quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Folha: corruptos que assinam recibo?



Por Pierre Lucena, no blog Acerto de Contas:

Vejamos a pergunta acima feita por Reinaldo Azevedo ao questionar o pedido de provas de desvios por parte de Orlando Silva no caso “ONGs comunistas”.

Eu sou daqueles que não acredita em conspiração midiática ideológica ou coisas do tipo. Sei que existem abusos diversos por parte da mídia, mas acredito muito mais em favorecimento comercial de um ou outro veículo para algumas pessoas e grupos do que em organização ideológica.

A reclamação de parte da imprensa em relação ao apelido PIG tem seu sentido, mas em alguns momentos a seletividade é bisonha.

Vejamos hoje a matéria da Folha de São Paulo sobre o livro “A Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr. A tentativa de blindar José Serra é tão frágil que parece que o jornalista cumpriu uma missão passando o recibo de insatisfação.

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O livro mostra que uma empresa controlada pelo empresário Carlos Jereissati nas Ilhas Cayman repassou US$ 410 mil para Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e amigo de Serra.

Segundo os documentos apresentados pelo livro, a transferência foi feita dois anos depois do leilão em que um grupo controlado por Jereissati arrematou o controle da antiga Telemar. Mas o livro não exibe prova de que a transação tenha algo a ver com Serra e a privatização.


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Ok… o cara é tesoureiro da campanha de Serra ao Senado, indicado por ele para o Banco do Brasil, recebe quase meio milhão de dólares de um cara que ganhou um leilão com dinheiro de um fundo de pensão controlado por ele e não existe prova de que tenha algo a ver com Serra e a privatização.

Até a Veja já havia falado nisso em maio de 2002. As atividades de Ricardo Sergio já eram conhecidas de quem circula por Brasília.

Mas a Folha não parou por aí. Vejamos outro trecho:

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O livro sustenta que amigos e parentes de Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e as usaram para movimentar milhões de dólares entre 1993 e 2003, mas não oferece nenhuma prova de que esse dinheiro tenha relação com as privatizações.

(…)

Outro alvo do livro é a filha de Serra, Verônica Serra, que foi sócia da empresária Verônica Dantas numa firma de prestação de serviços financeiros na internet, a Decidir.

Verônica Dantas é irmã do banqueiro Daniel Dantas, que controlou a antiga Brasil Telecom até o início de 2005. A Telemar e a Brasil Telecom atualmente são parte da Oi.


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Realmente, milhões de dólares circulam por paraíso fiscal nas contas de um banqueiro suspeito e a filha de Serra devem cair do céu. Não deve ter nada demais. Isso porque a filha de Serra era sócia da irmã do banqueiro.

Para não parecer suspeito, acho que o melhor é fazer a pergunta que o próprio Reinaldo Azevedo fez: “O que quer a Folha de São Paulo? Corruptos que assinam recibo?”

Curioso é que a mesma Folha de São Paulo sequer passou perto das “provas” que cobra quando jogou no ar a informação de que Orlando Silva teria comprado um terreno em Campinas por R$ 370 mil.

Disseram que um duto da Petrobrás passaria no local e que isto beneficiaria o Ministro.

Segundo reportagem do portal UOL, técnicos da estatal visitaram os terrenos da região, que poderiam ser desapropriados, gerando possível lucro ao ministro.

É bom verificar dois pesos e duas medidas do jornal mais importante do país.

2 comentários:

JOSUE disse...

A verdade é que deve existir um plano para derrubar todas as lideranças do governo,minar a sua resitencia e colocar a oposição vendida no poder.
O mais impressionante é que quem alimenta (financia) a arma dos PIG é o próprio governo.
Trabalho em agência de publicidade e vejo a quantia exorbitante que nosso governo adquire em veiculação de anúncios na grande mídia.

Solando disse...

Há de chegar o dia em que este indivíduo falará às moscas.