sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lutar para retomar o desenvolvimento

Do site da União da Juventude Socialista (UJS):

O ano de 2016 nasce e com ele muita expectativa de virar o cenário da luta política no país. No entanto, as veias abertas no ano passado ainda não foram estancadas. Mais povo na rua, sob a condução dos movimentos sociais, e melhor condução política por parte do governo é o que se aguarda.

Os últimos dias de 2015 apresentaram uma importante guinada no jogo político da forma como se apresenta no país. Após ação movimentada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo PCdoB, o trâmite do impeachment pode ganhar outro rumo, já que a comissão que avaliará o tema será votada novamente e o Senado entrará para definir o assunto. Setores da direita já dão a pauta como perdida. Somada as mobilizações das ruas, em que nas maiores cidades as passeatas em defesa da democracia foram maiores que as micaretas golpistas, a instabilidade política pode arrefecer.

As provas contra Eduardo Cunha

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Quando a polícia Federal batizou a mais recente fase da Operação Lava Jato de Catilinária, alusão aos discursos do cônsul romano Marco Túlio Cícero em 63 antes de Cristo, contra o senador Lúcio Sérgio Catilina, acusado de tramar um golpe contra a República para chegar ao poder, foi o sinal de que a paciência da força-tarefa com os desmandos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, havia chegado ao fim.

Alarme na Venezuela: desfecho imprevisível

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

A Nota Oficial das Forças Armadas da Venezuela, que adiante publicamos traduzida para o português, pode assumir uma dimensão histórico -jornalística de grande alcance. Não se pode desprezar que a evolução dos acontecimentos na nação bolivariana poderá trazer desfechos indesejáveis.

A Nota tem a linguagem e o tom que são próprios do apaixonado debate político-ideológico na Venezuela, com chavistas e oposição [da moderada à fascista] duelando em elevados decibéis.

Os embates serão difíceis e prolongados

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A investida da oposição foi contida. Começou o ano novo com certo equilíbrio de forças, com um viés desfavorável às forças de direita, sobretudo aquelas comprometidas com o golpe reiterado através de um pedido de impeachment de jogo político, sem base jurídica, não podendo ser acolhido nos marcos da Constituição.

Mas, acabamos de entrar em 2016, no qual Fernando Henrique Cardoso - o principal ideólogo da oposição - afirma com pose de pavão que, Dilma vai “cair” de qualquer jeito e a cúpula dirigente do PSDB, com Aécio Neves à frente, continua na mesma cantilena golpista. E nesse desiderato, na prática, eles nunca deixaram de se aliar com Eduardo Cunha, ainda presidente da Câmara dos Deputados. Agora mesmo eles se juntam para impetrar os embargos de declaração a fim de tentar mudar (ninguém suporta mais!) o rito do processo de impeachment estabelecido pelo STF, que cumprindo sua elevada função, pôs ordem na casa


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

EUA são o melhor país do mundo? Será?

A política de vazamentos da Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ontem, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) soltou uma nota curiosa. O mote da nota é o vazamento de informações visando comprometer o senador Randolfo Rodrigues (Rede-AP).

“No que se refere a denúncias sobre senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e um suposto recebimento de dinheiro ilícito, já foi esclarecido pela Procuradoria Geral da República que as informações colhidas não são suficientes para indicar a autoria de crimes”.

O telejornalismo ainda é jornalismo?

Por Débora Cristine Rocha, no Observatório da Imprensa:

Ligo a televisão e ouço o apresentador do telejornal matutino, da maior rede de televisão brasileira, dizer: “Vocês vão me ajudando aí nos nomes, que eu vou falando errado.” Ele estava se referindo a nomes de times de futebol. Como assim, vão ajudando em nomes errados? Não era para ele trazer a informação correta? Não era para ter treinado antes a locução destes nomes? Em uma hora e meia de jornal televisivo, há muitos momentos como este. Uma coisa é informalidade, tirar a sisudez da bancada clássica. Outra é trazer informação incompleta, mal apurada, justificar a falta de profissionalismo como leveza na linguagem jornalística.

Sonho presidencial de Alckmin perde força

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em política há um ditado que costuma ser muito repetido quando a oportunidade bate à porta, que cavalo arreado só passa uma vez. Isso pode estar acontecendo com Geraldo Alckmin. E ele pode estar perdendo sua grande chance de ser eleito presidente da República em 2018.

Alckmin não é um político carismático e muito menos alguém com grande habilidade política para construir movimentos a seu favor. Por isso, seu poder costuma estar atrelado a ter a máquina .

Estado de Direito e o estado de direita

Por Mauro Santayana, em seu blog:

É curiosa a situação que vive hoje o Brasil.

Estamos em plena vigência de um Estado de Direito?

Ou de um “estado” de direita, que está nos levando, na prática, a um estado de exceção?

Afinal, no Estado de Direito, você tem o direito de ir e vir, de freqüentar um bar ou um restaurante, ou desembarcar sem ser incomodado em um aeroporto, independente de sua opinião.

No estado de direita, você pode ser reconhecido, insultado e eventualmente agredido, por um bando de imbecis, na saída do estabelecimento ou do avião.

A gritaria contra o Brasil

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

Reacionários de todos os matizes estão em pé de guerra diante da edição da Medida Provisória nº 703, que facilita os acordos de leniência ? Dos pseudos-paladinos da moralidade do MP a colunistas do PIG, de parlamentares da oposição a ministros do TCU, órgão que só é levado a sério quando age contra o governo Dilma, a turma que aposta na terra arrasada mostra as garras.

Só para lembrar, os acordos de leniência são mecanismos usados em todo o mundo civilizado para punir os corruptos, mas preservar as empresas e, consequentemente, manter empregos e fazer girar a roda da economia. Os que buscam a desinformação para obter dividendos políticos omitem um aspecto crucial relacionado a esses acordos.

Torcedores do Nordeste criticam a Globo

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O monopólio da Rede Globo sobre os direitos de transmissão do futebol brasileiro tem gerado revolta nos torcedores de clubes do Nordeste. Após o lançamento da campanha Jogo 10 da Noite Não, levada a cabo pelo coletivo Futebol Mídia e Democracia e que denuncia a arbitrariedade da emissora ao determinar o horário das partidas de acordo com seus interesses comerciais, as torcidas expressam indignação pelo fato de a emissora 'esquecer' determinadas regiões do país, obrigando-as a assistir o Campeonato Carioca.



MST e as fraudes na reforma agrária

Do site do MST:

Domingo, 3 de janeiro, o programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou a posse e a venda irregular de lotes da Reforma Agrária.

A reportagem utilizou como base a investigação e o relatório finalizado pela Controladoria Geral da União (CGU), envolvendo casos a partir do ano 2000.

Para a CGU, existem no Brasil 76 mil lotes ocupados irregularmente nos processos de assentamentos da Reforma Agrária - cerca de 8% do total.

PSDB é a versão brasileira do Tea Party

Por Carlos Eduardo, no blog O Cafezinho:

Quando comecei a escrever aqui no Cafezinho pensei comigo mesmo. Com tantos jornalistas bons por aí e mais experientes, tais como Mino Carta, Luís Nassif, Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna, Paulo Nogueira, Altamiro BorgesFernando Britto, e o próprio Miguel do Rosário, editor-executivo deste blog, publicando diariamente excelentes análises sobre a política brasileira, de que modo um jovem jornalista como eu seria capaz de apresentar algo novo na blogosfera progressista?

Foi daí que surgiu a ideia de escrever sobre a política norte-americana aqui no Cafezinho, sempre fazendo um paralelo com questões de interesse nacional.

Bolsa Família e a hipocrisia da oposição

Por Kátia Gerab Baggio, no blog Viomundo:

Manchetes na “grande” mídia, dos dias 01 e 02 de janeiro, anunciam que a presidente Dilma vetou, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, o artigo que previa um reajuste de todos os benefícios do Bolsa Família pela inflação acumulada desde maio de 2014, data do último reajuste. A medida representaria uma elevação nos benefícios de cerca de 16%.

Esta é a mesma mídia que, de um modo geral, criticou a decisão do governo federal de reajustar o salário mínimo pouco acima da inflação, mantendo a política de valorização implementada nos governos Lula e Dilma.

Mídia abafa orgia aérea de Lu Alckmin

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.

Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.

Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.

Nada.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Não haverá 'divórcio' entre PMDB e governo

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O sonho do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-RJ), de ver um “divórcio” entre seu partido e o governo Dilma Rousseff não deve se concretizar, pelo menos segundo avaliação de deputados da base governista e da cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos.

A história do cada vez mais segmentado PMDB não autoriza prever, a não ser como hipótese, que a maior legenda do Congresso Nacional decida abandonar em bloco o barco do governo no período até 2018. O partido, considerado fundamental para a chamada governabilidade, é hoje o maior do Congresso Nacional, com 68 deputados e 18 senadores. O PT vem em segundo lugar, com 59 deputados e 13 senadores, seguido do PSDB (53 e 11, respectivamente).

A estupidez que a mídia dissemina


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quase escrevi, ontem, sobre a onda de comentários na rede sobre a sujeira em Copacabana e as bobagens que, por isso, se dizia sobre a inferioridade do povo brasileiro por isso. Claro que vi também as outras, com que se respondeu a este “viralatismo”, mostrando que é imundície pós reveillon é universal e ri muito com o twitter do Guga Chacra, ótimo comentarista internacional do Estadão sobre o fato de pessoas irem para a virada do Ano Novo de fraldas pela falta de banheiros na Times Square, em Nova York.

Argentina: ódio e revanche de Macri

Por Raul Fitipaldi, no site Desacato:

Os primeiros 30 dias do governo de Maurício Macri estão por concluir. Como me comentou a colega argentina Nora Veiras, do programa 6,7,8, não há como desconhecê-lo. Macri conduz o Executivo argentino pela via democrática do voto representativo. Não há como negar sua procedência para estar onde está. A pequena margem da sua vitória não é tema que discuta a legalidade do lugar que ocupa. O que sim não é recomendável é reconhecer suas medidas e as do seu governo como democráticas, muito menos como populares, já que a maioria estão tingidas por uma pátina de ilegalidade, ou de legalidade discutível.

Amigo de Aécio enterra mídia mineira

Por Ângela Carrato, na página Estação Liberdade:

Álvaro Teixeira da Costa, o principal dirigente dos Diários e Emissoras Associados em Minas Gerais, tinha razão. Se Aécio Neves e os tucanos não vencessem as eleições de 2014, as coisas iriam ficar feias para a empresa. Certo disso fez sua parte. Além da linha editorial chapa branca dos veículos do grupo - jornais Estado de Minas e Aqui, TV Alterosa e portal Uai - ter exaltado o PSDB e combatido sem trégua o PT e seus apoiadores, valendo-se de tudo quanto é esquema sujo, ele próprio se superou. Transformou uma das dependências da TV Alterosa em Comitê Tucano, usou a intranet para convocar funcionários a participar de atos de campanha pró-Aécio na Praça da Liberdade, pressionou e coagiu quem não rezasse por sua cartilha, além dele próprio ter estado presente ao ato.

Lei de Meios argentina sofre desmonte

Por André Pasti, na revista CartaCapital:

Logo após assumir o mandato, em 10 de dezembro passado, o novo presidente argentino Mauricio Macri investiu esforços na desconstrução da regulação democrática da comunicação no país.

Por meio de decretos de urgência, sem qualquer debate com o Parlamento e a sociedade civil, o presidente modificou toda a estrutura prevista na chamada Lei de Meios, em vigor desde 2009, para garantir pluralidade e diversidade na mídia argentina.

Nos primeiros dias de governo, Macri nomeou um interventor para a AFSCA (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), agência reguladora do país, que fiscaliza a aplicação da lei, e destituiu autoridades que possuíam mandato até 2017.