segunda-feira, 29 de maio de 2017
O que leva Moro a não mexer em Cláudia Cruz?
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Este artigo está sendo republicado por motivos óbvios.
Sérgio Moro tem medo de Eduardo Cunha.
Esta é a única explicação razoável para a inoperância patética da Lava Jato em relação a Cláudia Cruz, a mulher de Cunha.
A desculpa de que não foi possível notificá-la por não saber seu endereço é uma das coisas mais ridículas da história da Lava Jato e do golpe.
Ou é uma prova da extrema inépcia de Moro ou é uma evidência do caráter da Lava Jato.
Este artigo está sendo republicado por motivos óbvios.
Sérgio Moro tem medo de Eduardo Cunha.
Esta é a única explicação razoável para a inoperância patética da Lava Jato em relação a Cláudia Cruz, a mulher de Cunha.
A desculpa de que não foi possível notificá-la por não saber seu endereço é uma das coisas mais ridículas da história da Lava Jato e do golpe.
Ou é uma prova da extrema inépcia de Moro ou é uma evidência do caráter da Lava Jato.
A ausência de Meirelles na delação da JBS
Por Alline Magalhães e Jéssica Sbardelotto, no site The Intercept-Brasil:
Dos nomes cogitados até aqui para suceder Michel Temer, como nome de “consenso” – ou, se preferir, com a chancela do mercado –, um deles não apenas já disputou eleições, esteve no comando de parte importante da economia do país por quase uma década e, apesar de ostentar uma farda de tecnocrata, sempre teve ambições políticas. Ele já passou por três partidos (PSDB, PMDB e PSD) e, em sua única incursão eleitoral, mostrou força: foi eleito deputado federal por Goiás, com a maior votação no Estado. Seu nome é Henrique Meirelles.
Dos nomes cogitados até aqui para suceder Michel Temer, como nome de “consenso” – ou, se preferir, com a chancela do mercado –, um deles não apenas já disputou eleições, esteve no comando de parte importante da economia do país por quase uma década e, apesar de ostentar uma farda de tecnocrata, sempre teve ambições políticas. Ele já passou por três partidos (PSDB, PMDB e PSD) e, em sua única incursão eleitoral, mostrou força: foi eleito deputado federal por Goiás, com a maior votação no Estado. Seu nome é Henrique Meirelles.
Contra as violações à liberdade de expressão
Do site do FNDC:
Realizada no início da tarde deste domingo (28/5), a 20ª Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou a Carta de Brasília. O documento ratifica o posicionamento da organização contra os ataques sistemáticos à liberdade de expressão e de organização no país e em favor das lutas populares contra as reformas trabalhista e previdenciária, entre outras iniciativas do governo ilegítimo e autoritário de Michel Temer.
A plenária encerrou o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, realizado com apoio da Universidade de Brasília (UnB), no campus Darcy Ribeiro, e de várias entidades e organizações do movimento social. O 3ENDC reuniu cerca de 250 participantes credenciados, vindos de todas as regiões do país. A Carta de Brasília também pede “Fora, Temer” e “Diretas já!”. Abaixo, o documento na íntegra.
Realizada no início da tarde deste domingo (28/5), a 20ª Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou a Carta de Brasília. O documento ratifica o posicionamento da organização contra os ataques sistemáticos à liberdade de expressão e de organização no país e em favor das lutas populares contra as reformas trabalhista e previdenciária, entre outras iniciativas do governo ilegítimo e autoritário de Michel Temer.
A plenária encerrou o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, realizado com apoio da Universidade de Brasília (UnB), no campus Darcy Ribeiro, e de várias entidades e organizações do movimento social. O 3ENDC reuniu cerca de 250 participantes credenciados, vindos de todas as regiões do país. A Carta de Brasília também pede “Fora, Temer” e “Diretas já!”. Abaixo, o documento na íntegra.
O povo rejeita um banqueiro na presidência!
Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:
Henrique Meirelles está cotado pelo capital financeiro e pelos magnatas da mídia para ser o 38º presidente do Brasil. Querem que o pior Congresso da história brasileira o eleja, após a queda de Michel Temer.
Ele conta com muitos admiradores entre empresários e economistas, ligados a bancos ou não. Como Joesley Batista, que o convidou, logo que saiu do Banco Central em 2012, para comandar “o conselho consultivo da J&F, holding que, além da JBS, controla outras seis (sic) empresas do grupo, com uma receita total estimada em 65 bilhões de reais”, conforme a revista Exame. “O Meirelles não vai ser apenas um consultor. Vai cobrar resultados dos executivos e traçar estratégias para a expansão do negócio. Agora é com ele”, disse Joesley Batista.
Ele conta com muitos admiradores entre empresários e economistas, ligados a bancos ou não. Como Joesley Batista, que o convidou, logo que saiu do Banco Central em 2012, para comandar “o conselho consultivo da J&F, holding que, além da JBS, controla outras seis (sic) empresas do grupo, com uma receita total estimada em 65 bilhões de reais”, conforme a revista Exame. “O Meirelles não vai ser apenas um consultor. Vai cobrar resultados dos executivos e traçar estratégias para a expansão do negócio. Agora é com ele”, disse Joesley Batista.
Dissipar a confusão e lutar pelas Diretas-Já
Rio de Janeiro, 28/5/17. Foto: Christian Braga/Jornalistas Livres |
Uma das frases mais carregadas de significado da literatura brasileira e muitas vezes citada por cronistas foi lavrada por Machado de Assis na sua genial obra Dom Casmurro. “A confusão era geral”, dizia, descrevendo uma das antológicas cenas do conflito emocional de Capitu.
Ajustando o tempo do verbo, poderíamos dizer que a confusão é geral, ao vivenciar o conflito político-ideológico – que para a militância abnegada e combativa não deixa de ser emocional também – em que estão engolfados setores da esquerda na busca de soluções para a crise atual.
Os partidos consequentes da esquerda, os setores progressistas e os movimentos populares que com estes marcham nas jornadas de luta contemporâneas, têm uma posição clara diante da crise em curso: imediata saída do usurpador Michel Temer do governo, rejeição às reformas regressivas da Previdência e das leis trabalhistas e realização de eleições diretas, já.
Aécio, Perrella e a estratégia do PSDB
Do blog Viomundo:
Em gravação telefônica com autorização da Justiça divulgada pelo relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, detonou o aliado Zezé Perrella por ter dito, numa entrevista à radio Itatiaia, de Minas Gerais, que estava feliz por não fazer parte da lista de beneficiários de doações da Odebrecht. Perrella foi eleito senador como suplente de Itamar Franco.
Aécio disse que a declaração de Perrella tinha sido “escrota”, por revelar falta de solidariedade com ele e o ex-governador mineiro e hoje senador Antonio Anastasia e não combinar com a linha de defesa adotada pelo grupo político: separar “o joio do trigo”, ou seja, acusar o PT de se beneficiar da ‘roubalheira’ mas dizer que o PSDB tinha sido beneficiário “apenas” de caixa 2. Anistiar o caixa dois através de uma decisão do Congresso é um dos objetivos dos que pretendem acabar com a Operação Lava Jato.
Aécio disse que a declaração de Perrella tinha sido “escrota”, por revelar falta de solidariedade com ele e o ex-governador mineiro e hoje senador Antonio Anastasia e não combinar com a linha de defesa adotada pelo grupo político: separar “o joio do trigo”, ou seja, acusar o PT de se beneficiar da ‘roubalheira’ mas dizer que o PSDB tinha sido beneficiário “apenas” de caixa 2. Anistiar o caixa dois através de uma decisão do Congresso é um dos objetivos dos que pretendem acabar com a Operação Lava Jato.
ONU condena truculência de Temer
Do blog Socialista Morena:
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenaram o uso excessivo da força por parte da Polícia Militar na repressão a protestos e manifestações contra o governo de Michel Temer no Brasil. Na manifestação do último dia 24 de maio, sete pessoas foram detidas e 49 resultaram feridas, algumas delas gravemente e ao menos uma com arma de fogo. A Polícia Militar utilizou gases pimenta, lacrimogêneo e balas de borracha para reprimir os protestos. Dois fotógrafos relataram ter sido ameaçados por um policial portando uma pistola.
Dominação financeira, o caminho ao caos
Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:
O modelo brasileiro de desenvolvimento da última década ia bem obrigado. Um conjunto de programas econômicos e sociais, como a elevação do salário mínimo, ampliação das aposentadorias, transferências para as famílias mais pobres, expansão da educação e dos serviços de saúde, amplos investimentos em infraestruturas e outros programas ampliaram a demanda para as empresas, o que por sua vez, além de gerar produtos, gerou mais de 10 milhões de empregos formais, ampliando ainda mais a demanda – levando ao chamado “círculo virtuoso” de crescimento: dinamizou-se a economia, ao mesmo tempo que se respondia às necessidades reais da população, priorizando quem mais precisa. E como uma economia mais dinâmica gera mais recursos públicos, foi possível equilibrar o financiamento do conjunto, inclusive as políticas sociais e redistributivas.
O modelo brasileiro de desenvolvimento da última década ia bem obrigado. Um conjunto de programas econômicos e sociais, como a elevação do salário mínimo, ampliação das aposentadorias, transferências para as famílias mais pobres, expansão da educação e dos serviços de saúde, amplos investimentos em infraestruturas e outros programas ampliaram a demanda para as empresas, o que por sua vez, além de gerar produtos, gerou mais de 10 milhões de empregos formais, ampliando ainda mais a demanda – levando ao chamado “círculo virtuoso” de crescimento: dinamizou-se a economia, ao mesmo tempo que se respondia às necessidades reais da população, priorizando quem mais precisa. E como uma economia mais dinâmica gera mais recursos públicos, foi possível equilibrar o financiamento do conjunto, inclusive as políticas sociais e redistributivas.
Fantástico arrasta Aécio na lama da JBS
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
No Fantástico desta noite, lambuza-se o cadáver político de Aécio Neves na pocilga dos negócios da JBS tentando vender por pelo menos o dobro do preço um apartamento de luxo de sua mãe, uma cobertura duplex, de 1,2 mil metros quadrados em São Conrado, no Rio de Janeiro e de um prédio pertencente ao jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.
Leia um trecho da reportagem fúnebre do ex-herói da Globo ou assista o vídeo aqui:
No Fantástico desta noite, lambuza-se o cadáver político de Aécio Neves na pocilga dos negócios da JBS tentando vender por pelo menos o dobro do preço um apartamento de luxo de sua mãe, uma cobertura duplex, de 1,2 mil metros quadrados em São Conrado, no Rio de Janeiro e de um prédio pertencente ao jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.
Leia um trecho da reportagem fúnebre do ex-herói da Globo ou assista o vídeo aqui:
No RJ, mais de 100 mil pelas Diretas-Já
Rio de Janeiro, 28/5/17. Foto: Mídia Ninja |
Cerca de 100 mil pessoas foram à praia de Copacabana, no Rio, neste domingo (28), para participar do ato promovido por artistas e movimentos populares, exigir a saída do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas. A estimativa é dos organizadores. A Polícia Militar não divulgou estimativa. O ato-show começou por volta das 11h e foi até as 18h30. Reuniu intelectuais, músicos, atores, parlamentares e lideranças sindicais. Destaques para Caetano Veloso, Milton Nascimento, Mano Brown, Rappin Hood, Mart'nália, Teresa Cristina, Criolo, Cordão da Bola Preta,, Otto, Maria Gadú, BNegão, Elisa Lucinda, os atores Vagner Moura, Gregório Duvivier, Osmar Prado, Antonio Pitanga, Bemvindo Siqueira, entre outros.
domingo, 28 de maio de 2017
O pensamento único e a mídia alternativa
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Como romper com o pensamento único dos grandes meios de comunicação em um cenário de concentração midiática e ausência de diversidade e pluralidade de opiniões e ideias? Essa questão foi o norte da discussão sobre “Ética, Jornalismo e Mídia Alternativa na Disputa pela Informação”, ocorrida neste sábado (27/5), durante o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC).
O debate contou com a participação de nomes de peso das mídias alternativas do país. Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres; Renato Rovai, da Revista Fórum; e Altamiro Borges, autor do Blog do Miro. Além deles, também compuseram a mesa Beth Costa, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e Gilson Reis, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
Como romper com o pensamento único dos grandes meios de comunicação em um cenário de concentração midiática e ausência de diversidade e pluralidade de opiniões e ideias? Essa questão foi o norte da discussão sobre “Ética, Jornalismo e Mídia Alternativa na Disputa pela Informação”, ocorrida neste sábado (27/5), durante o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC).
O debate contou com a participação de nomes de peso das mídias alternativas do país. Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres; Renato Rovai, da Revista Fórum; e Altamiro Borges, autor do Blog do Miro. Além deles, também compuseram a mesa Beth Costa, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e Gilson Reis, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
Temer balança: quem ficará no lugar?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Ao mesmo tempo em que Michel Temer se segura como pode na cadeira presidencial, a cada dia mais isolado e enfraquecido, para não perder o foro privilegiado, aliados e oposicionistas movimentam-se abertamente na busca de um nome de consenso para por no seu lugar.
Só que não está fácil antecipar a saída do ainda titular do Planalto, e muitos menos encontrar uma solução constitucional para o impasse político criado com as delações da JBS.
E a renúncia está fora dos planos de Temer, como ele já anunciou várias vezes.
Qualquer que seja o caminho escolhido para encurtar o mandato do presidente - impeachment, cassação no TSE, convocação de eleições diretas ou indiretas - os rituais de passagem são demorados e, com isso, Temer vai ganhando tempo, que é seu principal objetivo no momento.
Ao mesmo tempo em que Michel Temer se segura como pode na cadeira presidencial, a cada dia mais isolado e enfraquecido, para não perder o foro privilegiado, aliados e oposicionistas movimentam-se abertamente na busca de um nome de consenso para por no seu lugar.
Só que não está fácil antecipar a saída do ainda titular do Planalto, e muitos menos encontrar uma solução constitucional para o impasse político criado com as delações da JBS.
E a renúncia está fora dos planos de Temer, como ele já anunciou várias vezes.
Qualquer que seja o caminho escolhido para encurtar o mandato do presidente - impeachment, cassação no TSE, convocação de eleições diretas ou indiretas - os rituais de passagem são demorados e, com isso, Temer vai ganhando tempo, que é seu principal objetivo no momento.
A derrocada da "República de Curitiba"
Por Erika Kokay, na revista CartaCapital:
As “ações controladas” da Operação Lava Jato, de iniciativa da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, que constituíram provas materiais contra o senador tucano Aécio Neves e o presidente ilegítimo Michel Temer, desmascarou de uma vez por todas a parcialidade do juiz Sergio Moro e dos procuradores da “República de Curitiba”.
Não estamos falando de PowerPoint com convicções para ser exibido de forma espetaculosa pela mídia, mas de provas documentais, de amplo e farto material fotográfico, áudios e vídeos, dinheiro rastreado, malas com chips, enfim, todo um processo de investigação sigiloso da Polícia Federal que comprovou esquemas de propina e corrupção envolvendo dois importantes nomes da política nacional.
Não estamos falando de PowerPoint com convicções para ser exibido de forma espetaculosa pela mídia, mas de provas documentais, de amplo e farto material fotográfico, áudios e vídeos, dinheiro rastreado, malas com chips, enfim, todo um processo de investigação sigiloso da Polícia Federal que comprovou esquemas de propina e corrupção envolvendo dois importantes nomes da política nacional.
Após 34 anos, Folha de S. Paulo se acovarda!
Por Marcelo Auler, em seu blog:
Quem lê o editorial deste domingo (28/05) da Folha de S. Paulo – Sucessão Especulada – e foi testemunha, em 1983, da audaciosa coragem do jornal ao publicar o editorial Por eleições diretas, conclui facilmente que na ausência do seu antigo dono, Octávio de Oliveira Frias, o jornal, hoje comandado por seus filhos, Octávio Filho, na parte editorial, e Luís Frias, como presidente da empresa, se acovardou. Lamentavelmente!
Quem lê o editorial deste domingo (28/05) da Folha de S. Paulo – Sucessão Especulada – e foi testemunha, em 1983, da audaciosa coragem do jornal ao publicar o editorial Por eleições diretas, conclui facilmente que na ausência do seu antigo dono, Octávio de Oliveira Frias, o jornal, hoje comandado por seus filhos, Octávio Filho, na parte editorial, e Luís Frias, como presidente da empresa, se acovardou. Lamentavelmente!
Henrique Meirelles e a profecia do caos
Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:
É cada vez mais explícito, dentro do governo Temer, o abismo que separa os interesses do capital e os da população brasileira. A diferença de tratamento também: aos investidores, especuladores, CEOs, injeções de tranquilidade e a promessa “as reformas irão passar”; à população nas ruas, bombas, porretes, detenções.
Na última semana, enquanto Michel Temer frustrava o país ao bradar “eu não renunciarei”; Henrique Meirelles, o todo poderoso ministro da Fazenda, garantia que, “independentemente de qualquer coisa”, “as reformas sairão” e a “agenda econômica será idêntica”.
É cada vez mais explícito, dentro do governo Temer, o abismo que separa os interesses do capital e os da população brasileira. A diferença de tratamento também: aos investidores, especuladores, CEOs, injeções de tranquilidade e a promessa “as reformas irão passar”; à população nas ruas, bombas, porretes, detenções.
Na última semana, enquanto Michel Temer frustrava o país ao bradar “eu não renunciarei”; Henrique Meirelles, o todo poderoso ministro da Fazenda, garantia que, “independentemente de qualquer coisa”, “as reformas sairão” e a “agenda econômica será idêntica”.
Um cadáver busca escapar da sepultura
Brasília, 24/5/17. Foto: Valter Campanato/ABr |
Eles e elas chegaram de todo o Brasil, convocados pelas centrais sindicais, pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e pelos partidos de esquerda. Vieram para se manifestar contra a violência que tem marcado, há um ano, o assalto aos direitos dos trabalhadores consagrados na Constituição de 1988. Em particular contra a liquidação da Previdência Social que lhes garanta uma aposentadoria digna no fim da vida e contra a reforma trabalhista que remete as relações capital-trabalho para a etapa anterior à Lei Áurea.
Os trabalhadores do Brasil desembarcaram na capital do país, neste 24 de maio, para expressar seu inconformismo e afirmar sua cidadania. Uma vigorosa demonstração de apreço pela democracia e uma advertência aos que imaginam tratá-los como rebanhos sem consciência dos seus direitos, submetidos a poder de vara: haverá resposta contra o esbulho dos direitos conquistados.
Doria, 'jestor jenial', e a nova cracolândia
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
O jestor privado João Dória é um jênio.
Decretou o fim da cracolândia. E ao fazê-lo demonstrou ter sérios comprometimentos de fundo psíquico, já que parece acreditar na mitologia que fabrica todos os dias – à base de propaganda e discurso autoritário. Dória começou usando propaganda pra enganar os outros. E acabou enganando a si mesmo.
Agora se desespera, maltratando repórteres que perguntam o óbvio: “como o senhor responde às críticas de que praticou na cracolândia um ato higienista, de limpeza social?” Clique aqui pra saber como o prefeito reagiu à pergunta, de forma destemperada, típica de quem não sabe ser contrariado.
O jestor privado João Dória é um jênio.
Decretou o fim da cracolândia. E ao fazê-lo demonstrou ter sérios comprometimentos de fundo psíquico, já que parece acreditar na mitologia que fabrica todos os dias – à base de propaganda e discurso autoritário. Dória começou usando propaganda pra enganar os outros. E acabou enganando a si mesmo.
Agora se desespera, maltratando repórteres que perguntam o óbvio: “como o senhor responde às críticas de que praticou na cracolândia um ato higienista, de limpeza social?” Clique aqui pra saber como o prefeito reagiu à pergunta, de forma destemperada, típica de quem não sabe ser contrariado.
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