Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Quincas Borba, o genial personagem de Machado de Assis, descrevia assim certas batalhas: “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”, ao narrar um história onde duas tribos assoladas pela fome duelam por um campo de batatas capaz de manter viva apenas uma delas.
Aécio ganhou as batatas e a chance de sobrevivência de sua candidatura.
Mas ganhou, com elas, o que dissemos aqui, anteontem à noite: o fatídico dever de ser José Serra.
A demissão, noticiada ontem, do marqueteiro “paz e amor” que sustentava que a campanha não deveria ser raivosa e de confrontação, é de uma ligação tão evidente com isso que até nossos colunistas políticos o compreenderam.
Até mesmo Reinaldo Azevedo, o último moicano do serrismo, percebe a situação machadiana e lamenta que Aécio e a cúpula tucana não tivessem compreendido que “ o prudente não teria sido que ele (José Serra) “também fosse candidato, ainda que por um pequeno partido, como o PPS, numa ação concertada com o próprio PSDB”.
Não podia, porque as batatas da direita era suficientes para apenas um deles sobreviver e, neste caso, poucas dúvidas restariam de qual dos dois seria o vencedor desta guerra pelo voto conservador mais raivoso.
Se não bastasse o natural talento, Serra sairia com um trunfo invencível: o voto paulista.
Aécio, que construiu sua carreira política na composição e na afabilidade natural da política mineira aceitou a via desastrosa por uma simples razão: sabe que precisa firmar-se como porta-voz da direita, que não acredita na sua capacidade de enfrentar o que Dilma e Lula representam.
Aécio tem o seu papel limitado pelo vaticínio de seu próprio guru, Fernando Henrique Cardoso: “qualquer um, menos eles”.
Pede-se-lhe o que ele vem fazendo, sem muito jeito para o papel: que arreganhe os dentes.
Se não o fizer, a candidatura Joaquim Barbosa está pronta para ocupar o lugar.
Para ser “soft”, há Eduardo Campos.
Ou, se este continuar a patinar, Marina Silva.
Resta, portanto, ser um José Serra sem São Paulo.
E uma direita sem São Paulo é apenas uma caricatura do conservadorismo.
Quincas Borba, o genial personagem de Machado de Assis, descrevia assim certas batalhas: “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”, ao narrar um história onde duas tribos assoladas pela fome duelam por um campo de batatas capaz de manter viva apenas uma delas.
Aécio ganhou as batatas e a chance de sobrevivência de sua candidatura.
Mas ganhou, com elas, o que dissemos aqui, anteontem à noite: o fatídico dever de ser José Serra.
A demissão, noticiada ontem, do marqueteiro “paz e amor” que sustentava que a campanha não deveria ser raivosa e de confrontação, é de uma ligação tão evidente com isso que até nossos colunistas políticos o compreenderam.
Até mesmo Reinaldo Azevedo, o último moicano do serrismo, percebe a situação machadiana e lamenta que Aécio e a cúpula tucana não tivessem compreendido que “ o prudente não teria sido que ele (José Serra) “também fosse candidato, ainda que por um pequeno partido, como o PPS, numa ação concertada com o próprio PSDB”.
Não podia, porque as batatas da direita era suficientes para apenas um deles sobreviver e, neste caso, poucas dúvidas restariam de qual dos dois seria o vencedor desta guerra pelo voto conservador mais raivoso.
Se não bastasse o natural talento, Serra sairia com um trunfo invencível: o voto paulista.
Aécio, que construiu sua carreira política na composição e na afabilidade natural da política mineira aceitou a via desastrosa por uma simples razão: sabe que precisa firmar-se como porta-voz da direita, que não acredita na sua capacidade de enfrentar o que Dilma e Lula representam.
Aécio tem o seu papel limitado pelo vaticínio de seu próprio guru, Fernando Henrique Cardoso: “qualquer um, menos eles”.
Pede-se-lhe o que ele vem fazendo, sem muito jeito para o papel: que arreganhe os dentes.
Se não o fizer, a candidatura Joaquim Barbosa está pronta para ocupar o lugar.
Para ser “soft”, há Eduardo Campos.
Ou, se este continuar a patinar, Marina Silva.
Resta, portanto, ser um José Serra sem São Paulo.
E uma direita sem São Paulo é apenas uma caricatura do conservadorismo.
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