O ministro da Fazenda Fernando Haddad conseguiu emplacar a discussão sobre a necessidade de taxação de super-ricos no encontro de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20. Uma conquista louvável.
Tributar super-ricos é uma exigência ética e de justiça tributária. Afinal, existem apenas 2.781 bilionários no mundo. Juntos e somados, acumulam a impressionante riqueza de US$ 14,2 trilhões [Forbes] – equivalente a 14% do PIB mundial de 101,3 trilhões de dólares.
Os 2.781 super-ricos que são proprietários de 14% da riqueza mundial representam a proporção ínfima de 0,000000000347625 por cento da população humana na superfície do planeta Terra, de oito bilhões de pessoas.
A taxação desses super-ricos com alíquota de apenas 2% possibilitaria uma arrecadação anual de US$ 284 bilhões de dólares. De acordo com o FMI, apenas 47 dos 193 países-membros da ONU têm PIB superior ao valor que poderia ser arrecadado.