domingo, 15 de janeiro de 2023

A indiferença com a tragédia do povo peruano

Protesto em Cusco (14/01/23). Foto: Martin Mejía/AP
Por Jair de Souza


O povo peruano é um povo sofrido. Suas penúrias começaram quando as forças de Francisco Pizarro chegaram por ali no século XVI. A partir de então, a outrora virtuosa civilização Inca se viu submetida a um calvário infinito.

Com a ocupação de seu solo pelas expedições europeias, as até então altivas populações indígenas peruanas se viram subjugadas e obrigadas a sobreviver de modo vil e indigno em suas próprias terras milenares.

O passar do tempo só levou ao agravamento da situação. A oligarquia peruana de ascendência espanhola foi se tornando o que de mais nefasto a mentalidade colonialista poderia gerar. E, como desgraça pouca é bobagem, as camadas médias que orbitam em torno dessa oligarquia são das mais preconceituosas e racistas do continente. Para usar uma metáfora bem elucidativa, poderíamos dizer que a classe média peruana foi concebida e forjada desde seus primórdios no mais puro espírito do bolsonarismo.

Lições do golpe e do contragolpe em Brasília

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:


“Ninguém vai dar o golpe pelo telefone” - Governador Leonel Brizola, em ríspida conversa telefônica com o general Artur da Costa e Silva. Porto Alegre, 27 de agosto de 1961.

Houve uma tentativa de golpe de estado em 08 de janeiro próximo passado: não se duvida disto. A tentativa fracassou: também é óbvio. Houve um contragolpe tão fulminante quanto foi violenta a tentativa golpista: idem, é certo, com a liderança do ministro Flávio Dino, desde a sede de seu ministério, em Brasília. Já a discussão dos comos e porquês está em aberto. Bem como a das lições que se pode tirar destes acontecimentos dramáticos.

Dois atos do teatro da conspiração militar

Charge: Ramsés
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Dois atos muito representativos do 8 de janeiro, que ocorreram com uma diferença de tempo menor que quatro horas e em palcos distantes 7,9 km entre si, fizeram parte do mesmo teatro da conspiração das cúpulas militares contra a democracia.

Um deles, o primeiro, foi contracenado no Palácio do Planalto. O segundo, no Quartel-General do Exército brasileiro – ou “Exército fascio-bolsonarista”, se se preferir.

O primeiro ato

Por volta das 18 horas de 8 de janeiro, no interior do Palácio do Planalto, ninguém menos que o próprio comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, protegia terroristas que momentos antes haviam barbarizado e destruído as instalações do Palácio.

Anderson Torres já é rifado por bolsonaristas

Charge: Céllus
Por Altamiro Borges


Preso após desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (14), Anderson Torres – ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal – corre o sério risco de ser descartado como bagaço na sua tentativa de explicar os inexplicáveis atos de vandalismo no domingo passado (8). O clã Bolsonaro adora abandonar na estrada seus jagunços – que o diga o pistoleiro Roberto Jefferson, ex-dono do PTB.

Nas redes sociais, a trairagem já está em curso, segundo matéria do site UOL. “Até a tarde de quinta-feira (12), nem o ex-presidente da República nem sua mulher, Michelle, ou qualquer um dos seus filhos curtiram ou comentaram as postagens feitas por Anderson Torres em seus perfis no Instagram e no Twitter após os atos terroristas em Brasília”.

sábado, 14 de janeiro de 2023

Conselho Federal de Medicina acolhe golpistas

Charge: Mindu
Por Altamiro Borges

O Conselho Federal de Medicina (CFM) infelizmente virou um antro da extrema-direita nativa. Durante o reinado de Jair Bolsonaro, o órgão divulgou notas e promoveu eventos em apoio ao genocida – culpado por milhares de mortes na pandemia da Covid-19. Agora, a presidenta interina do CFM, aplaude os terroristas que barbarizaram em Brasília.

Segundo matéria da Folha, “a médica Rosylane Rocha celebrou nas redes sociais os atos golpistas que culminaram na invasão e vandalização do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, que ocorreram neste domingo (8). Rosylane é segunda vice-presidente, mas está à frente do CFM porque seus dois superiores encontram-se fora do Brasil”.

Globo não renovará com a fanática Cássia Kis

Por Altamiro Borges


O site UOL informa que a TV Globo não vai renovar o contrato com a atriz Cássia Kis após o fim da novela “Travessia”. Vários fatores pesaram nessa decisão – além da orientação geral do império midiático de dispensar seus profissionais mais caros e antigos. Segundo a nota, “as polêmicas em que ela se envolveu recentemente foram determinantes para a decisão”. A artista virou uma fanática e patética bolsonarista.

Também pesou o clima negativo no local de trabalho. Recentemente, “um grupo de funcionários da Globo se reuniu para denunciar no Departamento de Compliance o comportamento da atriz não só durante as gravações de ‘Travessia’, mas também da série ‘Desalma’ (Globoplay). Eles denunciaram que Cássia grita e destrata colegas, inclusive com comentários preconceituosos”. Mais de 10 profissionais fizeram denúncias.

PGR inclui Bolsonaro em inquérito do golpe

Lula assume comando das Forças Armadas

Gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

União férrea pela democracia

Reprodução do site Dom Total
Por Cristina Serra, em seu blog:


O fascismo nunca havia mostrado suas garras e caninos com tanta fúria e ferocidade entre nós. Só em golpes de estado se vê tamanho grau de violência e barbárie contra a Constituição e os Poderes da República. O momento é de mobilização permanente em defesa da democracia e do país e de fortalecimento da autoridade do presidente Lula.

A selvageria contra o Estado democrático de Direito teve comando, planejamento, coordenação e estratégia. Não foi ato de aventureiros alucinados. Os financiadores do terrorismo têm que ser identificados e presos. Os culpados pelo caos, por ação ou omissão, devem ser punidos com rigor.

Dilema da mídia alternativa é sair da bolha

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A vitória eleitoral do agora novamente presidente Luiz Inácio Lula da Silva revigorou o debate sobre políticas de comunicação, nos aspectos de conteúdo e negócios e abriu, para a chamada mídia alternativa, a expectativa de receber outro tratamento. Por outro lado, persiste o receio de que, pelo menos neste momento, o novo governo evite mexer substancialmente no estado atual do setor, em um tempo considerado espinhoso. Ainda mais com tantos partidos envolvidos na formação da máquina oficial.

O terrorismo bolsonarista e a economia

Charge: Nei Lima
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


O intervalo foi de apenas uma semana. Entre a maravilhosa e emocionante jornada da posse de Lula na Esplanada dos Ministérios no domingo dia 01 de janeiro e a crueldade criminosa dos atos terroristas perpetrados pela horda fascista do bolsonarismo no dia 08 fica o retrato contraditório de um país que saiu dividido do processo eleitoral. Não restam muitas dúvidas a respeito da responsabilidade direta do governador reeleito do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, bem como de seu Secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. Ambos sabiam exatamente o que estava sendo preparado para aquele fim de semana, a partir das articulações dos golpistas acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.

O golpismo bolsonarista e a inflexão política

Charge: Aroeira/247
Por Luiz Eduardo Soares, no site da Rede Estação Democracia:


Uma semana depois da posse de Lula, que deu ao mundo a imagem mais bela de nossa história - o povo brasileiro subindo a rampa com o presidente, na contramão do patriarcalismo racista e da violência de Estado -, a escumalha bolsonarista reeditou a cena pelo avesso.

A súcia golpista invadiu o Palácio do Planalto para promover caos e destruição, como fez no Congresso e no Supremo Tribunal Federal.

Seu propósito era desestabilizar o novo governo, disseminar o medo, mobilizar a militância fascista, instalar a insegurança e provocar seus aliados nas Forças Armadas e nas Polícias para encetarem o golpe, tantas vezes prometido e adiado por Bolsonaro. Transformaram a Praça dos Três Poderes numa espécie de Parque Temático do obscurantismo e da boçalidade.

No dia 26 de novembro de 2022, a Rede Estação Democracia publicou artigo que escrevi sob o título “O problema mais urgente do Brasil é a ruptura entre autoridade e poder”.

Lula e o seu Rubicão

Ato em defesa da democracia na Cinelândia (9/01/23)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Creio que este seja um momento decisivo de nossa história: a tirania foi derrotada. A alegria é imensa. Contudo, ainda resta muita coisa por fazer. Não nos enganemos acreditando que daqui em diante tudo será fácil; talvez daqui em diante tudo seja mais difícil" - Fidel Castro Ruz (Havana, 8 de janeiro de 1959).

Como é sabido, os últimos quatro anos da vida nacional foram pontuados por tentativas golpistas planejadas, coordenadas e operadas a partir do terceiro andar do palácio do planalto, com o ostensivo apoio da coorte de fardados e similares desafeitos às leis, aos regimentos militares e à democracia. Foram, na sequência dos idos de 2013, do golpe de 2016 e do mandato-tampão de Temer, quatro longos anos de proselitismo e ação protofascista, consolidando o avanço da extrema-direita brasileira como movimento político-ideológico, que, pela primeira vez na república, associava à tradicional aliança do grande capital com seu braço armado (os militares) o apoio de ponderáveis segmentos populares, persistente até aqui.

As quatro fases da derrota dos bolsonaristas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Jair de Souza


Nos últimos três meses, o povo trabalhador brasileiro vem realizando uma façanha digna de ser admirada e respeitada em todos os rincões do mundo. Foi aqui que, pela primeira vez na história, a extrema direita de cunho nazista foi derrotada e teve de retirar-se do poder sem que precisasse ser submetida ao recurso das armas.

Apesar da gigantesca e monstruosa máquina montada pelo nazismo bolsonarista para tratar de eternizar-se no comando do aparelho de Estado, as forças populares foram capazes de derrotá-lo nas urnas e, posteriormente, garantir a assunção ao governo.