quarta-feira, 4 de março de 2020

O que explica o Pibinho de Paulo Guedes?

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Nessa quarta-feira 4, o IBGE anunciou o crescimento do PIB em 2019: 1,1%. Em meados do ano passado, os mercados e seus economistas sonharam com um resultado mais auspicioso em 2019. Diziam os otimistas que a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária injetariam ânimo nos espíritos animais dos empresários e dos consumidores.

"Superterça" foi um desastre para Sanders!

Avanço dos negros na sociedade vai continuar

Guedes confirma que tem ‘prazo de validade’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Vai mal a coisa na área de economia, não só nos indicadores numéricos, mas nas indicações que vai dando o chefe da não-política econômica de Paulo Guedes.

Hoje, relata o Estadão, ele fez uma reunião com os grupos direitistas de agitação e, num almoço cheio de apelos dramáticos e lágrimas, apresentou um “calendário” de ações de 15 semanas, prazo que coincide com a “meta” que lhe teria dado Jair Bolsonaro para cumprir até o meio do ano.

A contar da semana que vem, coincide com o final de junho.


Autoritarismo e casuísmo do ministro Moro

Editorial do site Vermelho:

A postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, a respeito do motim de policiais militares do estado do Ceará tem enorme gravidade. Para ele, “prevaleceu o bom senso”, e não houve radicalismos. Ao mesmo tempo, provocou o que chamou de os “Gomes”, uma referência aos irmãos Cid Gomes, Ciro Gomes e Ivo Gomes (este, prefeito da cidade de Sobral).

Segundo Moro, “apesar dos Gomes” a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”. O ministro também distribuiu elogios aos policiais amotinados e não fez uma condenação explícita às ilegalidades cometidas. Para ele, com seus reiterados atos de afronta ao Estado Democrático de Direitos, o motim foi uma paralisação ilegal de “profissionais dedicados” que “não deveria ser feita”.

Bolsonaro, o maior inimigo da imprensa

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta sexta-feira, 6 de março, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) e seu governo serão denunciados na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) por violar sistematicamente a liberdade de expressão e atacar jornalistas.

Curiosamente, três dias antes, publica cartilha sobre direitos humanos de jornalistas e comunicadores.

Coincidência?!

Claro que não. O governo Bolsonaro tenta limpar sua barra. Mas não vai colar. A prática é o critério da verdade.

terça-feira, 3 de março de 2020

Petardo: A regressão nos direitos humanos

Por Altamiro Borges

A chilena Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para Direitos Humanos, listou o Brasil entre os quase 30 países em que a situação dos direitos humanos levanta temores urgentes. Ela falou em “retrocessos significativos” no país governado pelo fascista Bolsonaro, adorador das torturas e dos ditadores.

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"No Brasil, ataques contra defensores dos direitos humanos, incluindo assassinatos, muitos dos quais de líderes indígenas, ocorrem em um contexto de retrocessos significativos em políticas de proteção do meio ambiente e dos direitos de pessoas indígenas", afirmou Michele Bachelet.

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Em setembro passado, a comissária da ONU já tinha criticado a situação dos direitos humanos no Brasil. Na ocasião, ela disse que havia “encolhimento do espaço democrático”. Em resposta, Bolsonaro insultou seu pai, general de brigada Alberto Bachelet, torturado e morto pela ditadura militar chilena.

Celso de Mello julgará Sergio Moro

O agronegócio não produz comida

O que está por trás do motim no Ceará?

Coronavírus e a insensatez de Guedes

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Os grandes meios de comunicação praticamente não falam de outra coisa. Afinal, o quadro de risco grave na saúde pública mundial não pode ser desprezado de modo algum. Depois de o fenômeno do coronavírus ter ultrapassado os limites da cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, o surgimento de novos casos se dá em ritmo geométrico e alcança praticamente todos os cantos do planeta.

Em nossas terras, a identificação de novos casos suspeitos também cresce em escala assustadora, mas boa parte deles ainda estão sendo descartados logo após a realização dos primeiros exames de laboratório. O fato concreto, porém, é que o surgimento dessa nova epidemia recoloca no centro do debate alguns dos elementos essenciais da política levada a cabo pelo governo Bolsonaro.

Bernie Sanders e a salvação do capitalismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Penso que estão equivocados os que de boa fé combatem Bernie Sanders como perigoso inimigo do sistema capitalista. Pode-se dizer que ele é, na verdade, inimigo do sistema do capital -tal qual ele está constituído na época da sua financeirização absoluta - quando o controle dos seus fluxos globais e a distribuição dos seus recursos para financiar guerras de conquista, empoderamento sobre fontes de energia e controle político de territórios, estão sob a tutela das redes financeiras de especulação sem produção e sem trabalho vivo. Bernie quer é a salvação do capitalismo com democracia política e menos desigualdade e os seus críticos, em geral, defendem o ressecamento do regime liberal-democrático, mesmo que ele se encaminhe para o fascismo, com todas as mazelas, violências e hierarquias sociais que ele representa. O enigma Bernie simboliza, na política americana, a dúvida recorrente da política moderna -na sua maturidade ou decadência- sobre se a democracia liberal ainda é compatível com o sistema do capital, ou não. Quero que seja, mas acho que não é.

O imperialismo e a dependência

Por Armando Boito, no site A terra é redonda:

A política econômica do Governo Bolsonaro sugere que devem ser revistas algumas teses consagradas sobre o capitalismo e o Estado brasileiro no período recente. Talvez, seria melhor dizer, devem ser retificadas. Escrevo este texto com a intenção de iniciar um debate sobre essa retificação.

Dois fatos ocorridos no início do mês de fevereiro servem como ponto de partida para a reflexão. O Banco Central voltou a reduzir a taxa Selic e o Ministério da Fazenda suspendeu alguns obstáculos legais que dificultavam a participação das construtoras estrangeiras em obras de infraestrutura no Brasil. Não são fatos isolados. Quem acompanha o noticiário sabe que o Governo Bolsonaro tem tomado várias medidas que não são propriamente do agrado de segmentos importantes do capital financeiro e outras tantas que atendem amplamente os interesses do capital internacional.

Breve história da "lavagem cerebral"

Bolsonaro, Moro e o motim da PM no Ceará

As esquerdas precisam se entender

Por José Dirceu, no site Metrópoles:

Está na boca do povo, nos jornalões, nas redes, o debate sobre frentes, seja Democrática, Ampla ou de Esquerda.

Parte-se do pressuposto de que a Frente, qual seja ela, é imprescindível diante da ameaça real de autoritarismo e obscurantismo, de retrocesso nas liberdades democráticas conquistadas na luta contra a ditadura militar e consagradas na Constituição de 1988. As diferentes forças políticas e sociais devem se unir para impedir o avanço do autoritarismo do governo Bolsonaro.

Frente de Esquerda, na prática mais simples, torna-se mais difícil hoje. Estamos falando de aliança entre PT, PDT, PSB, PSol e PC do B. Tudo indica que não há acordo entre esses partidos sobre 2022, embora estejam do mesmo lado na oposição a Bolsonaro e concordem com os riscos que ele representa.


Bolsonaro e um novo "punho de ferro"

Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:

O presidente da República está convocando em suas redes sociais uma mobilização contra o Congresso Nacional, segundo informaram os jornais nesta terça-feira, 26. A manifestação prevista para o dia 15 de março foi deflagrada na semana passada por grupos de ultra-direita, com apoio público do general Heleno. Ou seja, o capitão Bolsonaro e o general Heleno parecem sonhar com os “gloriosos” e efervescentes dias pré-golpe de 31 de março de 1964.

Movimentos sociais debatem a crise

Moro assume papel de chefe da ultradireita

Março tem agenda intensa de mobilizações