quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alckmin destila ódio contra grevistas

Por Altamiro Borges

A greve dos metroviários paulistas confirma a força estratégica desta reduzida categoria, com 8,6 mil trabalhadores. Ela paralisou totalmente o maior centro urbano do país. Diante do seu êxito, o governador Geraldo Alckmin revelou, mais uma vez, toda a sua truculência. Desconhecendo a massiva adesão ao protesto, o tucano acusou os grevistas de “irresponsáveis” e disse, cinicamente, que a paralisação “é um movimento político-partidário de um grupelho radical”.


Desde o início da campanha salarial, o Sindicato dos Metroviários insistiu no caminho da negociação. Mas todas as portas foram fechadas ao diálogo pelo Palácio dos Bandeirantes. Nem sequer a proposta de conciliação feita na noite de ontem pela Justiça do Trabalho foi aceita pelo governo. Na prática, o truculento Alckmin é o maior responsável pelos transtornos gerados na cidade.

Aposta na radicalização

Os metroviários reivindicam 5,13% de reposição salarial, aumento real de 14,99%, reajuste nos valores do vale-alimentação e do vale-refeição, jornada de 36 horas semanais de trabalho e reintegração dos 61 demitidos em 2007, entre outros itens. A direção do Metrô, porém, ofereceu apenas 1,5% de aumento real e regateou também sobre as demais reivindicações.

Para evitar que a população ficasse sem transporte, o sindicato chegou a propor a liberação das catracas do metrô. Mas o ideia foi rejeitada de imediato pelo governo paulista, que apostou no confronto e no tumultuo. Cerca de 4 milhões de paulistanos foram afetados pela paralisação e o congestionamento na cidade bateu recorde, atingindo 210 quilômetros.

Segundo notícias da Agência Brasil, durante a madrugada os soldados da PM investiram com violência para dispersar usuários dos trens em frente à Estação Corinthians-Itaquera, na zona leste da capital. “Raquel dos Santos, de 31 anos, criticou a forma como os policiais agiram. ‘Somos trabalhadores. Não somos bandidos’, protestou”.

3 comentários:

Anônimo disse...

É o fim da picada!

Para o povão sem transporte nada melhor do que gás lacrimogeneo e balas de borracha!

Provos Brasil

Gabriel Birkhann disse...

("O Tirânico AnastAZIA") http://buracosupernegro.blogspot.com.br/2012/05/diario-da-desilusao-n-259.html lei contra a Educação e o professor de Minas!

Anônimo disse...

Miro, o Geraldinho deu umas 30 entrevistas imputando a greve à política partidário-eleitoral. Não vi, li ou ouvi nenhuma manifestação em contrário por parte do Sindicato. Os cinco milhões de passageiros que perderam o dia, mais os motoristas e passageiros perdidos em 250 km de congestionamento, vão votar ou não contra esses Trabalhadores nas próximnas eleições? Quem cala, consente, PT...