quarta-feira, 1 de abril de 2020
O coronavírus e a política no mundo
Velazquez, 1650; Francis Bacon, 1953; e @luc_descheemaeker, 2020 |
Quando da crise do subprime em 2008 assistimos o rápido desdobramento da crise econômica para uma grave crise social e em seguida uma crise política representada, principalmente, pela ascensão da extrema-direita em vários países desenvolvidos. Em alguns chegou a assumir a condução dos governos como foi o caso dos Estados Unidos com Donald Trump e Inglaterra com Boris Johnson e em outros como Áustria, Hungria e Polônia, menos desenvolvidos, embora também sejam membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Sem falar de Bolsonaro, Duque, Bukele e Piñera na América Latina.
Coronavírus coloca Bolsonaro na UTI
Por Jorge Gregory, no Blog do Renato:
Analistas, protagonistas políticos e cientistas sociais fazem as mais diversas análises do catastrófico pronunciamento de Bolsonaro na noite de 24 de março. A maioria procura desvendar qual o cálculo político estabelecido para tomar tal atitude. De uma forma geral, a tese mais admitida é de que, prevendo uma derrocada econômica, tinha por objetivo jogar no colo dos governadores o resultado do desastre econômico, pós–pandemia. Caso o pronunciamento fosse um fato isolado, tal tese seria admissível. Mas não é.
A dissimulação de Bolsonaro
Por Roberto Amaral e Manuel Domingos Neto
Ontem à noite, 31 de março, o presidente da República fingiu mudar de posição, passando a endossar as recomendações da Organização Mundial de Saúde para que as pessoas fiquem em casa. Simulou abandonar a insensatez e a vilania que rapidamente o projetaram como figura execrável na cena internacional. Simulou abraçar a ciência, abandonar o desvario terraplanista e demonstrar empatia. Admitiu um agrado ao general Pujol, comandante do Exército, repetindo frase de sua recente manifestação. Tentou também, com extrema dificuldade, simular que governa.
Ontem à noite, 31 de março, o presidente da República fingiu mudar de posição, passando a endossar as recomendações da Organização Mundial de Saúde para que as pessoas fiquem em casa. Simulou abandonar a insensatez e a vilania que rapidamente o projetaram como figura execrável na cena internacional. Simulou abraçar a ciência, abandonar o desvario terraplanista e demonstrar empatia. Admitiu um agrado ao general Pujol, comandante do Exército, repetindo frase de sua recente manifestação. Tentou também, com extrema dificuldade, simular que governa.
Rito breve do crime comum contra Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Na medida em que todos passaram a dizer que um processo de impeachment contra Bolsonaro tornou-se inviável dentro da pandemia, ele ficou mais à vontade para desafiar a ciência e a orientação das autoridades de saúde, para desrespeitar a vida das pessoas, pregando a volta ao trabalho e a uma normalidade que não mais existe.
Eu vinha dizendo que, melhor que o impeachment, com seu longo rito, seria investir num processo por crime comum.
Com seu rito breve, ele poderia levar, no curto prazo, ao afastamento do presidente por 180 dias, até que se conclua o julgamento, desde que haja vontade política para isso.
A hipótese começou a ganhar probabilidade a partir da decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello, de enviar ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, a queixa crime do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) contra Bolsonaro.
Na medida em que todos passaram a dizer que um processo de impeachment contra Bolsonaro tornou-se inviável dentro da pandemia, ele ficou mais à vontade para desafiar a ciência e a orientação das autoridades de saúde, para desrespeitar a vida das pessoas, pregando a volta ao trabalho e a uma normalidade que não mais existe.
Eu vinha dizendo que, melhor que o impeachment, com seu longo rito, seria investir num processo por crime comum.
Com seu rito breve, ele poderia levar, no curto prazo, ao afastamento do presidente por 180 dias, até que se conclua o julgamento, desde que haja vontade política para isso.
A hipótese começou a ganhar probabilidade a partir da decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello, de enviar ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, a queixa crime do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) contra Bolsonaro.
Junta militar já governa o Brasil
Por Jeferson Miola, em seu blog:
[ou: Bolsonaro carrega muitos segredos para ser incinerado sem necrópsia]
Bolsonaro está isolado, desacreditado e catalogado perante a sociedade brasileira e perante o mundo inteiro como um genocida sociopata que, se não for contido a tempo, poderá causar uma catástrofe humanitária de dimensões imponderáveis no Brasil [aqui].
O establishment já descartou Bolsonaro, porque enxerga nele a causa do problema; não a solução para os desafios complexos de enfrentamento da pandemia do Covid-19 no país.
Bolsonaro já foi descartado pelo judiciário, pelo legislativo, pela imprensa, pelo poder econômico, pela classe média cretina, pelas finanças internacionais e, fato inusitado, inclusive por alguns ministros do seu governo, que se tornaram mais indemissíveis que ele mesmo.
[ou: Bolsonaro carrega muitos segredos para ser incinerado sem necrópsia]
Bolsonaro está isolado, desacreditado e catalogado perante a sociedade brasileira e perante o mundo inteiro como um genocida sociopata que, se não for contido a tempo, poderá causar uma catástrofe humanitária de dimensões imponderáveis no Brasil [aqui].
O establishment já descartou Bolsonaro, porque enxerga nele a causa do problema; não a solução para os desafios complexos de enfrentamento da pandemia do Covid-19 no país.
Bolsonaro já foi descartado pelo judiciário, pelo legislativo, pela imprensa, pelo poder econômico, pela classe média cretina, pelas finanças internacionais e, fato inusitado, inclusive por alguns ministros do seu governo, que se tornaram mais indemissíveis que ele mesmo.
terça-feira, 31 de março de 2020
Petardo: O pronunciamento do farsante na TV
Por Altamiro Borges
Bolsonaro é um farsante. Em mais um pronunciamento em cadeia nacional de TV, o "capetão" falou que está preocupado com o "camelô, o ambulante, o vendedor de churrasquinho, a diarista...". Logo ele que golpeou os aposentados na "reforma" da Previdência, que ampliou a terceirização e já fez tantas maldades.
***
Bolsonaro nunca deu bola para os trabalhadores informais e os excluídos. Ele só se preocupa com a família – a dele. Uma de suas primeiras medidas foi expulsar os médicos cubanos que atendiam milhares de brasileiros. Ele também cortou drasticamente as verbas para a saúde pública. Sempre foi um inimigo do SUS.
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Bolsonaro é um farsante. Em mais um pronunciamento em cadeia nacional de TV, o "capetão" falou que está preocupado com o "camelô, o ambulante, o vendedor de churrasquinho, a diarista...". Logo ele que golpeou os aposentados na "reforma" da Previdência, que ampliou a terceirização e já fez tantas maldades.
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Bolsonaro nunca deu bola para os trabalhadores informais e os excluídos. Ele só se preocupa com a família – a dele. Uma de suas primeiras medidas foi expulsar os médicos cubanos que atendiam milhares de brasileiros. Ele também cortou drasticamente as verbas para a saúde pública. Sempre foi um inimigo do SUS.
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Quando o coronavírus já causava centenas de mortes pelo mundo, o "capetão" disse que era só uma "gripezinha". Depois, apresentou um projeto que suspendia por quatro meses o salário do trabalhador e concedia uma merreca de R$ 200 aos informais. Agora faz demagogia na TV. Farsante! Verme!
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