sexta-feira, 4 de setembro de 2020

PM de Goiás e a fascistização do Brasil

Por Altamiro Borges


Aos poucos, a fascistização vai corroendo a democracia no país. Na sexta-feira passada (28), a Polícia Militar de Goiás – estado governado pelo demo Ronaldo Caiado – intimou duas pessoas por confeccionarem faixas cobrando de Bolsonaro explicações sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da esposa "Micheque".

Segundo relato da Folha, a ação policial se deu em Caldas Novas (170 km de Goiânia). "A abordagem ocorreu em uma oficina onde estavam sendo confeccionadas faixas que seriam estendidas na cidade no sábado (29), quando o presidente visitou o município para a inauguração de uma usina fotovoltaica". 

Humor e cultura em tempos de cólera

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


“O humor tem a ver com passar a mão na bunda do guarda, não com bater em um morador de rua”. A frase do ator e humorista Gregório Duvivier parece escrachada, mas sintetiza o espírito do que é a cultura e o humor nos tempos sombrios nos quais vivemos. “Olhamos para o noticiário e parece que é fácil fazer humor, afinal, o presidente é uma piada por si só. Mas quando a realidade é cômica, o humorista tem trabalho dobrado”, acrescenta.

A contra-reforma administrativa do governo

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A contra-reforma administrativa que Bolsonaro, Maia e Alcolumbre pretendem aprovar no Congresso dominado pela maioria neoliberal-bolsonarista é mais um capítulo do assalto da oligarquia rapinante ao Estado brasileiro.

Este bombardeio contra o serviço público, a burocracia funcional e a organização do Estado é mais um golpe da oligarquia contra a Constituição de 1988 e aos princípios constitucionais de moralidade, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência [CF, art. 37].

Caso aprovada, o Brasil retrocederá às práticas arcaicas do sistema desenhado à imagem e semelhança da classe dominante parasitária e patrimonialista.

Mordaça em Nassif imuniza o banco BTG

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“Luís Nassif, jornalista com mais de 40 anos de atuação, ora se encontra amordaçado, e o referido agente econômico (BTG-Pactual), em suas relações com o poder público, imune à fiscalização que deve advir da esfera pública atenta e crítica.”

O alerta acima foi feito pelos advogados Cláudio Pereira de Souza Neto, Natáli Nunes da Silva e Fernando Luís Coelho Antunes, do escritório Souza Neto e Tartarini Advogados, no bojo da Reclamação protocolada na terça-feira (01/09) junto ao Supremo Tribunal Federal (RCL 43.131).

Na pandemia, jornalismo sofre ataques

Do site do Artigo-19:

Desde que foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, ao menos 82 ataques a jornalistas e comunicadores que realizavam coberturas relacionadas à pandemia e às recomendações de prevenção da Organização Mundial de Saúde foram registrados. Os dados são de um monitoramento permanente realizado pela Artigo-19, organização internacional que atua na defesa da liberdade de expressão e do direito à informação, e cobrem o período de 5 meses em que o país ultrapassou 100 mil mortes pela doença e se tornou um dos mais impactados no mundo todo.

Grito dos Excluídos por trabalho, terra e teto

Enviado por Silene Santos


Contra o projeto ultraneoliberal implementado pelo governo Bolsonaro no país e em São Paulo por João Doria, que aprofunda a desigualdade social, num cenário já muito dramático de pandemia - com mais de 123 mil mortos e que ultrapassa os 4 milhões de contaminados pela Covid - o Grito dos (as) Excluídos (as) realiza sua 26º edição com o lema “Vida em primeiro lugar” e o mote “Queremos trabalho, terra, teto e participação”, com atividades em todo o país, nesta segunda-feira, 7 de Setembro.

Mídia empresarial e suas cláusulas pétreas

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Conjuntura não é coisa fácil de lidar. Provoca tombos, escorregões, arranhões, contusões. Escapar de tudo isso, não é simples. Quase impossível. Viver é arriscoso, analisar conjuntura também. Para redução de danos, aconselha-se não só a leitura dos mais próximos, como dos mais antigos. É de Gramsci o conselho de saber distinguir os chamados movimentos orgânicos, relativamente permanentes, dos considerados movimentos de conjuntura.

Governo federal penaliza agricultura familiar

Foto: Jonas Santos
Por Elaine Tavares, no site Correio da Cidadania:

Quando se fala em agro­ne­gócio no Brasil, a ten­dência é pensar que esse é um setor que produz comida, mas isso é uma meia ver­dade. O setor agrí­cola com­porta cerca de quatro mi­lhões de propriedades ru­rais e a mai­oria delas, 84,4%, é co­man­dada pela agri­cul­tura fa­mi­liar. Só que no conjunto das pro­pri­e­dades, esses 84% re­pre­sentam apenas 24% da área ocu­pada para a agro­pe­cuária. Isso dá conta do imenso abismo que existe entre o la­ti­fúndio e a pe­quena pro­pri­e­dade fa­mi­liar, que é a que efe­ti­va­mente produz a co­mida que está na mesa do bra­si­leiro. As grandes pro­pri­e­dades, em torno de 16%, ge­ral­mente pro­duzem para ex­por­tação.

Passar a boiada contra os trabalhadores

Por João Guilherme Vargas Netto


As direções sindicais devem persistir na luta pelos 600 reais pagos até dezembro com todas as parcelas devidas e apostar que “mil Janones floresçam”, criando um clamor nacional favorável ao pagamento que modifique no Congresso Nacional a MP 1.000 (que corta pela metade o valor e poda os beneficiários).

Esta persistência contrariaria o absurdo de deixar o governo passar a boiada sem que a opinião pública, sem que os dirigentes partidários, sem que a maioria dos deputados e senadores se revoltem contra a insensibilidade fiscalista da dupla Bolsonaro-Guedes com as aflições emergenciais do povo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Quais narrativas queremos disputar?

Mídia comercial turbinou ultradireita no país

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Apesar de diferenças nas linhas editoriais, especialmente quanto aos costumes e comportamento, o oligopólio midiático, unificado pela agenda econômica ultraliberal, não pode fugir da responsabilidade de ter parido o monstro bolsonarista. “Quando a esquerda passou a ganhar eleições, a mídia se encarregou de cumprir o papel da oposição”, explica Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Wilson Witzel e a crise no Rio de Janeiro

Despejos continuam durante a pandemia

Em defesa dos livros

"Vala de Perus: Uma Biografia"

Um 'bolsominion' investigará as rachadinhas?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Fernanda Alves, em O Globo, mostra o nome e o retrato do que realmente importa no afastamento de Wilson Witzel do Governo do Estado.

Está lá o procurador Marcelo Rocha Monteiro, de “arminha”, “pixuleco” e camiseta “Bolsonaro Presidente”, prontinho para ser escolhido para o cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado e responsável maior pelo inquérito que apura as “rachadinhas” de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.

Do jeito que se tornou elitista e reacionária a corporação, devidamente cevada por salários que a colocam numa pretensa elite, não será difícil que ele consiga ficar com umas três vagas na lista que será levada a Cláudio Castro, o vice-governador que caiu no colo de Jair Bolsonaro para “encher de porrada” as investigações sobre o caso.