domingo, 5 de janeiro de 2020
Ernesto Araújo, o aprendiz de feiticeiro
Por Eugênio Aragão, no Diário do Centro do Mundo:
Lembram daquele desenho do filme “Fantasia”, de Walt Disney, com a música “O aprendiz de feiticeiro” de Mussorgsky ao fundo? Mickey faz as vassouras lavarem o piso do castelo, mas, depois, perde o controle sobre elas, que passam a inundar o castelo com o ritmo frenético com que esvaziam baldes mais baldes de água sobre o piso. Pois é… parece nossa política externa sob a batuta do chanceler terraplanista Ernesto Araújo, de certo, inspirada por um charlatão grosseiro da Virgínia e um fritador de hambúrguer que quis ser embaixador em Washington.
sábado, 4 de janeiro de 2020
O ministro Moro e o terrorista do PSL
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Como ministro da Justiça e chefe da PF, Sérgio Moro cometeu e continua cometendo crime de responsabilidade ao se omitir em relação ao atentado terrorista contra o Porta dos Fundos.
O ataque com coquetéis molotov na madrugada de 24 de dezembro é o 1º atentado a bombas ocorrido no Brasil depois do fim da ditadura [1964/1985]. Um sinal alarmante.
Desde 1980 e 1981, quando agentes da ditadura perpetraram atentados na sede da OAB e no Riocentro, não ocorriam ataques terroristas com supostos pretextos políticos.
Passados 38 anos do atentado no Riocentro, a extrema-direita extremista e o fundamentalismo religioso voltam a encontrar no governo Moro-Bolsonaro o ambiente fecundo para a escalada de ações de terror, ódio, intolerância e violência.
Como ministro da Justiça e chefe da PF, Sérgio Moro cometeu e continua cometendo crime de responsabilidade ao se omitir em relação ao atentado terrorista contra o Porta dos Fundos.
O ataque com coquetéis molotov na madrugada de 24 de dezembro é o 1º atentado a bombas ocorrido no Brasil depois do fim da ditadura [1964/1985]. Um sinal alarmante.
Desde 1980 e 1981, quando agentes da ditadura perpetraram atentados na sede da OAB e no Riocentro, não ocorriam ataques terroristas com supostos pretextos políticos.
Passados 38 anos do atentado no Riocentro, a extrema-direita extremista e o fundamentalismo religioso voltam a encontrar no governo Moro-Bolsonaro o ambiente fecundo para a escalada de ações de terror, ódio, intolerância e violência.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
Bolsonaro e sua 'pedagogia da estupidez'
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não bastasse tudo o que de ruim o pateta que ele colocou no MEC faz contra a educação, Jair Bolsonaro resolveu, ele próprio, dizer como deve ser o material didático dos estudantes brasileiros.
“Tem muita coisa escrita ali”, disse, referindo-se aos livros didáticos. Para ele, recordou, bom mesmo era a Cartilha Caminho Feliz, escrita em 1948 (!!!) como se, em mais de 70 anos, não se houvesse avançado nada em matéria de ensino.
Continuaria tudo na base do b com a, bá, b com e, be.
Era necessário, talvez, para que ele, aos 63 anos, conseguisse ler e entender um texto maior que uma “tuitada”.
Não bastasse tudo o que de ruim o pateta que ele colocou no MEC faz contra a educação, Jair Bolsonaro resolveu, ele próprio, dizer como deve ser o material didático dos estudantes brasileiros.
“Tem muita coisa escrita ali”, disse, referindo-se aos livros didáticos. Para ele, recordou, bom mesmo era a Cartilha Caminho Feliz, escrita em 1948 (!!!) como se, em mais de 70 anos, não se houvesse avançado nada em matéria de ensino.
Continuaria tudo na base do b com a, bá, b com e, be.
Era necessário, talvez, para que ele, aos 63 anos, conseguisse ler e entender um texto maior que uma “tuitada”.
Qual será a reação do Irã?
Da Rede Brasil Atual:
Especialistas em todo o mundo discutem como serão as possíveis respostas em uma reação do Irã para o ataque dos Estados Unidos a um aeroporto de Bagdá, no Iraque, que resultou no assassinato do chefe da Guarda Revolucionária do Irã Qassem Soleimani.
Ontem (2), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “vingança severa”. “Ele (Soleimani) se juntou a seus irmãos martirizados, mas vamos nos vingar vigorosamente dos EUA”, disse Mohsen Rezaei, ex-comandante do Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico do Irã (IRGC). Khamenei nomeou Esmail Qaani como o novo chefe do braço de operações estrangeiras da Guarda Revolucionária.
Especialistas em todo o mundo discutem como serão as possíveis respostas em uma reação do Irã para o ataque dos Estados Unidos a um aeroporto de Bagdá, no Iraque, que resultou no assassinato do chefe da Guarda Revolucionária do Irã Qassem Soleimani.
Ontem (2), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “vingança severa”. “Ele (Soleimani) se juntou a seus irmãos martirizados, mas vamos nos vingar vigorosamente dos EUA”, disse Mohsen Rezaei, ex-comandante do Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico do Irã (IRGC). Khamenei nomeou Esmail Qaani como o novo chefe do braço de operações estrangeiras da Guarda Revolucionária.
Irã é o alvo da vez
Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:
O Irã é o Brasil da vez. A afirmação pode estar superdimensionada em relação a importância dos dois países para a geopolítica mundial mas, cada um a sua maneira, está no centro da “terceira guerra” mundial, a guerra do dólar.
O ato terrorista patrocinado pelos EUA contra Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, por ordem de Donald Trump, pode ter variados motivos, mas os exercícios navais conjuntos do Irã com a China e Russia, no golfo de Omã, foram o estopim da agressão norte-americana.
Os exercícios ocorreram entre os dias 27 e 30 de dezembro no norte do oceano Índico, com presença de forte e exemplar aparato militar dos três países. O objetivo das manobras, segundo o vice-comandante do Exército do Irã, Habibollah Sayyari, ao portal Sputnik, era “demonstrar a autoridade marítima do Irã no norte do oceano Índico e apresentar a sua experiência a outras nações”.
O ato terrorista patrocinado pelos EUA contra Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, por ordem de Donald Trump, pode ter variados motivos, mas os exercícios navais conjuntos do Irã com a China e Russia, no golfo de Omã, foram o estopim da agressão norte-americana.
Os exercícios ocorreram entre os dias 27 e 30 de dezembro no norte do oceano Índico, com presença de forte e exemplar aparato militar dos três países. O objetivo das manobras, segundo o vice-comandante do Exército do Irã, Habibollah Sayyari, ao portal Sputnik, era “demonstrar a autoridade marítima do Irã no norte do oceano Índico e apresentar a sua experiência a outras nações”.
Brasil no mundo: Vergonha, vergonha!
Charge: Marian Kamensky/Áustria |
O que se diz lá fora sobre o Brasil de Bolsonaro, no início deste seu segundo ano de mandato, deveria cobrir de vergonha os brasileiros.
Deveria, coloquemos o verbo no tempo certo.
O jornal francês Le Monde publicou, no dia 30, artigo demolidor Bruno Meyerfeld, que chama a atenção por seu realismo e pessimismo, ao dizer que Jair Bolsonaro está aqui para ficar e durar, ainda que a sua pessoa seja afastada do cargo ou não se reeleja em 2022.
Recordando seu primeiro ano turbulento, marcado por comentários racistas ou piadas homofóbicas, misóginas e escatológicas, delírios conspiratórios, apologias à tortura e à ditadura, insultos a líderes estrangeiros, coisas que fariam Trump ou Salvini parecerem social-democratas agradáveis, ele conclui, para nossa meditação: "Seria errado ver Bolsonaro como uma destas febres tropicais que passam, que são rapidamente tratadas e esquecidas".
As intervenções dos EUA contra o Irã
Do jornal Brasil de Fato:
O Instituto Tricontinental de Pesquisa Social lançou nesta terça-feira (6) o dossiê “Iranianos não esquecerão: A guerra híbrida contra o Irã”, que trata das inúmeras intervenções dos Estados Unidos contra a hoje república islâmica.
O documento foi feito a partir de uma entrevista com Seyed Mohammad Marandi, professor de Literatura Inglesa e Orientalismo da Universidade de Teerã e decano da Faculdade de Estudos Mundiais.
O texto mostra que, embora as tensões envolvendo Washington e Teerã – intensificadas principalmente pela saída dos EUA do acordo nuclear iraniano – tenham ganhado destaque na imprensa nos últimos anos, as tentativas de intervir ou desestabilizar a nação persa são muito mais antigas.
O documento foi feito a partir de uma entrevista com Seyed Mohammad Marandi, professor de Literatura Inglesa e Orientalismo da Universidade de Teerã e decano da Faculdade de Estudos Mundiais.
O texto mostra que, embora as tensões envolvendo Washington e Teerã – intensificadas principalmente pela saída dos EUA do acordo nuclear iraniano – tenham ganhado destaque na imprensa nos últimos anos, as tentativas de intervir ou desestabilizar a nação persa são muito mais antigas.
Alerta de perigo na MP Verde e Amarela
Por Meirivone Aragão, na revista CartaCapital:
Em mais um ataque ao Direito do Trabalho, o governo editou a Medida Provisória nº 905, no dia 11 de novembro de 2019, criando o Contrato Verde e Amarelo, um monstro de estimação do Planalto, certamente escrito por quem nunca compreendeu a natureza do contrato de trabalho, ou por não precisar dele para sobreviver ou por pura má-fé com o povo brasileiro.
A ideia seria de um contrato de trabalho com duração de até 24 meses, para fomentar o primeiro emprego de pessoas entre dezoito e vinte e nove anos de idade, exclusivo para novos postos e limitado a 20% do total de empregados.
Em mais um ataque ao Direito do Trabalho, o governo editou a Medida Provisória nº 905, no dia 11 de novembro de 2019, criando o Contrato Verde e Amarelo, um monstro de estimação do Planalto, certamente escrito por quem nunca compreendeu a natureza do contrato de trabalho, ou por não precisar dele para sobreviver ou por pura má-fé com o povo brasileiro.
A ideia seria de um contrato de trabalho com duração de até 24 meses, para fomentar o primeiro emprego de pessoas entre dezoito e vinte e nove anos de idade, exclusivo para novos postos e limitado a 20% do total de empregados.
A era do neoliberalismo totalitário
Por Joseph E. Stiglitz, no site Outras Palavras:
No final da Guerra Fria, o cientista político Francis Fukuyama escreveu um famoso ensaio chamado “The End of History?”. Ele argumentou que a queda do comunismo eliminaria o último obstáculo que separava o mundo inteiro do seu destino de democracia liberal e economia de mercado. Muita gente concordou.
Hoje, à medida que enfrentamos uma retirada da ordem global liberal baseada em regras, com governantes autocráticos e demagogos à frente de países que contêm bem mais da metade da população do mundo, a ideia de Fukuyama parece peculiar e ingênua. Mas reforçou a doutrina econômica neoliberal que prevaleceu nos últimos 40 anos.
Hoje, à medida que enfrentamos uma retirada da ordem global liberal baseada em regras, com governantes autocráticos e demagogos à frente de países que contêm bem mais da metade da população do mundo, a ideia de Fukuyama parece peculiar e ingênua. Mas reforçou a doutrina econômica neoliberal que prevaleceu nos últimos 40 anos.
Irã: o alvo perfeito?
Por Elias Jabbour, no site Vermelho:
Começo de forma direta a responder a questão proposta: sim! O Irã é o alvo perfeito para o próximo capítulo da tentativa de retomada da hegemonia americana no mundo, iniciada ainda no governo de Barak Obama no ano de 2013. Pouco importa os imensos riscos de uma empreitada militar que pode ser muito mais onerosa do que imaginamos.
Como e onde entra o Irã nesta grande jogada estratégica, de tipo “tudo ou nada”, lançada em meio à grande crise financeira internacional? Em primeiro lugar, o Irã está no meio do caminho entre o médio mediterrâneo, o Líbano (leia-se Hezbollah), a Síria (vitoriosa em uma guerra fratricida), o próprio Irã e a China – sendo o último o alvo estratégico, o inimigo a ser batido.
Começo de forma direta a responder a questão proposta: sim! O Irã é o alvo perfeito para o próximo capítulo da tentativa de retomada da hegemonia americana no mundo, iniciada ainda no governo de Barak Obama no ano de 2013. Pouco importa os imensos riscos de uma empreitada militar que pode ser muito mais onerosa do que imaginamos.
Como e onde entra o Irã nesta grande jogada estratégica, de tipo “tudo ou nada”, lançada em meio à grande crise financeira internacional? Em primeiro lugar, o Irã está no meio do caminho entre o médio mediterrâneo, o Líbano (leia-se Hezbollah), a Síria (vitoriosa em uma guerra fratricida), o próprio Irã e a China – sendo o último o alvo estratégico, o inimigo a ser batido.
Logo ali ao lado, um aviso e uma lição
Por Eric Nepomuceno
Aqui no Brasil, 2019 foi o ano da destruição, do retrocesso, das aberrações que se sucederam sem pausa nem trégua.
Já nas vizinhanças foi um ano também agitado, com a Argentina expurgando uma catástrofe chamada Mauricio Macri, com o Uruguai vendo a direita voltar ao poder depois de um longo período da Frente Ampla mudando parte do jeito do país, com a Colômbia turbulenta, com o Equador em convulsão.
Mas é de dois outros vizinhos que enfrentaram diferentes temporais que convém buscar sinais de alerta e ao menos uma lição.
A Bolívia termina um ano tremendamente tenso sem que se saiba o que acontecerá nos próximos meses. Desde o golpe que derrubou o então presidente Evo Morales no dia 10 de novembro e instalou em seu lugar Jeanine Áñez, autoproclamada presidente interina, o país virou do avesso.
Aqui no Brasil, 2019 foi o ano da destruição, do retrocesso, das aberrações que se sucederam sem pausa nem trégua.
Já nas vizinhanças foi um ano também agitado, com a Argentina expurgando uma catástrofe chamada Mauricio Macri, com o Uruguai vendo a direita voltar ao poder depois de um longo período da Frente Ampla mudando parte do jeito do país, com a Colômbia turbulenta, com o Equador em convulsão.
Mas é de dois outros vizinhos que enfrentaram diferentes temporais que convém buscar sinais de alerta e ao menos uma lição.
A Bolívia termina um ano tremendamente tenso sem que se saiba o que acontecerá nos próximos meses. Desde o golpe que derrubou o então presidente Evo Morales no dia 10 de novembro e instalou em seu lugar Jeanine Áñez, autoproclamada presidente interina, o país virou do avesso.
Nada de novo no front no Brasil
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Abro pela primeira vez o computador em 2020, depois de passar o primeiro dia no hospital fazendo exames, que confirmaram mais costelas fraturadas, uma delas pela segunda vez.
No meu caso, nenhuma novidade. Acho que já quebrei o esqueleto inteiro ao longo da vida, mas ainda consigo escrever.
Aliás, não encontrei novidade nenhuma até agora no noticiário do ano novo, que mal começou, e já começou mal, como o outro terminou.
Passada a euforia fabricada pela melhora de alguns índices econômicos no final de 2019 - alguns logo desmentidos, como o aumento de 9,5% da vendas de Natal - voltamos à mesma lereia de costume.
No meu caso, nenhuma novidade. Acho que já quebrei o esqueleto inteiro ao longo da vida, mas ainda consigo escrever.
Aliás, não encontrei novidade nenhuma até agora no noticiário do ano novo, que mal começou, e já começou mal, como o outro terminou.
Passada a euforia fabricada pela melhora de alguns índices econômicos no final de 2019 - alguns logo desmentidos, como o aumento de 9,5% da vendas de Natal - voltamos à mesma lereia de costume.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2020
Bolsonaro fez 116 ataques à imprensa em 2019
Por Altamiro Borges
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou nessa quinta-feira (2) um balanço final dos ataques do “capetão” Jair Bolsonaro à imprensa no ano passado. Os números são assustadores – o que torna ainda mais incompreensível a postura da mídia monopolista de apoiar, mesmo que parcialmente, as políticas do governo fascistizante. Segundo o levantamento, o ano de 2019 se encerrou com 116 agressões à jornalistas e veículos de comunicação. Um ataque a cada três dias do primeiro ano de existência desse regime autoritário.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou nessa quinta-feira (2) um balanço final dos ataques do “capetão” Jair Bolsonaro à imprensa no ano passado. Os números são assustadores – o que torna ainda mais incompreensível a postura da mídia monopolista de apoiar, mesmo que parcialmente, as políticas do governo fascistizante. Segundo o levantamento, o ano de 2019 se encerrou com 116 agressões à jornalistas e veículos de comunicação. Um ataque a cada três dias do primeiro ano de existência desse regime autoritário.
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