terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Democratizar a mídia: nova etapa da luta

Reproduzo o texto-base apresentado na plenária carioca pela democratização dos meios de comunicação, em 7 de fevereiro:

1. A conjuntura atual dos meios de comunicação no Brasil.

Temos que reconhecer que nenhum dos aspectos estruturantes do
setor das comunicações em nosso país sofreu mudança substancial nos últimos anos. As características principais permanecem as mesmas: alto índice de concentração dos meios (oligopólio), claro predomínio do setor privado comercial sobre os setores estatal e público, legislação excessivamente fragmentada, defasada e insuficiente para enfrentar uma conjuntura de novas tecnologias e convergência de mídias, inúmeras práticas de manipulação da informação, ausência do poder público em ações de regulação e fiscalização do setor, enorme resistência do setor empresarial privado para mudanças estruturais. Portanto, o
desafio a enfrentar não é pequeno.

Arthur Virgílio: o rancor no twitter

Por Altamiro Borges

Outro direitista rejeitado pelas urnas em outubro passado, Arthur Virgílio não se conforma com a derrota. Na Justiça Eleitoral, ele já entrou com representações contra Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB), eleitos senadores pelo Amazonas. No trabalho, ele pediu para retornar ao Itamaraty, aonde “irá receber um salário mensal bruto de R$ 16,5 mil”, segundo informou a Folha. Já na política, o ex-senador agora se dedica a destilar todo seu rancor com a derrota pelo twitter, segundo a mesma fonte.

Heráclito Fortes, o Mubarak do Piauí

Por Altamiro Borges

“Eu me sinto como o Mubarak, após 28 anos de mandato”, confessou à Folha o ex-senador Heráclito Fortes, do DEM do Piauí. O demo, um dos mais ácidos inimigos do governo Lula e das causas progressistas, entrou em parafuso após a derrota nas eleições de outubro passado. “Ociosidade é algo que nunca tinha experimentado. O começo é meio chocante”, admitiu.

Alstom, Siemens e a corrupção tucana



.

Marcos Dantas e o medo dos donos da mídia

Reproduzo excelente entrevista concedida aos jornalista Wevergton Brito e Marcos Pereira, publicada no sítio Vermelho:

Professor de Comunicação da UFRJ, Marcos Dantas é um respeitado teórico da comunicação e tem uma rica trajetória ativista. Nesta entrevista exclusiva ao Vermelho, ele nos fala da luta pela democratização das comunicações no Brasil de hoje.

Filho de um veterano comunista, o militar da Aeronáutica Sebastião Dantas, já falecido, Marcos Dantas desde cedo se interessou por política. Iniciou sua militância no PCB, indo pouco depois para a Dissidência da Guanabara (DI-GB) que mais tarde seria rebatizada de MR-8.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Banda Larga e liberdade na rede em debate

Reproduzo matéria de André Cintra, publicado no sítio do Barão de Itararé:

O jornalista Luis Nassif, a deputada federal Manuela D’Ávila e o presidente da Telebrás, Rogério Santana, participam, em 26 de fevereiro, do debate “Internet: Acesso Universal e Liberdade da Rede”. O evento será promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, na sede do Sindicato dos Bancários.

O objetivo é discutir, em duas mesas, os principais desafios que o Brasil deve enfrentar para garantir uma internet rápida, barata e de qualidade para todos, com liberdade de expressão. A primeira mesa, “A Luta por uma Internet Livre e os Ataques Conservadores à Rede”, contará com os professores Sérgio Amadeu e Marcos Dantas, além de Nassif e Manuela.

As contra-revoluções na Tunísia e Egito

Reproduzo artigo de Mahdi Darius Nazemroaya, publicado no sítio português Resistir:

"O presidente Hosni Mubarak decidiu afastar-se da presidência do Egipto e designou o alto conselho das forças armadas para dirigir os assuntos do país", disse Suleiman numa breve intervenção na TV. "Possa Deus ajudar a todos".

Urras podiam ser ouvidos nas ruas do Cairo mesmo antes de Suleiman cessar de falar. E ainda que não houvesse meio de saber se o exército cumpriria seus compromissos anteriores de garantir eleições democráticas, as multidões estavam eufóricas com a notícia de que os 30 anos de domínio autoritário de Mubarak estavam acabados.

"O Egipto está livre! O Egipto está livre" gritavam eles na Praça Tahrir. "O regime caiu!". The Washington Post (11/Fevereiro/2011).

Nota em repúdio ao desmonte da TV Cultura

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) vem a público repudiar o desmonte da RTV Cultura promovido pelo governador do Estado de São Paulo.

A notícia das 150 demissões ocorridas na RTV Cultura de São Paulo na última segunda-feira, dia 7, só confirma a intenção do PSDB de desmonte da única emissora pública paulista, que faz parte do patrimônio do povo.

Ignacio Ramonet e a xenofobia européia

Reproduzo artigo de Ignacio Ramonet, publicado no sítio Outras Palavras:

Não é surpresa. Organizado por demanda do principal partido do país, a União Democrática de Centro (que já havia conseguido, em 2009, proibir a construção de minaretes), um plebiscito legalizou (por 53% dos votos) a expulsão (ao final da pena) de todos estrangeiros condenado por crimes “graves” (tais como, homicídio, estupro e assalto), mas também proxenetismo e trafico de drogas. Também terá de deixar o país quem simplesmente tiver “recebido abusivamente os benefícios sociais ou não pagar pensão alimentícia”.

TV Globo pode dar adeus ao Brasileirão

Reproduzo matéria publicada no sítio Vermelho:

Pela primeira vez, a TV Globo admite abrir mão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Uma reunião de cúpula na quarta-feira passada definiu a posição da Globo na mais importante concorrência entre as TVs neste ano: a que decidirá em março quem transmitirá os Brasileirões de 2012, 2013 e 2014.
Hoje, a emissora da família Marinho paga R$ 250 milhões por temporada pelos direitos de transmissão para a TV aberta — e cerca de 600 milhões, quando se incluem a TV por assinatura, pay-per-view, etc. O Clube dos 13 já disse às emissoras que pretende, no mínimo, dobrar essa quantia.

Egito: Bem informados, mal esclarecidos

Reproduzo artigo Laurindo Lalo Leal Filho, publicado no blog Viomundo:

A cobertura da situação política no norte da África revela a precariedade informativa produzida pela mídia tradicional no Brasil. A queda do ditador da Tunísia e as primeiras manifestações populares no Egito foram tratadas por parte considerável desses meios, especialmente pela televisão, como se fossem raios em céu azul.

Italianas exigem renúncia de Berlusconi

Reproduzo matéria publicado no blog Viomundo:

Neste domingo, em mais de 200 cidades da Itália, as mulheres protestaram contra o primeiro ministro Sílivio Berluconi, pedindo a sua renúncia. Envolvido em escândalos sexuais, inclusive com menores de idade, Berlusconi é acusado pelas organizadoras das manifestações de enfraquecer a posição das mulheres na sociedade italiana ao tratá-las como objetos e reforçar estereótipos de gênero ultrapassados.

Livros disponibilizados na internet

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A ditadura no Egito e a omissão da mídia

Reproduzo artigo de Rogério Marques, intitulado "Imprensa acordou com os gritos da multidão", publicado no Observatório da Imprensa:

A revolta popular no Egito não pegou de surpresa apenas os Estados Unidos e países europeus, velhos aliados de Hosni Mubarak e de outras ditaduras árabes. A imprensa brasileira, eternamente influenciada por Washington e pelos jornais americanos, foi igualmente surpreendida. Até então, quase todo o noticiário internacional e boa parte do de economia eram voltados para países como Bolívia, Equador, Venezuela, Irã. De repente, os gritos de revolta, primeiro na Tunísia, depois nas ruas do Cairo, invadiram os aquários das nossas redações.

Mubarak caiu: e agora?

Reproduzo artigo de Flavio Aguiar, publicado no Blog do Velho Mundo:

Mubarak caiu. E levou Suleiman, seu vice nomeado, num abraço de afogado.

No comando, ficou o Marechal-de-Campo Mehammed Hussein Tantawi, de 75 anos, uma espécie de Ministro da Defesa do Egito (Chefe do Supremo Conselho Militar) do Egito. Deve governar, nos próximos momentos, baseado na Suprema Corte Constitucional, e não no Parlamento, que, provavelmente, será fechado.

TV Globo escondeu a Seleção de Neymar

Reproduzo artigo de Cosme Rímoli, publicado em seu blog:

Por que a Seleção Brasileira Sub-20 fez tantos jogos às 00h10?

Ninguém no Sul-Americano do Peru atuou neste horário ingrato para o público nacional...

Como hoje, quando o time de Neymar decidirá o título contra o Uruguai e decidirá ou não sua ida à Olimpíada...

II Fórum Mundial de Mídia Alternativa

Reproduzo matéria publicada na página dos blogueiros do Paraná:

Reunidos durante a “Assembleia Pelos Direitos à Comunicação”, centenas de participantes do Fórum Social Mundial de Dakar discutiram o contexto das comunicações e constataram que em todo mundo a liberdade de expressão é nula, travada ou reprimida e que o acesso à informação de qualidade é dificultado por podereosos interesses políticos e econômicos e por monopólios da indústria da comunicação.

O fantasma da revolução no Oriente Médio

Reproduzo artigo de Reginaldo Nasser, publicado no sítio Carta Maior:

Há um medo crescente alimentado, em grande parte, pelas elites conservadoras do Ocidente e do Oriente de que futuros acontecimentos no Egito poderão trilhar os mesmos caminhos da revolução que aconteceu no Irã em 1979 tais como: elegeu Israel como o grande inimigo, se envolveu em ações antiamericanas no mundo inteiro, privou as mulheres e as minorias dos seus direitos (como se tivessem direitos sob a ditadura de Mubarak). Uma região repleta de exemplos de ações armadas que atemorizam Israel, EUA e aliados ajudou a criar a imagem de que a melhor forma de combater ativistas islâmicos ( falsos ou verdadeiros) é uma ditadura secular.

O drama mundial dos menores soldados

Reproduzo matéria publicada no sítio da Adital:

As organizações Alboan, Anistia Internacional, Entreculturas, Fundación el Compromiso, Save the Children e o Serviço Jesuítas a Refugiados se mobilizam no dia internacional contra a utilização de menores soldados – celebrado em 12 de fevereiro – para denunciar as graves violações de direitos humanos, às quais são submetidos diariamente meninos e meninas em numerosos países.

Egito escancara duplo caráter da mídia

Reproduzo artigo de Gabriel Brito, publicado no sítio Correio da Cidadania:

Contrariando a costumeira apatia que nos reservam os inícios de ano, uma seqüência de rebeliões espontâneas no Norte da África, e no Oriente Médio, não somente chacoalhou uma das regiões mais efervescentes da geopolítica mundial, como reverberou por todos os quadrantes. A partir da auto-imolação de um tunisiano, inconformado com a falta de oportunidades oferecidas pelo deposto regime ditatorial de Ben Ali, uma onda de protestos contra quase todos os governos da região não pára de crescer.