sábado, 19 de março de 2016

Lula nas mãos de bandidos de toga

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

É quase impossível que exista no mundo algum outro país em que juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores e integrantes do Poder Judiciário em geral apareçam tanto na mídia como acontece hoje no Brasil. Não é um bom sinal com certeza, sobretudo quando se considera o tipo de noticiário em que costumam aparecer. Ou é porque estão envolvidos em alguma trama política, como no julgamento da farsa do “mensalão”, ou ameaçando alguém com politicagem barata como fizeram os três patetas que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

Para entender o caso Globo/FHC

Por Paulo Pimenta, na revista Teoria e Debate:

Apresentamos ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público, eu e o deputado Wadih Damous (PT-RS), pedido de investigação sobre as relações entre a Globo, offshores (empresas de papel), a Brasif e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nosso pedido foi subscrito por 25 outros parlamentares do PT e do PCdoB.

A trama é relativamente complexa. A ramificação tem como centro a Rede Globo. Mas o emaranhado começou a ser descoberto com a Mossack Fonseca, empresa sediada no Panamá.

Quem foi ao ato contra o impeachment

Por Felipe Campos Mello, na revista CartaCapital:

Na tarde de sexta-feira 18, manifestações em defesa da democracia, do governo Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment levaram milhares de pessoas às ruas do País.

Em São Paulo, cerca de 380 mil manifestantes caminharam em protesto pela Avenida Paulista, segundo os organizadores, e 95 mil de acordo com o Datafolha. Em todos os estados e no Distrito Federal houve manifestações semelhantes.

Gilmar Mendes e o vício de suspeição

Da Rede Brasil Atual:

A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contrária à posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, “está maculada pelo vício da suspeição”, segundo o jurista Wálter Maierovitch afirmou ao UOL. A decisão foi divulgada na noite de ontem (18), logo depois do discurso do ex-presidente na Avenida Paulista, durante o ato contra o impeachment e a favor da democracia.

As ruas com as cores de democracia

Por Renato Rovai, em seu blog:

As mobilizações que o Brasil assistiu ontem (18) certamente entrarão para a história pelo significado que tiveram depois de mais de um ano de massacre midiático seletivo de um campo político. Como também entrará para a história a manipulação dos seus dados em todo o Brasil.

Em São Paulo, por exemplo, o Datafolha que falou em 500 mil pessoas no domingo na Avenida Paulista disse que ontem eram 95 mil. Olhe bem as fotos de ontem e faça caber cinco vezes mais pessoas ali na avenida Paulista e no seu entorno.

A Globo sequestrou a democracia

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

“Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!” - Leonel Brizola

O condomínio jurídico-midiático-policial levou a polarização política a um ponto de radicalização sem retorno. Nesta guerra aberta contra a Legalidade, contra o Estado Democrático de Direito e contra a Constituição, não terá empate e mediações – um lado terá de vencer.

Lula se emociona na Paulista lotada

Foto: Juca Varella/Agência Brasil
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A presença de público surpreendeu. Lá estavam sindicalistas, petistas de carteirinha mas também eleitores que não votam necessariamente no PT mas já perceberam que há algo de errado com a campanha difamatória a que o ex-presidente Lula foi submetido nos últimos meses.

Havia jovens, muitos jovens, representantes de uma grande variedade de movimentos sociais e gente simplesmente preocupada com a ascensão da extrema-direita no Brasil.

Por um dia que seja, a coalizão que levou Dilma ao segundo mandato parecia energizada na avenida Paulista.

Rede Globo, a fábrica de ideologia

Por Elaine Tavares, no site da Adital:

A Globo mostrou ontem, mais uma vez, o que é ser uma fábrica de ideologia. Coloca como herói alguém que trabalha acima da lei, insufla o golpe, escancara sua posição. Nada de novo para nós que fazemos a crítica cotidiana. A mídia comercial é o braço armado do sistema. Há quem diga que não é bem assim, que não é tanto poder sobre as pessoas. Mas é. Negar isso é fechar os olhos para a realidade.

A onda fascistóide que varre o país desde há tempos só cresce, e muito desse crescimento vem da atuação da mídia. Não digo que as pessoas sejam tábulas rasas, que qualquer informação passada pela televisão se encrava e domina. Não. Isso seria estúpido e equivocado.

Vídeo: O discurso de Lula na Paulista

sexta-feira, 18 de março de 2016

O dia em que a babá foi à Paulista

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

As poucas barracas de manifestantes pró-impeachment em frente à Fiesp, que chegaram a bloquear integralmente a avenida Paulista, em São Paulo, por mais de um dia, deram lugar nesta sexta-feira (18) a uma massa de centenas de milhares de pessoas. Diferentemente daquelas que ocupavam a via poucas horas antes, essas não tinham classe social ou cor hegemônica: negros, brancos, ricos, pobres, héteros, gays, patrões, babás, governistas, não governistas, esquerdistas radicais, progressistas e até direitistas (leia a matéria sobre a “resistência direitista” na Paulista) fizeram parte do protesto que mais pareceu uma festa pela democracia.

Leandra Leal: Atriz global critica a Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das coisas mais importantes que esta sexta 18 mostrou foi que ninguém mais suporta a Globo.

Na Avenida Paulista, a Globo foi o principal alvo dos protestos dos que para lá foram na manifestação de defesa da democracia.

No meio da tarde, um grupo cantou: “Puta que o pariu, a Rede Globo é o câncer do Brasil.”

O que está em jogo no Brasil?

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

Chegamos ao momento mais grave da crise política do país. Após Dilma chamar Lula ao ministério, Moro mandou vazar uma conversa grampeada entre os dois. Com chamado midiático, o clima nas ruas é de convulsão.

Moro apostou alto. Ao grampear um telefonema envolvendo a presidente da República e divulgar o áudio no momento politicamente mais conveniente para os que querem derrubá-la, o juiz ultrapassou a linha vermelha. Tirou definitivamente a toga e assumiu sua condição de militante político.

Imagens dos atos pela democracia

São Paulo

Como a Paulista tratou Lula e Aécio

Lula toma posse na Paulista

Foto:  Christian Braga/Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

A direita nativa, rancorosa e covarde, ainda faz de tudo para impedir a posse de Lula como ministro da Casa Civil de Dilma. Mas as milhares de pessoas que tomaram a Avenida Paulista nesta histórica sexta-feira (18) já empossaram o carismático líder popular. No caminhão de som, o ex-presidente se emocionou com a multidão de vermelho. "O que vocês estão fazendo aqui espero que seja uma lição para aqueles que falam em democracia, mas não acreditam na democracia", afirmou.

A Globo só pensa no Lula

Globo e PSDB tentam criar clima de "já era"

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A tentativa da máquina midiática a serviço do impeachment é criar um clima de “inevitabilidade”.

Cerca de 30% do país está disposto a fazer qualquer coisa para tirar Dilma do cargo e prender Lula. É a turma do ódio! Há mais 10% ou 20% disposto a ir até o fim para defender Dilma e Lula.

Mas há uma imensa maioria de brasileiros (metade do país, talvez) que assiste a essa guerra , manifestando já algum cansaço. Já ouvi de muita gente que não é “coxinha” nem raivosa: “ah, acho que agora é melhor esse governo sair”; ou “o Lula tá sendo perseguido, ok; mas acho que agora pegaram o Lula, não vai ter jeito”.

A democracia precisa vencer a barbárie

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quem critica Sérgio Moro é porque defende Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva? Não, você pode achar Dilma a pior presidente do mundo e Lula um bandido enganador e, ao mesmo tempo, considerar que um juiz federal deve seguir regras e não pode agir de forma política em seus casos. Porque as instituições da República, como as leis e o devido processo legal, devem sobreviver aos governantes e magistrados.

As unhas autoritárias já estão de fora

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



Dois acontecimentos mostram os sinais do arreganho autoritário da corporação judicial e parajudicial.

Ontem, o Juiz Euler Jansen, de João Pessoa, exigiu a cópia do áudio de um comentarista da CBN de João Pessoa – o professor José Henrique Artigas de Godoy, da Universidade Federal da Paraíba – onde eram feitas críticas à atuação do juiz Sérgio Moro para “tomar providências cabíveis e legais”.

As mentiras patológicas da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:



Peço perdão por não ter feito a análise de ontem. Uma desculpa, algo esfarrapada, é que acompanhei a posse de Lula como ministro. Acabei ligando na Globo para ver se eles cortariam a transmissão no momento em que as pessoas gritavam contra a emissora. Eu moro no Leme, perto de onde se amontoam os protestos de direita contra o governo. Continuei assistindo, de forma intermitente, como a Globo cobria os fatos políticos.

Então perdi a serenidade logo cedo. Vi Renata Lo Prete, junto com Merval Pereira e outros soldados da Globo (não posso chamá-los de jornalistas) dizendo que Dilma havia convidado apenas petistas para a posse de Lula.