sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Bolsonaro é um ataque à identidade nacional

Charge: Luc Descheemaeker
Por Cida Pedrosa, no jornal Brasil de Fato:

Uma das notícias de destaque da semana passada dava conta de que o secretário especial de Cultura, Mário Frias, tinha contratado, sem licitação, uma empresa que não tem nenhum funcionário registrado para fazer a manutenção do Centro Técnico Audiovisual, no Rio de Janeiro, pela bagatela de R$ 3,6 milhões. A sede da construtora Imperial Eireli, da Paraíba, seria uma caixa postal num escritório virtual a 2, 4 mil quilômetros do Rio. Para completar, segundo o jornal O Globo, a proprietária seria Daniele Nunes de Araújo, que se inscreveu no auxílio emergencial em 2020 e chegou a receber o benefício por oito meses.

Por que Moro é o candidato ungido do Império

Charge: Bira
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:



Será realizada agora, nos dias 9 e 10 de dezembro, a Cúpula pela Democracia (The Summit for Democracy), promovida pelo Presidente Joe Biden.

Oficialmente, os objetivos da cúpula são:

- Defender a democracia das “ameaças” do autoritarismo

- Promover a luta contra a corrupção

- Promover o respeito aos direitos humanos

Mediante essa cúpula, realizada de forma virtual, Biden pretende liderar o “mundo livre” numa cruzada contra regimes autoritários, ditaduras e corruptos de uma forma geral. Comovente. Secundado pelo fiel escudeiro, Antony Blinken, Biden já se julga a caminho para libertar Jerusalém.

O triste espetáculo do fanatismo

Charge: Duke
Por Lygia Jobim. no site Carta Maior:


Convenhamos que a aprovação pelo Senado de André Mendonça, com sua nova farta cabeleira, para o Supremo Tribunal Federal não constitui um risco para a democracia e libera Augusto Aras de seu dever de obediência a Bolsonaro. As chances deste último ver seu nome indicado para o mesmo cargo são poucas, pois dependem da reeleição do abominável.

Não constitui em si uma afronta ao estado laico. Quem afrontou a laicidade foi o ocupante do Planalto ao dizer que o nomeava por ser terrivelmente evangélico. Não tivesse dito isso e não se falaria em sua religiosidade, sobretudo se levarmos em conta que o estado laico é afrontado todos os dias, em milhares de repartições públicas, por crucifixos que adornam suas paredes.

Eleições 2022: muita atenção

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Há um ponto nas eleições do ano que vem que deveria despertar intensamente nossa atenção: o Congresso.

Os olhos estão postos nos nomes que eventualmente serão candidatos à presidência: Jair Messias, Lula, Sergio Moro e, correndo por fora, Ciro Gomes.

Digo “eventualmente” porque continuo achando que se não sair do fundo do poço para onde vem despencando, Jair Messias será candidato a deputado ou senador, porque precisa irremediavelmente do foro privilegiado, ou seja, impunidade.

Sem mandato, nem que seja de deputado federal, seu destino imediato será os tribunais.

E de lá, para a cadeia.

O grande eleitor no Chile

Franco Parisi (PDG)
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Franco Parisi, o candidato classificado em 3º lugar no 1º turno da eleição presidencial chilena pelo Partido de la Gente [PDG] tenta se cacifar como o grande eleitor do 2º turno que acontecerá no próximo dia 19 de dezembro.

Parisi obteve 12,8% fazendo campanha via redes sociais e mídias digitais desde o Alabama, nos EUA, onde vive há anos. Em todo o processo eleitoral, este candidato direitista que se apresenta como outsider e antipolítica não pisou os pés no território chileno, nem mesmo no dia da eleição. Não cumprimentou presencialmente nenhum dos seus 899.403 eleitores.

Mídia monopolista esconde a greve na EBC

O ministro "terrivelmente evangélico" do STF

Filha bebê de Dallagnol vira empresária

Educação em tempos de bolsonarismo

Brasil pode virar turismo de não vacinados

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Planos de saúde preparam golpe contra idosos

Lula mostra porque quer alianças

Foto:  Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

Vou recordar-me, para sempre, de uma frase que ouvi, num dos discursos de Leonel Brizola: “eu uso as palavras para revelar meus pensamentos, não para escondê-los”.

Acho que as pessoas, porém, acostumaram-se a ver os políticos fazerem o contrário e, por isso, muitas vezes deixarem escapar o sentido concreto do que é dito.

Ontem, no ato em que recebeu o apoio das centrais sindicais, Lula voltou a repetir que só quer ir para o governo se puder fazer mais do que fez em seus dois mandatos anteriores.

Isto não é uma bravata, é um desejo que, para realizar-se tem como condicionante essencial o apoio político que terá para fazer estas mudanças.

Quanto mais eu rezo...

Por João Guilherme Vargas Netto


...mais sombração me aparece, devem pensar os dirigentes sindicais ao reagirem com a contundente nota das centrais à publicação dos trabalhos do GAET, cozidos em forno durante a pandemia.

O GAET (Grupo de Altos Estudos Trabalhistas; quase que substituo na palavra “Altos” a letra l pela letra u, dado o caráter excludente, limitado, enviesado e egomaníaco de seus componentes) foi criado em setembro de 2019 pelo governo para avaliar o mercado de trabalho sob a ótica neoliberal da modernização de suas relações.

Segundo o DIAP suas propostas configuram uma nova tentativa de aprofundamento da famigerada deforma trabalhista que havia sido derrotado no Senado Federal; um dirigente sindical condenou-as como a “regulamentação da escravidão”.

Mais uma elevação da Selic

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Esse povo do sistema financeiro adora encher a boca para carregar de elogios ao sistema de política econômica dos Estados Unidos. Para os arautos do neoliberalismo e defensores do modelo de perpetuação das desigualdades em nossas terras, os norte-americanos é que estão corretos na organização da sua economia e da sua sociedade. Talvez essa seja uma das razões pelas quais o discurso do candidato a todo-poderoso no comando da economia do governo Bolsonaro tenha encontrado tanta receptividade e eco junto a essa parcela da elite endinheirada. Afinal, Paulo Guedes nunca escondeu seu desejo de privatizar tudo e de apertar ao máximo possível o torniquete em termos de austeridade fiscal e de arrocho na política monetária.