segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Desnacionalizar a publicidade ou a mídia?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A venda do Grupo ABC, maior holding de publicidade do país - e 25ª do mundo -, para a norte-americana Omnicom deve ser vista sob dois aspectos. Do ponto de vista da própria empresa, o negócio cumpre uma tendência seguida por outras agências de porte, inclusive a tradicional DPZ.

Principal acionista do ABC, o publicitário Nizan Guanaes fez uma carreira bem sucedida na área comercial e também no mundo político, onde era o criador preferido de Fernando Henrique Cardoso e do PSDB em geral. Isso não impediu que uma das empresas do Grupo conquistasse uma conta importante nos governos Lula-Dilma. Em 2014, quando a oposição animava a vergonhosa campanha anti-Copa, Nizan Guanaes deu sua contribuição para o bom andamento dos trabalhos ao lançar o slogan "Copa das Copas."

A farra no Rodoanel e os tucanos de SP

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Durante as eleições de 2010, um nome até então desconhecido ganhou notoriedade por conta de um debate entre os candidatos Dilma Rousseff e José Serra. Na ocasião, a petista perguntou ao tucano sobre sua relação com Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto.

Dilma queria saber a respeito de um suposto desaparecimento de 4 milhões de reais da campanha de Serra por obra do correligionário.

O disparate do juiz Sérgio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O juiz Sérgio Moro vai cometer um disparate hoje.

Ele vai participar, como convidado de honra, de um seminário promovido pela ANER, associação que faz o lobby das revistas.

A ANER é controlada pela maior editora de revistas, a Abril.

Moro, como juiz, deveria recusar este convite por significar conflito de interesses. A não ser que ele considere editoras de revistas acima da lei.

Dívida pública e enriquecimento privado

Por Leonardo Flauzino de Souza e Everton Sotto Tibiriçá Rosa, no site Brasil Debate:

A crise de 2008 exacerbou não apenas a enorme quantidade de dívida imobiliária norte-americana dispersa pelos mercados financeiros globais, mas também a montanha de dívida privada emitida por empresas, bancos, fundos e outras instituições financeiras.

Para evitar o colapso dos sistemas financeiros, e assim conter os impactos negativos sobre a atividade econômica, os tesouros nacionais socorreram as instituições financeiras, excessivamente alavancadas, por meio de processos de substituição de dívidas privadas por dívida pública.

Direito de Resposta salvará o jornalismo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Dizem os porta-vozes da mídia que a implementação da Lei de Direito de Resposta inviabilizará a liberdade de imprensa.

Seria o mesmo que a indústria automobilística afirmar que a obrigatoriedade do air bag e do extintor de incêndio inviabilizariam a produção de veículos. Ou os fabricantes de geladeiras sustentarem que a obrigatoriedade de certificados de eficiência energética inviabilizaria a produção de geladeiras. Ou ainda os laboratórios farmacêuticos exigirem o fim dos certificados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a comercialização de remédios.

O império da vigilância no mundo

Do site Carta Maior:

Durante 18 anos, Ignacio Ramonet dirigiu o prestigioso Le Monde Diplomatique, um dos jornais mais conhecidos do mundo e principal tribuna do movimento pela via alternativa. Este jornalista espanhol, que vive na França, e que atualmente dirige o LeMondeDiplo, a versão espanhola da publicação, falou sobre como o governo de François Hollande aprova um ataque às liberdades e uma prorrogação de três meses do estado de emergência decretado após os atentados do último dia 13, tentando fortalecer as capacidades de suas forças de segurança.

Quem é o argentino Mauricio Macri?

Por Aline Gatto Boueri, Vanessa M. Silva e Matheus Pimentel, no site Opera Mundi:

Em 2010, a jornalista Gabriela Cerruti escreveu uma biografia de Mauricio Macri em que afirmava que ele era o primeiro nome da direita com chances de chegar à Presidência da Argentina. Cinco anos depois, cumpriu-se a profecia da também deputada estadual de Buenos Aires alinhada ao kirchnerismo: Macri foi eleito para a Casa Rosada neste domingo (22/11) após derrotar o candidato governista, Daniel Scioli, e toma posse em 10 de dezembro.

Eleição na Argentina e rumos do continente

Do site Página 12
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Sinto cheiro de retrocesso em toda a América do Sul”, disse o ex-presidente Lula na semana passada. A vitória da direita na Argentina foi a primeira confirmação de seu pressentimento e reforça o temor da esquerda do continente de que prenuncie a queda de outros governos do ciclo progressistas iniciado em 1998 com a eleição de Hugo Chávez na Venezuela. Depois veio a era Lula/PT no Brasil, o kirchnerismo na Argentina, Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador. A conjuntura varia de país para país mas em todos eles verifica-se o desgaste dos governos longevos, as acusações de má gestão e corrupção, a recessão e a enganosa convicção das camadas mais pobres de que as mudanças e conquistas das duas últimas décadas não serão afetadas pela mudança de governo.

Torturadores festejam vitória na Argentina

Por Altamiro Borges

No final da noite deste domingo, o candidato peronista Daniel Scioli, apoiado pela presidenta Cristina Kirchner, reconheceu oficialmente a derrota para o neoliberal Mauricio Macri no segundo turno das eleições da Argentina. Com 85% das urnas apuradas, o candidato da "Aliança Cambiemos" liderava com 52,57% dos votos, contra 47,43% do postulante da "Frente para a Vitória". Em um comunicado lacônico, Daniel Scioli saudou "o povo que com a vontade popular elegeu o seu novo presidente". A vitória de Mauricio Macri representa o fim de 12 anos de kirchnerismo e será festejada nas ruas dos bairros nobres de Buenos Aires - assim como será comemorada por toda a direita da América Latina.

domingo, 22 de novembro de 2015

'Playboy' morreu. E a pornográfica 'Veja'?

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (19), a Editora Abril, que publica a pornográfica 'Veja', anunciou a extinção de mais três revistas: 'Playboy', 'Men's Health' e 'Women's Health'. O motivo foi a dificuldade para o pagamento dos royalties às duas empresas ianques que controlam as marcas - a Playboy Enterprises e a Rodale Press. A decisão confirma a grave crise financeira vivida pelo império da famiglia Civita, que está totalmente endividado e caminha para a falência - segundo vários especialistas. Nos últimos meses, a Editora Abril demitiu centenas de funcionários, rebaixou salários e fechou vários títulos.

Estudantes dão uma surra em Alckmin

Por Altamiro Borges

Sem qualquer transparência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou impor o seu projeto de "reorganização escolar" em São Paulo, que resultaria no fechamento de 93 escolas e afetaria mais de 311 mil estudantes. Ele já havia tratado como "ultrassecretos" os documentos do Metrô, talvez para esconder as sujeiras do "trensalão tucano"; já havia tornado "sigilosos" os documentos sobre a grave crise da água no Estado; e até manipulou os dados sobre as chacinas policiais, omitindo os cadáveres. Em todos estes casos escabrosos, ele contou com a cumplicidade da Justiça e a blindagem da mídia. O mesmo, porém, não ocorreu na sua truculenta tentativa de impor a "reorganização escolar". A bela revolta dos estudantes secundaristas tirou, por completo, a máscara do "picolé de chuchu".

Clima de terror nos bastidores da Globo

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O império global parece que está ruindo. A cada dia, uma notícia pior do que a outra. As audiências definham, vitimando telenovelas, telejornais, os enfadonhos programas de entretenimento e até as transmissões monopolistas do futebol. Com a retração do Ibope, a tendência é de queda do bilionário faturamento em anúncios publicitários - mesmo com a continuidade do "mensalão" pago às agências, o sinistro Bônus de Volume (BV). Para piorar, a previsão de que a televisão digital finalmente irá ao ar até 2018 amedronta os donos da poderosa TV Globo, que temem o aumento da concorrência.


O mundo do trabalho no cinema

Por Marco Damiani, no site Brasil 2 Pontos:

Para usar uma expressão ao gosto do jornalista Elio Gaspari, é certo que acaba de sair um grande livro. O Mundo do Trabalho no Cinema (Organização de Carolina Maria Ruy, 400 páginas, edição Força Sindical/Centro de Memória Sindical) é formado por resenhas de 149 filmes feitos a partir do marco inaugural O Encouraçado Potemkin (Serguei Eisenstein, 1925).

Direito de resposta e futuro do jornalismo


Por Conceição Oliveira, no blog Maria Frô:

Com a aprovação do direito de resposta, mecanismo que existe em todos os países desenvolvidos, o Brasil finalmente sairá da idade do coronelismo eletrônico.

Preparem-se para ver a Vênus Platinada parar de manipular a notícia ou gastar boa parte do seu tempo com direito de resposta das vítimas de sua manipulação.

Agora, temos direitos e não sofreremos o que as vítimas da Escola Base sofreram por décadas, sem nunca verem a verdade restabelecida.

Ação contra políticos donos de rádio e TV

Do site do Intervozes:

Entidades da sociedade civil defensoras do direito à comunicação e da democratização da mídia entregarão na manhã desta segunda-feira (23/11), ao Ministério Publico Federal (MPF), uma representação denunciando 32 deputados federais e oito senadores por serem concessionários de rádio e TV. A expectativa é de que o MPF, por meio de suas sedes estaduais, entre com ações para cancelar as licenças.

Ocupações de escolas encurralam Hitler

O Brasil dos jatos e da Lava-Jato

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Neste singular momento da vida nacional, o país está dividido, cada vez mais, em dois que parecem não compartilhar a mesma realidade ou o mesmo território Para o Brasil da Lava Jato, do impeachment, da mídia seletiva e conservadora, o que defende a volta da ditadura, a tortura e a quebra do Estado de Direito, este é um país podre, quebrado, mergulhado até o talo na corrupção, política e economicamente inviável até não poder mais.

Um panorama para entender o peronismo

Por Guadi Calvo, no site Vermelho:

“Os peronistas não são nem bons, nem maus; são incorrigíveis”, Jorge Luis Borges. Certa vez, quando o general Perón estava no exílio, um jornalista lhe questionou sobre o cenário político e o caudilho respondeu: “Na Argentina uns 20% são conservadores, uns 20% liberais, uns 20% democratas cristãos, uns 20% esquerda, e uns 20% direita”. Surpreso o repórter indagou, “mas e os peronistas?”. A resposta de Perón foi contundente: “Ah! Peronistas todos são!”

Talvez esta anedota possa explicar, pelo menos em pate, uma das perguntas mais complexas que se pode fazer um argentino: “O que é o peronismo?”.

A hora da TV digital. Será que agora vai?

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

O primeiro desligamento dos sinais da TV analógica no Brasil – essa que estamos acostumados a ver há mais de 60 anos em nossas casas – está previsto para este 29 de novembro, em forma de teste, na cidade de Rio Verde (GO). Só quem tiver providenciado acesso aos sinais digitais verá televisão na cidade. Ano que vem a previsão é que o desligamento passe a ocorrer em grandes centros urbanos: Distrito Federal, 3 de abril; São Paulo, 15 de maio; Belo Horizonte, 26 de junho; Goiânia, 28 de agosto; Rio de Janeiro, 27 de novembro. Até 31 de dezembro de 2018 a TV digital terá substituído a analógica em todo o país. Pelo menos é o que se espera. Já houve um adiamento, de 2016 para 2018. Pode haver outros.

O patético adeus dos coxinhas acampados

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tem mais guri numa única das 80 ocupações de escolas que vão ser fechadas em São Paulo do que coxinhas acampados no Congresso, finalmente agora retirados pela Polícia.

Até aqui, parece, sem incidentes, embora com as ameaças de “carnificina” que fizeram na imprensa.

Os garotos de São Paulo não deram tiros, não brandiram porretes não agrediram ninguém.

Já os de Brasília, todos leram o que fizeram.