Por Altamiro Borges
O rentista Paulo Guedes, que ainda seduz os pequeno-burgueses nativos, odeia as "empresas pequenininhas" – como ele esbravejou na esbórnia ministerial de 22 de abril. No vídeo pornô da reunião este desprezo ficou explícito. Mas pior do que as palavras são os atos contra as micro e pequenas empresas no Brasil.
Na fatídica reunião dos palavrões, que teve seu vídeo pornô disponibilizado pelo ministro Celso de Mello, o abutre financeiro afirmou na maior frieza: "Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”.
Na sua insensibilidade, o czar da economia desprezou que as pequenas empresas representam 94% do total das indústrias do Brasil. Ao todo, são 458 mil micro, pequenas e médias empresas, contra 5.364 grandes. Elas geram 5,5 milhões de empregos do total de 9,4 milhões de vagas geradas pelas indústrias.
Apenas 14% obtêm empréstimos
Na prática, o abutre Paulo Guedes já está asfixiando e matando as "empresas pequenininhas". Pesquisa do Sebrae divulgada no final de maio revela que desde o início das medidas de isolamento social no país, devido ao coronavírus, apenas 14% dos pequenos empresários que pediram empréstimos obtiveram sucesso.
Paulo Guedes já repassou R$ 1,2 trilhão aos amigos banqueiros, mas estes não liberam os empréstimos. "Os bancos querem garantias reais de que a empresa sobreviverá por tempo maior, o que foi sempre difícil para as pequenas, e a crise só acentuou”, admite a glacial Isabela Tavares, da Tendências Consultoria Integrada.
A economista dos rentistas ainda confessa que "num momento em que cresce o número de companhias de grande porte interessadas em crédito para manter o fluxo de caixa, a preferência acaba sendo para essas, já que o risco de inadimplência e falência é menor". O czar da economia pensa exatamente da mesma forma!
Falências e desemprego
As "empresas pequenininhas" vão seguir falindo. Como argumenta Carlos Honorato, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), "não adianta liberar recursos para os bancos, porque eles só emprestam se quiserem. O Estado não pode transferir para o mercado uma responsabilidade que é sua".
No mesmo rumo, Fausto Augusto Júnior, diretor técnico do Dieese, afirma em entrevista à Rádio Brasil Atual "que salvar pequenas empresas em meio à crise econômica agravada pela pandemia do coronavírus não é jogar dinheiro fora, como sugeriu o ministro da Economia, Paulo Guedes".
"Ao contrário, são as pequenas e médias empresas que empregam a maior parcela dos trabalhadores no Brasil e são responsáveis pelo giro econômico. E que podem ainda reorganizar a lógica de produção no pós-pandemia".
O rentista Paulo Guedes, que ainda seduz os pequeno-burgueses nativos, odeia as "empresas pequenininhas" – como ele esbravejou na esbórnia ministerial de 22 de abril. No vídeo pornô da reunião este desprezo ficou explícito. Mas pior do que as palavras são os atos contra as micro e pequenas empresas no Brasil.
Na fatídica reunião dos palavrões, que teve seu vídeo pornô disponibilizado pelo ministro Celso de Mello, o abutre financeiro afirmou na maior frieza: "Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”.
Na sua insensibilidade, o czar da economia desprezou que as pequenas empresas representam 94% do total das indústrias do Brasil. Ao todo, são 458 mil micro, pequenas e médias empresas, contra 5.364 grandes. Elas geram 5,5 milhões de empregos do total de 9,4 milhões de vagas geradas pelas indústrias.
Apenas 14% obtêm empréstimos
Na prática, o abutre Paulo Guedes já está asfixiando e matando as "empresas pequenininhas". Pesquisa do Sebrae divulgada no final de maio revela que desde o início das medidas de isolamento social no país, devido ao coronavírus, apenas 14% dos pequenos empresários que pediram empréstimos obtiveram sucesso.
Paulo Guedes já repassou R$ 1,2 trilhão aos amigos banqueiros, mas estes não liberam os empréstimos. "Os bancos querem garantias reais de que a empresa sobreviverá por tempo maior, o que foi sempre difícil para as pequenas, e a crise só acentuou”, admite a glacial Isabela Tavares, da Tendências Consultoria Integrada.
A economista dos rentistas ainda confessa que "num momento em que cresce o número de companhias de grande porte interessadas em crédito para manter o fluxo de caixa, a preferência acaba sendo para essas, já que o risco de inadimplência e falência é menor". O czar da economia pensa exatamente da mesma forma!
Falências e desemprego
As "empresas pequenininhas" vão seguir falindo. Como argumenta Carlos Honorato, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), "não adianta liberar recursos para os bancos, porque eles só emprestam se quiserem. O Estado não pode transferir para o mercado uma responsabilidade que é sua".
No mesmo rumo, Fausto Augusto Júnior, diretor técnico do Dieese, afirma em entrevista à Rádio Brasil Atual "que salvar pequenas empresas em meio à crise econômica agravada pela pandemia do coronavírus não é jogar dinheiro fora, como sugeriu o ministro da Economia, Paulo Guedes".
"Ao contrário, são as pequenas e médias empresas que empregam a maior parcela dos trabalhadores no Brasil e são responsáveis pelo giro econômico. E que podem ainda reorganizar a lógica de produção no pós-pandemia".
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