sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Filhote 04 de Bolsonaro é indiciado no DF

Charge: Genildo
Por Altamiro Borges


Não se salva ninguém na famiglia Bolsonaro. Nesta semana, a Polícia Civil do Distrito Federal intimou o filhote 04 do “capetão”, o playboy Jair Renan, a pagar uma dívida de R$ 360 mil referente a um empréstimo contraído por meio de sua antiga empresa – RB Eventos e Mídia – junto ao banco Santander. O processo judicial determina que o pagamento seja efetuado em até três dias úteis, sob pena de bloqueio das suas contas bancárias. O jovem caloteiro foi indiciado por uma série de crimes financeiros, incluindo lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Segundo matéria do jornal O Globo, a Polícia Civil do Distrito Federal acusa Jair Renan Bolsonaro de ter usado informações falsas da sua falida empresa para obter um empréstimo bancário não quitado. A RB encerrou suas atividades dois meses após firmar um acordo de renegociação do empréstimo, em junho de 2023. O fechamento da empresa, registrado como “Liquidação Voluntária” junto à Receita Federal, levanta suspeitas sobre a capacidade do filhote do ex-presidente fujão de honrar seus compromissos financeiros. As investigações apontaram suposta fraude, com a declaração de um faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa. A farsa teria sido utilizada para embasar o empréstimo bancário.

O inquérito policial, no âmbito da Operação Nexum, foi concluído pela Delegacia de Repressão à Ordem Tributária do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor). A Polícia Civil do DF também decidiu indiciar o empresário Maciel Alves de Carvalho, comparsa de Renan Bolsonaro, pelos mesmos crimes. O relatório final de investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário na quinta-feira passada (8) e o processo segue sob sigilo.

Os mandados de busca da Operação Nexum 

Como lembra o site Metrópoles, a Operação Nexum “apontou a existência de uma associação criminosa cuja estratégia de obter indevida vantagem econômica passava pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou ‘fantasmas’... Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjaram relações de faturamento e outros documentos, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior”.

A Operação Nexum foi desencadeada em agosto do ano passado. Na ocasião, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão contra Jair Renan Bolsonaro em um imóvel em Brasília e no seu apartamento no Balneário Camboriú (SC). O playboy reside atualmente em Santa Catarina e “trabalha” como assessor do hidrófobo senador bolsonarista Jorge Seif (PL).

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