segunda-feira, 21 de junho de 2021

19 de junho: Um dia emblemático

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Sábado, 19 de junho, virou uma data emblemática e histórica. Completaram-se, então, 900 dias do governo do senhor Jair Bolsonaro. O principal saldo da administração neofascista foi revelado por outro funesto número. O Brasil alcançou no mesmo dia a pavorosa marca de meio milhão de mortes pela covid-19.

O presidente poderia e deveria ter feito um pronunciamento lamentando as 500 mil vidas de brasileiros e brasileiras ceifados pela doença e aproveitar a ocasião para pedir desculpas ao povo brasileiro. Mas não o fez. Continua com o comportamento criminoso de desestimular o uso de vacinas, difundir mentiras e defender a chamada imunização de rebanho.

Encontro de Direito bane Moro por violar leis

Por Fernando Brito, em seu blog:


Quem, quatro anos atrás, imaginaria Sergio Moro sendo vetado como palestrante num encontro de estudiosos do Direito, após protestos e ameaça de boicote de outros palestrantes e participantes do evento?

Pois é exatamente o que aconteceu, conta Monica Bergamo esta manhã, na Folha, narrando a revolta dos participantes do 3º Encontro Virtual do Conpedi, o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil , no qual Moro dirigiria um dos debates sobre “políticas anticorrupção e de integridade”.

A federação partidária e a democracia

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


A entrada do projeto de lei que institui as federações partidárias em regime de urgência coloca em pauta mais um capítulo da luta pela democracia no Brasil. Ao contrário do que afirma a grande imprensa e reverberam várias correntes políticas, de que é a tábua de salvação dos partidos nanicos, a proposta trata, na verdade, de assegurar umas das principais conquistas da redemocratização pós regime militar.

Desde 1985, antecedendo o processo constituinte, conquistamos o direito de ampla liberdade de organização partidária. Ou seja, liberdade para que as diferentes correntes de opinião possam se organizar nacionalmente, disputar pelo voto popular os cargos eletivos e interferir, na proporção de sua representatividade, pelas regras eleitorais vigentes, nos rumos da sociedade e do Estado Brasileiro. Natural, como em todo o processo, nossa democracia não nasceu pronta e está sujeita, em sua construção, a avanços e retrocessos.

O Fora Bolsonaro não é uma hashtag!

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O dezenove de junho, ou 19J foi um dia marcado na história do Brasil. Foi o dia em que atingimos mais de 500 mil mortes por covid-19, mas foi também um dia de resistência, de grandes mobilizações em todo território nacional.

Segundo reconhecem os veículos de comunicação do Brasil, o 19J pelo #ForaBolsonaro, foi maior – muito maior – que o 29M. Foram mais de 750 mil brasileiras e brasileiros que ocuparam as ruas em diversas cidades, em todos os estados, além de protestos em 17 outros países.

Os atos, convocados por entidades da Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, instituições religiosas e torcidas organizadas, conseguiu alcançar todo território nacional, e sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso.

Programas sociais e os mitos da direita

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


“A inclusão da população carente, nos governos do PT, foi feita pelo consumo.”

“O Bolsa Família é um cartão de débito.”

“FHC é o pai do Bolsa Família.”

“Milton Friedman é o avô do Bolsa Família.”

“As famílias são negligentes com a educação e a saúde.”

“O Bolsa Família promove aumento da taxa de fecundidade das famílias pobres.”

“O Bolsa Família promove o efeito preguiça, o não trabalho.”

“Os programas sociais não cabem no orçamento do governo.”

As máquinas publicitárias a serviço, muito bem remunerado, da direita conservadora são muito eficientes na criação e na divulgação de mitos. Especialmente em um dos sentidos do termo trazido pelo dicionário Houaiss: afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica. O dano é agravado, aponta Tereza Campello, quando “a ideia vendida pela direita é comprada pela esquerda”.

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Poluição na China: mito ou verdade?

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500 mil mortes por Covid: o que fazer agora?

domingo, 20 de junho de 2021

500 mil mortos e protesto repercutem no mundo

Av. Paulista, 19/6/21. Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges


Segundo levantamento publicado pelo site britânico da BBC News, "o trágico número de 500 mil brasileiros mortos em decorrência da Covid-19 registrados no sábado (19) e os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro ocuparam as páginas dos principais veículos internacionais neste fim de semana".

"Brasil ultrapassa marco sombrio de 500 mil mortes por Covid-19 em meio a protestos contra a resposta de Bolsonaro", estampou o título do jornal britânico The Independent. A foto que ilustrou a matéria é de uma mulher em uma manifestação com a frase "Fora Bolsonaro" estampada na sua máscara.

O abutre Guedes não merece nem as sobras

Por Altamiro Borges


O abutre financeiro Paulo Guedes defendeu nesta quinta-feira (17) “que as sobras dos restaurantes sejam destinadas a mendigos e pessoas fragilizadas, de modo a encadear o que chamou de 'excessos' da classe média” – relata a Folha. O czar da Economia, que no passado serviu ao sanguinário ditador chileno Augusto Pinochet e hoje é serviçal do neofascista Jair Bolsonaro – é um sujeito elitista, insensível, arrogante... e asqueroso. Ele não merece nem as sobras!

O piriri verborrágico do ministro foi disparado no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Após criticar os “exageros” da classe média, que deixam “sobras” em seus pratos, ele obrou: “Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.

Doria demite 150 na imprensa oficial (Imesp)

Por Altamiro Borges


Na semana passada, os jornalistas demitidos pelo governador tucano João Doria na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp) divulgaram uma carta aberta contra o desmonte na estatal. Desde 2 de junho, cerca de 150 funcionários já foram dispensados covardemente em plena pandemia da Covid-19 – todos via aplicativos de mensagens.

A gráfica da empresa foi fechada e os profissionais de diversos setores foram cortados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em conjunto com outras entidades, já promoveu vários protestos exigindo a anulação do facão. “Na semana passada, a comissão de negociação dialogou com deputados estaduais na tentativa de reverter às demissões e manter os empregos enquanto parte dos demitidos se manifestou do lado de fora da Assembleia Legislativa”, relata o site do SJSP.

Salário: 60% têm reajustes abaixo da inflação

Por Altamiro Borges


O boletim "De olho nas negociações", produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), confirma que a pandemia da Covid-19, que agravou a crise econômica que já vinha de antes, está corroendo a renda dos trabalhadores. Segundo o estudo, 60% dos reajustes salariais de abril ficaram abaixo da inflação de 6,94%.

O pior desempenho se deu entre os trabalhadores do setor de serviços, com 71,7% inferior à inflação. “Segundo o Dieese, em abril do ano passado, ocorreram 30,9% negociações acima da inflação. Naquele mês, 31,4% empataram e 37,6% perderam. Agora, a perda – em 60% – mostra que a situação piorou”, alerta o site da Agência Sindical.

A defesa da Empresa Brasil de Comunicação

Witzel liga Bolsonaro ao caso Marielle

A crônica do genocídio narrada pelo genocida

O ato contra Bolsonaro na Avenida Paulista

A saúde e a lógica miliciana

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O chamado gabinete paralelo da saúde já deixou de ser uma desconfiança a ser apurada pela CPI do Senado. É hoje um grupo reconhecido, consolidado, com hierarquia definida e poder de influência, formado por nomes que vão da ponta mais doentia do negacionismo científico aos propagadores de mentiras sem qualquer credencial de conhecimento.

Além de criar um descaminho perigoso para a política oficial de saúde, ele opera com o álibi de não passar pelo crivo das instituições, sejam elas de controle ou de prática profissional e validação científica. Um bando avulso, nem por isso menos perigoso.

Assim como as milícias assassinas atuam no vazio da política de segurança, o shadow cabinet bolsonarista leva para a saúde o mesmo método. Como patrono, nos dois casos, a morte. No caso da segurança pública, como objetivo principal; no terreno sanitário, como objeto de manipulação e temor.