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Não sei se é mais melancólico para Michel Temer, o homem que deu o golpe e alcançou a Presidência para desaparecer como um inseto, fazer sua rentrée no congresso do decadente MBL ou se, para este, ter Michel Temer como grande convidado é o sinal adequado de seu estado de pré-extinção, depois de ter perdido para Jair Bolsonaro a turba fanática que ajudou a formar durante o impeachment que preparou as trevas atuais.
Seja como for, é um encontro simbólico da decadência de ambos: um perdeu sua máquina, que fazia voto; o outro, perdeu sua boiada, que fazia barulho.
Curiosamente, ambos dependem de um terceiro deserdado do golpe, João Dória, ao qual a seiva da caneta do Palácio dos Bandeirantes ainda irriga.
O resultado é que, fora São Paulo, parecem à beira da extinção.
Mesmo por lá, perderam a parcela da classe média mais agressiva e mobilizada pelo antipetismo. E enfrentam uma árdua disputa de um espaço do qual se achavam donos até dois anos atrás.
A coisa não anda boa para a direita extra-Bolsonaro, que conseguiu manter sob seu controle Sérgio Moro, a quem fizeram seu deus, a quem seguem fiéis, mesmo sabendo que não são o povo escolhido.
Tão grande é a sua dependência que se vou o ridículo pedido para que o MBL – logo quem – ajude a pacificar o país.
O destino do MBL é uma rima: PFL. Uma força auxiliar, jamais protagonista.
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