terça-feira, 6 de agosto de 2019

Brasil entregue à geopolítica de Trump

Editorial do site Vermelho:

Uma medida unilateral e protecionista arbitrária, que prejudica seriamente as regras internacionais e terá impacto significativo na economia global e nos mercados financeiros. Esse foi o diagnóstico do Banco Popular da China – o banco central do país – ao responder às acusações dos Estados Unidos que rotularam o país asiático como "um manipulador de moeda". No fundo da contenda está a guerra comercial contra a China iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

O passo seguinte à indignação

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A greve de 13 de agosto próximo não deveria ser encarada pelos democratas e progressistas brasileiros como um ato protocolar de protesto.

Centrada sobretudo na defesa da educação pública – um dos alvos recentes da política oficial de desmonte do governo Bolsonaro – o movimento tende a transbordar seus próprios limites.

O Brasil vive uma escalada da indignação social.

Parcelas cada vez mais amplas da sociedade expressam seu inconformismo com as características violentas, obscurantistas –social e economicamente regressivas –, do extremismo direitista que chegou ao poder em meio ao trapaceado jogo eleitoral de 2018.

Bolsonaro pode sofrer impeachment?

Lava-Jato promoveu a Grande Corrupção

Por Marcelo Zero

A operação Lava Jato, concebida pelo DOJ dos EUA e conduzida pelo juiz Moro, embora tenha tido papel central na instituição do atual governo de psicopatas que adoram torturadores e ditaduras, passou longe de um real combate à corrupção.

Como o intuito essencial dessa operação orientada desde o exterior não era o combate à corrupção, mas sim a derrubada de um regime que contrariava os interesses dos EUA na América do Sul, conforme reconheceu explicitamente o ex-embaixador Thomas Shannon, ela se limitou a, de modo seletivo, perseguir o PT e suas lideranças.

A ditadura de Bolsonaro avança

A esquizofrenia da mídia diante de Bolsonaro

Bolsonaro é caso para impeachment!

A volta das férias nas trevas de Bolsonaro

O que é o site O Antagonista?

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Bolsonaro e os tiroteios nos EUA

Por Altamiro Borges

Nem mesmo as duas tragédias deste final de semana nos EUA fizeram o “capetão” Jair Bolsonaro fechar sua latrina verborrágica. Diante dos ataques em El Paso (Texas) e em Dayton (Ohio), que resultaram até agora em 32 mortes, o presidente troglodita afirmou que “não é desarmando o povo que você vai evitar isso aí”. Até o genocida Donald Trump, ídolo do servil brasileiro, foi mais cauteloso em suas declarações, criticando o ódio racista – que ele sempre incentivou – e admitindo a possibilidade de maior controle das armas no país.

Bolsonaro vai liberar imóveis do Ronaldinho?

Por Altamiro Borges

Em matéria de Carlos Petrocilo e Diego Garcia, a Folha registrou na semana passada que Ronaldinho Gaúcho, “eleito duas vezes o melhor do mundo, está com 57 imóveis bloqueados, quatro deles penhorados, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por causa de multa ambiental de R$ 9,5 milhões. Além disso, tem R$ 7,8 milhões em protestos em três cartórios da capital gaúcha. Entre março e abril deste ano, ele teve dois protestos, um de R$ 6,3 milhões e outro de R$ 1 milhão, em razão de dívida ativa de Porto Alegre. No total, ele deve, em IPTU e TCL (Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo) exatos R$ 9,91 milhões”.

O esquema de Bolsonaro e do PSL em Itaipu

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A Ata Bilateral sobre Itaipu foi assinada secretamente em 24 de maio passado pelos representantes das chancelarias do Brasil e do Paraguai.

Referida Ata, que modifica a forma de contratação pela ANDE [Administración Nacional de Eletricidad] da energia de Itaipu para consumo do Paraguai, só foi conhecida devido ao escândalo que quase culminou na abertura de processo de impeachment do presidente paraguaio Mario Abdo Benitez e causou a demissão de autoridades do governo paraguaio, dentre elas o chanceler e o embaixador no Brasil.

Bolsonaro encaminha o desmonte da soberania

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O passar dos anos vai permitindo perceber, com maior precisão, o papel que teve o golpe de 2016 no impulsionamento da reconfiguração profunda do capitalismo brasileiro. Com isso, fica claro o entendimento a respeito dos governos do PT (2003-2015) como uma espécie de intervalo postergador do reposicionamento do país como linha auxiliar de subordinação aos Estados Unidos. Essa linha foi iniciado nos governos neoliberais dos anos de 1990 e retomada com Temer e Bolsonaro desde 2016.

Mídia ajudou a criar um monstro

Por Eliara Santana, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente, a ombudsman do jornal Folha de S. Paulo fez uma crítica contundente sobre o papel da imprensa na ascensão de um candidato que flerta fortemente com o fascismo. Na reta final dessas conturbadas eleições, com um escândalo fresquinho saindo, é importante que possamos refletir mesmo sobre esse papel.

Não há dúvida de que o “fenômeno” Bolsonaro teve um fortíssimo apoio da mídia em sua construção, o que pode ser apontado por quatro aspectos principais que formam um “modelo” de ação na cobertura diária da imprensa corporativa brasileira:


O esculacho nosso de cada dia

Por Rogério Lima Barbosa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Praticamente todos os dias somos surpreendidos com acintes de pessoas que, a princípio, deveriam preocupar-se com o bem-estar de qualquer brasileiro/a. São expressões e frases que demonstram uma visão de mundo enviesada para o aproveitamento individual, sempre, e para os “iguais”, sempre que possível. Nós, ou melhor, eu, quando ouço alguns comentários do governo, sinto uma mistura de raiva, tristeza, desesperança, revolta e impotência. Muitas vezes algumas notícias sobre os dizeres da equipe desse governo são tão descoladas de um ambiente democrático, que me levam a buscar a informação para checar a sua veracidade. Quando se faz essa busca não sei o que é pior, ler a notícia que já vilipendia a nossa consciência, ou constatar que a aberração realmente é verdadeira. São visões duras, preconceituosas, presunçosas e arrogantes que nos açoitam quase na pele. A funcionalidade dessas posições é para nos colocar no nosso lugar. E esse é, para esse governo, o não lugar. Como somente quem tem lugar está apto para alcançar um diálogo ou ter as suas demandas ouvidas, a restrição do lugar àqueles que estão longe da esfera do governo é justamente para manter a contenção de nossa angústia na esfera particular.

Liberais já escondem ajuda a Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um dos sintomas óbvios da incapacidade do governo Bolsonaro oferecer uma saída para a crise do país se manifesta na atitude daqueles aliados furtivos do segundo turno de 2018.

Voto nulo declarado na segunda rodada da campanha, a economista Helena Landau, uma das mais ativas da equipe econômica do Plano Real, de Fernando Henrique Cardoso, acaba de publicar um artigo intitulado "Deixem o liberalismo fora disso" (Estado de S. Paulo, 3/08/2019).

No texto, a economista admite que "os 200 dias de governo não trouxeram nenhuma surpresa. Bolsonaro tem sido fiel a seus princípios. A toda hora desdenha dos que sofreram na ditadura.(...) Seu apreço por torturadores e ditadores é notório".

Consórcio Nordeste: união busca soluções

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Os governadores do Nordeste se reuniram na última segunda feira e lançaram o Consórcio Nordeste, um pacto de cooperação entre os nove estados desta região. O objetivo do consórcio é que os estados da região passem a realizar grandes licitações conjuntas para a compra em diversas áreas, reduzindo assim o custo na aquisição de bens e serviços em áreas de infraestrutura, saúde e segurança pública, atraindo investimentos para a região e parcerias em áreas como educação, turismo, troca de tecnologia e ações de preservação ambiental.

A mídia alternativa e a juventude

Foto: Felipe Bianchi
Por Gabriella Mesquita, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Jornalistas dos principais veículos da mídia alternativa brasileira, como o Mídia Ninja e Jornalistas Livres, estiveram reunidos em uma mesa de debate para discutir formas de se comunicar com a juventude, na tarde desta terça-feira (30), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo (SP).

Foi o quinto debate do 4º Curso Nacional de Comunicação, com o tema "As formas de comunicação com a juventude". A atividade de formação continuou até esta quarta-feira (31). Participaram Marcelo Branco, profissional de TICs e integrante do Conexões Globais; Laura Capriglione, repórter da rede Jornalistas Livres e Rafael Vilela, editor e fotógrafo do Mídia Ninja que substitui a participação de Pablo Capilé, do Mídia Ninja que não pode comparecer.

E os desconectados, ficam como?

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Aplicativos que permitem checar o horário da condução. Outros, para marcar consulta na unidade básica de saúde. Ou para conferir o desempenho escolar dos filhos. Ouvidoria municipal na tela do celular. Cadastro para o bilhete de transporte pelo site. Agenda cultural da cidade no tablet e smartphone. Aposentadoria, fundo de garantia – tudo à palma da mão.

Administrações públicas municipais, estaduais e federal Brasil adentro se vangloriam, em suas propagandas oficiais, por oferecerem serviços públicos ao cidadão por meio de plataformas digitais. Agilidade, transparência, segurança, desburocratização, modernidade. Ótimo. O problema é que quem mais precisa de tudo isso está à margem dessas facilidades.

A revolta dos pobres e a revanche dos ricos

Por Reginaldo Corrêa de Moraes, no Jornal da Unicamp:

Em 2016, os cidadãos do Reino Unido votaram em um referendo pela saída da União Europeia – o Brexit. O resultado da votação foi muitas vezes interpretado pela mídia como uma espécie de “revolta da classe trabalhadora” ou “vingança dos perdedores da globalização”. Em outros termos, era o voto do lado de baixo da sociedade. Era o grito de revolta dos mais vulneráveis, dos mais afetados pela globalização, pelos “ajustes” neoliberais e pelo desmantelamento das políticas públicas de bem-estar social. Faz sentido, não?