terça-feira, 22 de maio de 2018

Efeito do golpe, mortalidade infantil cresce

Por Luciano Velleda, na Rede Brasil Atual:

Um enorme esforço do governo federal e da sociedade civil durante 15 anos para diminuir as taxas de mortalidade de bebês e crianças começa agora a ser desfeito, às custas do argumento do ajuste fiscal promovido pelo governo de Michel Temer. Depois de mais de uma década com quedas consecutivas, a taxa de mortalidade na infância (proporção de óbitos de menores de cinco anos para cada mil nascidos vivos) subiu 11% em 2016, em comparação com o ano anterior.

A impactante repercussão da prisão de Lula

A vitória de Maduro e seus desafios

Editorial do site Vermelho:

O vitorioso da eleição presidencial deste domingo (20) na Venezuela tem nome e endereço conhecidos, ao contrário do grande derrotado, cujo rosto é difuso embora também muito conhecido – a oligarquia, a direita, o imperialismo (com os EUA à frente), e a mídia patronal conservadora que difunde mentiras e falsidades sobre a revolução bolivariana, quer a desestabilização do país, mesmo a custo de uma guerra civil, ou da invasão estrangeira.

Nicolás Maduro, que teve 68% dos votos (5.823.728 no total, contra 1.820.552 do segundo colocado – três vezes mais), personifica a continuidade da revolução bolivariana, iniciada pela eleição presidencial de Hugo Chávez em 1998, que alcançou então 56% dos votos.

Rádio Globo FM de São Paulo é ilegal

Por Raymundo Gomes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se a lei fosse cumprida à risca, a Rádio Globo de São Paulo não poderia estar no ar.

Para o Ministério Público Federal, o Grupo Globo violou a lei que regula as concessões de rádio e TV ao transformar a Rádio Difusora FM de São Paulo em Nova Rádio Globo, mesmo sem ter autorização para operar rádio FM.

Sem muito alarde, em maio do ano passado, a Globo arrendou da Difusora a frequência FM 94,1 MhZ. Esse tipo de transação precisa de autorização do governo federal.

Moro ignora o código de ética dos juízes

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“Quando recebi o convite, pensei se deveria aceitar. Não sei se um juiz deve chamar este tipo de atenção. Judiciário e juízes devem atuar com modéstia, de maneira cuidadosa e humilde”. Foi assim que, vestindo smoking, o juiz Sérgio Moro se dirigiu aos banqueiros e empresários em um luxuoso evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA em Nova York, onde foi premiado como Personalidade do Ano.

Moro não sabia se devia ou não violar mais uma vez o Código de Ética da Magistratura, mas acabou violando sem nenhum constrangimento. O artigo 13 do capítulo 4 diz que o “magistrado deve evitar comportamentos que impliquem a busca injustificada e desmesurada por reconhecimento social, mormente a autopromoção em publicação de qualquer natureza.”

A reação popular ao desmonte da educação

Da revista CartaEducação:

A impopularidade do governo do presidente Michel Temer – aplaudido por aproximadamente 5% da população -, se expressa na constante aprovação de medidas que são justamente impopulares. Na área da Educação, importante frente de desenvolvimento social, exemplos recentes são os impactos de medidas como a reforma do ensino médio, o corte de verbas das universidades públicas, o atrofiamento no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e no Programa Universidade para Todos (Prouni), e que representam o desmonte da educação pública brasileira.

O submundo das delações premiadas

Por Gleisi Hoffmann

A imprensa acaba de revelar algo que muitos já sabiam: há um abjeto submundo nas delações premiadas, uma verdadeira indústria. Não só nas delações, mas também em alguns silêncios premiados. Segundo a imprensa, o advogado Figueiredo Basto, pioneiro das delações, cobrava propina para garantir silêncio seletivo de seus clientes, manipulando depoimentos. Eu e Paulo Bernardo sempre denunciamos que somos vítimas destas manipulações. Explico em seguida.

Anastasia: um homem menor

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O senador Antonio Anastasia é pré-candidato tucano ao governo de Minas Gerais. Foi lançado com festa. Mas com barrados no baile. A maior presença no evento que marcou o lançamento de sua candidatura foi uma ausência. Como num buraco negro, não era o brilho da estrela que contava, mas o vórtice de escuridão que sugava toda a energia, como uma ameaça de destruição. Mais que o próprio pré-candidato, o destaque foi o vazio de Aécio Neves.

Marx e a nova dinâmica do capitalismo

Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, e a presidenta do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), abriram o Seminário do Bicentenário de Karl Marx: Desbravar um mundo novo no século XXI, afirmando a atualidade do pensamento marxista diante da atual crise global do capitalismo. Ambos destacaram a importância da análise genial do filósofo e economista para a compreensão da realidade contemporânea.

A mídia e a história do Chapeuzinho Vermelho

Mello Franco e os coices de Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Bernardo Mello Franco, em O Globo, descreve o discurso de embrulhar o estômago feito por Jair Bolsonaro no almoço oferecido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, a Firjan.

É um retrato chocante não apenas da selvageria do candidato da extrema direita, mas da decadência da elite empresarial, que prefere se atrelar a algo que não tem a menor sintonia com o mundo moderno, em troca, apenas realizar seus ódios.

Relatório da CIA e a volta dos mortos-vivos

Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Os fatos que emergiram, nos últimos dias, dos arquivos da CIA, 44 anos depois e deixaram surpresos e assombrados estudiosos, pesquisadores, jornalistas formadores de opinião e simples cidadãos que não se renderam à manipulação midiática e cultivam algum senso crítico, nos impõem algumas perguntas.

Se permaneceram ocultos por mais de quatro décadas, por que vêm a público agora às vésperas de um processo eleitoral que definirá os rumos do maior país da América Latina nos próximos anos?

As urnas e o erro dos analistas políticos

Por William Nozaki, no site Brasil Debate:

A sociedade brasileira está fraturada, (i) mas não no sentido clássico de “direita x “esquerda”; (ii) nem com o nível de polarização radical que se sugere; (iii) tampouco isso pode ser considerado a crise do lulismo. Vejamos cada um desses pontos.

(i) O golpe fracassou em construir uma agenda para a sociedade e a ampla maioria dos candidatos à presidência não tem um projeto de país. Entretanto, a população brasileira tem um projeto de nação, que envolve a defesa da igualdade de oportunidades, o combate aos privilégios e um Estado que garanta educação, saúde, assistência e segurança. Trata-se inegavelmente da reivindicação majoritária por um programa liberal clássico, smithiano. Onde alguns analistas políticos ouvem Roosevelt, a maioria da população talvez esteja dizendo Marshall.

É urgente falar sobre Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Por longo tempo o chamado “centro”, composto pelos partidos vitoriosos no impeachment, desdenhou a candidatura de Jair Bolsonaro: Murcharia logo, não iria longe sem estrutura partidária e sem tempo de televisão. E assim o candidato da extrema direita cresceu em paz, como uma flor venenosa que poderia ter utilidade. Lula seria impedido e a esquerda não teria outro candidato viável. O governo de Temer daria certo e um candidato de direita, possivelmente um tucano, disputaria o segundo turno com Bolsonaro.

Derrotada, a esquerda seria até forçada ao voto útil para evitar o mal maior. Bolsonaro, neste cálculo, funcionaria como uma espécie de Marine Le Pen, que forçou o voto útil da esquerda francesa no conservador Macron, em 2017.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

O povo deu uma vitória heroica a Maduro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Na manhã deste domingo, dia de eleição presidencial na Venezuela, um correspondente da Nigéria convidou Rosa Caraballo, dona de casa no morro do Vale Alegre, ponto de concentração de famílias de baixa renda e trabalhadores de salários modestos em Caracas, para uma entrevista sobre as dificuldades e carências produzidas pela guerra econômica.

- Como é passar fome? perguntou o jornalista.

- Você acha que eu passo fome? Olha para o meu corpo -- respondeu a dona de casa, aos risos, mostrando as formas volumosas de quem se alimenta muito mais do que seria recomendado por qualquer nutricionista.

Itamaraty rompe tradição da diplomacia

Do blog Resistência:

O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista do Brasil, através de suas secretarias de relações internacionais, felicitam o povo venezuelano pela retumbante vitória política e eleitoral do presidente Nicolás Maduro, reeleito neste domingo (20), para mais um mandato de seis anos à frente da Revolução Bolivariana. O presidente reeleito obteve 5.823.728 dos sufrágios (68%), contra 1.820.552 do segundo colocado.

domingo, 20 de maio de 2018

Greve dos caminhoneiros vai atropelar Temer?

Por Altamiro Borges

Marcada para ter início às seis horas desta segunda-feira (21), a greve nacional dos caminhoneiros pode representar uma baita dor de cabeça para o já desgastado Michel Temer. Segundo José Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), a paralisação deve atingir vários Estados já no seu primeiro dia e pode ter longa duração – o que afetará o abastecimento no país e terá forte impacto na já combalida economia. A entidade, que reúne cerca de 600 mil dos um milhão de trabalhadores do setor, até tentou negociar com o covil golpista, mas não obteve retorno. Após ser usada como massa de manobra dos golpistas, a categoria se sente traída e sua revolta pode ser explosiva.

Quem acobertou a fuga do doleiro Messer?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O “doleiro dos doleiros” do Brasil, como Alberto Youssef – o doleiro-delator íntimo do Moro, dos procuradores e dos policiais da Lava Jato – se refere a Dario Messer, foi o alvo principal da operação “Câmbio, Desligo!”, executada pela Polícia Federal em 3 de maio, depois das delações dos doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barbosa.

Dario Messer, provavelmente avisado que seria alvo de mandado de prisão preventiva, conseguiu fugir e não foi encontrado nos endereços conhecidos no Brasil naquele dia da operação Câmbio, Desligo!.

O ataque fascistoide em hotel de Salvador

Na recepção do hotel, a agressora de cabelos louros
(Foto de um hóspede do Sindipetro)
Do site do Coletivo de Entidades Negras (CEN):

O jornalista Paulo Henrique Amorim sofreu ataques de um hóspede do Hotel Fiesta, localizado no bairro do Itaigara, em Salvador, enquanto tomava café da manhã com sua esposa, no início deste sábado, 19, antes de embarcar de volta para São Paulo.

Em visita à capital baiana para participar de um evento do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), o apresentador da RecordTV e autor do blog de esquerda Conversa Afiada foi chamado de “esquerdista” por um homem exaltado que defendia a prisão do ex-presidente Lula. Ele também afirmava, em tom destemperado, que Paulo Henrique Amorim havia recebido R$ 5 milhões da Lei Rouanet – o que não passa de uma fakenews (notícia falsa) espalhada criminosamente por grupos de direita anti-petistas e anti-lulistas.

A universidade e o livre pensar

Por Isabela Nogueira, Eduardo Costa Pinto, Carlos Eduardo Martins e Raphael Padula, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Os velhos filósofos gregos lançaram, há tempos, alguns dos elementos do projeto de autonomia coletiva e individual que deveriam permear as nossas democracias atuais. “Se quisermos ser livres, ninguém pode dizer-nos o que devemos pensar”, resumiu o filósofo grego do nosso tempo Cornelius Castoriadis.

Mas qual é o significado de ser livre no Estado democrático de direito? A ordem democrática contemporânea, constituída por vários elementos políticos, jurídicos e éticos, tem como um dos seus eixos a liberdade para expor velhas e novas ideias, o direito ao debate e à discordância, e o respeito e tolerância frente à pluralidade de visões.