segunda-feira, 17 de junho de 2019

Moro, Guedes, militares e o psicopata

Por Reginaldo Moraes

1. Moro era uma especie de certificado de qualidade para o governo do psicopata. E uma carta na manga para chantagear congressistas.
Agora, Moro passa a ser quase um lixo tóxico, um estorvo. Passa de chantagista para raposa acuada.

2. Os militares eram um alicerce básico para duas funções: assombrar as oposições e "disciplinar" os malucos (inclusive o próprio psicopata). Seriam parceiros relevantes, não protagonistas.
Humilhados e escanteados, não disciplinam coisa alguma. Será que ainda terão energia (e vontade) para tentar protagonismo, assumir o comando?

3. Guedes era a carta de crédito do "mercado", isto é, das finanças nacionais e internacionais. Suspeita-se que tenha se revelado um blefe.

Em um quadro como esse, terá o psicopata a intenção de lançar sua venezuelização particular, estimulando milícias (armadas, por suposto) e tentando roubar as tropas do controle dos oficiais?
Se esse for o significado das últimas medidas - e não apenas um improviso diante do cerco - então é possível que se esteja á beira de um desfecho. Que pode ser dramático, uma vez que as hordas fiéis e fanáticas foram atiçadas durante meses. E elas tem simpatizantes dentro dos fardados.
Os aprendizes de feiticeiro talvez não tivessem calculado a possibilidade de um clima de guerra civil. 

Ou, quem sabe, uma parte dos aprendizes não seja exatamente aprendiz - entre os irmãos do norte há gente com larga experiência em desmanchar países para depois "reconstruí-los". Sob nova direção.
A aliança da Casa Grande com a Casa Branca é, por definição, bem desequilibrada.

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