terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mídia nativa e perplexidade mongol

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

Vamos imaginar que um cientista político da Mongólia resolvesse fazer uma análise da situação política do Brasil em 2011, país que mal conhecia quando se propôs essa inusitada empreitada. Vamos imaginar que entende o português, pelo menos o suficiente para acompanhar o que a imprensa brasileira publicou sobre o assunto nos últimos meses.

Capas da Veja que você não vai ver




* Por André Lux, no blog Tudo em cima

Cracolândia e a falência do governo

Por Luis Nassif, em seu blog:

O que ocorreu na invasão da Cracolância é exemplo claro da falta de ferramentas mínimas de gestão no governo e da prefeitura de São Paulo.

Com exceção de Mário Covas, nenhum de seus sucessores têm noção mínima sobre gestão, sequer o be-a-bá, quanto mais outras formas mais aprimoradas, como a gestão interdisciplinar - entre várias secretarias - ou a gestão com participação da sociedade civil.

Enchentes e desinformação midiática

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Houve tempo em que a imprensa era uma instituição vinculada à cultura do esclarecimento. Hoje é o contrário. Quanto mais eu estudo os imbróglios midiáticos envolvendo o ministério da Integração Nacional, mais eu fico estupefato com o volume de desinformação disseminado.

Fidel: um robô para a Casa Branca

Do blog Tijolaço:

De volta a seus textos, a reflexão de Fidel Castro publicada hoje:

O melhor presidente para os Estados Unidos

A agência de notícias europeia divulgou ontem de Sydney, na Austrália, que “um grupo de pesquisadores australianos da Universidade de New South Wales anunciou a criação de um filamento 10 mil vezes mais fino que um fio de cabelo, capaz de condução eletricidade mais eficiência que fio de cobre tradicionais.“

O drama da Cracolândia e a mídia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

As edições dos jornais paulistas de segunda-feira (9/1) descrevem a cena patética de policiais tangendo centenas de farrapos humanos pelas ruas do centro de São Paulo. Como gado, os grupos de homens e mulheres são empurrados de lá para cá, eventualmente com o uso de bombas de gás e tiros com balas de borracha, numa operação destinada a impedir que se concentrem em qualquer lugar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A estranha doação milionária ao PSDB

Do sítio Carta Maior:

Na expectativa de ser alvo de uma CPI na volta das férias dos deputados, por causa do livro-denúncia A Privataria Tucana, o PSDB começa 2012 com outra notícia embaraçosa. Depois de 14 meses da derrota na eleição presidencial, soube-se que o partido contou naquela campanha com uma generosidade milionária de uma socialite brasiliense cujo marido foi flagrado em vídeo pagando propina num esquema que derrubaria um governador do Distrito Federal.

Cracolândia e especulação imobiliária

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem não vive na capital paulista e vê as notícias sobre a revoada de almas esquecidas que ainda resistem nos bairros de Campos Elíseos e Luz, onde a Caixa de Pandora da Cracolândia paulistana vem sendo aberta após décadas de descaso, talvez não entenda por que os governos do Estado e da cidade de São Paulo adotaram medida tão impressionantemente desastrada.

As manipulações de Kátia Abreu

Por Igor Felippe Santos, no sítio do MST:

O jornal O Globo publicou artigo intitulado “Orfandade da classe média”, assinado pela senadora Kátia Abreu, neste sábado (7/1), apresentando resultados de uma pesquisa coordenada por Antonio Lavareda sobre a chamada a Classe C.

A pesquisa aponta que os 100 milhões de trabalhadores desse segmento exigem mais empregos, redução de impostos (redução para quem?) e manutenção da estabilidade econômica (estabilidade para os trabalhadores ou para os bancos?), saúde, segurança e educação. 74% dos pesquisados são pelo aumento das oportunidades de emprego, em vez de ampliação dos programas sociais.

Os "magos" do sistema financeiro

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Terminado o ano de 2011, o Brasil alcançou quase 30 bilhões de dólares de superávit em seu comércio externo, o maior nos últimos quatro anos, com o crescimento de 47% sobre o resultado do ano anterior – com volume de negócios de quase 500 bilhões de dólares.

Se alguém voltar à previsão do Boletim Focus, em dezembro de 2010, para o comércio externo em 2011, irá verificar que os “magos” do sistema financeiro previam o saldo de pouco mais de 9 bilhões e quinhentos milhões de dólares. Erraram por pouco, apenas pela “pequena” margem de 20 bilhões de dólares - mais de 200% sobre seus cálculos.

PM agride estudante na USP

“PM me escolheu porque eu era negro”

Por Alceu Luís Castilho, no blog Outro Brasil:

Órfão de pai desde os 15 anos, Nicolas Menezes Barreto sabe bem o que é trabalhar. É músico e professor da rede municipal de ensino, na zona leste – em condição provisória, pois ainda não é formado. Ele prestou Música, mas entrou na segunda opção no vestibular da Fuvest. Cursa Ciências da Natureza na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na USP-Leste.

Nicolas foi agredido por um sargento da PM, nesta segunda-feira, durante a desocupação da antiga sede do DCE Livre, o DCE ocupado – a alguns metros da sede da reitoria da USP. “Eu era o único negro lá, com dread”, disse ele ao blog Outro Brasil, por telefone, no fim da tarde.

Cracolândia e os muros invisíveis

Editorial do sítio Vermelho:

Na última terça-feira (3), os paulistanos foram surpreendidos nas primeiras horas do dia com imagens de ruas sendo lavadas e abordagens policiais violentas. Essa foi a “operação sufoco”, realizada pela Polícia Militar, no combate ao tráfico de drogas na região conhecida como Cracolândia, localizada no centro de São Paulo.

A política externa assassina de Obama

Por Glenn Greenwald, na revista Fórum:

O candidato apoiado pelos progressistas nestas eleições – o Presidente Obama – tem mantido pontos de vista desprezíveis numa série de questões críticas e tem também feito coisas desprezíveis com o poder que lhe foi conferido. Ele assassinou civis – crianças muçulmanas às dúzias – não uma ou duas vezes, mas continuamente, em numerosas nações, com aviões não tripulados, bombas de fragmentação e outras formas de ataque. Ele tem tentado eliminar a proibição global das bombas de fragmentação. Ele institucionalizou o poder presidencial – em segredo e sem qualquer controle – de alvejar cidadãos dos EUA com assassinatos pela CIA, longe de qualquer campo de batalha. Ele tem conduzido uma guerra inédita contra os autores de denúncias, cuja proteção costumava ser um ponto sagrado para os liberais.

A "dedetização" na Cracolândia

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Região da Luz, centro de São Paulo. A aglomeração de pessoas perdidas da própria vida, excluídas do mundo, é como uma infestação de baratas a ser combatida. Os olhares dos cidadãos paulistanos e do mundo sobre estes seres que vagam drogados nas ruas e prédios abandonados é de repulsa, nojo. Gente suja, fedendo, maus elementos, delinquentes, loucos. O que se pensa de verdade sobre eles não se diz em voz alta, é politicamente incorreto, se murmura nos ouvidos, se confidencia em conversas sussuradas.

As bravatas da oligarquia financeira

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu de férias (3/1), por quinze dias, segundo informou a repórter Luciana Otoni, no Valor. A motivação do jornal, cujo público inclui executivos financeiros, não é, claro, o merecido descanso do ministro. A viagem de Mantega – substituído interinamento pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Barbosa – indica que deverá ficar para fevereiro a decisão do governo sobre um possível corte no Orçamento da União para 2012. Ao contrário do que fez o Estadão, no domingo, o Valor reconhece que a decisão não está tomada. Portanto, talvez haja tempo para promover o que a oligarquia financeira mais teme: um debate sem mistificações sobre o tema.

Globo: R$ 100 mi em paraíso fiscal?



Por Antônio Mello, em seu blog:

Em dezembro de 2006, a ainda governadora do Rio Rosinha Garotinho fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado com graves acusações contra as Organizações Globo: desvio de mais de US$ 100 milhões de dólares para uma conta no Credit Suisse, no paraíso fiscal das Bahamas (a governadora cita inclusive o número da conta).

domingo, 8 de janeiro de 2012

O que move o partido impresso

Por Gilson Caroni Filho:

A leitura diária dos jornais pode ser um interessante exercício de sociologia política se tomarmos os conteúdos dos editoriais e das principais colunas pelo que de fato são: a tradução ideológica dos interesses do capital financeiro, a partitura das prioridades do mercado. O que lemos é a propagação, através dos principais órgãos de imprensa, das políticas neoliberais recomendadas pelas grandes organizações econômicas internacionais que usam e abusam do crédito, das estatísticas e da autoridade que ainda lhes resta: o Banco Mundial (BIrd), o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização Mundial do Comércio (OMC). É a eles, além das simplificações elaboradas pelas agências de classificação de risco, que prestam vassalagem as editorias de política e economia da grande mídia corporativa.

EUA: estado totalitário e militar

Por Miguel Urbano Rodrigues, no sítio português O Diário:

O Presidente Barack Obama ofereceu ao povo norte-americano no dia 31 de Dezembro um presente envenenado para 2012: a promulgação da chamada Lei da Autorização da Defesa Nacional.

O discurso que pronunciou para justificar o seu gesto foi um modelo de hipocrisia. O presidente declarou discordar de alguns parágrafos da lei. Sendo assim, poderia tê-la vetado, ou devolvido o texto com sugestões suas. Mas não o fez.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Wal Mart: retrato do 1% nos EUA

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

Na última década, uma única empresa americana se tornou o grande símbolo do que é o capitalismo selvagem. Foram muitos os processos na Justiça por discriminação e maus tratos contra a rede de hipermercados Wal-Mart. Mas isso é café pequeno perto das relações trabalhistas que a empresa impõe aos funcionários. E o trabalho constante, e eficiente, para impedir a sindicalização dos funcionários.