quarta-feira, 19 de junho de 2013

Marilena Chauí e a tarifa zero

Protestos derrubam aumento da tarifa

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O título acima não está errado, não. O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram a revogação temporária do preço das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo na noite desta quarta (19) – o valor volta a R$ 3,00 na próxima segunda. O prefeito Eduardo Paes também comunicou a revogação do aumento da tarifa de ônibus na capital carioca.

Mídia golpista prepara o bote!

www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

As manchetes dos dois jornalões paulistas nesta quarta-feira (19) sinalizam uma nova flexão dos barões da mídia, famosos pelo seu histórico golpista. Folha: “Ato em SP tem ataque à prefeitura, saque e vandalismo; PM tarda a agir”. Estadão: “Manifestantes tentam invadir Prefeitura; SP tem noite de caos”. Na prática, eles exigem o retorno dos soldados da tropa de choque às ruas, com suas balas de borracha, bombas de gás e a costumeira truculência. Parecem querer um ou vários cadáveres para exigir algo mais!

Os protestos e a voz do povo

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A voz do povo deve ser atentamente escutada e respondida. As manifestações juvenis e populares que se ampliam e se estendem por todo país têm um motivo – uma causa social.

Para o PCdoB, a questão democrática se entrelaça com a questão social. Por isso, para o avanço democrático é precioso e auspicioso conhecer através de largas manifestações – por serem mais autênticas — o que clama e atormenta parcelas significativas do nosso povo. Muitas vezes são razões maiores que se acumulam, vindo à tona através de reivindicação aparentemente simples. A luta contra os preços das tarifas dos transportes urbanos e o descontentamento contra os elevados investimentos na construção dos estádios de futebol são manifestações agudas e de um grande estresse vivido pela maior parcela da população dos grandes centros urbanos no Brasil.

A juventude e as lutas sociais

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Sem dúvida, estamos vivenciando uma mobilização espontânea da juventude mais impactante dos últimos 20 anos. O ponto de partida destes protestos está relacionado com a mobilidade urbana, com o aumento do preço da passagem e com os enormes gastos financeiros que estão sendo aplicados para a Copa do Mundo num país marcado pela profunda desigualdade social. É justa e legítima, portanto, a mobilização da juventude.

“Foda-se o Brasil”, grita rapaz em SP

Do blog: http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A chegada ao viaduto do Chá foi surpreendentemente rápida. Trabalhadores e lojistas tinha ido embora mais cedo, deixando o centro de São Paulo estranhamente vazio às seis horas da tarde. Contornei o Teatro Municipal, e segui a pé, para cruzar o viaduto rumo à Prefeitura – onde os manifestantes se concentravam. Estava acompanhado da equipe de gravação da TV.

Os ventos enlouquecidos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em um dos mais belos poemas da nossa antiga e desprezada Língua Pátria, Joaquim Cardozo reúne, em uma várzea do Capibaribe, todos os ventos do mundo. Os alísios, em sua anárquica natureza e rota, chegam do Equador, viajando clandestinos em um transatlântico.

Se liga, Dilma: ouça a voz das ruas

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no sítio Carta Maior:

As ruas estão avisando: é preciso agir. Na comunicação estamos muito atrasados. Esses jovens que ocuparam as ruas e praças em todo o Brasil têm muito que dizer, mas não têm onde falar.

É preciso ampliar a liberdade de expressão no pais. As ações de governo e de outros tantos setores emudecidos da sociedade, não podem continuar sendo filtradas pela mídia comercial. Vários desses meios vêm tentando passar a ideia de que é o governo federal o alvo das manifestações de rua. E, no primeiro momento, seguindo sua lógica mesquinha chamaram todos de vândalos. Como contestar?

"Não aos Datenas, Jabores e Pondés"

Por Paulo Motoryn, na revista CartaCapital:

Desde o ato da última quinta-feira contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, em que a violência e a repressão policial viraram notícia em todo o planeta, mais uma ameaça ronda o sucesso das manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre: a instrumentalização do povo.

A evidente mudança de postura da imprensa em relação aos protestos deve ser motivo de desconfiança, não de festa. Isso porque nos últimos dias imperou o comentário: “Agora até a grande mídia defende as manifestações”. Como se isso fosse algo positivo.

Uma saída para o impasse em São Paulo

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

A partir de sexta-feira (14/6) à tarde, o prefeito Fernando Haddad reviu sua postura anterior e emitiu sinais de que está aberto ao diálogo com os movimentos que lutam por uma cidade para todos. A nova atitude, que revela saudável capacidade de autocrítica, abre espaço para buscar uma alternativa capaz de alcançar, ao mesmo tempo, três objetivos: a) suspender o aumento da tarifa de ônibus, num gesto simbólico de boa vontade; b) recolocar na pauta nacional a reforma tributária, um instrumento indispensável para construir metrópoles humanas e um país menos desigual; c) desencadear, em São Paulo, um amplo movimento pela garantia da mobilidade urbana, que irá muito além do debate da tarifa e articulará prefeitura e sociedade civil numa busca de soluções que pode repercutir em todo o país.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma nova geração de conectados

Phablo Gouvêa, no blog Maria Frô:

Desde o Churrasco da Gente Diferenciada, ocorrido no dia 14 de maio de 2011, quando um grupo de moradores do bairro de Higienópolis se opôs à construção de uma estação de metrô na Avenida Angélica, provocando uma reação por parte dos internautas conectados ao facebook, não se via manifestações tão bem exploradas através dos canais de compartilhamento das mídias sociais, como as que ocorrem atualmente, lideradas pelo Movimento Passe Livre, contra o aumento do preço do transporte público em São Paulo.

A onça bebeu água

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Foi maior do que todo mundo esperava. As manifestações de ontem deixaram a classe política perplexa, a mídia em estado de choque e a sociedade em geral com um brilho nos olhos. Nenhum partido, sindicato ou movimento social saiu lucrando. Testemunhamos aqui um grandioso ensaio do que vimos na Espanha, com os “indignados”, ou talvez algo ainda maior.

Um pouco além dos protestos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os protestos pegaram o mundo político de calças curtas.

Comecemos pela oposição.

Depois de passar a última década procurando convencer a população a sair às ruas com base num moralismo falso e seletivo, a oposição reagiu de acordo com o reflexo condicionado do conservadorismo brasileiro.

Mídia e repressão foram derrotadas

Por Rita Freire, no sítio Ciranda:

Ontem o país registrou uma das mais expressivas mobilizações nas ruas, particularmente da sua juventude, para defender o direito essencial ao transporte público de qualidade. De modo geral, foram demonstrações pacíficas, longas e reunindo multidões.

"Que coincidência, sem polícia não tem violência", foi uma das frases repetidas em lugares onde a polícia realmente ficou de fora, como foi o caso ontem na capital de São Paulo, que registrou marchas simultâneas nas Avenidas Faria Lima, Paulista, Marginal Pinheiros e Ponte Estaiada. Não foi isso que ocorreu nas protestos anteriores

Os barões do transporte no Brasil

Por Marcos Aurélio Ruy e Van Martins, no sítio da UJS:

Nos debates e mobilizações que buscam solucionar o problema do transporte público, a grande mídia e uma pequena parcela da sociedade tem escondido a responsabilidade dos empresários, ou melhor, da máfia dos transportes públicos. De nada adiantará os subsídio governamentais, que pesam no bolso da população junto com as altas tarifas, se a caixa preta dos custos e lucros não for aberta, permitindo um debate transparente com toda a sociedade.

Vídeo: À procura de Arnaldo Jabor



Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O colunista Arnaldo Jabor fez um dos mea culpas mais espetaculares na história do jornalismo mundial, notável em dois aspectos: pela convicção e truculência do primeiro comentário, devidamente renegado; e pela velocidade da mudança de ideia.

Ruas, poder e juventude

Tomaz Silva/ABr
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quando tive de criar uma frase para encabeçar este blog, a escolha, naturalmente, veio sobre aquilo que considero ser a chave do exercício progressista, do desejo e dos meios de mudar a realidade da vida social.

A política, sem polêmica, é a arma da direita.

Haddad perdeu uma ótima chance

Marcelo Camargo/ABr
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Fernando Haddad perdeu uma excelente oportunidade para revogar o aumento nas passagens dos ônibus na capital paulista na manhã desta terça (18). Praticamente todos os membros do Conselho da Cidade que se manifestaram na reunião extraordinária, convocada pelo prefeito para discutir o transporte público, defenderam a revogação imediata. E o estabelecimento de uma ampla discussão pública sobre o financiamento e a qualidade do sistema.

Protestos. "E agora, Ulysses?"

Foto: Tomaz Silva/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ao ver pela televisão as imagens da multidão vindo como uma onda gigante pela avenida Rio Branco, na noite desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, foi impossível não me lembrar da mesma cena vivida quase 30 anos atrás, no dia 10 de abril de 1984, na reta final da Campanha das Diretas Já, o grande marco na redemocratização do país.

UNE na luta pela redução das tarifas

Juventude do PSDB foge das ruas

Por Altamiro Borges

O blogueiro paranaense Tarso Cabral Violin alertou para um fato curioso. Vasculhando as mensagens do Facebook, ele descobriu uma nota da Juventude do PSDB de São Paulo orientando os seus simpatizantes a não participarem do protesto ocorrido ontem (17) na capital paulista. A oposição tucana, amparada pela mídia direitista, até tenta partidarizar as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte, procurando transformá-las num ato de rejeição aos governos Dilma e Haddad. Mas os tucaninhos sabem que não têm a simpatia dos manifestantes e temem às ruas. Reproduzo abaixo a mensagem:

O povo não é bobo. Fora Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Em São Paulo, a concentração se deu no Largo da Batata. Para quem não conhece a cidade, o largo fica no início da Rua Teodoro Sampaio, uma importante ligação entre a Cidade Universitária e a Faculdade de Medicina da USP, na Avenida Dr. Arnaldo, bem "na cara" da Avenida Paulista.

Já no ponto de partida, o repórter Caco Barcellos, um dos mais respeitados jornalistas da TV Globo em atividade e, talvez por isso, escalado por Ali Kamel para cobrir o evento, foi expulso com sua equipe do local, não pelo que ele representasse, mas pelo amargo significado que tem o logotipo que ele ostentava no cubo que vai acoplado ao seu microfone.

Retomada das ruas deve ser festejada

Por José Dirceu, em seu blog:

O dia de ontem pode ser considerado um marco na história recente do Brasil. Em todo o país, jovens e cidadãos de classe média, mas também populares, saíram às ruas em sua maioria pacificamente para protestar.

Protestar contra a repressão - não vamos apagar essa demanda, como fez a mesma mídia que pediu repressão histericamente dois dias antes em editoriais, incluindo todos os três jornalões dos barões da mídia –, por melhores condições de vida, transporte melhor e mais barato.

O Brasil não acabou de acordar

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Em diversas capitais estão acontecendo atos contra o aumento dos preços das tarifas de transporte coletivo. Com dimensões bastante significativas, outras pautas parecem surgir no seio desses movimentos e até a “grande imprensa” demonstra ter “mudado de lado”. Como nada é por acaso, a nova postura da mídia tem sua razão de ser.

Sem PM, multidões protestam em paz

Por Gisele Brito e Tadeu Breda, na Rede Brasil Atual:

Com reduzidíssima presença de apenas seis policiais militares, segundo os coordenadores do Movimento Passe Livre (MPL), mais de 100 mil pessoas fizeram ontem (17) em São Paulo uma das maiores manifestações populares das últimas décadas. E tudo pacificamente. A quinta marcha consecutiva contra o reajuste da tarifa do transporte público na capital começou no Largo da Batata, na zona oeste, e tomou várias avenidas da cidade, incluindo a Marginal do Rio Pinheiros e a Ponte Estaiada.

O povo nas ruas e a democracia

Editorial do sítio Vermelho:

Na última segunda-feira (17), em diversas capitais do Brasil ocorreram manifestações juvenis e populares para protestar contra os aumentos das tarifas de ônibus, metrô e trens urbanos.

Marcadas pelo espontaneísmo e combatividade, os protestos soaram também como grito de alerta para diversos problemas sociais que afetam a vida urbana nos dias atuais. O movimento, cujo início parecia ser mais um protesto contra o alto preço e a péssima qualidade dos transportes públicos em São Paulo, fruto de desastrosas administrações municipais e estaduais, começa a extravasar o objetivo inicial e ganha um sentido político que não tinha.

Luta contra tarifa incendeia o Brasil

Por Eduardo Sales, Marcelo Netto Rodrigues e Renato Godoy de Toledo, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil parou. Cerca de um milhão de pessoas foram às ruas simultaneamente em 12 capitais e diversas cidades do país na última segunda-feira, 17 de junho. A frase do Movimento Passe Livre “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar” se provou não ser apenas um slogan.

Ruas requisitam nova agenda política

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

A rapidez e a abrangência dos acontecimentos em marcha turvam a compreensão mais geral do que se passa no país.

Sentenças frívolas e ligeirezas interessadas tentaram instrumentalizar o aluvião desregrado, comprimindo-o entre as margens de uma canaleta estreita.

Foram atropeladas.

O que as manifestações nos dizem?

Por Leonardo Avritzer, na revista CartaCapital:

O Brasil foi despertado de um certo torpor antipolítico por meio de um conjunto de manifestações públicas que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras na última semana.

Duramente reprimidas, especialmente na cidade de São Paulo, estas manifestações foram classificadas como desordem ou baderna por um conjunto de políticos e meios de comunicação que nos lembraram a Inglaterra no século XIX ou do Brasil antes da nossa democratização recente.

O povo pede passagem

Por Glauco Faria, na revista Fórum:

Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

TV Globo leva um baita susto!



Por Altamiro Borges

As manifestações desta segunda-feira em São Paulo deram um baita susto na prepotente Rede Globo. Isto ficou explícito no próprio Jornal Nacional. Após reportagem informando que os manifestantes se dirigiam à sede da emissora no zona sul da capital paulista, gritando palavras de ordem contra o império midiático, a apresentadora Patrícia Poeta leu um editorial justificando a cobertura dos protestos sociais exibida pela emissora. Ela tentou vender a ideia de que a TV Globo não manipula as informações e cobre os fatos com total isenção. Mas os jovens não acreditam nesta balela.

Repressão em BH e bravatas de Aécio

Por Altamiro Borges

O governador Antônio Anastasia (PSDB-MG) deixou seu tutor, Aécio Neves, pendurado na brocha. Pelo Facebook, o cambaleante presidenciável tucano tentou se aproveitar dos protestos contra o aumento das tarifas para fazer demagogia. Famoso por sua truculência, ele elogiou os manifestantes. "São brasileiros que enviam um recado à sociedade, em especial, aos governantes, e que precisam ser escutados", escreveu. Na sequência, a PM tucana de Minas Gerais reprimiu com violência o protesto no centro de Belo Horizonte.

Protestos agitam 11 capitais no país

Tomaz Silva/ABr
Por Altamiro Borges

A violenta repressão da PM em São Paulo parece que conseguiu atiçar os protestos populares em todo o país. Balanço parcial indica que pelo menos 11 capitais participam das mobilizações desta segunda-feira - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Vitória, Maceió e Belém. Vários outros centros urbanos, como Juiz de Fora (MG) e Foz do Iguaçu (PR), também aderiram aos protestos. O movimento nacional mescla várias reivindicações: contra o reajuste das tarifas do transporte, repúdio à brutalidade da polícia paulista, mais verbas para a educação e saúde, entre outras.

Dilma, os jovens e a comunicação

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O blogueiro Altamiro Borges costuma falar sobre a capilaridade dos grandes conglomerados de mídia do Brasil apontando para as agências de distribuição de fotos e notícias, que espalham o conteúdo gerado no Rio de Janeiro ou em São Paulo mesmo para os pequenos jornais ou emissoras de rádio do interior de Goiás ou da Amazônia.

O futuro se escreve nas ruas

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Às 19h já era possivel afirmar que a onda de manifestações pelo Brasil era a maior desde o movimento pelo impeachment de Collor. 40 mil pessoas em São Paulo (e crescendo). Outras 40 mil no Rio de Janeiro. Belo Horizonte teve milhares nas ruas, com bombas jogadas dos helicópteros pela PM mineira. Em Brasília, a marcha avançava em direção ao Congresso Nacional.

Derrotar o Estado Policial

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O objetivo central nesta segunda-feira, quando será realizado um novo ato contra aumento de tarifas no transporte público, é impedir que a violência policial se transforme num método aceitável de governo em São Paulo.

Não vamos nos iludir.
Não há baderna - real ou provocada por atos da própria PM - que possa servir de motivo legítimo para prisões arbitrárias e espancamentos absurdos.

A cobertura homicida da Veja

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por um curto período, respondi a Giancarlo Civita na Abril.

Eu era diretor superintendente das revistas masculinas da Abril, na época, começo dos anos 2000.

Gianca, hoje com 50 anos, era um chefe de cabeça muito mais arejada que a média dos comandantes da Abril.

O que a elite vaia?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Larissa e Rosana são duas personagens da ótima reportagem de Natanael Damasceno e Selma Schmidt publicada hoje pelo jornal O Globo, que mostra a elevação da renda nas favelas cariocas.

Rosana nasceu, cresceu e mora no Morro da Providência, no Centro, e abriu uma “birosca” em casa, há 18 anos. É essa moça da foto, que continua lá, mas agora dona do “Sabor das Louras” e do “Gelada do Moreno”, ambos com alvará, legalizados. Vende de 30 a 40 refeições por dia. Fatura, com a cerveja e os salgadinhos, de R$ 3 mil a R$ 4 mil.

Jabor pede desculpa. Oportunismo!

Montagem extraída do blog: http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em seu comentário na manhã desta segunda-feira na CBN - a rádio que toca mentira -, o colunista Arnaldo Jabor fez autocrítica das besteiras que esbravejou na TV Globo contra os jovens que lutam pela redução das tarifas de transporte em São Paulo. Naquela ocasião, ele disse que os manifestantes "não valem nem 20 centavos". Agora, diante do força da mobilização e da saraivada de críticas que recebeu, ele confessa que se equivocou. "Amigos, eu errei. É muito mais do que 20 centavos. O Movimento Passe Livre tinha toda a cara de anarquismo inútil, e temi que toda a energia fosse gasta em bobagens, quando há graves problemas no Brasil. Mas desde quinta-feira, com a violência policial, ficou claro que há uma inquietação tardia".

Alckmin libera o vinagre!

Por Altamiro Borges

Depois das cenas de vandalismo da PM em São Paulo contra os protestos de jovens pela redução da tarifa do transporte público, o governador tucano Geraldo Alckmin decidiu abrandar sua conhecida truculência. O seu secretário de Segurança, Fernando Grella, anunciou ontem que "ninguém será detido por usar vinagre". Nas manifestações de quinta-feira passada (13), várias pessoas foram detidas - inclusive um repórter da revista CartaCapital - por portar esse produto. O vinagre serve de proteção pessoal contra o efeito tóxico das bombas de gás lacrimogêneo, mas a PM tratou este líquido como arma terrorista!

A covarde repressão no Maracanã

A força renovadora dos protestos

Por José Dirceu, em seu blog:

Hoje, o Movimento Passe Livre volta às ruas para protestar contra o aumento nas tarifas do transporte público. Há outros atos previstos para esta semana. As manifestações continuam e vão crescer. Delas temos que tirar lições, reformar as polícias e os transportes públicos.

O que não saiu na TV Globo

Os protestos contra a "Bolsa Estupro"

Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:

O movimento de mulheres foi às ruas no sábado (15) em diversas cidades para protestar contra o Estatuto do Nascituro, projeto de lei que dá direitos ao embrião e torna a mulher vítima de estupro, refém, diante da impossibilidade de abortar. Desde a década de 1940 o direto ao aborto é garantido em caso de violência ou risco à mulher. Pegando carona no movimento contra o aumento da passagem, elas gritaram: passe livre às mulheres na sociedade.

Sobre o que dizem as ruas

Por Vinicius Wu, no sítio Carta Maior:

A forma menos adequada de buscarmos a compreensão de um fenômeno social complexo é a simplificação. Não encontraremos uma única motivação para os recentes protestos que se espalharam pelas principais cidades do país, se o procurarmos. Temos questões mais gerais e universais ao lado de outros muitos temas locais e setoriais. Há aspectos que aproximam os manifestantes de São Paulo aos do Rio e de Porto Alegre e, outros tantos, que os distanciam.

Um Big Brother em escala planetária

Por Eduardo Graça, na revista CartaCapital:

Oportunidade para um debate. Vitória da democracia. Convite ao diálogo. As reações em coro de Washington ao maior escândalo da era Barack Obama dão a impressão de que o democrata ainda é candidato da oposição a um governo conservador acusado de utilizar a ameaça do terror para justificar um ataque sem precedentes às liberdades civis dos cidadãos americanos.

Viva a primavera da juventude!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Há tempos eu não encontrava um assunto tão desafiador como esses levantes da juventude. De início, fiquei chocado, negativamente, com algumas cenas: jovens queimando a bandeira do Brasil; um outro vestido com as cores dos EUA exibindo uma bandeira do Brasil pichada com a palavra Lixo; depredação da sede de um partido político; destruição de patrimônio público, ônibus, agências…

domingo, 16 de junho de 2013

Mídia engatilha a arma da PM

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Depois de incitar a violência policial contra jovens que têm se manifestado nas ruas em defesa de um transporte público e de qualidade, os dois maiores jornais do país viram serem agredidos, alvejados e presos alguns jornalistas. A Folha de S. Paulo mudou o tom, depois de, juntamente com o Estadão, ter defendido em editorial ações mais contundentes para conter os protestos. Na quinta-feira, antes da manifestação que terminou em atitudes policiais que remetem diretamente aos anos da Ditadura Militar, Folha e Estadão publicaram editoriais que falaram, respectivamente, em “hora do basta” e “retomar a Paulista”.

"Cancelei minha assinatura da Folha"

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Regina Desiree, no blog Maria Frô:

Ontem cancelei a minha assinatura da Folha de S.Paulo (que já era só aos fins de semana) assim que li o editorial onde eles exigiam a cabeça dos manifestantes ao governo do estado. Mandei uma carta para a ombudsman e hoje recebi uma resposta dela e do sr. Marcelo Leite, editor do Caderno Opinião.

Lendo, tive a certeza de que o dinheiro que vou economizar com a assinatura será muito melhor empregado nem que seja comprando figurinhas da Copa pra encher um álbum.

A luta contra o aumento das passagens

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Mais uma vez o valor das passagens do transporte público tem seu aumento. Geralmente eles ocorrem todos os anos e sempre com o argumento da inflação dos custos do setor e reajustes salariais dos trabalhadores. Há casos de que o intervalo do acréscimo do preço é maior, mas é raro.