Editorial do site Vermelho:
Os 130 anos de vida republicana no Brasil, assinalados nesta sexta-feira (15), representam as marchas e contramarchas de uma história ao mesmo tempo rica em conquistas e trágica em ações contra as aspirações populares. O ideal proclamado em 15 de novembro de 1889 tem como marco principal a construção nacional, com um Estado laico e representativo da diversidade do povo brasileiro.
A história mostra que a República é vista pela ampla maioria da sociedade como sinônimo de independência nacional. Sua trajetória traz as marcas de choques e confrontos entre dois projetos antagônicos: o de um Brasil soberano, desenvolvido e democrático, e o de um país sem autonomia, autoritário, com desenvolvimento truncado e subalterno. O governo Bolsonaro é a expressão radicalizada desse segundo projeto.
Seu programa propõe, sem tergiversações, o ideal antidemocrático, subalterno e de destruição de suas bases de desenvolvimento soberano, que mitiga e liquida direitos conquistados ao longo da história da República. O triunfo do bolsonarismo em 2018, no leito de um processo golpista que nunca negou a pretensão de restabelecer a velha ordem oligárquica, comprovou, mais uma vez, que a luta da classe trabalhadora por seus direitos, contra a herança escravista e por distribuição de renda, é incessante.
Esse período pós-ciclo progressista concentra todas essas contradições. Nele estão contidos os dois veios históricos brasileiros, que em determinados momentos se condensam e produzem sínteses conforme a correlação de forças estabelecida. Ha sempre polêmica quando se foca um acontecimento histórico. O importante é que a República líquida a monarquia e instaura um Estado laico
Cumpre rememorar, hoje, personagens que lutaram pelo progresso e a independência da pátria, como Felipe dos Santos, Tiradentes, Bernardo Vieira de Melo, Padre Roma e Frei Caneca – dentre tantos outros, como os mártires da Revolução Praieira, os cabanos, os Farrapos, Silva Jardim, Rui Barbosa, Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca, atores desse acontecimento que transformou o regime político do país, que mudou o governo monárquico para uma República que desde então luta para ser democrática e popular.
Um exemplo emblemático dessa luta foi o movimento liderado por Tiradentes, que planejava industrializar o país, acabar com os monopólios coloniais, cessar a exportação do ouro e aproveitar as riquezas minerais do país. Cumpre lembrar, também, dos Alfaiates em 1798 na Bahia, dos republicanos do Nordeste em 1817 e 1824. Foram movimentos inspirados nas ideias da Revolução Francesa e da Independência Americana, que marcaram profundamente o século XX no Brasil.
As autoridades coloniais, ao punir com brutalidade a “inconfidência mineira”, sabiam o que aquele movimento representava. Ao arrastar seu processo por três longos anos e fazer da execução de Tiradentes uma vasta encenação pública - como severa advertência aos sonhadores da liberdade -, tinham consciência de que aquele movimento havia conquistado a simpatia do povo.
Proclamada a República, o país continuou a conviver com a disputa entre progresso e atraso, agora novamente na forma de dois veios históricos condensados. Está presente, atualmente, a necessidade de unir amplos segmentos para fazer valer a República democrática, soberana e desenvolvida.
Os 130 anos de vida republicana no Brasil, assinalados nesta sexta-feira (15), representam as marchas e contramarchas de uma história ao mesmo tempo rica em conquistas e trágica em ações contra as aspirações populares. O ideal proclamado em 15 de novembro de 1889 tem como marco principal a construção nacional, com um Estado laico e representativo da diversidade do povo brasileiro.
A história mostra que a República é vista pela ampla maioria da sociedade como sinônimo de independência nacional. Sua trajetória traz as marcas de choques e confrontos entre dois projetos antagônicos: o de um Brasil soberano, desenvolvido e democrático, e o de um país sem autonomia, autoritário, com desenvolvimento truncado e subalterno. O governo Bolsonaro é a expressão radicalizada desse segundo projeto.
Seu programa propõe, sem tergiversações, o ideal antidemocrático, subalterno e de destruição de suas bases de desenvolvimento soberano, que mitiga e liquida direitos conquistados ao longo da história da República. O triunfo do bolsonarismo em 2018, no leito de um processo golpista que nunca negou a pretensão de restabelecer a velha ordem oligárquica, comprovou, mais uma vez, que a luta da classe trabalhadora por seus direitos, contra a herança escravista e por distribuição de renda, é incessante.
Esse período pós-ciclo progressista concentra todas essas contradições. Nele estão contidos os dois veios históricos brasileiros, que em determinados momentos se condensam e produzem sínteses conforme a correlação de forças estabelecida. Ha sempre polêmica quando se foca um acontecimento histórico. O importante é que a República líquida a monarquia e instaura um Estado laico
Cumpre rememorar, hoje, personagens que lutaram pelo progresso e a independência da pátria, como Felipe dos Santos, Tiradentes, Bernardo Vieira de Melo, Padre Roma e Frei Caneca – dentre tantos outros, como os mártires da Revolução Praieira, os cabanos, os Farrapos, Silva Jardim, Rui Barbosa, Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca, atores desse acontecimento que transformou o regime político do país, que mudou o governo monárquico para uma República que desde então luta para ser democrática e popular.
Um exemplo emblemático dessa luta foi o movimento liderado por Tiradentes, que planejava industrializar o país, acabar com os monopólios coloniais, cessar a exportação do ouro e aproveitar as riquezas minerais do país. Cumpre lembrar, também, dos Alfaiates em 1798 na Bahia, dos republicanos do Nordeste em 1817 e 1824. Foram movimentos inspirados nas ideias da Revolução Francesa e da Independência Americana, que marcaram profundamente o século XX no Brasil.
As autoridades coloniais, ao punir com brutalidade a “inconfidência mineira”, sabiam o que aquele movimento representava. Ao arrastar seu processo por três longos anos e fazer da execução de Tiradentes uma vasta encenação pública - como severa advertência aos sonhadores da liberdade -, tinham consciência de que aquele movimento havia conquistado a simpatia do povo.
Proclamada a República, o país continuou a conviver com a disputa entre progresso e atraso, agora novamente na forma de dois veios históricos condensados. Está presente, atualmente, a necessidade de unir amplos segmentos para fazer valer a República democrática, soberana e desenvolvida.
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