sexta-feira, 7 de julho de 2017

Fim da Lava-Jato; panelas seguem mudas

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A Polícia Federal divulgou nota nesta quinta-feira, 6 de julho, confirmando notícia veiculada pelo site da revista Época sobre o fim do grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba. A justificativa oficial é de que “a medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário”. No entanto, os delegados deixarão de se dedicar com exclusividade à “maior operação contra a corrupção da história”, como a Lava-Jato era chamada antes da queda de Dilma Rousseff. À Época, investigadores falaram em “asfixia” da investigação.

O custo social do combate à inflação

Por André Luiz Passos Santos, no site Brasil Debate:

O presidente do Bacen, Ilan Goldfajn, publicou nota no site da instituição no último dia 19 comentando o relatório de inflação do primeiro trimestre. Nela, Goldfajn comemora a queda da inflação, que era de 9% nos doze meses encerrados em junho de 2016, quando assumiu a presidência do Banco Central, para 3,8%, taxa prevista para 2017. Dias depois, em entrevista ao jornal Valor, Goldfajn afirma à jornalista Claudia Safatle que a política monetária que preside “quebrou a espinha” da inflação.

De fato, alguns analistas preveem que a inflação poderá estar rodando abaixo de 3% no último trimestre de 2017. Portanto, abaixo da mínima prevista para a banda fixada pelo sistema de metas de inflação – que pode variar este ano entre 3 e 6% – o que obrigaria o BACEN a escrever uma carta ao Conselho Monetário Nacional explicando por que teria exagerado na dose do remédio.

Bancos devem R$ 124 bilhões para a União

Da Rede Brasil Atual:

Os grandes bancos comerciais do Brasil são destaque entre os maiores devedores com a União. Juntas, as instituições financeiras somam mais de R$ 124 bilhões, de acordo com levantamento realizado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), divulgado ontem (5). A natureza de tais débitos envolve itens como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), atividades de seguros, capitalização, resseguros, planos de saúde e previdência.

De acordo com o relatório, do montante, R$ 7 bilhões correspondem à dívida com a Previdência, R$ 107,5 milhões são referentes ao FGTS e R$ 117 bilhões representam o restante. Os dados inspiram críticas à proposta de reforma da Previdência, capitaneada pelo presidente Michel Temer (PMDB). “Existe dinheiro, muito dinheiro. Existe um órgão responsável pela cobrança que está cada vez mais sucateado, porque não existe interesse do governo em que esse dinheiro seja cobrado. Fazer uma reforma na Previdência dizendo que a conta, mais uma vez, tem que ser paga pelo trabalhador é muito delicado”, disse o presidente do Sinprofaz, Achilles Frias.

Na crise, Meirelles avança até sobre mortos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Reuters publica uma notícia que dá ideia do desespero do governo federal em obter receitas para evitar que até o “rombo” de R$ 140 bilhões no déficit primário – sem contar os R$ 1,7 trilhão pagos como encargos e serviço da dívida pública:

” O governo deve editar nos próximos dias uma Medida Provisória (MP) para recuperar recursos pagos pela União, como salários e benefícios, a pessoas que faleceram e estima reforço de caixa de 1 bilhão de reais em 2017 com a investida.”

Por que Temer luta para continuar no cargo?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Não deve ser fácil para um governante de 76 anos, que bate recordes de impopularidade e enfrenta a ameaça de desembarque de seus principais aliados.

Com sua articulação política desmantelada, encurralado por todo lado, esta semana o presidente Michel Temer resolveu assumir ele mesmo o papel de negociador do governo para continuar no Palácio do Planalto a qualquer preço.

Passa os dias reunido em seu gabinete com deputados que vão julgar a denúncia por corrupção passiva no inquérito aberto pela PGR, homologada pelo STF e encaminhada à Câmara após as delações da JBS.

Temer disse outro dia que não sabe porque Deus o colocou na Presidência da República, mas está na hora de saber se vale a pena continuar gastando todas as suas energias apenas para sobreviver no cargo.

Na ONU, cabisbaixo e de mãos vazias

Por Jorge Henrique Cordeiro, no site Outras Palavras:

No próximo dia 10 de julho reúne-se em Nova York o Fórum Político de Alto Nível da ONU, para mais uma rodada de discussão sobre a Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acordados por quase 200 países - entre eles o Brasil. O encontro serve para monitorar e avaliar os avanços do acordo, que em sua declaração oficial afirma que os governos devem alcançar um desenvolvimento “sustentável nas suas três dimensões - econômica, social e ambiental — de forma equilibrada e integrada” até 2030. Há, no entanto, questões de fundo sobre modelo de desenvolvimento que não estão sendo observadas e comprometem o cumprimento da Agenda 2030.

A influência política e comercial na mídia

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Com direito à bandeirinha esvoaçante em 3D - da Inglaterra não do Brasil, of course - o Jornal Nacional (JN) bombou os dados do Digital News Report 2017 (Relatório de Jornalismo Digital 2017), do Instituto Reuters para a Universidade de Oxford, na última quinta-feira (29.06). Não à toa: o levantamento, realizado com 70 mil pessoas em 36 países, mostra que 60% dos brasileiros confiam nas notícias veiculadas pela mídia.

Sim, é isso mesmo. O Brasil perde apenas para a Finlândia em termos de confiança do público nos meios de comunicação. Mas, muita calma nesta hora. Os dados do estudo silenciados pelo JN são muito mais interessantes. Inclusive, o não-dito sobre a pesquisa diz muito sobre a manipulação da emissora.

Lava-Jato virou algo parecido com uma seita

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma leitura da postagem mais recente do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima dá a exata medida do tipo de seguidor que a chamada República de Curitiba criou, com a Operação Lava Jato.

São pessoas que parecem sinceras na crença de que os procuradores de Curitiba estavam passando o Brasil a limpo e não, como está evidente, encetando uma perseguição que resultou na queda de um governo democraticamente eleito.

Agora que o serviço está feito, foram descartados, e a Lava Jato desfeita como força tarefa, como explicou o delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato e um militante antipetista nas redes sociais, um revoltado online.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Fora Temer, e leva o Rodrigo Maia junto!

Por Altamiro Borges

A situação do usurpador Michel Temer está ficando insustentável. A prisão do comparsa Geddel Vieira Lima, a temida delação do presidiário Eduardo Cunha e a denúncia apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot, entre outros petardos, reforçam a hipótese de que o chefe da quadrilha que assaltou o poder está com os seus dias contados. Com o navio afundando, os ratos já pulam fora. Segundo o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, é crescente o movimento pelo “desembarque” da sigla. “A posição do partido é cada vez mais clara. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo". Neste cenário, as forças golpistas aceleram a manobra para, via eleições indiretas, garantir a continuidade do projeto golpista. O nome em alta para suceder Michel Temer é o do demo Rodrigo Maia, o jagunço dos empresários que preside a Câmara Federal.

Nem o “mensalão” do Temer salva a Veja

Por Altamiro Borges

Em sua página na internet, o jornalista Fernando Rodrigues informa que “a Veja mais do que dobrou sua receita com propaganda estatal em um ano. Passou de R$ 5,1 milhões em 2015 (sob Dilma) para R$ 11,2 milhões em 2016 (Dilma até maio e Temer de maio a dezembro). Com a exceção das revistas Veja e Época, todos os grandes veículos de imprensa (TVs, jornais, revistas e portais de internet) tiveram redução no valor recebido em propaganda da União em 2016. O ano de 2016 foi o 3º consecutivo de redução nas verbas de publicidade da União para a TV Globo. A emissora recebeu R$ 323,8 milhões, o que significou uma queda de 26% sobre 2015. Foi o menor valor desde que os dados começaram a ser computados, em 2000”.

Até o ‘Estadão’ ameaça abandonar Temer

Por Altamiro Borges

O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Globo e Veja já tinham desembarcado do odiado governo, temendo que seu desgaste emperre a aplicação da agenda ultraliberal dos golpistas e alavanque a candidatura de Lula. A Folha até que resistiu – inclusive negando a veracidade dos áudios dos chefões da JBS contra o usurpador –, mas também rifou o moribundo. O Estadão era o único veículo da chamada "grande imprensa" que ainda mantinha o apoio militante ao Judas. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar Michel Temer.

Temer e a covardia da mentira

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Depois de revolucionar a história e a filosofia do século 20, o filósofo francês Michel Foucault voltou aos gregos clássicos e, em seus dois últimos cursos no Collège de France, recuperou a noção de parrhesia, um conceito que pode ser traduzido como “coragem da verdade”. O que o pensador tinha em mente era uma transformação da ideia de verdade, que fosse além apenas da coerência logica e da ligação com os fatos para afirmar uma disposição ética. Buscar a verdade exige engajamento, compromisso, audácia.

Lei Antiterrorismo: mais retrocessos

Do site do FNDC:

O Congresso Nacional mais uma vez é o centro de graves retrocessos em relação à garantia dos direitos fundamentais após um andamento extremamente preocupante do PL 5.065/2016. Este projeto de lei tem como objetivo alterar a Lei Antiterrorismo, aprovada sob amplas críticas da sociedade civil em março de 2016. Entretanto, se a Lei Antiterrorismo representa um marco negativo por seu processo de aprovação sem participação e transparência, suas penas desproporcionais e pela amplitude dos seus dispositivos, que significam um risco para movimentos sociais e manifestantes, o PL 5065/2016 visa tornar esta legislação ainda mais restritiva e criminalizadora.

Moro poderá eleger Lula presidente

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde o revés que o juiz Sergio Moro sofreu ao ter reformada integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a sentença sumária, ilegal e arbitrária que proferiu contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, este Blog começou a avisar que essa sentença e o amaciamento do STF com Aécio Neves dificultariam a condenação de Lula no caso do Triplex.

Na última segunda-feira, matéria constrangedoramente “morista” – ou antilulista – do Estadão flerta com a galhofa ao dizer que Moro será “ainda mais meticuloso” com Lula (!?).

Como assim, “ainda mais meticuloso”? O que teve de “meticulosa” a sentença que condenou Vaccari a 15 anos PRESO sem existência de provas, por conta, apenas, das acusações de gente que lucrou acusando o ex-tesoureiro do PT?

Os desafios da comunicação nos governos

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

São Luís do Maranhão sedia, nos dias 25 e 26 de agosto, o Seminário Os desafios da comunicação nas administrações públicas. Promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o evento tem como proposta extrair ensinamentos – dos acertos e, principalmente, dos erros - e refletir sobre as experiências em comunicação nos governos, levando em conta que esta frente é estratégica para qualquer administração pública.

O público alvo do Seminário são governadores e prefeitos, secretários de comunicação, jornalistas e assessores de várias prefeituras e governos estaduais. Uma rica oportunidade para sistematizar estas experiências e para impulsionar uma comunicação mais saudável no país.


A violência dos golpistas contra o BNDES

Editorial do site Vermelho:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está sob fogo cerrado. O bombardeio inclemente vem dos setores mais ligados aos interesses do mercado financeiro, que querem impor os seus juros escorchantes ao setor produtivo do empresariado nacional.

A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), tomada na semana passada, de manter em 7% a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada nos financiamentos do banco, botou na lona as expectativas do setor produtivo, que esperava poder tomar empréstimos de longo prazo a taxas mais civilizadas.

O "independente" Sergio Zveiter

Para Temer, Geddel é desastre na hora errada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A prisão de Geddel Vieira de Lima confirma o óbvio: a crise do governo Temer está longe de terminada. Para decepção de quem já procurava uma acomodação com o Planalto, apostava na recuperação de Temer e tentava abrir portas para possíveis arranjos, o episódio mostra que governo não tem forças para estabilizar a situação política nem pelo prazo de uma semana.

Os fatos importantes são dois. Para quem chegou a festejar a liberação do homem da mala Rodrigo Loures, na sexta-feira passada, a prisão de Geddel anula qualquer vantagem imaginada. Como os delatores da JBS sugerem nos depoimentos, Loures era um ajudante improvisado, ainda novato em funções mais importantes. O interlocutor das conversas importantes, na verdade, era Geddel, forçado a se afastar em novembro de 2016, depois de pressionar um colega de governo, o ministro da Cultura Marcelo Caleiro, para receber um favor indevido num apartamento de luxo em Salvador.

Marchezan e o fascismo em Porto Alegre

Foto: Ederson Nunes/CMPA
Por Jeferson Miola

A ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre pelos funcionários municipais que acompanhavam a votação do projeto de aumento de 27,3% da alíquota previdenciária do funcionalismo [de 11% para 14%] foi uma reação legítima aos ultrajes, ofensas e provocações proferidas da tribuna daquela Casa pelo vereador Cláudio Janta/SD, o líder do prefeito Marchezan Júnior no parlamento municipal.

Todo ato espontâneo de indignação e de revolta social diante de uma agressão sofrida é passível de exageros, porque é uma reação humana absolutamente natural e instintiva. É compreensível, por isso, que possam ter ocorrido excessos na interrupção da sessão da câmara de vereadores deste dia 5 de julho de 2017.

Desastres econômicos e sociais do Sr.Temer

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

O Sr. Temer é um político muito limitado. Se sobressaiu porque a média do mundo político tem baixíssima estatura. Seus valores e objetivos são rasteiros. Contudo, é capaz de organizar um pequeno grupo (muito coeso) que lidera centenas de parlamentares.

Há uma enorme equivalência: qualquer um dos seus liderados poderia ser o Sr. Temer e o Sr. Temer poderia ser um dos seus. São todos absolutamente idênticos. Essa horizontalidade é um grande facilitador na relação entre todos eles.

O Sr. Temer, o seu grupo e seus liderados nunca tiveram um projeto para o Brasil. Podemos imaginar uma pergunta sobre o que desejaria para a sociedade brasileira feita ao Sr. Rodrigo Rocha Loures. A resposta seria a mudez do entrevistado por avaliar que o tema é irrelevante ou extemporâneo.