terça-feira, 18 de junho de 2013

O que as manifestações nos dizem?

Por Leonardo Avritzer, na revista CartaCapital:

O Brasil foi despertado de um certo torpor antipolítico por meio de um conjunto de manifestações públicas que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras na última semana.

Duramente reprimidas, especialmente na cidade de São Paulo, estas manifestações foram classificadas como desordem ou baderna por um conjunto de políticos e meios de comunicação que nos lembraram a Inglaterra no século XIX ou do Brasil antes da nossa democratização recente.

O povo pede passagem

Por Glauco Faria, na revista Fórum:

Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

TV Globo leva um baita susto!



Por Altamiro Borges

As manifestações desta segunda-feira em São Paulo deram um baita susto na prepotente Rede Globo. Isto ficou explícito no próprio Jornal Nacional. Após reportagem informando que os manifestantes se dirigiam à sede da emissora no zona sul da capital paulista, gritando palavras de ordem contra o império midiático, a apresentadora Patrícia Poeta leu um editorial justificando a cobertura dos protestos sociais exibida pela emissora. Ela tentou vender a ideia de que a TV Globo não manipula as informações e cobre os fatos com total isenção. Mas os jovens não acreditam nesta balela.

Repressão em BH e bravatas de Aécio

Por Altamiro Borges

O governador Antônio Anastasia (PSDB-MG) deixou seu tutor, Aécio Neves, pendurado na brocha. Pelo Facebook, o cambaleante presidenciável tucano tentou se aproveitar dos protestos contra o aumento das tarifas para fazer demagogia. Famoso por sua truculência, ele elogiou os manifestantes. "São brasileiros que enviam um recado à sociedade, em especial, aos governantes, e que precisam ser escutados", escreveu. Na sequência, a PM tucana de Minas Gerais reprimiu com violência o protesto no centro de Belo Horizonte.

Protestos agitam 11 capitais no país

Tomaz Silva/ABr
Por Altamiro Borges

A violenta repressão da PM em São Paulo parece que conseguiu atiçar os protestos populares em todo o país. Balanço parcial indica que pelo menos 11 capitais participam das mobilizações desta segunda-feira - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Vitória, Maceió e Belém. Vários outros centros urbanos, como Juiz de Fora (MG) e Foz do Iguaçu (PR), também aderiram aos protestos. O movimento nacional mescla várias reivindicações: contra o reajuste das tarifas do transporte, repúdio à brutalidade da polícia paulista, mais verbas para a educação e saúde, entre outras.

Dilma, os jovens e a comunicação

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O blogueiro Altamiro Borges costuma falar sobre a capilaridade dos grandes conglomerados de mídia do Brasil apontando para as agências de distribuição de fotos e notícias, que espalham o conteúdo gerado no Rio de Janeiro ou em São Paulo mesmo para os pequenos jornais ou emissoras de rádio do interior de Goiás ou da Amazônia.

O futuro se escreve nas ruas

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Às 19h já era possivel afirmar que a onda de manifestações pelo Brasil era a maior desde o movimento pelo impeachment de Collor. 40 mil pessoas em São Paulo (e crescendo). Outras 40 mil no Rio de Janeiro. Belo Horizonte teve milhares nas ruas, com bombas jogadas dos helicópteros pela PM mineira. Em Brasília, a marcha avançava em direção ao Congresso Nacional.

Derrotar o Estado Policial

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O objetivo central nesta segunda-feira, quando será realizado um novo ato contra aumento de tarifas no transporte público, é impedir que a violência policial se transforme num método aceitável de governo em São Paulo.

Não vamos nos iludir.
Não há baderna - real ou provocada por atos da própria PM - que possa servir de motivo legítimo para prisões arbitrárias e espancamentos absurdos.

A cobertura homicida da Veja

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por um curto período, respondi a Giancarlo Civita na Abril.

Eu era diretor superintendente das revistas masculinas da Abril, na época, começo dos anos 2000.

Gianca, hoje com 50 anos, era um chefe de cabeça muito mais arejada que a média dos comandantes da Abril.

O que a elite vaia?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Larissa e Rosana são duas personagens da ótima reportagem de Natanael Damasceno e Selma Schmidt publicada hoje pelo jornal O Globo, que mostra a elevação da renda nas favelas cariocas.

Rosana nasceu, cresceu e mora no Morro da Providência, no Centro, e abriu uma “birosca” em casa, há 18 anos. É essa moça da foto, que continua lá, mas agora dona do “Sabor das Louras” e do “Gelada do Moreno”, ambos com alvará, legalizados. Vende de 30 a 40 refeições por dia. Fatura, com a cerveja e os salgadinhos, de R$ 3 mil a R$ 4 mil.

Jabor pede desculpa. Oportunismo!

Montagem extraída do blog: http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em seu comentário na manhã desta segunda-feira na CBN - a rádio que toca mentira -, o colunista Arnaldo Jabor fez autocrítica das besteiras que esbravejou na TV Globo contra os jovens que lutam pela redução das tarifas de transporte em São Paulo. Naquela ocasião, ele disse que os manifestantes "não valem nem 20 centavos". Agora, diante do força da mobilização e da saraivada de críticas que recebeu, ele confessa que se equivocou. "Amigos, eu errei. É muito mais do que 20 centavos. O Movimento Passe Livre tinha toda a cara de anarquismo inútil, e temi que toda a energia fosse gasta em bobagens, quando há graves problemas no Brasil. Mas desde quinta-feira, com a violência policial, ficou claro que há uma inquietação tardia".

Alckmin libera o vinagre!

Por Altamiro Borges

Depois das cenas de vandalismo da PM em São Paulo contra os protestos de jovens pela redução da tarifa do transporte público, o governador tucano Geraldo Alckmin decidiu abrandar sua conhecida truculência. O seu secretário de Segurança, Fernando Grella, anunciou ontem que "ninguém será detido por usar vinagre". Nas manifestações de quinta-feira passada (13), várias pessoas foram detidas - inclusive um repórter da revista CartaCapital - por portar esse produto. O vinagre serve de proteção pessoal contra o efeito tóxico das bombas de gás lacrimogêneo, mas a PM tratou este líquido como arma terrorista!

A covarde repressão no Maracanã

A força renovadora dos protestos

Por José Dirceu, em seu blog:

Hoje, o Movimento Passe Livre volta às ruas para protestar contra o aumento nas tarifas do transporte público. Há outros atos previstos para esta semana. As manifestações continuam e vão crescer. Delas temos que tirar lições, reformar as polícias e os transportes públicos.

O que não saiu na TV Globo

Os protestos contra a "Bolsa Estupro"

Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:

O movimento de mulheres foi às ruas no sábado (15) em diversas cidades para protestar contra o Estatuto do Nascituro, projeto de lei que dá direitos ao embrião e torna a mulher vítima de estupro, refém, diante da impossibilidade de abortar. Desde a década de 1940 o direto ao aborto é garantido em caso de violência ou risco à mulher. Pegando carona no movimento contra o aumento da passagem, elas gritaram: passe livre às mulheres na sociedade.

Sobre o que dizem as ruas

Por Vinicius Wu, no sítio Carta Maior:

A forma menos adequada de buscarmos a compreensão de um fenômeno social complexo é a simplificação. Não encontraremos uma única motivação para os recentes protestos que se espalharam pelas principais cidades do país, se o procurarmos. Temos questões mais gerais e universais ao lado de outros muitos temas locais e setoriais. Há aspectos que aproximam os manifestantes de São Paulo aos do Rio e de Porto Alegre e, outros tantos, que os distanciam.

Um Big Brother em escala planetária

Por Eduardo Graça, na revista CartaCapital:

Oportunidade para um debate. Vitória da democracia. Convite ao diálogo. As reações em coro de Washington ao maior escândalo da era Barack Obama dão a impressão de que o democrata ainda é candidato da oposição a um governo conservador acusado de utilizar a ameaça do terror para justificar um ataque sem precedentes às liberdades civis dos cidadãos americanos.

Viva a primavera da juventude!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Há tempos eu não encontrava um assunto tão desafiador como esses levantes da juventude. De início, fiquei chocado, negativamente, com algumas cenas: jovens queimando a bandeira do Brasil; um outro vestido com as cores dos EUA exibindo uma bandeira do Brasil pichada com a palavra Lixo; depredação da sede de um partido político; destruição de patrimônio público, ônibus, agências…

domingo, 16 de junho de 2013

Mídia engatilha a arma da PM

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Depois de incitar a violência policial contra jovens que têm se manifestado nas ruas em defesa de um transporte público e de qualidade, os dois maiores jornais do país viram serem agredidos, alvejados e presos alguns jornalistas. A Folha de S. Paulo mudou o tom, depois de, juntamente com o Estadão, ter defendido em editorial ações mais contundentes para conter os protestos. Na quinta-feira, antes da manifestação que terminou em atitudes policiais que remetem diretamente aos anos da Ditadura Militar, Folha e Estadão publicaram editoriais que falaram, respectivamente, em “hora do basta” e “retomar a Paulista”.