segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Os perigos da capitalização da Previdência

Por Sergio Luiz Leite (Serginho), no site Vermelho:

Após tomar posse, o governo de Jair Bolsonaro está empenhado agora em conseguir que o Congresso vote as reformas consideradas prioritárias para a economia, como a da Previdência. De acordo com informações que têm sido amplamente divulgadas, o texto, que deve ser enviado até fevereiro ao Congresso, inclui mudanças como um regime de capitalização, proposta que pode retirar de R$ 689 bilhões a 1,47 trilhões dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, e transferir – parte ou a totalidade do montante – para o sistema financeiro!

Oposições projetam a resistência em 2019

Parlamentares contrários à censura na sala de aula (dir.) protestam
durante sessão do projeto "Escola Sem Partido"
Foto: Lula Marques/PT na Câmara
Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Parlamentares de oposição no Congresso Nacional e organizações do campo popular se preparam para lidar com o conjunto de pautas que vem a reboque do governo de Jair Bolsonaro (PSL), eleito em outubro de 2018.

Uma das promessas para o primeiro semestre é o resgate do Projeto de Lei (PL) 7180/2014, conhecido como “Escola sem Partido”. A proposta é fortemente criticada por professores, especialistas e entidades da sociedade civil porque impõe restrições aos educadores, impedindo, por exemplo, conteúdos sobre questões de gênero e educação sexual em sala de aula. Por esse motivo, ela foi apelidada pelos opositores de “Lei da Mordaça”.

Bolsonaro banaliza agressão contra mulher

Por Débora Fogliatto, no site Sul-21:

Na primeira semana de 2019, foram registrados pelo menos 21 casos e 11 tentativas de feminicídio no Brasil. Como geralmente ocorre nesse tipo de crime, na maioria deles o agressor mantinha alguma relação com a vítima, seja como marido, namorado ou ex-namorado. Apenas em dezembro do ano passado, o Ligue 180 registrou denúncias de 391 mulheres agredidas por dia no Brasil.

Ao mesmo tempo em que os números são alarmantes, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (9) que retiraria a pauta da igualdade entre homens e mulheres e do combate à violência contra a mulher dos livros didáticos. Após pressão popular, o Ministério da Educação voltou atrás e cancelou a portaria que determinava as alterações nas regras para o material.

Bolsonaro e o sono da razão

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

A quadrilha de ministros mega corruptos do governo Temer cedeu lugar a um bando de doidos de extrema direita, com mentalidade pré-moderna e anti-científica. São fundamentalistas que preferem a crença à razão. Mas não se trata de um hospício com doidos do tipo maluco beleza. Sabem o que fazem e a quem vão servir.

Há, portanto, um método nessa loucura, como dizia o personagem Polonius a respeito de Hamlet, na famosa peça de Shakespeare. Antes, porém, de examinar os beneficiários do novo governo, vale a pena repassar as demonstrações de loucura já alardeadas para todo o país.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Caixa corta apoio ao futebol. Chora babaca!

Charge: Dorinho
Por Altamiro Borges

Uma cena lamentável que marcou o futebol brasileiro no final do ano passado foi a presença de Jair Bolsonaro na entrega do título de campeão da Série A à Sociedade Esportiva Palmeiras. O oportunista, que já trajou as camisetas de vários times, foi bajulado por atletas que são sua imagem e semelhança – como o violento Felipe Melo e o autoritário Luiz Felipe Scolari. Estes e outros ricaços do futebol nativo, que fizeram campanha do fascista repetindo o gesto de arma, agora devem estar preocupados. Na semana passada, a direção privatista da Caixa Econômica Federal confirmou que cortará os patrocínios para os times do Brasileirão.

Mídia acoberta contas de Serra na Suíça

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (10), a Justiça da Suíça finalmente autorizou o envio de informações bancárias ao Brasil para compor a investigação sobre os repasses às campanhas do PSDB e do senador José Serra por meio de instituições financeiras locais. A decisão ocorre após os suíços rejeitarem recurso que pedia a suspensão da cooperação entre as procuradorias dos dois países sob a desculpa da “prescrição das denúncias”. O envio dos dados pode complicar de vez a vida do grão-tucano, que anda meio desaparecido do noticiário, e do seu decadente partido. O curioso é que a mídia falsamente moralista, que adora promover a escandalização da política, preferiu acobertar a decisão. O assunto não foi destaque, por exemplo, no Jornal Nacional da TV Globo.

Battisti e a tática manjada de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A tática diversionista de Jair Bolsonaro, dos seus filhotes mimados e dos fanáticos bolsonaristas que envenenam as redes sociais já está ficando manjada. Sempre que surgem notícias ruins sobre o capetão-presidente e o seu desgoverno, que mais se parece uma zorra total, eles saem disparando tuítes com outros assuntos para enganar os otários e para manter a moral da tropa fascistoide elevada. Neste sábado (12), a malandragem voltou a se repetir. Jair Bolsonaro e seu exército de guerrilheiros virtuais tomaram a internet para festejar a prisão de Cesare Battisti, ocorrida na Bolívia. Em tom belicoso e provocador, eles atacaram as forças de esquerda e o ex-presidente Lula, que concedeu refúgio político ao italiano.

Joly Júnior, o bolsonarista ameaçador

Por Juca Kfoury, em seu blog:

O valentão abaixo escreve para o blog com o pseudônimo “JConselheiro” e usa o email da esposa.

Seu nome é José Emílio Joly Júnior.

Mora em Curitiba e é corretor de imóveis da “Executivo Imobiliário”.



Bolsonaro tem espécie de amor pela guerra

Do Blog do Renato:

Empossado para mais quatro anos como governador Maranhão, Flávio Dino (PC do B) prevê um ciclo de baixo crescimento econômico e dificuldades para os estados.

À frente de um dos estados mais pobre do país, diz que buscará uma relação institucional respeitosa com o presidente Jair Bolsonaro, mesmo lhe fazendo oposição.

Por outro lado, critica a “lógica de confrontos eternos” de Bolsonaro e seus ministros: “É como se fosse um amor pela guerra”.

Caso Queiroz respinga na imagem do Einstein

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O caso Queiroz respingou na reputação do Einstein, um dos hospitais mais respeitados - e caros - do Brasil.

Em novo vídeo divulgado pela família, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro diz que a gravação da dancinha aconteceu porque ele quis dar “cinco segundos de alegria a uma tristeza que se tomava (sic) dentro da enfermaria”.

Para um convalescente, aparece com a voz firme, forte, sem qualquer sinal de debilidade.

Declara-se revoltado com a circulação das imagens.

Encontramos os carros do Queiroz

Por Cecília Olliveira e Tatiana Dias, no site The Intercept-Brasil:

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, se define como “um cara de negócios”. Além de seu salário de R$ 23 mil, ele diz que faz dinheiro comprando e revendendo carros. “Sempre fui assim. Comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia”, corado e bem humorado, em entrevista bastante dócil ao SBT em dezembro – a primeira desde que estourou o escândalo sobre uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária, que incluiu um cheque de R$ 24 mil à primeira dama Michelle Bolsonaro.

OK, Google: deflagre a III Guerra Mundial

Por Michal T. Klare, no site Outras Palavras:

Nada é mais certo de que o lançamento de armas atômicas poderia provocar um holocausto nuclear. O presidente norte-americano John F. Kennedy deparou-se com tal momento durante a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962. Depois de pressentir o resultado catastrófico de um confronto nuclear entre EUA e União Soviética, ele chegou à conclusão que as potências atômicas deveriam impor barreiras ao uso precipitado uso de tal armamento. Entre as medidas, ele e outros líderes globais adotaram diretrizes, requerendo que funcionários de alto nível, não apenas militares, tivessem um papel em qualquer decisão de lançamento de armas atômicas.

Dança de Queiroz custará caro a Bolsonaro

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em política, como na vida, os mais experientes não abusam da sorte quando tudo parece estar dando certo. Porque sabem, em primeiro lugar, que o vento muda. Que as coisas são mais complexas do que parecem. E que aquilo que você gasta ou de capital econômico ou político nos tempos gordos, pode fazer falta nas vacas magras.

Como estamos num momento muito cristão da sociedade, vou recorrer à bíblia. Mais precisamente ao velho testamento.

Brasil: o desenvolvimento interditado

Por João P. Romero, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O reconhecimento da importância da atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e da inovação para o desenvolvimento é um dos raros consensos em economia. Embora haja discordância a respeito dos fatores que determinam o nível de P&D em cada país, há evidências robustas a respeito do impacto positivo da intensidade de pesquisa (P&D em relação ao PIB) sobre o crescimento da produtividade. Além disso, há também amplas evidências a respeito do papel crucial da competitividade tecnológica na performance de cada país no comércio internacional. Dessa forma, o que se observa é que países desenvolvidos em geral têm maior intensidade de pesquisa que países subdesenvolvidos, apresentando também melhor desempenho comercial. Enquanto países como EUA, Alemanha e Japão investem em torno de 3% do PIB em P&D, Argentina, Índia e África do Sul, por outro lado, investem menos de 1%.



O "amigo" de Bolsonaro na Petrobras

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

Em meio às polêmicas em torno da promoção do filho de seu vice no Banco do Brasil e de uma nomeação desastrada na Apex, o presidente Jair Bolsonaro vem sustentando outra ascensão controversa. Dessa vez, ele indicou um amigo pessoal para um cargo de alta gerência na Petrobras.

O problema é que seu apadrinhado não atende aos critérios internos da empresa para ocupar o posto, que paga um salário mensal na casa dos 50 mil reais.

Conforme o próprio Bolsonaro anunciou na quinta-feira 10, seu amigo Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado por ele à gerência-executiva de Inteligência e Segurança Corporativa (ISC), setor ligado diretamente à Presidência da empresa.

O dilema do 'bobo' da corte da direita

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Oito dias “fora do ar”, olhando de longe as notícias, escapei de comentar as presepadas da semana do – vá lá o exercício de boa-vontade – governo Jair Bolsonaro.

A nítida impressão que se tem é a de que dois núcleos se esforçam para manter o presidente “dentro da casinha” e fazê-lo (e aos filhos e siderados que acompanham a família) se convencerem que podem tudo, menos arranjar problemas para o processo de liquidação da soberania nacional e dos direitos sociais.

Terras indígenas nas mãos dos ruralistas

Charge: Stephff/Tailândia
Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Ao assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro assinou uma Medida Provisória (MP) no primeiro dia de 2019. No que se refere aos povos indígenas e quilombolas, o artigo 21 da MP traz mudanças relevantes ao alocar as funções de demarcação de terras indígenas e titulação de quilombos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Anteriormente, a demarcação era responsabilidade do Ministério da Justiça, e a titulação de quilombolas era função da Casa Civil.

sábado, 12 de janeiro de 2019

O filho de Mourão e a meritocracia fascista

Por Altamiro Borges

Os fanáticos seguidores de Jair Bolsonaro, que adoram berrar “em defesa da família” e da “meritocracia”, entraram em pane nesta semana. Em meio à zorra total que tomou conta do bordel governista, com muito fogo amigo sendo disparado, vazou a notícia de que o filho do general Hamilton Mourão, vice-presidente da República Bolsonazista, foi promovido para uma “assessoria especial” no Banco do Brasil e teve o seu salário triplicado – pulando para R$ 36,3 mil. Até os fascistinhas mirins do Movimento Brasil Livre (MBL) ficaram preocupados com a revelação, que arranha a popularidade de Jair Bolsonaro e coloca em risco o seu programa ultraliberal de governo. Em vídeo postado na internet, Renan Santos, coordenador da seita, sugeriu que a medida fosse suspensa.

General Villas Bôas, o nome do golpe

Por Manuel Domingos Neto

Quem pensa em poder, ou pensa na força ou devaneia. Estado é força que se exerce sobre a sociedade.

O militar sempre foi peça chave aqui ou em qualquer lugar.

No Brasil, a força está essencialmente no Exército. O restante do aparato o acompanha, nem sempre concordando com tudo.

Assim, na República, o cargo decisivo é o de comandante do Exército.

A hipocrisia dos jornalistas golpistas

Por Lula Marques, no site Jornalistas Livres:

1. Achei que vocês começariam a fazer jornalismo depois do cárcere privado e da ameaça de levar tiro se não respeitassem as regras impostas pelo governo ditador no dia da posse, além da falta de respeito dos amadores que assumiram a comunicação do Palácio do Planalto.

2. Um bando de despreparados e arrogantes com discurso de que uma nova era começava. Mais de uma semana de governo e o que vemos é o jornalismo “copia-e-cola” reproduzindo as mídias sociais dos novos donos do poder e o jornalismo declaratório sem matérias investigativas.