sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estadão soa o alarme: Mercadante vem aí

Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:

Não gostei dos primeiros programas de Mercadante na TV. O contraste com os programas de Dilma era gritante. Pareciam – os de Mercadante – vídeos envelhecidos, feitos numa linguagem de 20 anos atrás. Será que São Paulo envelheceu? Pode ser… A criatividade hoje parece vir do Nordeste, dos baianos, pernambucanos…

Sem dizer que o Tiririca (que concorre a deputado por um partido aliado do PT em São Paulo) não é – digamos – um apoio dos mais consistentes para o senador.

Mas, mesmo sem uma campanha brilhante, e apesar do Tiririca, Mercadante começa a preocupar os tucanos. A mídia paulista – que elegeu São Paulo e Paraná como as cidadelas que o PSDB deve preservar – já deu o sinal. Ontem, foi uma notinha no “Painel” da “Folha”. Hoje, foi o “Estadão”, que resolveu avisar: “Tucanos se previnem contra Mercadante”.

É como um chamado (do “Estadão”) às tropas: é preciso defender São Paulo da onda petista.

Faz todo sentido. O “DataFolha” (que desistiu de dar aquela mãozinha ao Serra) já mostrou que Dilma passou a liderar até em São Paulo. Se Lula consegue empurrar a candidata para o alto, num Estado em que ela é pouco conhecida, por que não conseguiria empurrar também Mercadante?

O PSDB parece se desmanchar. Talvez Alckmin consiga resistir, até porque ele faz o tipo “circunspecto” e conservador (ao contrário de Serra, que tentou inventar o “Zé”, Alckmin é assim de verdade – conservador e circunspecto) que parece agradar aos paulistas – especialmente no interior e nos bairros da classe média da capital.

Mas o PT nunca teve uma chance tão boa de equilibrar o jogo no Estado.

Em 2002, a onda Lula levou Genoíno ao segundo turno – mas ele acabou perdendo para o mesmo Alckmin. Dessa vez, a onda lulista pode levar Mercadante ao segundo turno. E o senador petista tem um perfil que agrada mais aos paulistas: jeito de professor, sóbrio, estilo classe média. Para alguns, ele seria quase um tucano no PT (o que, ressalto eu, é maldade pura!).

Se Mercadante chegar a 25% ou 30% dos votos (hoje tem menos de 20%), precisaria contar também com a mãozinha de Russomano (o candidato do PP deve conseguir perto de 10% dos votos, graças à imagem de “repórter do povo”) , e de Skaf (o empresário “socialista” pode fazer algo em torno de 5% dos votos, tirando eleitores do PSDB). Os três juntos precisariam chegar a 45% dos votos. Nesse caso, se Alckmin ficar com pouco menos de 45%, teríamos segundo turno – num quadro favorável a uma virada de Mercadante.

A “Folha” e o “Estadão já perceberam que essa é a onda que pode avançar. As pesquisas internas dos partidos também mostram um crescimento (ainda tímido) de Mercadante.

São Paulo - cidadela tucana – pode cair. Com ajuda do Lula.

Mas com ajuda também do Tiririca e do Russomano.

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10 comentários:

Marsvelo disse...

É chegada a hora de nós blogueiros e internautas mudarmos esse quadro. Temos que fazer matérias que mostrem a trajetória política do picolé de chuchu. Juntarmos dados para que possamos debater, fazer vídeos para Youtube, fazer um contraponto ao PIG.

Chico Zé disse...

Conhecer, se possível, publicar…

Contra o Prouni!!!

Coisas dos DEMOCRATAS ( PFL) Aliados do Zé ladeira

ADIN – ADI 3330 – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2251887

Unknown disse...

Uma estratégia para Mercadante

As próximas movimentações da campanha de Aloizio Mercadante esclarecerão se ele está de fato empenhado em vencer a disputa para governador de São Paulo, ou se busca apenas fortalecer pretensões futuras (por exemplo, à prefeitura da capital). Caso planeje satisfazer as expectativas da militância, o senador dispõe de um repertório muito restrito de manobras.
Seu desafio imediato, chegar ao segundo turno, é mais difícil do que parece. Como se sabe, Geraldo Alckmin (PSDB) possui vantagens quase insuperáveis: maior tempo de propaganda no rádio e na TV, apoio dos grandes veículos de comunicação e das maiores empresas do país, imensa estrutura administrativa, ocupada há quase duas décadas por quadros peessedebistas.
Dadas as circunstâncias, a única maneira de minimizar esses trunfos nos poucos meses disponíveis seria unir esforços com a campanha de Dilma Rousseff, para benefício de ambos. Em outras palavras, trata-se de regionalizar o embate presidencial e identificar a candidatura de José Serra com a sucessão paulista.
As pesquisas apontam ampla vantagem do tucano em São Paulo, cuja densidade populacional é suficiente para influir no contexto nacional. O adiamento da definição paulista ajudaria a encerrar as disputas presidenciais já no primeiro turno. Centrando esforços no front estadual, as campanhas petistas atingiriam a máscara de bom administrador que Serra exibe no resto do país. Expondo as fraquezas da hegemonia do PSDB paulista, minariam a vantagem de Alckmin, constrangendo-o a defender (ou, mais provavelmente, atacar) os desafetos de partido.
Desunidos em São Paulo, como já estão em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, os tucanos caminhariam juntos para a derrota presidencial imediata. No segundo pleito, desgastado, Serra teria participação apenas protocolar na campanha de Alckmin. Ao mesmo tempo, Mercadante seria beneficiado pelo prestígio de Lula e Dilma.
Mas, para tanto, petistas e aliados precisam tomar a iniciativa e atacar, impondo a pauta dos debates sucessórios. Tudo que Alckmin quer agora é uma campanha propositiva e enfadonha, que anestesie o eleitor até outubro.
Temas não faltam para constrangê-lo: as atrocidades impunes da PM, a vergonha do sistema carcerário, as violências praticadas contra os menores da Fundação Casa (antiga Febem), as suspeitas no Rodoanel e no Metrô, o sucateamento do ensino público, as enchentes nas marginais paulistanas e, principalmente, os escorchantes pedágios que cercam as principais cidades do Estado. Aliás, é assombroso que alguém precise forçar a inclusão de escândalos dessas proporções na agenda eleitoral.
Impera certa mistificação no meio político em torno da chamada campanha negativa. Basta que os ataques demonstrem respeito às demandas populares para conquistar a empatia do eleitorado. Denunciar adversários e esclarecer o público não exigem necessariamente uma comunicação pesada ou repulsiva. As peças audiovisuais criadas com esse fim podem assumir inúmeros formatos, da comédia à reportagem, passando pelo drama e até pela animação.
Recursos técnicos e humanos não faltam. Mas haverá verdadeiro interesse dos personagens envolvidos?

http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com/

Lino @morim disse...

Esta lançada a campanha:
VAMOS ABRIR A CAIXA DE PANDORA DE SP? MERCADANTE NELES.

Anônimo disse...

Miro,
acho que o Rodrigo foi muito feliz em sua análise. De fato, a campanha de Mercadante ainda tem muito a melhorar, tanto nos programas da TV, quanto no apoio dos correligionários e no engajamento da militância. Mas parece que a vinda de Lula e Dilma a São Paulo e o apelo de Lula pedindo empenho dos petistas trouxe fôlego novo à campanha de Mercadante. Agora, é continuar nessa ritmo para chegarmos ao segundo turno. Alguma coisa está errada para os tucanos em São Paulo, ou eles não estariam tão desesperados. "Há algo de podre no reino do tucanato, conforme eu disse no artigo que escrevi e publiquei hoje em meu blog, dê uma olhada: http://blogdomercadante.blogspot.com/2010/08/ha-algo-de-podre-de-no-reino-do.html

Seu blog contém textos ótimos como sempre. Tive o prazer de vê-lo pessoalmente no Encontro da Blogosfera.

Saudações progressistas!
Abraços,
Juliana.

Anônimo disse...

Miro
indiquei seu blog ao premio blog de ouro. para concorrer tem que fazer o seguinte:
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1º Colocar a imagem do selo no seu blog
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4º Comentar nos blogs indicados sobre esse selo
beijos
e veja no meu blog o selo

Anônimo disse...

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CAAD81@HOTMAIL.COM disse...

sábado, 28 de agosto de 2010
ELEIÇÕES - Serra: "Quem te viu e quem te ve".

Já que o PIG com todas as suas manipulações e factóides não está conseguindo alavancar a candidatura do Serra,este agora tornou-se uma "vivandeira dos quartéis".Há poucos dias falou em liberdade de imprensa e que o governo Lula censura os meios de comunicação.
Agora exigiu que seu encontro com a milicada, com o grande deputado democrata Bolsonaro a tiracolo, fosse fechado a imprensa.A esse respeito, o Clube de Aeronáutica emitiu a seguinte nota:

“A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.”

Vejam o que o Serra declarou, evocando a república sindicalista: (abre aspas)

“— Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango foi a república sindicalista.

Lembra disso? Não tinha nada disso, isso não tinha a menor possibilidade.

Eles fizeram agora a verdadeira república sindicalista”.(fecha aspas)

Este brilhante comentário foi publicado pelo jornal O Globo na sua edição de hoje e que evoca o passado do golpismo militar e da direita, agora contra o governo Lula e o PT.Será que ele está achando que em pleno século XXI, ainda há espaço para quarteladas?
E eu que estive no comício da Central do Brasil assistindo o Serra, como presidente da UNE, pronunciar um violento discurso, ao lado do Jango, do Brizola, do Arraes, do Julião, etc, defendendo o governo do Jango Goulart,só posso dizer uma frase bastante popular: "Quem te viu e quem te vê". Pior que isso, é ouvir o Gabeira, que participou do sequestro do embaixador americano, declarar que a juventude que estava arriscando sua vida, lutando contra a ditadura, queria implantar uma ditadura comunista.Por falar nisso, não vejo a imprensa golpista chamar o Gabeira de terrorista, o mesmo acontecendo em relação ao Serra, que fez parte do grupo Ação Popular.Por aí se ve como o PIG é imparcial. Quero ver esse PIG (os mervais, os jabores, etc), criticar esta censura à imprensa imposta pelo Serra, a sua visita ao Clube de Aeronáutica.
Enquanto isso, como dizia o Ibrahim Sued, "enquanto os cães ladram, (e como ladram os 5% que acham o governo Lula péssimo, na certa leitores da Veja),a caravana passa".

Carlos Dória

Wilson Garcia disse...

Altamiro:o pt e sua militancia tem que dar tudo de si agora pra fazer o mercadante crescer e levar a coisa pro segundo turno,penso que se conseguirem isso, desta vez ele sera eleito,porque dilma eleita no primeiro turno. junto com lula vai pra sao paulo convencer o povo paulista que e preciso mudar sao paulo, como lula mudou o brasil.

Glecio disse...

Otimo artigo do jornalista Pedro Ayres, assista o video:
http://pedroayres.blogspot.com/2010/08/mercadante-netinho-e-marta-surfam-na.html