Por Altamiro Borges
As velhas teses neoliberais
Chibatada no lombo do trabalhador
Pior do que um neoliberal, só mesmo um ruralista neoliberal.
Se dependesse dos barões do agronegócio, o Brasil retornaria ao período da
escravidão. Talvez isto explique porque a bancada ruralista resista tanto à
aprovação da PEC contra o trabalho escravo. Em seu artigo na Folha de hoje (9),
a senadora Kátia Abreu não vacila em pregar o fim dos aumentos “tão generosos”
do salário mínimo.
Para a presidente da Confederação Nacional da Agricultura
(CNA), que representa os interesses dos velhos latifundiários – hoje travestidos
de modernos empresários do agronegócio –, a crise econômica está se agravando rapidamente e
exige que o governo Dilma adote “medidas ousadas”. No seu receituário, o ônus
da grave crise, lógico, deve ser despejado no lombo dos trabalhadores.
Para a vice-presidente do PSD, sigla fundada pelo ex-demo
Gilberto Kassab para agregar as forças de centro-direita, a economia brasileira
“vive um momento preocupante”. A queda no crescimento do PIB decorreria de um
modelo econômico já esgotado, baseado na alta dos preços internacionais das commodities,
no “ativismo creditício” e no estimulo ao consumo interno.
Diante deste diagnóstico, Kátia Abreu propõe basicamente o
retorno às velhas teses ortodoxas, neoliberais, de retração do crédito e do
consumo. “Os aumentos do salário mínimo não podem mais ser tão generosos sem
elevar o risco de inflação. E aumentar o crédito já não funciona porque a renda
da população está muito comprometida com o pagamento de dívidas acumuladas”.
Ela também propõe reduzir a carga tributária e “flexibilizar
o mercado de trabalho, privilegiando o entendimento direto entre empresários e
trabalhadores”. Para viabilizar esta agenda regressiva, a senadora do PSD – que
“não é de esquerda, de direita ou de centro” - afirma que é preciso “apoiar a
presidente nessa urgência de reformar o Brasil, colocando-se acima das disputas
entre governo e oposição”.
Lógico que Kátia Abreu não propõe nenhuma “medida ousada”
contra o capital financeiro – hoje solidamente associado aos barões do
agronegócio. A ruralista também não defende o fim dos subsídios e das “generosas”
anistias aos grandes produtores rurais. Para ela, só há um jeito de conter os
efeitos da grave crise econômica mundial. Chibatada nas costas dos
trabalhadores.
8 comentários:
Gostaria de ver essa vigarista vivendo com apenas um salario mínimo.
O PSD pode se tornar o representante da direita, tomando o lugar do PSDB, Dem e PPS. Será, talvez, aquela direita sem vergonha de dizer o que pensa.
O povo goiano merece pois votam, e tenho certeza, políticos desse naipe só se elege com voto dos pobres que são maioria. Não que cá pelas montanhas das gerais não tenhamos tam bém políticos dessa laia.
http://conexaoto.com.br/2009/11/23/confira-a-integra-da-reportagem-da-revista-carta-capital-sobre-a-senadora-katia-abreu
http://www.viomundo.com.br/denuncias/leandro-fortes-katia-abreu-a-vidente.html
Esta foto diz tudo. O corrupto e a corruptora.
Essa é a pior.
Essa senadora pensa o povo brasileiro como massa informe capaz de ser retalhada como o diretor da Yoki? E que senado é este que abriga tantos eleitos pelo povo para trucidá-lo? Com certeza, se mostrassem como agiriam - após eleitos - o povo neles não votaria. São cínicos e enganadores. A mídia neoliberal, cínica e conservadora foi que os elegeu.
O caso é o seguinte, senador fica 8 anos, e pensa que não necessita de voto, os goianos não são burros e essa nazista vai ser defenestrada logo logo.
O que me deixa enojado não é tanto o que essa aí expele na Falha, nos microfones do Senado ou do PIG, mas saber que tem centenas de pessoas que votam num traste desse.
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Helder
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