quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A dimensão política da fé hoje

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Em função das próximas eleições municipais, faz-se mais uma reflexão sobre a relevância da fé cristã face à política, seja social, seja partidária.

A fé não é um ato ao lado de outros. Mas é uma atitude que engloba todos os atos, toda a pessoa, o sentimento, a inteligência, a vontade e as opções de vida. E uma experiência originária de encontro com o Mistério que chamamos Deus vivo e com Jesus ressuscitado. Esse encontro muda a vida e a forma de ver todas as coisas. Pela atitude de fé vemos que tudo está ligado e religado a Deus, como Aquele Pai/Mãe que tudo criou, tudo acompanha e tudo atrai para que todos possam viver com espírito fraterno, com cuidado de uns para com outros e da natureza; Esse amor social constitui a mensagem central da nova encíclica do Papa Francisco Fratelli tutti. A fé não é só boa para a eternidade mas também para este mundo.

Na geopolítica regional, Bolsonaro só perde

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


O recado dos bolivianos nas urnas de domingo, com a eleição do candidato Luis Arce no primeiro turno foi inequívoco: eles rejeitaram, de forma decidida, o golpe do ano passado, que forçou a renúncia do ex-presidente Evo Morales. E com isso, repudiaram também as forças estrangeiras que colaboraram com o golpe, especialmente os governos dos Estados Unidos e do Brasil.

Jair Bolsonaro, que recriminou os argentinos pela eleição de Alberto Fernandez, deve estar furibundo com a vitória da esquerda na Bolívia, que representa não só a volta ao poder do MAS (Movimento ao Socialismo), partido de Morales, mas também a vitória dos povos originários da terra, das organizações populares, dos sindicatos e de todas as forças progressista golpeadas no ano passado.

Prioli e os sabujos da imprensa

Por João Feres Júnior, no site Manchetômetro:

Gabriela Prioli, o mais novo fenômeno de popularidade do jornalismo brasileiro, publicou recentemente vídeo em seu Instagram criticando Bolsonaro pela ameaça proferida contra jornalista de O Globo que perguntou ao presidente sobre os cheques depositados por Queiroz na conta de sua esposa [i].

Prioli, que ganhou notoriedade no canal de notícias da TV a cabo CNN, primeiramente como participante do quadro “O Grande Debate”, no qual representava a opinião de “esquerda”, em seu vídeo do Insta, estende a crítica à atitude geral do presidente de ataque à mídia corporativa. No tom didático quase paternalista que caracteriza suas intervenções, estilo “deixa-eu-explicar-pra-vocês-que-são-mais-burros”, a advogada questiona a afirmação de que a imprensa persegue Bolsonaro e coloca a seguinte questão para sua audiência: “Será que a imprensa fala essas coisas ruins para a imagem só do presidente Jair Bolsonaro, ou será que a imprensa divulgou também coisas que eram prejudiciais a governantes nos governos anteriores? Vamo ver (sic)”.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Os arapongas do general Heleno na COP-25

Por Altamiro Borges


O jornal Estadão informa que a Anistia Internacional criticou oficialmente o governo de Jair Bolsonaro por ter escalado arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar a participação de ativistas de ONGs e de movimentos sociais na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25), realizada na Espanha no final de 2019.

A patética arapongagem foi admitida pelo próprio ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general-gagá Augusto Heleno, que tuitou que a Abin deve acompanhar “campanhas internacionais sórdidas e mentirosas, apoiadas por maus brasileiros, com objetivo de prejudicar o Brasil” na questão ambiental.

Brasil joga fora 50 anos de diplomacia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Em março de 1974, ao assumir o governo, o general Ernesto Geisel anunciou que a política externa brasileira, depois de uma década de um forte alinhamento com os Estados Unidos (embora nunca tenha sido completo, mesmo nos governos militares anteriores), seria a de um “pragmatismo ecumênico e responsável”.

Era o tempo da descolonização africana, da entrada da China como player global, do “movimento de países não alinhados” às superpotências – que o Brasil integrou como observador – e, de alguma forma, a retomada da surpreendente política de ampliação de nossas relações internacionais iniciada por, acredite, Jânio Quadros, no início dos anos 60.

Ernesto Araújo, o lunático do Itamaraty

Por Jeferson Miola, em seu blog:

No dia em que governantes, políticos, líderes internacionais, oposicionistas do MAS [Movimiento Al Socialismo] e até mesmo o mercenário Luis Almagro/OEA felicitaram Luis Arce pela eleição à presidência da Bolívia, o chefe bolsonarista do Itamaraty cumpriu agenda de servidor e capacho dos EUA.

Toda tarde da agenda do lunático Ernesto Araújo nesta 2ª feira [19/10], 1º dia após a eleição realizada no país vizinho, foi inteiramente dedicada à abordagem de assuntos de interesse dos EUA na região.

A 'partidarização' da comunicação no Brasil

Por César Locatelli, no site Carta Maior:
 

Pouco dias antes da eleição que elegeria o atual presidente brasileiro, um editorial do Estadão (8/10/2018) referiu-se ao “esquerdista Fernando Haddad (PT)” como “o preposto de um presidiário”. Este tratamento, dispensado pelo jornal ao ex-presidente da República, pode ser classificado como favorável a ele? Como neutro? Como ambivalente? Como contrário a ele?

O trabalho realizado pela equipe do Manchetômetro, iniciado em junho de 2014, é exatamente esse: executar a “análise de valência” dos textos de primeira página e de páginas de opinião dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo., bem como da matérias veiculadas pelo Jornal Nacional. “Atribuímos à valência quatro valores: positiva, negativa, neutra e ambivalente”, afirma João Feres Júnior em seu recente estudo “Cerco Midiático: o lugar da esquerda na esfera ‘publicada’”.

Candidato de Evo Morales vence na Bolívia

Ultradireita sofre derrota na América Latina

Pacto ultraliberal expôs o Brasil ao crime

"Annita" é a nova cloroquina de Bolsonaro?

Censurada, Carol repete “Fora, Bolsonaro”

Por Altamiro Borges


Sem se intimidar diante da censura fascistoide, a jogadora de vôlei Carol Solberg repetiu bordão do "Fora, Bolsonaro" no programa "Papo de Segunda", apresentado por Fábio Porchat no GNT. A advertência absurda imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva não silenciou a atleta.

A jogadora havia gritado o "Fora Bolsonaro" durante uma transmissão ao vivo do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, após conquistar a medalha de bronze na primeira etapa. Mesmo censurada, ela não se intimidou e não vacilou diante de uma pergunta em tom de brincadeira de Fábio Porchat.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Quais as tendências das eleições municipais?


Entrevista com o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi e articulista da revista CartaCapital e do site Brasil-247, que trata do cenário eleitoral pós-golpe do impeachment contra Dilma e da ascensão de Bolsonaro

Nádegas a declarar

Manifesto pela ética e pela democracia

O fim de Trump nas eleições dos EUA?

Bolívia foi às urnas para derrotar o golpe

Acate o incêndio, homem de bem!

Obra de Jean-Baptiste Debret
Por Manuel Domingos Neto

Alguns trataram o general Augusto Heleno como senil e imbecil por ter dito que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) teria como missão espionar “maus brasileiros”.

A Lei 9.983/99 designa como missão desta Agência obter informações sobre ameaças internas e externas à ordem constitucional. As ameaças não estão claramente definidas, e o que sempre prevalece é a percepção dos próprios agentes. Os organismos legalmente destinados à preservação da Segurança definem o que constitui ameaça.

Movimentos sociais, ONGs, partidos políticos, parlamentares, militantes sindicais, anti-racistas e variados atores que se destacam na denúncia de injustiças sempre foram tratados como inimigos por instituições encarregadas de velar pela ordem e pela segurança do Estado.

Coragem!

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A Carol Solberg

Qualquer civilização cabe nos abismos da história. Digito essa frase apocalíptica e paro, um pouco constrangido. Brasileiro, verdade seja dita, não tende à generalização. Nossa contribuição à filosofia da história, e à filosofia em geral, é próxima de zero. Portanto, é o destino da civilização brasileira que nos angustia. Agora mais do que nunca. Estamos sem reservas espirituais, sobrecarregados com desafios e problemas próprios. As outras civilizações que cuidem de si mesmas.

Forças populares derrotam o golpe na Bolívia

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:


Luis Arce, ex-ministro do governo de Evo Morales e um dos principais líderes do Movimento ao Socialismo (MAS), alcançou uma retumbante vitória nas eleições presidenciais deste domingo (18).

A eleição, que se mostrava polarizada e esteve ameaçada por manobras de última hora, sugestivas de fraude e intervenção de forças policiais e militares, acabou sendo surpreendentemente decidida em primeiro turno, embora no momento em que estamos escrevendo os dados ainda sejam extraoficiais e a contagem dos votos esteja em marcha.