Por Pablo Stefanoni e Fernando Molina, no site Carta Maior:
Comecemos pelo final (ou pelo final provisório desta história): nas últimas horas da noite de domingo, o líder cruceño [1] Luis Fernando Camacho desfilou sobre um carro da polícia pelas ruas de La Paz, escoltado por polícias amotinados e aplaudido por setores da população opositores a Evo Morales. Encenava-se assim uma contra-revolução cívico-policial que tirou do poder o presidente boliviano. Morales entrincheirou-se no seu território, a região cocalera de Chapare que o viu nascer para a vida política e onde se refugiou dos riscos revanchistas [2]. É uma parábola – pelo menos transitória – na sua vida política. Deste modo, o que começou como um movimento para exigir uma segunda volta a seguir às polémicas e confusas eleições de 20 de outubro, acabou com o chefe das Forças Armadas “sugerindo” a renúncia do presidente.
Comecemos pelo final (ou pelo final provisório desta história): nas últimas horas da noite de domingo, o líder cruceño [1] Luis Fernando Camacho desfilou sobre um carro da polícia pelas ruas de La Paz, escoltado por polícias amotinados e aplaudido por setores da população opositores a Evo Morales. Encenava-se assim uma contra-revolução cívico-policial que tirou do poder o presidente boliviano. Morales entrincheirou-se no seu território, a região cocalera de Chapare que o viu nascer para a vida política e onde se refugiou dos riscos revanchistas [2]. É uma parábola – pelo menos transitória – na sua vida política. Deste modo, o que começou como um movimento para exigir uma segunda volta a seguir às polémicas e confusas eleições de 20 de outubro, acabou com o chefe das Forças Armadas “sugerindo” a renúncia do presidente.