terça-feira, 26 de junho de 2012

Crise na segurança desmascara Alckmin

Por Altamiro Borges

Na propaganda, São Paulo é um paraíso. Na vida real, é um inferno. Dominado pelo PSDB há quase duas décadas, o estado sofre com apagões nos transportes, privatização da saúde, precarização na educação e, agora, aumento da violência. Em recente anúncio na televisão, Geraldo Alckmin se jactou de ter melhorado a segurança pública. Mas a farsa marqueteira não resiste aos fatos!


Segundo o próprio Estadão, jornal sempre alinhado aos tucanos, a capital paulista tem registrado altas seguidas e alarmantes dos índices de violência e “os dados criminais confirmam a tendência de piora, tanto no acumulado do ano quanto em comparação a maio de 2011”. Nos primeiros cinco meses do ano, a taxa de homicídios cresceu 16,3% e a de roubos de veículos saltou 26%.

Governador desnorteado

Das 93 delegacias de polícia existentes na capital, 60 tiveram aumento no número de roubos. A violência atinge principalmente as camadas mais pobres da população, na periferia da cidade – mas só vira manchete dos jornalões quando afeta os ricaços com os arrastões nos restaurantes e nos edifícios de luxo. Ela também tem vitimado os policiais, com 40 mortes desde o início do ano.

Diante do aumento da violência, a mídia sensacionalista volta a alardear o retorno do temido PCC (Primeiro Comando da Capital). Comentaristas raivosos e “autoridades” sugerem ações mais duras – ou seja, mais violência. Desmascarado na sua propaganda, o governador Geraldo Alckmin parece desnorteado. Já a população, desesperada, morre e é roubada no meio do tiroteio. 

4 comentários:

Se Nagao disse...

O desgovernador Geraaaaaldo Alckmin parece um mero espectador, declara que as mortes de policiais e ataques a bases da polícia e queima de ônibus como fatos pontuais e parece que não preocupa. Fatos pontuais?

Ignez disse...

O cinismo e a maldadade parecem ser traços fortes na despersonalidade do governador alckmin. Ele desertou há tempos da condição humana. Agora ele é só um pinóquio sem cara, sem rosto, sem alma. A última, inexiste, porque ele a vendeu ao diabo. Pobre da gente que vive por aqui sem cidadania alguma. São Paulo, devido os 18 anos de ditadura demotucana, não possui cidadãos. Aliás, só a classe alta é cidadã. Só os "shuiços".

Luis disse...

Alckmin não vendeu a alma ao Diabo, vendeu-a a Opus Dei e, como um santo, deve ser elevado a condição protetora de Patrono do PCC.

gilbert5o ferreira disse...

Se em qualquer cidade americana os índices de criminalidade atingissem os niveis de São Paulo (Capital, nem vamos falar do interior) estariam discutindo o impeachment do prefeito e a Guarda Nacional já teria sido acionada.
Se em qualquer pais europeu bandidos estivesse matando policiais como moscas, fazendo arrastões em restaurantes e roubando mais de mil carros por mês o presidente estaria se explicando e os responsaveis pela segurança estariam demitidos a muito tempo.
Se nos paises da América Latina o crime já fosse uma carreira e as prisões fossem “faculdades”, a sensação de insegurança da população fosse total, os pequenos delitos fossem ignorados, um grupo de marginais dominassem as cadeias e se denominassem “um partido”, o exército estaria planejando um golpe de estado.
Se em qualquer lugar do mundo os chefes da segurança viessem a público falando boçalidades, mentindo e menosprezando a inteligência média da população, seriam exonerados de suas funções e execrados pela opinião pública.
Pois meus amigos, tudo isso acontece em São Paulo e o responsavel por todo esse caos é prestigiado pelo governador, elogiado pela Revista Veja e mantido no cargo, inobstante ter demonstrado toda sua incompetência, prepotência e incapacidade para garantir a segurança da população.
Já passou da hora do senhor governador explicar porque o mantem no cargo.
Gilberto Ferreira