quinta-feira, 12 de setembro de 2019

A chanchada trágica que arruína o Brasil

Por Fernando Brito, em seu blog:

A insuspeita Miriam Leitão diz que a saída de Marcos Cintra da Receita Federal “confirma que o Brasil está sem rumo na área tributária“.

O Brasil tem rumo em alguma área, Miriam?

Diante dos problemas de caixa do “botequim” – desculpem a comparação, mas o gerente do estabelecimento a impõe – s providências são as seguintes: reduz-se as folgas (trabalhem aos domingos!), arrochem-se os salários, retardem-se as aposentadorias e ponham à venda cadeiras, mesas, balcões e o que mais houver.

Moro será como um Cunha do Judiciário

Por Rodrigo Vianna, no blog Viomundo:

Algumas pessoas se perguntam por que o STF não enfrenta Sergio Moro, apesar de tantas evidências de abuso de poder e ilegalidades reveladas na Vaza-Jato.

Parece-me óbvio que na Corte Suprema há uma leitura da correlação de forças.

Moro ainda tem poder simbólico na sociedade: cerca de 50% de ótimo/bom, pelo Datafolha. Mais que o “chefe” Bolsonaro.

Adversários precisam de Moro mais fraco, antes de ir pra cima.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Mídia monopolista treme na Argentina

Quem é Deltan Dallagnol?

Império dos acionistas mina sociedade livre

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Em meio às turbulências do capitalismo global, a Boston Review ofereceu aos leitores recordações de 1962. Conta a revista que, nesse ano da graça, Milton Friedman publicou o livro Capitalism and Freedom. Nele, o economista libertário sustentou ardorosamente a excelência dos mercados livres e disparou contra a intervenção governamental.

O livro também foi crucial para a defesa da primazia dos acionistas: as corporações não devem ter outro propósito, senão maximizar os lucros para seus acionistas. “Poucas tendências”, Friedman escreveu, “poderiam minar tão completamente os fundamentos de nossa sociedade livre quanto a aceitação da responsabilidade social pelos gestores corporativos, cujas obrigações devem se restringir a ganhar dinheiro para seus acionistas.”

Previdência, o debate desonesto

Por Denise Lobato Gentil, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O livro de Eduardo Fagnani é muito bem definido nas suas primeiras páginas: “um ato exasperado diante da estúpida imposição de novo retrocesso ao processo civilizatório brasileiro”. Não há melhores palavras para definir o que o autor sente e enfrenta no país nestes tempos sombrios. Depois de décadas de intensa luta, Fagnani escreve um livro que expressa o auge de sua angústia e o fervor de sua devoção à defesa dos direitos sociais e ao combate à pobreza.

As vísceras do crime de Moro e Dallagnol

Por Renato Rovai, em seu blog:

Jornalistas sérios que cobrem Brasília e mantém ao menos meia dúzia de fontes para checar suas análises ou reportagens sabiam que Lula nunca quis ser ministro de Dilma. Sabiam também que só aceitou quando viu a lama do impeachment já no terceiro andar do Palácio do Planalto e que percebeu que ou entrava no jogo ou ele se decidiria contra o governo.

Aviso de incêndio no Brasil

Charge: Galo Paredes/Equador
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Existe um quadro de Klee intitulado Angelus Novus.
Nele está representado um anjo, que
parece estar a ponto de afastar-se de algo em
que crava o seu olhar. Seus olhos estão
arregalados, sua boca está aberta e suas asas
estão estiradas. O anjo da história tem de
parecer assim. Ele tem seu rosto voltado para
o passado. Onde uma cadeia de eventos aparece
diante de nós, ele enxerga uma única catástrofe,
que sem cessar amontoa escombros sobre
escombros e os arremessa a seus pés. Ele bem
que gostaria de demorar-se, de despertar os
mortos e juntar os destroços. Mas do paraíso
sopra uma tempestade que se emaranhou em
suas asas e é tão forte que o anjo não pode mais
fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente
para o futuro, para o qual dá as costas, enquanto o
amontoado de escombros diante dele cresce até o céu.
O que nós chamamos de progresso é essa tempestade.
(Lowy, Michael. Walter Benjamin: Aviso de Incêndio.
Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”.
Boitempo, 2005, Tese X, p. 87).


O fogo é um sinal.

Não é apenas a metáfora de um país em chamas. É um país em chamas.

Capaz de transformar o dia em noite na principal metrópole do Brasil.

Partículas vindas desde a mata amazônica, a chorar sua morte impune.

A ultradireita global tenta o tudo-ou-nada

Charge: Antonio Rodríguez/México
Por John Feffer, no site Outras Palavras:

A estupidez não tira férias?

No final de agosto, a troika ultradireitista formada por Donald Trump, Boris Johnson e Jair Bolsonaro provou mais uma vez que os Estados Unidos, o Reino Unido e o Brasil estariam até melhores sem governante algum do que com esses personagens duvidosos que fingem governar os países.

Nos três casos, os governantes intensificaram suas políticas de destruição nacional nos últimos meses, de maneira a afastar até seus apoiadores antigos. Mais uma vez, demonstraram que não têm qualquer interesse em “make America, Reino Unido ou Brasil great again”. Só estão interessados em fazer o maior estrago possível até que sejam arrastados para fora do poder.

Nomeação de 03 avacalha diplomacia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A principal esperança de Jair Bolsonaro fugir de uma denúncia óbvia de nepotismo e emplacar o filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil em Washington reside na noção de que a nomeação envolve um "posto político". 

A crença é que a natureza política do posto deveria garantir, automaticamente, a nomeação de 03 para o mais importante cargo da diplomacia brasileira no exterior. É como se, resolvida a questão administrativa-jurídica, não houvesse um debate político a ser travado e grandes questionamentos a serem feitos. Engano.

A "elite" e as ameaças da família Bolsonaro

O filho Carlos rejeita vias democráticas

"Jogaram a gente num navio negreiro"

Carlos Bolsonaro antecipa o golpe

terça-feira, 10 de setembro de 2019

"Bispo" Crivella vira motivo de chacota

A ameaça golpista de Carlos Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quando o vereador Carlos Bolsonaro, tido e havido como o responsável pela comunicação digital de seu pai, escreve no twitter que “por vias democráticas não haverá as mudanças rápidas desejadas no país”, ele está repetindo, na realidade, o que o presidente faz praticamente todos os dias: testando os limites das instituições e plantando as sementes do totalitarismo para ver se colhe lá na frente.

O desafio de vencer o cachorro louco

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Uma das características do mundo contemporâneo é a crise dos partidos políticos. Nós a sentimos aguda, mas é fenômeno que se abate sobre o sistema ocidental sem deter-se ante limitações ideológicas ou geopolíticas. Como sobrecarga traz consigo – simbiose entre causa e efeito – a decadência do liberalismo político e a emergência de governos que transitam da direita (Donald Trump) à extrema-direita, muito bem representada pelos regimes de Benjamin Nethanyahu, Recep Erdogán e Viktor Urbán. Nossa contribuição a esse álbum é o bolsonarismo. É a nova fase do conservadorismo brasileiro que se afasta do centro, reduzido a um vácuo, enquanto cresce a movimentação dos círculos de direita em todos os campos da sociedade.

Ricardo Salles, o inimigo do meio ambiente

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Sem respostas para a saraivada de críticas que vem recebendo pela conduta e discursos hostis ao meio ambiente e à Amazônia, o ministro de Bolsonaro contra o Meio Ambiente, Ricardo Salles, insinuou nesta segunda-feira (9) em São Paulo que os “governos anteriores” e sua “mentalidade sindicalista” são os vilões do fogo que está consumindo a floresta.

As molecagens bolsonaristas e a democracia

Editorial do site Vermelho:

A afirmação de Carlos Bolsonaro de que “por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos” vai além das conhecidas molecagens dos filhos do presidente. No mesmo dia, o outro filho, o deputado Eduardo, candidato a ser embaixador no Estados Unidos, exibiu uma arma na cintura durante visita ao hospital em que o pai convalesce de uma cirurgia. As atitudes de ambos, repudiadas em tom elevado numa escala que abrangeu quase todo o leque ideológico do país, traduzem o pensamento do clã Bolsonaro e suas adjacências.

Golpe deprime o direito de sonhar

Por Cláudia Motta e Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

O Brasil que começou a ser gestado em 2003, conseguiu de maneira inédita conciliar crescimento com redução de desigualdades, criação de empregos com preservação da estabilidade e fortalecimento do mercado interno – tudo em plena expansão da democracia. O país caminhava em direção ao conceito de trabalho decente estabelecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Até sofrer um golpe. A análise é do economista Marcelo Mazano, professor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp.