domingo, 2 de julho de 2017

Loures, Aécio, Lava-Jato e os bobões

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quando a Operação Lava Jato começou era compreensível ter dúvida acerca do seu papel e objetivos. Havia gente séria e intelectualmente respeitável que considerava que ela poderia ser republicana. Que o juiz Sérgio Moro seria alguém com propósitos acima dos interesses partidários. E que o Supremo Tribunal se comportaria com altivez.

Com o passar do tempo, boa parte desses foram vendo que havia nela uma clara intensão seletiva. E que o impeachment de Dilma e a criminalização de dirigentes e quadros importantes do PT, incluindo Lula, era o que o movia praticamente todos que estavam naquele barco do suposto combate à corrupção.

Racismo: Manual para os sem-noção

Por Djamila Ribeiro, na revista CartaCapital:

É muito comum, infelizmente, deturparem a luta feminista antirracista, reproduzir o senso comum e até ofensas. Por conta dessa situação, montei um pequeno manual didático. Esta é a primeira parte.

“Aceitar opiniões diferentes”

Prezado(a) branco(a), se você é palmeirense e acha que o Corinthians é pior, tudo bem, posso aceitar. Se você prefere carne cozida sem cenoura, o.k. Mas dizer que beleza é uma questão de opinião, não dá. O racismo está na base da construção do belo. Cansei de ouvir: “Nossa, você é uma negra bonita” (com ar de surpresa) ou “Você é a negra mais bonita que conheço”.

Pato da Fiesp morre queimado na Paulista

Imagem: Jornalistas Livres
Do blog Viomundo:

Durante a manifestação contra as reformas trabalhista e da Previdência nesta sexta-feira, 30, na avenida Paulista, o pato da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo foi sacrificado).

Um ato simbólico, para marcar o desaparecimento dos paneleiros.

Mas, o pato vive.

Vive nas próprias reformas, que motivaram o apoio da Fiesp ao golpe contra Dilma Rousseff.

Vive no cinismo do dono de galpão Paulo Skaf, que arrecadou, armou protestos e panfletou jornais pela derrubada de Dilma mas agora, diante de um presidente denunciado por corrupção, diz que não cabe à entidade se envolver em política.

Dallagnol vai colocar Aécio no powerpoint?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se não fosse trágico, seria divertido ver tanta gente que ajudou a criar essa situação no Brasil de repente perceber a burrada que cometeu.

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, criticou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, de determinar a volta de Aécio Neves (PSDB-MG) ao exercício do mandato e de negar o pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República contra ele.

Para Dallagnol, solto e no exercício de suas atividades parlamentares, Aécio poderá articular o fim da Lava Jato.

Os atos estranhos do ministro Fachin

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos últimos dias aconteceram vários episódios que, de certo modo, enfraquecem o Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot e dão algum alento à organização que tomou conta do Executivo. Mas não indicam, ainda, mudança radical na correlação de forças. Mesmo porque, ainda há um enorme acervo de malfeitos de Michel Temer e seu bando a serem revelados.

O STF (Supremo Tribunal Federal) continua sendo uma incógnita. Ainda não se sabe para que lado vai e o que motivou a mudança surpreendente de posição do Ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato.

Há algo de podre no ar, mas ainda não há clareza sobre tamanho e consistência.

O STF e a sentença de acordo com o freguês

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Duas colunas, as de André Singer, na Folha, e a de Merval Pereira, em O Globo, tratam da falta de uniformidade das decisões da Lava Jato e seus arredores, o caso JBS.

Singer, com toda a razão, compara os diferentes procedimentos do STF com Rodrigo Rocha Loures e Delcídio do Amaral, ambos pegos em crimes por gravações (o primeiro de vídeo; o segundo de áudio), pelo mesmo tribunal. Aliás, Loures solto por decisão de Edson Fachin, que sucedeu Teori Zavascki na função que o fez prender Delcídio:

Compare-se o tempo de estadia, no mesmo cubículo da Polícia Federal, destinado ao então líder do governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral, e, agora, ao assessor de Temer. Preso em novembro de 2015, Amaral ficou detido 85 dias e só saiu porque concordou em fazer delação premiada. A peça extorquida por meio do que hoje a família Loures chama de condições torturantes tinha como centro a afirmação de que Lula e Dilma conheciam o esquema de corrupção na Petrobras.

Gilmar Mendes aconselha o ladrão

Meta de inflação encobre fiasco na economia

Do blog de Renato Rabelo:

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a redução da meta de inflação de 4,5% para 4,25% em 2019 e para 4% em 2020. É a primeira vez em 14 anos que o centro da meta é reduzido. Para o economista Paulo Kliass, a decisão faz parte da retórica do governo, que tenta passar a imagem de eficiência e responsabilidade. “Querem desviar o debate do fracasso que está sendo a política econômica hoje para tentar vender o peixe de que, em 2019, a coisa estará controlada. Mas não há essa garantia”, diz. “Eles estão reduzindo inflação porque estão quebrando o país”, diz Kliass.

Acordo ''com STF e tudo" para salvar Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O primeiro semestre de 2017 termina com a mais forte ofensiva do "establishment’’ para deter a Operação Lava Jato, combinando a agressividade política do governo Temer com a ação legitimadora do STF. Tal ofensiva foi traduzida, entre outros fatos, por duas medidas fortes da semana passada. Depois de Temer golpear o PGR Rodrigo Janot com a apresentação antecipada de sua sucessora, o STF o blindou contra a delação que poderia lhe ser fatal de Rocha Loures, o homem da mala. Devolvendo o mandato de senador a Aécio Neves, o STF deu outra ajuda a Temer ao tirar o PSDB das cordas, contribuindo para a permanência do partido na base governista bandoleira. Nada que vem de Temer surpreende, mas a inflexão do Supremo decepciona aqueles que acreditaram na promessa de sua presidente Carmem Lucia, de que “o clamor por justiça não será ignorado” . O clamor que está sensibilizando o STF é o que vem dos que sempre mandaram no Brasil, contando com o colo morno da Justiça.

A "carreira elogiável" de Aécio Neves

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Brasil é o país onde a expressão “o melhor detergente é a luz do sol” não tem validade.

Chegamos a um ponto em que o descaramento virou regra e é tão banal quanto um picolé de limão.

Veja Michel e seus ladrões.

Veja Aécio Neves à vontade para pedir a Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, que um dos inquéritos abertos para investigá-lo a partir das delações da Odebrecht seja remetido para relatoria do amigo Gilmar Mendes.

Meirelles e o fracasso da política econômica

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que na quarta-feira (28) admitiu que o governo cogita a possibilidade de aumentar impostos, é uma capitulação e o reconhecimento de que a política econômica do governo Michel Temer (PMDB-SP) está cada vez mais longe da promessa inicial de que colocaria o país nos trilhos – largamente disseminada durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

"Se Meirelles está falando em aumentar impostos, admite que o ajuste fiscal dele foi um fracasso. Que a arrecadação caiu. Vivemos uma crise tremenda na economia. O desemprego é massivo. Isso está afetando profundamente os trabalhadores. A perda de arrecadação está nos dados, a economia está paralisada, no fundo do poço", diz Jorge Mattoso, presidente da Caixa Econômica Federal no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

sábado, 1 de julho de 2017

Abono salarial e Bolsa Família: mais maldades

Por Altamiro Borges

Enquanto não é apeado do poder – apesar das graves denúncias de corrupção e da crescente rejeição constatada nas pesquisas –, o odiado Michel Temer prossegue com as suas maldades. Para agradar a cloaca empresarial e os rentistas, que financiaram o “golpe dos corruptos”, ele ferra os trabalhadores sem dó nem piedade. Neste sábado (1), o Estadão informou que o covil golpista já estuda extinguir o abono salarial. “Se a votação da reforma da Previdência naufragar no Congresso Nacional, a equipe econômica trabalha com uma alternativa para cortar despesas e garantir o cumprimento do teto de gastos e a volta de superávits primários nas contas públicas. A ideia é acabar com o pagamento do abono salarial”, garante a jornalista Adriana Fernandes.

Temer e Lava-Jato conduzem país à ruína

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Até quando o empresariado brasileiro permanecerá mergulhado no delírio insano de que o governo Temer e suas “reformas” fazem bem à economia?

O Brasil está se autodestruindo a uma velocidade assustadora! Sob liderança de Temer, o governo está sendo conduzido, rapidamente, à ruína fiscal.

É justo dizer, todavia, que se trata de uma dobradinha entre Temer e Lava Jato.

Ambos trabalham com uma agenda afinada, apesar da briguinha pelo poder que vemos na política.

Aécio Neves, o STF e os inimputáveis

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

“Ah, se fosse petista”, pensam os brasileiros novamente ao ler a notícia de que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu o exercício do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e afastou todas as outras medidas restritivas implementadas contra ele (proibição de contatar outro investigado ou réu no processo e de ausentar-se do país). Cada vez mais se fortalece entre os cidadãos a impressão de que os tucanos não se encontram ao alcance da lei. São inimputáveis.

Aécio havia sido afastado do mandato em maio deste ano, quando o ministro Edson Fachin impôs ao senador medidas cautelares diversas da prisão por considerar presentes indícios da prática dos crimes decorrentes do acordo de delação premiada firmado entre pessoas ligadas ao Grupo J&F e o Ministério Público Federal. Fachin apontou a necessidade de “garantir a ordem pública e a instrução processual”. O candidato derrotado à presidência em 2014 havia sido flagrado pedindo dinheiro ao dono da JBS, Joesley Batista.

Fantasma do TRF4 assombra a Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                            

A sentença do TRF4 anulando a condenação do juiz de 1ª instância Sergio Moro e absolvendo Vaccari, impôs à República de Curitiba sua maior derrota e mostra que algo de importante se move em relação ao conceito que o Judiciário e a sociedade fazem da Operação Lava Jato.

Mesmo que Moro seja mais Moro do que nunca ao não cumprir o alvará de soltura, alegando que Vaccari responde a outros processos e por isso deve ser mantido encarcerado, há fortes indícios de que a aceitação bovina de seus métodos faz água por todos os lados.

Além de caber à perfeição no modelo inaceitável em termos republicanos de juiz com coloração partidária, e que não hesita em perseguir seus adversários políticos, Moro revela mais uma vez não possuir a menor compaixão e senso de humanidade diante de presos que não negociam a dignidade e não se enlameiam no pântano das delações premiadas.

Superávit primário e dívida pública

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Um dos pilares de toda a política econômica orientada pelo poder do sistema financeiro há várias décadas se assenta na geração continuada do chamado “superávit primário”. O discurso chega ao grande público baseado naquela conhecida lengalenga da comparação esdrúxula entre a dinâmica da economia de uma Nação e os problemas enfrentados pelo casal na organização da economia familiar doméstica.

Seja pelas falas que Lula afirmava manter com Dona Marisa, seja pelas conversas de Temer com a esposa Marcela, o fato é que a imprensa sempre repercute a ideia de que “não se pode gastar mais do que se recebe no mês”. Com isso, surge a tentativa de criminalização de qualquer inciativa de estabelecer políticas públicas que impliquem aumento dos gastos do Estado. É claro que a política econômica deve buscar algum tipo de equilíbrio e responsabilidade no longo prazo. No entanto, isso não significa que toda medida que envolva elevação de gasto orçamentário deva ser encarada do mesmo modo.

O golpe contra a reforma agrária

Temer, Cunha, Aécio e o ranking dos odiados

Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil:

O presidente Michel Temer segue alcançando altos índices. Entre os “desaplaudidos” da política nacional, está no topo do pódio com 93% de reprovação. Apenas 3% da população aprova o governo. O restante preferiu não opinar. Os números são da pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira (29). Mas a disputa no ranking dos mais odiados foi acirrada. Na sequência, estão Eduardo Cunha (92%) e Aécio Neves (91%).

Com margem de erro de 3%, a pesquisa Pulso Brasil foi realizada com base na primeira quinzena de junho e analisou a atuação de 32 personalidades públicas e políticas. Os números apresentam os impactos da delação da JBS na política nacional: Aécio Neves teve alta de 14 pontos percentuais no índice de desaprovação sobre a edição anterior.



A reforma trabalhista fere a democracia

Editorial do site Vermelho:

A contra-reforma trabalhista que o governo do usurpador Michel Temer se empenha em impor ao país - e foi aprovada, na quarta-feira (28) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, por 16 votos a 9 e uma abstenção, não fere apenas os direitos dos trabalhadores.

O PLC 38/2017, da ‘reforma” trabalhista, é - como as demais “reformas” reacionárias propostas por Temer - um grave atentado contra a democracia e os direitos do povo.

A “reforma” que a direita tenta impor – e será submetida agora ao plenário do Senado - afeta negativamente a democracia e também, fortemente, os direitos sociais e civis da democracia, assegurados pela Constituição de 1988, que fica gravemente desfigurada pelas mudanças restritivas impostas pelo governo da direita.

Milhares aderem à "greve por direitos"

Av. Paulista, São Paulo, 30/6/17. Foto: Mídia Ninja
Do jornal Brasil de Fato:

Em todo o país, milhares de pessoas se mobilizaram nesta sexta-feira (30) no dia da Greve por Direitos. Movimentos populares e centrais sindicais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram diversos atos pelo país. Os trabalhadores ocuparam, desde cedo, vias e rodovias em mais de uma centena de cidades brasileiras.

Os atos criticavam as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo golpista de Michel Temer, pediam a saída do peemedebista aos gritos de Fora, Temer! e clamavam por eleições gerais e diretas.