Por Jair de Souza
Pelo que podemos deduzir com a leitura dos noticiários recentes, o atual presidente do Banco Central, que foi indicado para o cargo pelo anterior governo nazista-bolsonarista, está decidido a manter a taxa de juros no patamar em que se encontra (13,75%) ou, se possível, elevá-la ainda mais.
Muitos andam se perguntando quais as razões que estariam por trás de tal determinação, uma vez que, no final das contas, a perspectiva é de que as consequências dessa medida venham a ser tremendamente negativas para o conjunto de nosso país.
Adianto aos leitores que não me incluo entre os que acreditam que o presidente do BC esteja agindo tão somente em função de um plano que visaria inviabilizar a toda custa o novo governo encabeçado por Lula, a despeito dos sérios prejuízos que isso possa acarretar para a nação, inclusive para os grupos socioeconômicos com os quais ele abertamente se identifica. Se ele se mantém incólume em sua atuação, é porque ele deve contar com suficiente sustentação.
quarta-feira, 12 de abril de 2023
terça-feira, 11 de abril de 2023
segunda-feira, 10 de abril de 2023
Nas entrelinhas das demissões na Rede Globo
Charge: Dane Mark/Getty Images |
O que tem acontecido nos últimos dias nas redações da Globo ultrapassa um processo de demissão em massa para enxugar a folha salarial. É um processo de desmonte que fica muito claro quando se sabe quem está sendo demitido. Em primeiro lugar, como está claro, sai uma leva de veteranos talentosíssimos sem os quais não teria sido criado o tal padrão Globo de qualidade.
É uma turma que está entre 50 e 60 anos, alguns construíram toda a sua carreira nesta única empresa. A mesma que chega agora e lhes diz: “Não precisamos mais de você.” As demissões não são apenas para economizar na folha salarial. Elas indicam um desmonte do modelo de negócios, a desarticulação da sua operação de jornalismo tal como a conhecemos hoje, com cinco telejornais nacionais diários (fora o jornalismo local que sempre foi muito importante na grade da emissora).
É uma turma que está entre 50 e 60 anos, alguns construíram toda a sua carreira nesta única empresa. A mesma que chega agora e lhes diz: “Não precisamos mais de você.” As demissões não são apenas para economizar na folha salarial. Elas indicam um desmonte do modelo de negócios, a desarticulação da sua operação de jornalismo tal como a conhecemos hoje, com cinco telejornais nacionais diários (fora o jornalismo local que sempre foi muito importante na grade da emissora).
A estrutura do fascismo está intacta
Ilustração: Pariplab Chakraborty |
Não há mais o que dizer sobre o balanço dos cem dias do governo Lula. Mas pouco se disse sobre o balanço dos cem dias da extrema direita fora do poder e ainda viva e ativa.
O fascismo está intacto. A estrutura política e criminosa, assumidamente envolvida na tentativa de golpe, ainda não foi abalada.
A base social se reanima e se rearticula. É mobilizada pelo sentimento de que os terroristas presos depois do 8 de janeiro são parte do custo da guerra e apenas perdas pontuais distantes da maioria impune.
É nesse contexto que são percebidas as romarias de pretensos arrependidos em direção a Brasília, virtual ou presencialmente.
Enquanto se reorganizam, os arrependidos pedem trégua e mandam recados. Não são os pequenos, amadores e subalternos, mas os arrependidos do primeiro time de golpistas e terroristas.
Um tiro no pé do ministro Haddad
Embora com a ressalva desnecessária de que há decisões que cabem ao presidente Lula, o ministro Haddad disse em entrevista à FSP (08/04) que uma política para o salário mínimo “deveria entrar na ordem do dia no segundo semestre”.
Com esta declaração o ministro contrariou aquilo que já era decisão do governo e vontade do presidente, de anunciar no 1º de maio o novo reajuste do salário mínimo, juntamente com a proposta de sua valorização como política permanente, a ser enviada ao Congresso Nacional.
Para tanto foi criado um grupo de trabalho interministerial com participação das direções sindicais para elaborar o novo projeto e quantificar o reajuste com prazos de funcionamento compatíveis com o cronograma previsto.
domingo, 9 de abril de 2023
PF investigará grupos neonazistas no Brasil
Charge: Ricardo Welbert |
Antes tarde do que nunca. Finalmente, a Polícia Federal vai investigar a ação de grupos neonazistas no Brasil. A decisão foi tomada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, na quinta-feira (6). Ele determinou a abertura de um inquérito com base na existência de “indícios da atuação interestadual” destas células terroristas. O bárbaro assassinato de quatro crianças em uma creche em Blumenau e uma investigação da Polícia Civil de Santa Catarina motivaram a decisão do governo federal.
Lula cancela privatizações e mídia esperneia
Charge publicada no Sindibancários/ES |
Cumprindo compromisso da campanha eleitoral, o presidente Lula cancelou nesta quinta-feira (6) o processo de privatização de sete estatais, retirando-as do Programa Nacional de Desestatização (PND). São elas: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT); Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep); Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).
4º Encontro de Ativistas Digitais de São Paulo
Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:
A Comissão Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais, com o apoio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, realiza no dia 6 de maio o 4º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de SP.
O evento acontece das 9h às 17h, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo - Sindisep (na rua Quitanda, 101 - Centro, São Paulo - SP), com o propósito de debater formas de fortalecimento da mídia alternativa em São Paulo e no Brasil, além de propostas para a democratização da comunicação e a regulação democrática da mídia e das plataformas digitais.
O evento acontece das 9h às 17h, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo - Sindisep (na rua Quitanda, 101 - Centro, São Paulo - SP), com o propósito de debater formas de fortalecimento da mídia alternativa em São Paulo e no Brasil, além de propostas para a democratização da comunicação e a regulação democrática da mídia e das plataformas digitais.
Vitória contra a privatização merece um brinde
Abrigo Santa Terezinha, em Bacabal, no Maranhão, onde estão famílias desabrigadas pelas cheias (09/4/23) Foto: Ricardo Stuckert |
Em duas canetadas, Lula permitiu que as famílias brasileiras façam uma pequena celebração política na Páscoa de 2023.
O presidente assinou as primeiras medidas para interromper o processo privatização e entrega de empresas estatais, projeto essencial da política economica entreguista de seus antecessores, que governaram o país entre o golpe de Michel Temer em 2016 e a derrota de Jair Bolsonaro em 2022.
Três empresas foram retiradas do PPI, o programa de parceria de investimentos. A Conab, de abastecimento. A Telebrás, de Comunicações. E claro, a Petrobras, marco histórico da luta da população brasileira por sua soberania.
O papel da mídia no estímulo à violência
Por André Curvello
Os ataques a escolas no Brasil são uma triste realidade. Desde o ano 2000, quase 40 estudantes e professores foram mortos e mais de 70 ficaram feridos em ataques ocorridos em estabelecimentos de ensino em todo o país.
Esse fenômeno, que antes era visto principalmente em outros países, como nos Estados Unidos, agora se multiplica por aqui.
A imprensa tem dado grande espaço para a questão, abordando vários aspectos, como as motivações dos perpetrantes, seu perfil psicológico e social, e a segurança nos estabelecimentos de ensino.
No entanto, muitas vezes a mídia negligencia o debate sobre sua própria responsabilidade e, porque não dizer, sobre sua participação no incentivo aos ataques. Estudos mostram que a repetição constante de notícias sobre violência fomenta a própria violência, mas a imprensa parece relutante em lidar com esse tema.
Os ataques a escolas no Brasil são uma triste realidade. Desde o ano 2000, quase 40 estudantes e professores foram mortos e mais de 70 ficaram feridos em ataques ocorridos em estabelecimentos de ensino em todo o país.
Esse fenômeno, que antes era visto principalmente em outros países, como nos Estados Unidos, agora se multiplica por aqui.
A imprensa tem dado grande espaço para a questão, abordando vários aspectos, como as motivações dos perpetrantes, seu perfil psicológico e social, e a segurança nos estabelecimentos de ensino.
No entanto, muitas vezes a mídia negligencia o debate sobre sua própria responsabilidade e, porque não dizer, sobre sua participação no incentivo aos ataques. Estudos mostram que a repetição constante de notícias sobre violência fomenta a própria violência, mas a imprensa parece relutante em lidar com esse tema.
Assinar:
Postagens (Atom)