domingo, 24 de abril de 2022

Governadores do RJ e MG escondem Bolsonaro

Imagem do site Luccata
Por Altamiro Borges


A trairagem na eleição deste ano será despudorada. Na semana passada, o site Metrópoles irritou a milícia digital bolsonarista com a seguinte notícia: "Temendo desgaste, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, vem escondendo Jair Bolsonaro em sua pré-campanha à reeleição. Castro é do PL e candidato do presidente ao governo do estado".

A notinha é venenosa: "Enquanto Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo, ergue a bandeira de Lula em todas as agendas, Cláudio Castro nem sequer menciona o nome de Bolsonaro. No Instagram, ele também não publica foto com o presidente nem endossa discursos ideológicos do bolsonarismo... Diante da falta de acenos públicos, que é vista como infidelidade pela ala ideológica do bolsonarismo, aliados do presidente vêm incentivando a criação de um palanque alternativo no estado”.

Já o site UOL postou na sexta-feira (22) que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também decidiu deixar “Jair Bolsonaro (PL) em ‘banho-maria’ a se aliar a ele como fez em 2018”. Como resposta, o “capetão” já estuda apoiar a pré-candidatura do senador Carlos Viana, que trocou o MDB pelo PL no último dia da janela partidária, em 1º de abril.

“Deputados mineiros ouvidos pela reportagem afirmam que a pré-candidatura de Viana é uma resposta de Bolsonaro à falta de um apoio público explícito de Zema. O presidente, segundo interlocutores, teria dado a última semana de janela partidária como prazo final para que Zema confirmasse uma aliança entre os dois no estado. Caso não atendesse ao ultimato, lançaria um nome próprio para não perder o palanque em Minas Gerais”.

O oportunista Romeu Zema, que se elegeu na carona de Jair Bolsonaro em 2018 e sempre foi um aliado fiel do fascista, agora teme a polarização das eleições e o crescimento da candidatura do rival Alexandre Kalil (PSD). Nas pesquisas, o ex-prefeito de Belo Horizonte ultrapassa o governador quando aparece com o apoio do ex-presidente Lula – 33% a 32%.

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