sexta-feira, 24 de março de 2017

MBL ataca Dilma e defende terceirização

Da Rede Brasil Atual:

O MBL (Movimento Brasil Livre, que apoiou o golpe contra Dilma Rousseff e se pauta pelo antipetismo), utiliza tuítes publicados pela ex-presidenta em 2015, numa tentativa de convencer a população de que ela seria favorável à terceirização generalizada e irrestrita da terceirização de trabalhadores pelas empresas, conforme o Projeto de Lei (PL) 4302/1998, aprovado quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados.

Dois anos atrás, em sua página no Twitter, Dilma publicou dois posts consecutivos sobre o tema. No primeiro deles, afirmou: "Sobre o PL da Terceirização, é urgente regulamentar o trabalho terceirizado no Brasil para que tenham proteção e garantia de salário digno." Logo em seguida, ela alertou que a modalidade não poderia ser liberada sem restrições: "No entanto, a regulamentação precisa manter a diferenciação entre atividades fim e atividades meio", complementa.

'Carne Fraca' e a ética do veterinário

Por Marco Piva

“Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter”. É assim, com essa conversa de botequim, retirada de manuais do senso comum, que Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara e preso pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca, gostava de mostrar o que pensa da vida em sua rede social. Segundo O Globo (17/03/2017), o médico veterinário, com diploma da Universidade Federal do Paraná, exalta também o trabalho do juiz Sergio Moro e a cruzada moral contra o PT “para tirar o Brasil do vermelho”.

A crise que não sai nos jornais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Um dos principais argumentos dos setores conservadores e do oligopólio midiático para a destituição da presidenta Dilma Rousseff foi a urgência de buscar uma saída para a crise econômica. Seis meses depois, as promessas do governo liderado por Michel Temer e o otimismo apregoado pelos grandes meios de comunicação parecem ter fracassado: a crise só agrava. Discutir este cenário é a proposta do debate A crise que não sai nos jornais, marcado para o dia 31 de março, às 19h, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo.

Terceirização agravará a crise econômica

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Um dossiê da Central Única dos Trabalhadores (CUT), preparado por técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela o cenário tormentoso das terceirizações no Brasil. Com dados de 2013, o estudo mostra que os terceirizados recebem salários 24,7% menores que aqueles dos efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores.

Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Farias da Costa alerta ainda para o maior risco de acidentes laborais e calotes trabalhistas.

Temer à beira de um ataque de nervos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nosso Xadrez está ficando interessantíssimo à medida em que o cenário político-jurídico chega na hora da verdade: o momento da Lava Jato encarar o poder de fato, aquele amálgama ideológico constituído pela mídia, setores do Ministério Público, Judiciário, sob o comando difuso da ideologia de mercado.

Até agora, era moleza, especialmente depois que Dilma Rousseff jogou a toalha, lá pelo primeiro minuto após o resultado das eleições de 2014.

Para facilitar o entendimento, vamos forçar a simplificação e dividir o jogo entre quatro forças distintas.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Moro quebrou sigilo telefônico de blogueiro

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A nota divulgada há pouco pelo advogado do blogueiro Eduardo Guimarães revela fato gravíssimo: o juiz das camisas negras quebrou o sigilo telefônico de Eduardo. O magistrado de primeira instância obteve extrato da companhia telefônica, indicando quem teria ligado ao blogueiro para passar informações. Grave. Gravíssimo.

Com uma decisão pusilânime nesta quinta, Moro recuou em parte de suas arbitrariedades, depois de perceber que a prisão de Eduardo gerara descontentamento na Globo e entre jornalistas conservadores.

Tem alguém com disenteria na 'suruba'

A terceirização é um ato de crueldade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num país desigual como o Brasil, a terceirização é um ato de crueldade.

As empresas ganham e os trabalhadores perdem. Em resumo, é o que acontece.

Em sociedades avançadas, as mudanças nas questões trabalhistas representam, sempre, avanços. Trata-se de aprimorar o sistema de bem estar social.

Na Escandinávia, a licença maternidade dura mais de um ano. Os pais também têm direito a se ausentar do trabalho por um bom período.

Terceirização: Estão brincando com fogo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa.

A terceirização em si é uma aberração. Serve apenas para aumentar o lucro do empresário às custas da perda da dignidade, do sofrimento e da morte do trabalhador.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados. No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes. Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados (fonte: Dieese).

"A terceirização é o fim da CLT"

Por Dilma Rousseff, em seu blog:

Ontem (22), foi dado mais um golpe no país. Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, contra os interesses do povo brasileiro, o projeto de lei permitindo que a terceirização seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.

O projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros desde Getúlio Vargas, enterrando a CLT.

Só esse golpe parlamentar que aprovou meu impeachment sem crime de responsabilidade poderia viabilizar uma legislação neoliberal concebida na época de FHC.

Mais uma armação contra Lula

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do site Lula:

É falsa a notícia de que o blogueiro Eduardo Guimarães teria avisado a assessoria do ex-presidente Lula sobre a iminência de sua condução coercitiva e da execução de mandados de busca e apreensão, ocorridas em 4 de março de 2016. Estes episódios surpreenderam não apenas o ex-presidente, mas o Brasil e o mundo, por sua violência e ilegalidade.

As informações que Eduardo Guimarães publicou no Blog da Cidadania, em 26 de fevereiro de 2016, diziam respeito exclusivamente à quebra de sigilo fiscal e bancário do Instituto Lula, do ex-presidente, filhos, amigos e colaboradores, incluindo empresas destas pessoas.

Ameaça ao sigilo e a regulação da mídia

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Diversas organizações nacionais e internacionais de jornalismo manifestaram preocupação com a ameaça ao direito ao sigilo da fonte provocado pela condução coercitiva do jornalista blogueiro Eduardo Guimarães, determinada pelo juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância.

Entre as entidades estão a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a ONG Repórteres Sem Fronteiras e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O jornalista e advogado uruguaio Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), criticou a condução coercitiva contra Guimarães por meio das redes sociais.

O Brasil terceirizado

Por Sylvio Micelli

Quando era moleque ouvia dizer que "o Brasil é o país do futuro". Hoje, às portas de quase meio século, constato que o Brasil é o país de passado sombrio, de presente intragável e de futuro incerto.

A aprovação da terceirização a bel prazer do capital, consagrada ontem pela Câmara dos Deputados, é prova irrefutável de que o golpe que foi orquestrado por Temer et caterva, não era contra Dilma, Lula ou qualquer outra coisa. Era contra a classe trabalhadora e não foi por falta de aviso. Aliás, uma amiga importante, cuja identidade devo preservar (alô, Moro, eu sou jornalista, ok?) falou agora pela manhã comigo: "é um retrocesso sem fim... e a classe média por ódio ideológico se nega a ver o resultado de suas panelas..."

O Brasil de Moro odeia o Brasil

Por Renato Rovai, em seu blog:

Sérgio Moro é um sujeito que se tornou um produto. Não é incomum nos dias de hoje. Aliás, muito mais normal do que parece.

Executivos formados em MBAs se vêem como empresas. Eles fazem para si projeções de tempo de vida, período que estarão no auge, quanto conseguirão lucrar por cada real investido numa nova língua ou diploma, não fazem amigos, mas network. E são capazes de desenvolver longos papos à beira de uma piscina tratando disso.

Eduardo Cunha, o zumbi do golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Monica Bergamo diz, hoje, em sua coluna na Folha, que a reação de Eduardo, em caso de derrota em seu pedido de liberdade ao Supremo Tribunal Federal, é considerada “imprevisível” por seus advogados.

Com o devido perdão da Monica, não há nada de imprevisível: é mais uma ameaça de Eduardo Cunha para que os cordéis se movam e tentem forçar uma decisão que – embora não seja impossível e fosse, até, o normal num processo criminal – implicaria numa desmoralização ainda maior da corte, agora sob acusações impensáveis em tempos normais, como as de “disenteria verbal e decrepitude moral”.

Terceirização: salário menor, menos direitos

Câmara aprova precarização do trabalho

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Na direção contrária a todos os estudos que mostram que a terceirização não gera empregos e só vai causar redução de salários e precarização das relações patrão-empregado, a Câmara dos Deputados aprovou o parecer favorável do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) para o substitutivo do Senado ao projeto de lei que permite a terceirização em todas as atividades da empresa. Foram 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções. A Câmara confirma, assim, que está do lado oposto aos trabalhadores brasileiros, e o governo Temer, seguindo à risca a máxima do “cada dia um direito a menos”.

Onde está o povo soberano?

Por Fábio Konder Comparato, no site Carta Maior:

Quando Tomé de Souza desembarcou na Bahia, em 1549, munido do seu famoso Regimento do Governo, e flanqueado de um ouvidor-mor, um provedor-mor, clero e soldados, a organização político-administrativa do Brasil, como país unitário, principiou a existir. Tudo fora minuciosamente preparado e assentado, em oposição à autonomia descentralizadora das capitanias hereditárias. Notava-se apenas, como disse um historiador, uma ligeira ausência: não havia povo. A população indígena, estimada na época em um milhão e meio de almas, não constituía, obviamente, o povo do novel Estado; tampouco o formavam os 1.200 funcionários – civis, religiosos e militares – que acompanharam o Governador Geral. Ou seja, tivemos Estado antes de ter povo.

Terceirização sacramenta pacto escravocrata

Por Jeferson Miola

A terceirização geral e irrestrita aprovada pela maioria de deputados é um passo neural no aprofundamento do golpe. Ela sacramenta o pacto de dominação escravocrata das classes dominantes.

Por dentro do regime de exceção, as classes dominantes estão impondo aos subalternos sacrifícios brutais, que poderão perdurar por muitos anos.

A terceirização transforma o trabalhador presente e futuro em bóia-fria, e faz o país retroceder ao padrão da exploração oligárquica do século 19, penalizando, sobretudo, o trabalhador mais pobre:

Seminário debate desafios da comunicação

Da Rede Brasil Atual:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza nesta sexta-feira (24) um seminário para discutir os desafios das mídias alternativas, progressistas, comunitárias e populares em meio à reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. Segundo a jornalista e integrante da executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) Renata Mielli, o objetivo do encontro é discutir como criar uma comunicação que dialogue com a população para enfrentar o senso comum construído pela mídia tradicional.