terça-feira, 6 de outubro de 2015

Quando nem a morte é o limite…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quando Hugo Chávez morreu eu não estava na editora que ainda ficava na Vila Madalena. Mas havia gente por lá. E as pessoas que lá estavam ficaram atordoadas porque nossa vizinha de muro gritava morreu, morreu, morreu… como se fosse é campeão, é campeão, é campeão.

Chávez tinha morrido. E ela festejava aquilo como um título. Uma vitória. Uma conquista.

Alguns meses depois seu marido foi internado e morreu logo na sequência. Da mesma doença que matou Chávez, um câncer. Um câncer que lhe derrotou em alguns meses.

Nem as contas na Suíça derrubam Cunha

Por Karina Gomes, do Deutsche Welle, na revista CartaCapital:

Seis meses depois de classificar inquéritos da Operação Lava Jato contra políticos como "piada", o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vê as investigações contra ele ganharem força.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (1), o Ministério Público da Suíça afirmou que congelou ativos de Cunha e de seus familiares em várias contas no país, depois de um banco levantar suspeitas sobre lavagem de dinheiro, em abril. Com a impossibilidade de extradição, as autoridades suíças transferiram as investigações à Procuradoria Geral da República (PGR).

Domésticas e os resquícios da senzala

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

“Não é porque o doméstico reside na casa que vai poder tomar certas liberdades como se fosse um hóspede”, essa é a primeira frase de Margareth Carbinato, fundadora e presidenta de honra do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo. Ela fala sobre o filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert.

A matéria do jornal Folha de S.P., traz uma entrevista com Carbinato e o título “Não aprendi muito com “Que horas ela volta?”, diz representante dos patrões”.

A filantropia de Mark Zuckerberg

Editorial do site do Instituto Telecom:

O que poderia haver em comum numa parceria entre o Facebook, a Fundação Bill Gates, o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, e personalidades como o líder da banda U2, Bono Vox, e a cantora colombiana Shakira? A resposta foi dada por Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook.

Em discurso realizado na ONU (Organização das Nações Unidas), Zuckerberg explicou a campanha One e seu projeto, o internet.org: “Se realmente queremos unir as nações no mundo, vamos começar a conectar o mundo. (…) Se conectarmos os mais de quatro bilhões que ainda não estão online, temos uma oportunidade histórica de levantar um mundo inteiro nas próximas décadas”.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A raposa no galinheiro sujo do TCU

Por Altamiro Borges

Em entrevista coletiva neste domingo (4), o governo federal informou que pedirá o afastamento do ministro Augusto Nardes, relator do processo no Tribunal de Contas da União (TCU) que analisa as contas da presidenta Dilma Rousseff do ano passado. Segundo matéria do site G1, os ministros Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, argumentaram que “Nardes cometeu irregularidade ao manifestar opinião e antecipar o voto que deverá apresentar na sessão de quarta-feira (7)” do TCU. Em seu parecer sobre o caso, o relator das chamadas “pedaladas fiscais” disse que recomendará a rejeição das contas do governo, o que poderá servir como estímulo à oposição derrotada nas urnas para ingressar com o pedido de impeachment de Dilma.

O cinismo da nora do mafioso J. Hawilla

Por Altamiro Borges

A egocêntrica Isabella Fiorentino, que apresenta o programa "Esquadrão da Moda", no SBT, não tem mesmo senso de ridículo. Nora do mafioso J. Hawilla, condenado nos EUA por seu envolvimento no bilionário esquema de corrupção da Fifa, ela postou na internet: "Que esse lixo de governo tome vergonha na cara e para de roubar bilhões que deveria [sic] ir para saúde e educação. Chega gente". De imediato, ela foi motivo de piada nas redes sociais pela sua hipocrisia. Mesmo assim, não caiu a ficha. Em entrevista nesta segunda-feira (5) à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ela ainda tentou justificar a sua mancada. "Mesmo que eu fosse madame, não poderia ser julgada", resmungou.

O ódio político e o vilipêndio a Dutra

Foto: Alex de Jesus/O Tempo
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não é preciso ser sociólogo para constatar que há algo de patológico numa sociedade que viola o tabu da morte e permite que o ódio político invada as cerimônias fúnebres. O respeito aos mortos não é apenas um mandamento cristão mas um pressuposto da civilização. Na hora da morte devemos ser ainda mais reverentes para com aqueles que acabam de sair da vida. A lembrança do que foram e do que fizeram ainda está muito vívida mas deles mesmos resta um cadáver que não fala, que não pode se manifestar nem se defender. Ofender um morto no funeral é de uma covardia atroz. Foi o que alguns manifestantes fizeram hoje em Belo Horizonte no velório do ex-senador, ex-presidente da Petrobrás e do PT José Eduardo Dutra. Ademais, procurando sempre ajustar-se aos tempos e à Cultura, o Código Penal atualmente prevê o crime de ofensa aos mortos, no qual estariam incursos os ofensores de Dutra.

Velório de Dutra e o ódio fascista

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

Sim, as expressões de ódio estão saindo do controle neste país. 

Sim, o macarthismo tupiniquim e sua patrulha ideológica odiosa deixaram de ser algo irrelevante na cena política. 

Sim, os níveis de desumanidade e desrespeito não se limitam mais às redes sociais digitais (Facebook, Twitter, Instagram e caixas de comentários de sites e blogs). 

Outra integração regional é possível!

Por Gustavo Codas

Em novembro 2015 terão passados dez anos desde a derrota do projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em Mar del Plata. Esse resultado não deteve aos governos dos EUA. A estratégia norte-americana foi, na sequência, avançar sobre aqueles países onde a resistência era menor. Nesse período assinou tratados de livre comércio (TLCs) com Chile, Peru, Colômbia, América Central e República Dominicana.

Marcelo Tas e as novas armas do Tio Sam

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


A informação abaixo não prova que Marcelo Tas vendeu sua opinião ao Tio Sam. Não vou entrar nesse mérito. Prefiro acreditar que não.

Tas é um cara influente no twitter, com milhões de seguidores, e me parece normal que um assessor de Hillary Clinton queira se gabar, junto à chefe, que conseguiu "plantar" uma ideia junto à opinião pública brasileira.

Eduardo Cunha se desfaz com os dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Chega pelo Facebook do velho companheiro de lutas Osvaldo Maneschy a montagem com o noticiário internacional sobre as contas suíças de Eduardo Cunha, que as nossas revistas “de informação” rebarbaram, para disparar, de novo, histórias pastosas sobre Lula.

Juntei, então, sem a devida licença, a charge do agudíssimo Aroeira para dizer o óbvio: não há silêncio que possa parar o tempo para Eduardo Cunha.

Lula e a destruição da memória

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“A pulsão de impor-se pela habilidade de manipular palavras e imagens não mudou desde aqueles tempos longínquos, mas o instrumento posto a serviço dela é, hoje, infinitamente mais poderoso. Desse ponto de vista, com as mídias, dá-se o mesmo que com os armamentos: nossa ferocidade não aumentou, mas nossa capacidade de destruir vidas e construções é infinitamente superior à dos romanos ou à dos bárbaros do Norte. (…) Acreditamos tomar sozinhos nossas decisões; mas se todas as grandes mídias, desde a manhã até a noite e dia após dia, nos enviam uma mensagem, a margem de liberdade de que dispomos para formar nossas opiniões fica muito restrita.”

Este texto é de Tzvetan Todorov, no seu livro “Inimigos Íntimos da Democracia”, Cia. das letras, 2012, pg. 197. Todorov é um cientista da linguística, um dos grandes intelectuais contemporâneos, aliás sempre prestigiado pelas suas convicções democráticas, méritos acadêmicos e independência em relação aos extremos.

Um passaporte para o futuro

Foto: Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A estreia da Frente Brasil Popular nas ruas do país neste sábado - com maior intensidade em São Paulo, onde oito mil pessoas atenderam ao chamado do novo comitê unificado do campo progressista brasileiro - merece atenção.

O que engatinha, ainda em fraldas, não é apenas a construção de um novo aparato mobilizador, mas sobretudo, a convergência de agendas que vão definir o programa único de lutas e reivindicações populares.

Barbárie no velório do ex-presidente do PT

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Próximo do funeral do ex-presidente do PT José Eduardo Dutra, em Belo Horizonte, um carro passou rápido e jogou papéis criticando o PT; um dos panfletos diz ‘petista bom é petista morto’, e, em um outro, a frase ‘só faz cagada’ sobre foto de Dilma sentada em um vaso sanitário.

Fonte do Blog diz que a chapa do veículo foi anotada.

Sugestão à PF: uma "Operação Plim-Plim"

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Os primeiros números da medição por amostragem de audiência televisiva pelo Instituto alemão Gfk mostram diferenças em relação ao Ibope, que detinha o monopólio deste mercado. E as diferenças mostram que os resultados do Ibope eram favoráveis a Rede Globo.

Pelo Gfk, a Rede Record tem uma audiência maior às tardes e à noite do que a registrada pelo instituto concorrente. O SBT também é mais assistido nas manhãs e tardes.

Desesperado, Cunha parte para o ataque

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Embora desfrute da cumplicidade de boa parte do cartel da mídia, haja vista a canalhice de suas contas na Suíça serem ignoradas pelas revistas semanais, Eduardo Cunha sabe que sua derrocada está próxima. Tanto que, no seu desvario, não esconde de parlamentares próximos que fará tudo para morrer abraçado à Dilma.

Só que querer não é poder. A couraça de proteção midiática de que dispõe ajuda adiar o desenlace do seu caso, mas não é capaz de apagar os documentos enviados pela justiça suíça ao Ministério Público do Brasil. Tampouco sua arrogância servirá para diminuir o peso das evidências dos vários ilícitos dos quais é acusado.

Dilma retoma iniciativa; oposição sem rumo

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A crise chegava ao impasse político. Estava em xeque a própria governabilidade. Antes, no mês de agosto, de vaticinados agouros, até que a presidenta conseguiu certa trégua, inesperada, mas passageira. O mês de setembro já começou em labaredas, cuja senha utilizada pelas oposições e porta vozes do dito mercado, extremando a crise, foi o rebaixamento do Brasil, segundo decisão da agência americana de risco Standard & Poor’s.

Os rumos da esquerda na América Latina

Foto: Miguel Ángel Romero/Presidencia de la República (Equador)
Por Ana Maria Prestes Rabelo, no site Vermelho:

Pelo segundo ano consecutivo, entre 28 e 30 de setembro, Quito sediou o Encontro Latino-Americano Progressista (Elap - 2015). Idealizado pelo partido Alianza País, do presidente do Equador, Rafael Correa, o encontro já consta da agenda anual das principais organizações de esquerda e progressistas da América Latina.

Assim como no ano passado, o encontro culminou no dia 30 de setembro, data histórica para os equatorianos pela reafirmação da sua estrutura democrática a partir da derrota da tentativa de golpe de Estado por setores policiais e militares que em 2010 chegaram a manter sequestrado por horas o já então presidente Rafael Correa. O "30S", como dizem os equatorianos, se transformou em uma data de comemorações, especialmente pelos partidários da Revolução Cidadã impulsionada por Correa e todos aqueles que defendem a democracia no Equador.

PHA, Mino e Laura debatem "Quarto poder"

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Para marcar o lançamento do livro O Quarto Poder - Uma outra história (Ed. Hedra), de Paulo Henrique Amorim, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove debate na quarta-feira (14), às 19h, em São Paulo. Além do autor da obra, a atividade contará com a presença dos jornalistas Mino Carta (Carta Capital) e Laura Capriglione (Jornalistas Livres), que discutirão a mídia e 'o quarto poder' no Brasil.

Nardes, do TCU, deve ser afastado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Impossível prever qual será o efeito prático do pedido de afastamento de Augusto Nardes da função de relator do julgamento das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.

É possível que não aconteça nada.

Mas é possível que o pedido contribua para diminuir o grau de hipocrisia de um debate dominado pelo interesse político de enfraquecer Dilma e alimentar artificialmente a abertura de um processo de impeachment sem a menor base jurídica.