos os lados. Em relação à ‘minuta do golpe’, mais uma discrepância foi apurada. O ex-ministro disse que o documento golpista foi entregue a ele por sua secretária. Ela, no entanto, foi taxativa em seu depoimento: ‘Nunca entreguei nada’”.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Piquet esconde joias ilegais de Bolsonaro

Bolsonaro produz o fracasso de um retornado

Charge: Zepa
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Bolsonaro tenta chamar Lula para a briga, logo na chegada, para tentar compensar o fiasco retumbante da volta, com meia dúzia de manés no aeroporto e na sede do PL.

É o maior fracasso de um retornado em toda a história de fugas (o caso dele) e exílios forçados, voluntários e assemelhados.

Nunca antes um ex-presidente retornou ao próprio país e teve uma recepção tão constrangedora. Nunca. Não há outro exemplo de fracasso com essa dimensão.

A recepção ao elemento é a primeira demonstração de que ele está morto politicamente e apenas será arrastado de um lado para outro por Valdemar Costa Neto, até ser abandonado.

O Plano Haddad e o futuro

Foto: Diogo Zacarias
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


O marco fiscal apresentado pelo ministro Fernando Haddad e equipe ditará o futuro da economia brasileira nos próximos quatro anos (logo, o de tods nós), e por decorrência o futuro do governo Lula e o destino político do próprio Haddad. Afora a consistência técnica, a costura política prévia foi bem feita, aplainando o caminho para a aprovação no Congresso.

A proposta conseguiu atender à demanda fiscalista, de regras para equilibrar as contas federais e controlar a evolução da dívida pública, e também à exigência, digamos, social-desenvolvimentista do presidente Lula, ao garantir espaço para o investimento e o crescimento, e também para as políticas sociais. Haddad chegou o mais próximo possível do desafio por ele mesmo definido como "agradar de Campos Neto a Gleisi Hoffmann". Nem o presidente do BC nem a presidente do PT soltaram fogos mas também não a atacaram.