quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Doria deseja estrangular as universidades

Por Carmen Sylvia Vidigal Moraes e Lincoln Secco, no site Outras Palavras:


Os anos recentes assinalaram uma ruptura histórica. A inteligência crítica debate se vivenciamos o fim da “nova república” ou também o desmonte do próprio estado brasileiro como foi estruturado ao longo do século XX. Em nenhum momento da nossa história a integridade nacional, os direitos sociais e as funções básicas do estado estiveram tão ameaçadas.

Por trás do discurso autoritário que desciviliza a esfera pública há um ataque muito mais mortífero aos fundamentos econômicos, legais e institucionais que sustentam uma coesão mínima da sociedade brasileira, por si mesma aluída constantemente pela insuportável desigualdade social. A universidade, neste contexto, também jamais enfrentou um desafio maior.

Bolsonarismo: 449 violações contra jornalistas

Da Rede Brasil Atual:

Monitoramento de violações contra jornalistas divulgado pela ONG Artigo 19 na última terça-feira (15), no marco do Dia Internacional da Democracia, revela que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e ministros cometeram 449 ataques contra profissionais da imprensa e comunicadores, desde janeiro de 2019 até agora.

São ações de deslegitimação e estigmatização do trabalho da imprensa, além da exposição de jornalistas e comunicadores. Segundo o coordenador da área de proteção e segurança da Artigo 19, Thiago Firbida, que coordenou o levantamento, trata-se de uma “explosão de agressividade” nunca antes vista.

Greve em defesa dos direitos e dos Correios

Foto: Eric Gonçalves/Sindipetro
Editorial do site Vermelho:


A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) tem um significado muito grande. A começar pela luta contra a retirada de direitos, a tentativa do governo Bolsonaro de reduzir a remuneração dos ecetistas – como a categoria é conhecida – consideravelmente. Questões como licença-maternidade, pagamento de adicional noturno e de horas extras, adicional de risco (insalubridade), indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, anuênio por tempo de trabalho e o auxílio-creche estão sob ameaça.

O arrependimento de Bolsonaro

Por João Guilherme Vargas Netto
 

Estou convencido que a fúria de Bolsonaro ao desancar, jornalões nas mãos, as plantações de um badeco do ministério da Economia que anunciara o corte de salários, aposentadorias e benefícios para os pobres é a manifestação de seu arrependimento pelo mau passo que deu cortando pela metade o auxílio emergencial de 600 reais até dezembro.

Deve ter raciocinado assim: já me fizeram perder prestígio popular com a MP 1.000 (eu que poderia, mês a mês, conceder o auxílio), agora querem bater mais um prego no meu caixão, fechando a tampa.

Legado de Bolsonaro: morte, fome e fogo

Charge: Fadi Abou Hassan/Noruega
Por Marcelo Zero

O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo. Perde apenas para os EUA. Além disso, praticamente todos os anos há recorde de safras.

No entanto, nosso país vive hoje gravíssima insegurança alimentar, com forte inflação de alimentos e desabastecimento de produtos básicos, como o arroz. Já ocorrem saques em supermercados.

Entre janeiro e agosto deste ano, a inflação medida pelo IPCA foi de apenas 0,7%. Porém, a inflação da alimentação no domicílio foi de 6,7%, ou seja, quase 9 vezes acima da inflação média, com tendência a acelerar ainda mais.

Essa inflação de alimentos afeta muito intensamente os mais pobres, que gastam quase tudo o que ganham justamente em alimentação. Segundo levantamento feito pelo professor Gerson Teixeira, especialista na matéria, alguns alimentos básicos subiram bem mais. O arroz subiu 27,5% (mas aumentou bem mais neste mês), o leite longa vida aumentou 32,8%, o feijão subiu 17,3%, o tomate aumentou 17,7%, o óleo de soja subiu 26,6%, e por aí vai.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Estados Gerais da Cultura e a resistência

Grandes igrejas, pequenos impostos...

Fogo no Pantanal tem origem na ação humana

A ditadura tenta reescrever a história

Bretas aproxima Lava-Jato do bolsonarismo

Em defesa da Fundação Casa de Rui Barbosa

Fachin e a rebelião da Lava-Jato

70 anos da TV brasileira: pouco a comemorar

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Taxa de desemprego deve crescer no país

Por Altamiro Borges


Com a redução pela metade do auxílio-emergencial (de R$ 600 para R$ 300) e a diminuição do isolamento social, a taxa de desemprego deve crescer nos próximos meses. Segundo o IBGE, 10,4 milhões de pessoas foram demitidas durante a pandemia, mas a maior parte não buscou emprego. Isto deve mudar agora!

De fevereiro a junho, a taxa oficial de desemprego subiu de 11,4% para 13,2%, segundo os dados oficiais. O índice não captou os milhões de demitidos. De acordo com o próprio IBGE, 9,9 milhões de pessoas (9,3% da população ativa) deixaram de procurar vagas em função do auxílio e da quarentena. Agora, o quadro muda!


Fascista corta R$ 36 milhões da Cultura

Ricardo Salles e as queimadas no Pantanal

Curso do Barão de Itararé já está disponível

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Organizada com a proposta de discutir como enfrentar e derrotar o bolsonarismo e sua máquina de desinformação, a quinta edição do Curso Nacional de Comunicação do Barão de Itararé, que ocorreu de forma virtual entre os dias 24 e 26 de agosto deste ano, está disponível para quem quiser adquirir e assistir às aulas de forma prática, como e quando quiser.

Os açougueiros do funcionalismo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Só não é pior porque os próprios autores do “estudo” do Ipea encarregam-se de dizer, na introdução, que não tem certeza do que dizem.

“Os cenários aqui apresentados devem ser vistos como exploratórios, por vários motivos. Primeiro, há grande incerteza sobre a parametrização adequada dos modelos de simulação utilizados. Segundo, os dados para alguns entes federativos são precários, dificultando a construção e a validação de cenários. Terceiro, a efetivação dos cenários apresentados depende de um conjunto amplo e incerto de condicionantes econômicas, políticas e legais.”

Pandemia provoca arrocho e precarização

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Quase 60% dos moradores de São Paulo, cidade mais rica do país, perderam renda em meio à pandemia do novo coronavírus. Além disso, 77% dos paulistanos consideram que a pandemia aprofundou a precarização do trabalho. Entre as principais queixas, estão baixos salários, trabalho sem carteira assinada, sem garantias e com jornadas muito longas. Apesar disso, a situação melhorou um pouco em relação a abril, cerca de um mês depois do início do surto, quando 64% diziam ter perdido renda no período. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (10), são da pesquisa Viver em São Paulo – Pandemia, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope.

Bolsonaro e fake news: um perigo

Por Natália Ramos, no jornal Brasil de Fato:


“Cloroquina.”
“Só uma gripezinha.”
“Todos nós vamos morrer um dia.”
“Eu não sou coveiro, tá?”
“E daí?”


Essas foram algumas das falas do presidente da república Jair Messias Bolsonaro em plena pandemia do novo coronavírus. Qual a relação dessas falas com a saúde mental? E por que seriam um perigo?

A cloroquina e a minimização da gravidade da pandemia pelo presidente são as mais novas formas de fake news de Bolsonaro. Se antes houve uma rede organizada de mentiras para elegê-lo, agora essas têm o intuito de mantê-lo no cargo. O problema das falsas notícias é que muitas pessoas de fato acreditam nelas, algumas ingênuas, outras mal intencionadas. E, assim, o presidente segue vendendo mentiras. Se antes o custo das fake news era o cargo de presidente, agora custam vidas.